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LIÇÃO 13. APRENDENDO COM OS DEZ MANDAMENTOS:

Pilares éticos e morais cujos princípios são relevantes e aplicáveis na vida contemporânea

 

TEXTO ÁUREO

“Ora, tudo isso lhe sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos. ”

I Coríntios 10. 11

VERDADE APLICADA

Fomos libertos da escravidão do pecado para pertencermos a Deus e vivermos segundo a Sua vontade em todas as áreas da vida, para a glória de Deus.

Objetivos da Lição

Destacar Jesus Cristo com o cumprimento da lei.

Falar sobre os mandamentos e a vida prática.

Ensinar os princípios básicos dos dez mandamentos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

SALMO 119

97. Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo dia.

98. Tu, pelos teus mandamentos, me fazes do que meus inimigos, pois estão sempre comigo.

99. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.

100. Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os teus preceitos.

101. Desviei os meus pés de todo caminho mau, para observar a tua palavra.

102. Não me apartei dos teus juízos, porque tu me ensinaste.

103. Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.

INTRODUÇÃO

Os Dez mandamentos possuem uma riqueza de princípios para a vida prática do povo de Deus. Com o auxílio do Espírito Santo e o amor de Deus em nós derramado, é necessário e possível aplicar tais princípios em todas as áreas da vida enquanto estamos nesta terra. Eles são altamente protetivos e manifestam o amor e o cuidado que Deus tem com cada um de nós.

Comentário adicional da introdução

Conhecer os dez mandamentos através do estudo sistemático do mesmo, constitui um privilégio por parte do ser humano. Pois ele é uma base que o homem se firma para o conhecimento daquilo que Deus estabeleceu para seu povo que outrora vivia como escravo, sem lei e sem direitos. Os dez mandamentos, com ajuda do Espírito Santo norteiam o caminho da vida, pelo qual o homem deve caminhar.

1. Cristo, o cumprimento da Lei

A Lei de Deus revela seu caráter divino e, em ambos os Testamentos, esses valores morais são ensinados como princípios eternos, pois, são a vontade de Deus. (Mt 5. 18)

Comentário adicional

As predições da lei de Deus não anulam a missão de Cristo à terra com o plano salvífico a todos os homens. A lei continua revelando o caráter de Deus, e o que nos ensina sobre valores morais. São princípios eternos que irão responder positivamente à graça vindoura de Deus! Ela foi intencionada para ser cumprida em Cristo através de sua morte e ressureição. Foi, de fato, totalmente cumprida em Sua vida.  Um novo testamento e uma nova aliança foram inaugurados [Mt5. 18; At 15.5-29; Rm 10.4].

1.1 . A lei Moral, Civil e Cerimonial.

É de extrema importância sabermos distinguir cuidadosamente as diferenças entre a Lei cerimonial, as Leis civis ou judiciais, e a Lei moral, pela qual o criador estabelece a conduta moral de todas as criaturas para todos os tempos. A Lei moral é o padrão justo e eterno para nossa relação com Deus e com o nosso próximo. A Lei civil é composta por Leis que regiam Israel como nação sob Deus. Nelas havia orientações para guerras, restrições ao uso da terra, regulamentos para a dívida e penas por violações do código legal de Israel. A Lei cerimonial tratava das festas, da adoração, dos alimentos, da pureza ritual, a conduta dos sacerdotes, como está no livro de levítico. A Lei cerimonial, que trata do culto, apontava para Jesus Cristo, sendo sombra das coisas futuras [Cl 2.7; Hb 10.1]; a Lei civil foi dada a Israel como uma nação de governo teocrático; a Lei moral revela o caráter Santo de Deus [Rm7.12,14]. Lembremo-nos de que esta classificação não significa que são três Leis independentes, más, sim, uma Lei que trata de diferentes aspectos da vida de Israel.

