LIÇÃO 02 - NÃO TERÁS OUTROS DEUSES DIANTE DE MIM – ADORAÇÃO E LOUVOR AO ÚNICO E VERDADEIRO DEUS
13 de outubro de
2024
TEXTO ÁUREO
“Amarás,
pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de
todo o teu poder.” Deuteronômio 6.5
VERDADE APLICADA
A
verdadeira adoração é direcionada a Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e
de acordo com as Escrituras.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar
a importância do primeiro mandamento;
Expor
que Deus não divide a Sua glória com ninguém;
Mostrar
que Deus exigia fidelidade do Seu povo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
DEUTERONÔMIO
6
1- Estes, pois, são os mandamentos, os
estatutos e os juízos que mandou o Senhor, vosso Deus, para se vos ensinar,
para que os fizésseis na terra que passais a possuir;
2- Para que temas ao Senhor, teu Deus, e
guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu
filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam
prolongados.
3- Ouve, pois, ó Israel, e atenta que os
guardes, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o
Senhor, Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.
4- Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o
único Senhor.
COMENTÁRIOS
ADICIONAIS
INTRODUÇÃO
Veremos
que o primeiro mandamento é a base para a compreensão e obediência aos demais
mandamentos, pois revela que há um só Deus. Tal revelação exige da parte do
povo que está em aliança com Deus adoração exclusiva, que se expressa em amor,
louvor, obediência, serviço e um adequado relacionamento com o próximo, como
encontramos nas Escrituras e com a ajuda do Espírito Santo.
Comentário adicional:
Vamos
aprender nesta lição que o primeiro mandamento é o maior de todos e que dele
dependem todos os outros. E Jesus disse: "Amarás o Senhor teu Deus de todo
o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro
e grande mandamento" (Mt 22.37-38). Portanto, Deus exige lealdade
exclusiva de seu povo, que O reconheçam como o único Deus verdadeiro do céu e
da terra. Para Deus, a adoração a Ele é a única crença e prática aceitável. Dito
isso, precisamos reconhecê-Lo e aceitá-Lo como o único Deus digno de toda
adoração, estabelecendo uma relação autêntica e exclusiva com Ele, expressando
essa relação em amor, louvor, obediência e serviço.
Além
disso, não podemos esquecer que, nos dias atuais, precisamos da ajuda do
Espírito Santo para nos auxiliar nessa jornada de adoração, capacitando-nos a
compreender as Escrituras, amar a Deus e viver uma vida que agrada ao Pai.
1- CONHECENDO O PRIMEIRO MANDAMENTO
Esse
primeiro mandamento se estende muito além da idolatria. Ele tem como principal
propósito conduzir Israel a uma adoração perfeita, a conduzi-lo numa relação de
amor, temor e sinceridade [Dt 6.4].
Comentário adicional:
O
primeiro mandamento, ao proibir a idolatria, revela o desejo ardente de Deus
por um relacionamento exclusivo com Seu povo. Ele convida Israel a uma adoração
perfeita, onde o amor, o temor e a sinceridade são os pilares de uma aliança
baseada na confiança mútua. Deus, em Sua infinita sabedoria, busca estabelecer
com Seus filhos uma intimidade que transcende qualquer outro relacionamento,
convidando-os a um amor que os leve a uma obediência voluntária e prazerosa. "Aproximem-se
de Deus, e Ele se aproximará de vocês. Lavem as mãos, pecadores; purifiquem o
coração, vocês que têm a mente dividida" (Tg 4.8). O apóstolo Tiago nos
ensina que devemos nos aproximar de Deus com um coração puro e com mãos limpas,
para adorá-Lo em sinceridade.
1.1. O alicerce dos mandamentos.
Os
decretos delineados por Deus deveriam governar o relacionamento de Israel com Ele.
Eles representam os principais requisitos que Deus colocou sobre o povo de
Israel para o estabelecimento e manutenção da relação de aliança entre eles, o
povo devia ser unânime em sua devoção àquele que os havia libertado do Egito.
Eles deveriam adorar somente a Deus [Êx 20.3]. Além disso, seu comportamento
social seguia os direitos do indivíduo em relação à vida, casamento e posses.
Eles deveriam obedecer a esses mandamentos por amor a Deus [Êx 20.6]. O
primeiro mandamento é a base sobre a qual os demais descansam [Êx 20.2]. Na
prática o povo seria monoteísta, adorando apenas Deus. Como fica claro em
outras partes do Pentateuco, a adoração a outros deuses era penalizada com a
morte [Nm 25.1-18; Dt 13.1-18].
Comentário adicional:
Vemos
aqui que os decretos divinos estabelecidos por Deus são muito mais que um simples
código de leis. Eles formam a parte central da aliança estabelecida entre Deus
e o povo escolhido. Essa aliança fundamentada em muitas promessas, estabelecia uma
relação intima e exclusiva com Deus, onde Ele seria o Deus exclusivo de Israel
e Israel por sua vez se dedicaria exclusivamente a Ele. A Exigência de adoração
exclusiva visava proteger Seu povo das influências corruptoras da idolatria e
garantir que a relação com Ele fosse a prioridade máxima. Essa devoção
exclusiva se manifestava em todos os aspectos da vida israelita, desde os
cultos no templo até as relações interpessoais. Os demais mandamentos,
construídos sobre essa base, regulavam a vida social e moral de Israel. Ao
honrar seus pais, não matar, não adulterar e não furtar, os israelitas
demonstravam seu amor a Deus e a seus semelhantes. A obediência a esses
mandamentos não era apenas uma exigência legal, mas uma expressão da identidade
de Israel como povo santo. Vemos também que, a desobediência aos mandamentos
divinos, no entanto, tinha consequências graves, tanto para o indivíduo quanto
para a comunidade. A idolatria, por exemplo, era considerada uma traição à
aliança e era punida com a morte (Números 25.1-18; Deuteronômio 13.1-18). Essa
punição severa refletia a gravidade do pecado e a necessidade de proteger a
pureza da adoração a Deus.
1.2. Absoluta fidelidade.
O
primeiro mandamento nos lembra que tudo na Torá (Lei) surge do amor que temos
por Deus, que por sua vez é uma resposta ao amor que Ele tem por nós. Deus
demonstrou esse amor ao libertar Israel “da casa da servidão” no Egito [Êx
20.2]. Nada na vida deve nos interessar mais do que nosso desejo de amar e ser
amado por Deus. Se temos algum outro interesse acima de amar a Deus, não é
tanto que estamos quebrando as regras de Deus, mas que realmente não temos um
relacionamento com Ele. O outro interesse, seja dinheiro, poder, segurança,
reconhecimento, sexo ou qualquer outro, tomou-se nosso deus. Este deus terá
seus próprios mandamentos, que não concordam com os de Deus, e inevitavelmente
quebraremos a Torá (lei) obedecendo aos seus requisitos. Obedecer aos dez mandamentos
só é possível para aqueles que começam por não ter outro deus além de Deus.
Comentário adicional:
O
amor de Deus, expresso de forma sublime na cruz de Cristo, é o fundamento de
nossa fé. Ao nos libertar da escravidão do pecado, Deus nos convida a um
relacionamento íntimo e pessoal. No entanto, a tentação de adorar outros
deuses, seja o dinheiro, o poder, o prazer ou qualquer outra coisa que tome o
lugar de Deus em nossos corações, está sempre presente. A idolatria, ao desviar
nosso amor de Deus, nos leva a uma vida vazia e sem propósito. Como diz
Jeremias 2:13, “Meu povo abandonou-me, como uma fonte de águas vivas, e cavou
para si cisternas, cisternas rachadas, que não retêm água.” Ao escolhermos amar
a Deus acima de todas as coisas, experimentamos a verdadeira liberdade e
encontramos a satisfação que nossos corações tanto anseiam.
1.3. Um Deus singular.
Vivemos
em uma sociedade muito religiosa, mas que sabe muito pouco sobre Deus. Basta
ler alguns relatos de ocorrências policiais para perceber a quantidade de
pessoas que ainda vive em total e aberta desobediência à vontade de Deus. A
humanidade precisa urgentemente de um retorno aos mandamentos de Deus. A Bíblia
diz que as palavras de Deus são vida [Pv 4.10; Jo 6.63]. O primeiro mandamento
é o fundamento de todos os outros; é a chave para guardar os outros
mandamentos. Se aprendermos a cumprir integralmente com este, não teremos
problemas com os outros nove. A sabedoria nos ensina que para aprendermos
alguma coisa acerca daquilo que Deus exige de nós, deveríamos antes saber quem
Ele é, e quem somos em relação a Ele.