Comentário adicional

Sábio e justo, Deus estabeleceu leis para regulamentar a conduta de seu povo.  As leis não existem para tolher a liberdade, más para ampliar seu significado e aclarar seu sentido. À nação Israelita, foram dadas várias leis, algumas das quais se cumpriram em Cristo para todos que os pretendem se tornar cidadãos da pátria celestial. Como as sagradas escrituras descrevem algumas delas?

A - Leis Civis, êxodo 21.22, para proteger a nação de Israel

B -  Leis Cerimoniais, Levítico 1. 4, envolvendo festas, sacrifícios de animais e ofertas, específicas para o santuário. Encontramos também uma lei que se refere à saúde (levítico 1.11). Deus preocupa com a saúde e o bem estar do seu povo.

C – Lei Moral, Êxodo 20. 3-7; êxodo 31.18 escritas pelo dedo do próprio Deus em duas tábuas de pedra. Essa lei um princípio eterno de Deus.

Não podemos confundir quem escreveu as leis, nem usar textos da lei cerimonial para explicar a lei moral ou vice-versa.

2 – A lei cerimonial estava relacionada com o santuário. Como era o santuário? Hebreus 9. 1-4.

3 – Com a morte de Cristo, o que ocorreria com a lei cerimonial? Daniel 9. 27; efésios 2.15; colossenses 2.14.

4 – A Bíblia nos ensina claramente que a lei cerimonial foi abolida na cruz. A partir dali não é mais necessário sacrificar animais, nem praticar as antigas festas sacerdotais. Jesus Cristo se entregou na cruz por todos os homens e se fez sacrifício perfeito [Romanos 14.10; 12, 20,22. Gl 4.4-5].

1.2. Cristo e a Nova Aliança

Já vimos na primeira lição sobre os dez mandamentos como resultado da revelação de Deus no Sinai ratificando o pacto iniciado na libertação de Israel da escravidão do Egito por ocasião da instituição da páscoa [Êx 24.8]. Assim, no Sinai, Moisés é o mediador da aliança entre Deus e o povo [Êx 19. 3-9]. Com a vinda de Jesus Cristo, na plenitude dos tempos [Gl 4.4-5], Ele estabeleceu a nova Aliança/Testamento em seu sangue [Mt 26.28]. Jeremias profetizou sobre a Nova aliança [Jr 31.31-33]. A Antiga Aliança exerceu um papel de tutor até a chegada da Nova Aliança [Gl 3. 23-25]

Comentário adicional

Jesus foi o mediador de uma aliança superior. Os sacerdotes do antigo testamento trabalhavam debaixo de uma antiga aliança lembrando ao povo e trazendo a lembrança essa antiga aliança [hebreus 8.7-13]. Os sacerdotes da antiga aliança eram provisórios, temporários e terrenos. Nesse tempo o tabernáculo era de madeira, tecido, bronze, mármore, pedras preciosas apenas uma demonstração daquela que era a superior. Enquanto os sacerdotes aqui na terra traziam coisas materiais para serem oferecido, Jesus ministra algo espiritual e eterno como as grandes dádivas de Deus prometida a todos os homens que porventura, aceitassem a nova aliança. A lei da velha aliança não nos justifica. Mas, pelo efeito da nova aliança, fomos libertos e restituídos a Deus. Obedecemos a lei moral por amor e gratidão a Deus. Afinal, são princípios eternos e deverão ser observados.

1.3. Cristo e o cumprimento da Lei

Já vimos anteriormente que Nosso Senhor Jesus Cristo não veio para abolir a Lei e os ensinamentos dos profetas, mas, sim, para cumprir [Mt 5.17]. O apóstolo Paulo escreveu que não há ser humano que seja declarado justo tendo como base a obediência à Lei [Rm 3.19-20]. A Lei revela nossa necessidade de perdão e incapacidade de agradar a Deus por recursos próprios. Mas Cristo cumpriu. “O fim da Lei é Cristo” [Rm 10.4]. Cristo nos resgatou da maldição da Lei [Gl 3.13]. Esta é a doutrina fundamental da fé cristã. Não é possível compreender a morte de Cristo sem uma compreensão das exigências da Lei, Jesus Cristo cumpriu a Lei, foi ‘obediente até a morte” [Fp 2.8], tomou sobre Si os nossos pecados, efetuou a perfeita e eterna redenção [Hb 9.12].