Comentário adicional:
O
primeiro mandamento nos revela a singularidade de Deus. Ele é o único Deus
verdadeiro, digno de toda nossa adoração. Quando adoramos a Deus, reconhecemos
Seu poder, Sua sabedoria e Seu amor infinito. Ao contrário, a idolatria, que
consiste em adorar qualquer coisa ou alguém além de Deus, nos afasta da fonte
de vida e nos leva a uma existência vazia. Isaías 42:8 declara: 'Eu sou o
Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu
louvor às imagens de escultura'. Essa afirmação é clara: Deus não compartilha
Sua glória com ninguém. Quando colocamos outras coisas no lugar de Deus,
como o dinheiro, o poder, o prazer ou até mesmo outras pessoas, estamos, na
verdade, negando Seu amor e Sua soberania.
A
idolatria não apenas contraria o primeiro mandamento, mas também tem
consequências devastadoras para nossa vida. Ela nos impede de experimentar a
verdadeira alegria, a paz e o propósito que só Deus pode oferecer. Além disso,
a idolatria pode levar à destruição de nossos relacionamentos e à perda de
nossa identidade.
Adorar
a Deus significa entregar-lhe nosso coração, nossa mente e nossa vida. É
reconhecer que Ele é o único digno de nossa confiança e amor. Ao fazer isso,
experimentamos uma liberdade e uma alegria que nada mais pode proporcionar.
2- APENAS UM DEUS, O ÚNICO
Deus
mostrou que tinha o poder sobre tudo e todos quando libertou os filhos de
Israel do Egito. Ao apresentar-se pessoalmente, lhes ordenou que lançassem fora
de si os deuses e prestassem somente a Ele a adoração [Êx 20.1-3].
Comentário adicional:
A
libertação do Egito não foi apenas um evento histórico; é um tipo profético da
obra redentora de Cristo. Assim como Deus libertou Israel da escravidão
egípcia, Jesus nos libertou da escravidão do pecado. Ao olharmos para a
história de Israel, somos lembrados de que Deus é o único Deus verdadeiro e que
a salvação vem apenas por Ele. A exortação de Deus aos israelitas para que O
adorassem exclusivamente continua válida para nós hoje: devemos buscar adorar a
Deus em espírito e em verdade. “Porque, ainda que existam alguns que são
chamados de deuses, quer no céu ou sobre a terra – como há muitos deuses e
muitos senhores – para nós, porém, há um só Deus, o Pai, de quem são todas as
coisas e para quem existimos, e um só Senhor, Jesus Cristo” (1Co 8:5-6).
2.1. A posição divina.
O
mundo antigo era infestado de divindades pagãs mas nenhuma nação desse tempo
chegava a proibir a adoração a outros deuses. Era comum prestar culto às
divindades dos campos, dos rios, do sol, da tempestade, e nesse quesito os
egípcios eram imbatíveis. Eles juravam lealdade a deuses do amor e das guerras
e se curvaram para adorar aos ídolos sob a forma de homens e animais. Durante
quatrocentos e trinta anos, os israelitas conviveram neste contexto religioso e
foram influenciados. Ao libertar seu povo do Egito, Deus não somente queria
libertá-los por fora, mas principalmente em suas almas [Ez 20.5-8]. Ao
declarar-se único, Deus não estava somente criando uma cultura monoteísta no
mundo, estava colocando um basta nas falsas divindades do passado, do presente
e que viessem a surgir no futuro. Este mandamento era sem precedentes e exigia
exclusividade [Êx 20.3).
Comentário adicional:
A
libertação do Egito marcou o início de uma nova aliança entre Deus e Seu povo.