Comentário adicional

O propósito da lei era revelar o pecado do homem, bem como sua necessidade de um salvador que perdoasse de vez a sua culpa [Romanos 3.20]. Para nós, que já conhecemos Cristo como salvador, a lei serve como um modelo. O que nos cabe agora é, “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo”. Nunca nos consideremos bons por obedecer à lei moral, obedeceremos por gratidão, pela salvação que recebemos. Jesus afirmou aos seus discípulos, “se guardardes os meus mandamentos permaneceis no meu amor assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu pai e no seu amor permaneço [1João 2.3-6]”. Quando Jesus esteve na terra guardou os dez mandamentos, se tivesse guardado apenas um mandamento, a nova aliança não teria sido estabelecida. Muitos acreditam que ao aceitar a Cristo, não se faz necessário observar os dez mandamentos. O aposto Paulo nos ensina que de maneira nenhuma anulamos a lei pela fé, antes confirmamos a lei [Romanos 3;31 e Eclesiastes 12.13]. Devemos temer a Deus e guardar os seus mandamentos, porque isto é o dever de todo homem. O que Jesus espera dos seus seguidores é que reconheçamos a cruz como a solução para todas as coisas, e que ela deve ser sempre o objeto de fé. Na antiga aliança ou se guardava os dez mandamentos ou era condenado. E na nova aliança? “Como se ninguém conseguiu, ” como está escrito: não há um justo, nenhum sequer [Rm 3.10]; o Senhor olhou desde o Céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum com entendimento, que procurasse a Deus, contudo, todos haviam se desviado e se fizeram corrompidos. Não há quem faça o bem; não há um sequer [Sl 14. 1-3; Sl 53]. Agora temos Cristo, nosso intermediário, nosso salvador.

2. Os Dez Mandamentos e a vida prática

Podemos destacar no estudo dos dez mandamentos três princípios que devem nortear o nosso viver ao longo da jornada cristã: os padrões de Deus, nosso relacionamento com o próximo e um manual de adoração e conduta.

Comentário adicional

Os dez mandamentos foram entregues por Moisés por volta de 1300 anos antes de Cristo. Neste tópico podemos destacar três princípios dos dez mandamentos que direciona nossa vida prática, os quais são:

Primeiro – Os padrões perfeitos de Deus;

Segundo – A prática do amor;

Terceiro – Manual para a prática da adoração a Deus

2.1. Os padrões perfeitos de Deus.

O fato de não estarmos mais debaixo da Antiga Aliança não significa que os padrões de Deus deixaram de existir ou não mais são exigidos. Tais pensamentos podem servir como justificativa para um viver que transforma a graça de Deus em libertinagem [Jd 4]. É crucial ter em mente que os dez mandamentos revelam algo do caráter moral de Deus e que nEle “não há mudança nem sombra de variação” [Tg 1.17]. O Senhor Deus nos libertou da escravidão do pecado, nos tirou da potestade das trevas para sermos dEle e vivermos de acordo com a vontade dEle. Em Cristo é possível uma vida de fidelidade a Deus em amor [Mt 22.36-40]. “E este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos” [2Jo 6]. O Senhor Jesus ordenou aos Seus discípulos que se dedicasse a ensinar outros discípulos a guardarem todas as coisas que Ele tinha mandado [Mt 28.20]. Todos precisam conhecer os padrões de Deus. Todos necessitam ser participantes da natureza divina. Todos precisam andar em espírito.