Ao resgatar os israelitas da escravidão, Deus estabeleceu uma relação única e
exclusiva com eles. O mandamento de adorar somente a Ele era um dos pilares
dessa aliança. Ao proibir a idolatria, Deus estava protegendo Seu povo das
falsas divindades, que corrompiam a alma e afastavam as pessoas de uma relação
autêntica com Ele. A experiência da libertação do Egito serviu como um modelo
para todas as futuras libertações, mostrando que a verdadeira liberdade só pode
ser encontrada em um relacionamento exclusivo com o único Deus verdadeiro. "Para
a liberdade foi que Cristo nos libertou. Por isso, permaneçam firmes e não se
submetam, de novo, a jugo de escravidão" (Gl 5.1). Que nós possamos
aprender com os erros dos israelitas, que praticaram o que era mal diante de
Deus ao retornarem às antigas práticas que Ele proibia. Que, com a ajuda do
Espírito Santo, não façamos o mesmo.
2.2. Respeite a minha presença.
Através
de Moisés, Deus comunica Sua exclusividade [Êx 20.3]. Aos israelitas está
ordenado manter uma aliança de lealdade. A expressão “diante de mim” [Êx 20.3b]
é um termo hebraico de amplo significado. O termo usado é “àl-panay” que
significa: além de mim; acima de mim; oposto a mim; ao meu redor. A ideia aqui
é que não existe nenhum Deus além do Deus de Israel. Literalmente está proibido
adorar falsos deuses em qualquer lugar. Entende-se também aqui a imagem de
alguém que coloca algo na face de alguém. Ou seja, estabelecer uma falsa
divindade é como insultar Deus no rosto. Deus não divide adoração, com Ele é
tudo ou nada [Js 24.14-15; 1Rs 18.21; Mt 6.24]. Desde o início, com a investida
maligna de semear a dúvida na mente humana, a humanidade tem direcionado sua
atenção e procurado adorar muitas divindades conforme os acontecimentos, as
necessidades, as tradições, os medos e as regiões geográficas. Porém, Deus
sempre exigiu exclusividade na aliança com Seus filhos.
Comentário adicional:
A
escolha de adorar a Deus é uma escolha radical. É uma decisão de colocar toda a
nossa fé e confiança Nele, reconhecendo-O como o único Deus verdadeiro. É uma
renúncia à idolatria em todas as suas formas, seja ela material, ideológica ou
emocional. Assim como Josué desafiou o povo de Israel a escolher a quem
serviriam (Josué 24:14-15), nós também somos chamados a fazer essa escolha. A
adoração a Deus não é opcional; é essencial para a nossa salvação e para a
nossa felicidade. Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o
poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro (Is
45.6).
2.3. Jamais quebre o mandamento.
Uma
das histórias que mais nos fascinam é a do rei Salomão. Ele era sábio, poderoso
e foi um dos maiores reis do mundo antigo. Mas o que tem a ver Salomão com o
primeiro mandamento? Tudo. Sua vida vencedora e seu reino rasgado mostram como
é trágico violar o primeiro mandamento. Salomão recebeu de Deus sabedoria,
riquezas e honra. Ele tinha tudo o que um ser humano poderia desejar. Além
disso, Deus o amava, ouvia suas orações, respondia com glória [2 Cr 6].
Infelizmente, Salomão não guardou a lei de Deus, se esqueceu do primeiro
mandamento [1Rs 9.4-7]. Ele se esqueceu de Deus e serviu a outros deuses [1Rs
11.4-11]. Salomão teve seu reino rasgado, perdeu tudo, porque quebrou o
primeiro mandamento. Seu coração foi chamado de “imperfeito para com Deus”:
simplesmente porque não “guardou o que o Senhor lhe ordenara” [1Rs 11.10].
Comentário adicional:
A
vida de Salomão nos mostra que a riqueza, o poder e a sabedoria não são
garantias de fidelidade a Deus. Mesmo os mais abençoados podem cair em tentação
e se afastar do Senhor. Quando Salomão permitiu que seu coração se desviasse
para outros deuses, ele abriu as portas para a divisão e a ruína de seu reino.
A Bíblia registra que seu coração era ‘imperfeito para com o Senhor’ porque ele
não guardou os mandamentos divinos (1 Reis 11:10).