Comentário adicional

Nós, cristãos, não temos dúvidas que os dez mandamentos são princípios, padrões perfeitos e eternos dado por Deus. Padrões que apresentam um único Deus criador de todas as coisas, e que seu desejo é relacionar-se com o homem, tendo ambos uma vida de intimidade. A nova aliança veio, não para anular o que Deus escreveu. A graça é um ideal de Deus desde a eternidade, ela estava no coração de Deus e foi idealizada por Ele desde o princípio. Deus em sua Onisciência, sabia que os dez mandamentos eram eternos e que continuariam na graça que viria mais tarde através do sacrifício de seu único filho, “Jesus Cristo”, cumprindo assim, todos os mandamentos, abraçando toda humanidade. Em sua essência, ela é um projeto divino. [Efésios 1.4] como também nos elegeu nEle desde a fundação do mundo para que fossemos Santos e irrepreensíveis diante dEle em amor [Efésios 3.3 -6; 1Pedro 1.19 – 20]. Portanto, sabemos que a graça já estava estabelecida desde a fundação do mundo, mas, de forma alguma nunca foi uma porta escancarada para vivermos fora dos padrões eternos de Deus. 

2.2. Conduzem a manifestação prática do amor

Escrevendo aos romanos, Paulo nos afirma que o amor cumpre a lei [Rm13.19]. Joao nos diz que o amor nos guias para cumpri-la. A ideia prática aqui é que o amor e mandamentos caminha juntos. O amor é motivo para obedecer, enquanto os mandamentos orientam e dirigem esse amor I Jo 5. 3]. Quando Jesus assinala que o cumprimento da Lei e dos profetas está em amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos, a base é o amor [Mt7.12; 22.37-40]. Sem o exercício do amor, é impossível que aguardemos Seus mandamentos [Jo 14.21]. No identificado “discurso de despedida” [Jo 13. 16], logo no início, nosso Senhor diz, a um grupo de discípulos preocupados e aflitos por ouvirem que Jesus iria partir e que eles não poderiam acompanha-lo, o que Ele espera deles: “Amem-se uns aos outros”. O padrão de comparação quanto a este amor é o amor de Jesus [Jo 13. 1,34. Jesus identifica como “um novo mandamento”.

Comentário adicional

O Segundo princípio que destacamos neste tópico é o que Deus ordenou sobre a prática do amor. O crescimento da igreja primitiva, mesmo em tempos de perseguição ao evangelho, foi de fato o amor que operava entre os primeiros cristãos [Atos 2.42 -47]. Amarás pois o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todas as tuas forças [Deuteronômio 6. 5]. Este texto também foi citado por Jesus [Mateus 22. 37]. O povo de Israel havia saído do Egito, onde a cultura era dominada por paganismos, dogmas, ídolos de várias religiões. O povo de Israel viveu aproximadamente 400 anos em meio a todas essas crenças e não era essa a vontade de Deus. Seu desejo era que, servissem e adorassem somente a Ele. Deus estava levando-os a sua própria terra, da promessa, e que apesar de manar leite e mel, o povo que ali habitava também como os egípcios, possuía várias crenças. Deus então deu mandamentos ao seu povo, sobre o verdadeiro amor e a adoração, que deveria ser somente a Ele. Isso seria o que os diferenciaria entre os outros povos: “Agora pois, se derem ouvido à minha voz, e guardares a minha aliança, vós sereis o meu Tesouro Especial sobre todos os povos; porque minha é toda a terra” [Êxodo 19. 5]. Agora, em Cristo, o Israel espiritual que é a igreja, é parte deste Tesouro Especial. Por amor a Deus e ao próximo, todos os mandamentos de Deus, não serão como um fardo, mas em Cristo, guardaremos com alegria [Mateus 7. 12; 22.37 e 40]. Essa é a base de toda a lei e, também, aplica-se ao presente dia da graça.