O
primeiro mandamento - 'Não terás outros deuses diante de Mim' - é fundamental
para nossa relação com Deus. Ao desobedecer a esse mandamento, Salomão
demonstrou que é impossível servir a dois senhores. A idolatria, em todas as
suas formas, é uma afronta à soberania de Deus e um obstáculo para a verdadeira
felicidade.
A
história de Salomão nos serve como um alerta. Ela nos mostra que a bênção de
Deus está condicionada à nossa obediência. Ao escolhermos adorar a Deus e
somente a Ele, estamos garantindo um futuro seguro e abundante. Que possamos
aprender com os erros de Salomão e nos esforçar para manter nossos corações
puros e dedicados ao Senhor.
3- SOMENTE DEUS DEVE SER ADORADO
Só
existe uma maneira de não sermos tentados a adorar outros deuses nesse mundo:
vivendo um relacionamento pessoal e intenso com Deus, o que exige amor,
disciplina e foco no que estamos fazendo [Mt 22.37].
Comentário adicional:
Como
bem dito pelo autor, o relacionamento pessoal com Deus é um dos pilares da fé
cristã alinhado com o Primeiro Mandamento. Por isso, devemos buscar por uma
intimidade profunda com o Pai, através da oração, do estudo da Bíblia e da
experiência do Espírito Santo. Esse deve ser o principal objetivo do cristão
que deseja ir morar no céu. Ó Deus, tu és o meu Deus; eu te busco
ansiosamente. A minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra
árida, exausta e sem água (Sl 63.1).
3.1. Ter foco.
Muitas
pessoas boas e promissoras que conhecemos, geralmente não passam da promessa à realização,
e a resposta é simples: lhes faltou foco, perseverança [Tg 1.3; Ap 14.12]. E o
que significa ter foco? É ser capaz de desenvolver atividades que venham
contribuir para o objetivo que se quer alcançar. Ter foco é manter a atenção
concentrada naquilo que importa para se obter realização. O primeiro mandamento
surge exatamente quando o povo estava sendo guiado para a Terra Prometida. Da
mesma forma que hoje, o mundo daquela época estava repleto de deuses que
requerem atenção, as nações vizinhas tinham vários deuses, e o Senhor sabia que
se o povo não tivesse foco jamais alcançaria a promessa [Dt 7.1-8]. Essas
nações foram extintas, mas os hebreus subsistiram. Por quê? Porque focaram no
Deus único, esse é o segredo da manutenção de sua identidade e da preservação
de seus valores.
Comentário adicional:
Hoje
vivemos em um mundo distraído, nossa sociedade esta repleta de distrações e manter
o foco em Deus pode ser um desafio ainda maior. As redes sociais, o trabalho,
as relações pessoais e as diversas atividades do dia a dia competem por nossa
atenção. Então, é fundamental desenvolvermos estratégias para filtrar as
informações e nos concentrarmos no que realmente importa. A Perseverança é um
complemento importante para mantermos o Foco. O foco é essencial para
iniciarmos uma jornada, mas a perseverança é necessária para completá-la.
Muitas vezes, enfrentamos obstáculos e dificuldades que podem nos fazer
desistir. É preciso ter determinação para continuar avançando, mesmo quando as
coisas ficam difíceis. Além do que foi dito, não podemos esquecer do papel do
Espírito Santo em nossas vidas, é Ele quem nos capacita a viver uma vida
consagrada a Deus. Nos dando força, sabedoria e direção para resistir às
tentações e superar as dificuldades. Irmãos, não penso que eu mesmo já o
tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para
trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de
ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus (Fp 3.13-14).
3.2. Escolher apenas um caminho.
Por
que Jesus declarou ser o único caminho? Porque a vida é feita de vários
caminhos [Dt 5.32-33; Pv 14.12; Jo 14.6]. Lidamos com o excesso de informações,
muitas oferecidas ao mesmo tempo em que os fatos acontecem. Existe uma
diversidade de oportunidades e múltiplos caminhos. Para permanecermos andando
segundo a vontade do Senhor, dependemos da Palavra de Deus e da ação do
Espírito Santo [Sl 119.105; Jo 14.16; 16.13]. Há inúmeras religiões não
cristãs, as seitas crescem no mundo inteiro, o conhecimento de Deus está sendo
encoberto por ensinos errados, essa abordagem pluralista é um ataque direto
contra o primeiro mandamento.
Comentário adicional:
A
decisão de quem servir é uma das mais importantes que tomamos em nossas vidas.
Jesus nos convida a seguir apenas a Ele, pois Ele é o único caminho para o Pai.
Em um mundo que nos bombardeia com informações contraditórias e ofertas
tentadoras, é fácil se perder. No entanto, o Espírito Santo nos guia e nos
fortalece para que possamos discernir a verdade e resistir às tentações. Ao
confiarmos em Jesus e no poder do Espírito Santo, encontramos a paz, a alegria
e o propósito que tanto buscamos. Falando novamente ao povo, Jesus disse:
"Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a
luz da vida (Jo 8.12).
3.3. Amando com todas as forças.
Jesus
disse que devemos amar a Deus com o coração, a alma e o pensamento. Significa
estar cheio, comprometido e focado [Mt 22.37]. Deus espera que o adoremos como
uma expressão de reverência e ação de graças. Mas Ele também espera que sejamos
obedientes a ele. Pois o amor a Deus, segundo as Escrituras, se expressa,
também, em ações de justiça de uns para com os outros, mostrando amor e
compaixão pelos outros. Desta forma, apresentamo-nos perante Ele como
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Isso glorifica a Deus e é o nosso
culto “racional” [Rm 12.1]. Quando adoramos com um coração obediente e em
espírito aberto e arrependido, Deus é glorificado, os cristãos são purificados,
a igreja é edificada e os perdidos são evangelizados. Estes são todos os
elementos da verdadeira adoração.
Comentário adicional:
Amar
a Deus com todo o coração, alma, mente e força é o fundamento da fé cristã. Ao
entregarmos nossas vidas a Ele, experimentamos uma transformação profunda
operada pelo Espírito Santo. Como Jesus nos ensinou em João 14:15-17, “Se me
amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro
Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o
mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis,
porque habita convosco, e estará em vós.”
O
Espírito Santo nos capacita a viver uma vida de santidade e adoração contínua.
Ao amarmos a Deus, obedecemos naturalmente aos Seus mandamentos e demonstramos
esse amor através de nossas ações. Somos chamados a sermos um sacrifício vivo,
santo e agradável a Deus, oferecendo nossos corpos como instrumento de Sua
justiça. Essa transformação interior e exterior nos torna mais semelhantes a
Cristo e nos capacita a experimentar a plenitude da vida que Ele nos oferece.
CONCLUSÃO
Que
o Espírito Santo nos ajude a procurarmos crescer no conhecimento de Nosso Pai
Celestial, por meio de Jesus Cristo, Seu Filho, e viver de acordo com os Seus
mandamentos, para que em tudo Deus seja glorificado.
Comentário adicional:
Ao
estudarmos a Bíblia Sagrada, compreendemos que há apenas um Deus verdadeiro e
vivo (Deuteronômio 6:4). Essa verdade fundamental nos leva a reconhecer Jesus
Cristo como o único caminho para a salvação. É por meio de Jesus que podemos
ter um relacionamento pessoal com Deus Pai. Ele é o mediador entre a humanidade
e a divindade, o único que pode reconciliar o homem a Deus. Em Atos 4.12 essa
verdade é resumida de forma clara: "E em nenhum outro há salvação,
porque também debaixo do céu não há outro nome dado aos homens, pelo qual
devamos ser salvos".
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· Revista
Betel Dominical, adultos, 4º Trimestre de 2024, ano 34, nº 133. Os Dez Mandamentos:
Estabelecendo Princípios e Valores Éticos, Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis
para uma Vida Abençoada. Lição 02 – Não terás outros deuses diante de mim:
Adoração e Louvor ao Único e Verdadeiro Deus;
· Bíblia
de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;
· Bíblia
de Estudo Matthew Henry – 1ª Edição: marco de 2004 – Editora Central Gospel.
SITES PESQUISADOS:
https://ipgracas.org.br/jesus-e-singular/
https://www.bibliaon.com/perseveranca/
https://gemini.google.com/app?
COMENTARISTA DA LIÇÃO
Diácono
Carlos Cezar - ADTAG 316 – Samambaia Sul - DF
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