2.3. São um manual e guia para adoração e conduta.

Os primeiros quatro mandamentos nos ensinam a diferença entre a adoração verdadeira e adoração falsa. Por exemplo, no primeiro mandamento temos “o objeto de adoração’; no segundo, ”os meios de adoração”; no terceiro, “a maneira da adoração’; e no quarto mandamento temos o “tempo de adoração”.  Esses mandamentos tratam de nossa reverência e nosso respeito para com a pessoa, autoridade e glória de Deus. Portanto nossa atitude para com Deus refletirá em nossa atitude para com a família e o próximo: “Honra a teu pai e a tua mãe”, “ Não matarás”, “ Não cometerás adultério”, “Não dirás falso testemunho” e “Não cobiçarás”.

Comentário adicional

Durante quatrocentos anos os Israelitas passaram pelo processo de escravidão no Egito. Aquele grupo de pessoas até então não era um povo, e sim, apenas um grupo. Sem leis, sem direitos, apenas com deveres a cumprir.  Até que chegou o grande dia de sua liberdade, onde suas vidas seriam diferentes, contudo, passariam a ter um manual de guia que os conduziriam ao caminho de sua liberdade e se tornariam, nação de Deus [Êxodo 20.2]. O Senhor dirige-se a eles no primeiro mandamento como libertador. Todavia, deveriam adorar apenas a Deus. No segundo mandamento Deus ensina a forma certa da adoração [Êxodo 20.3]. O Deus criador não pode ser comparado com ídolos feitos a semelhança de homens. No terceiro mandamento Deus exige reverencia na adoração, seu nome não deveria ser mencionado em vão, ou seja, aleatoriamente. E no quarto mandamento, Deus preocupa com o descanso físico do homem. Devemos administrar com sabedoria o trabalho, descanso e devoção à Deus, priorizar um tempo para descanso com a família, mas esse descanso será para o nosso bem e não como muitos interpretam, indo para as bebedeiras, coisas fúteis que prejudicam a saúde, brigam, matam, fazendo tudo que foge do propósito do Criador. A adoração a Deus não seria por meio de formas materiais como eles eram acostumados. A adoração a partir dali seria em espírito e não diante de imagens ou ritos pagãos [Êxodo 20. 4-5]. Essa seria a adoração verdadeira, qualquer outro tipo de adoração seria, falsa. Deus também nos desafia a preservar a vida e abolir qualquer intenção imoral, fora da ética e má, que nasce no coração e dá lugar ao ódio e foge do caráter de seu caráter.

3. Princípios básicos dos dez mandamentos

Os dez mandamentos vão além de uma conformidade “externa” e superficial aos seus mandatos. Eles tratam com o coração, com os motivos, os desejos e pensamentos do coração.

Comentário adicional

Os dez mandamentos são princípios básicos que tratam com o coração, essa é a diferença. Quando falamos de princípios, falamos dos fundamentos que devem ser construídas toda estrutura que virá posteriormente. Eles foram dados para nortear a caminhada do povo e deveriam ser observados de forma íntegra, com o coração e não como uma cartilha cheia de estórias para serem decoradas e apresentadas sem qualquer mudança no comportamento.

3.1. Não devemos olhar apenas na letra da lei.

Para discernir os princípios básicos dos dez mandamentos e sermos norteados por eles, é preciso ir além da leitura, memorização, verbalizações e demonstrações exteriores. É crucial a experiencia do novo nascimento, a ajuda do Espírito Santo, estar em Cristo e, assim, ser movido pelo amor a Deus e ao próximo [Mt 23. 24]. Este foi o erro dos fariseus que Cristo apontou tantas vezes. Eles interpretaram os dez mandamentos como algo puramente legal e superficial. Guardava a ‘letra’ e se esqueciam do espírito da lei [Mc713; Rm 7.5; 2Co 3.6]. Por natureza, todos os homens preferem que a religião seja algo mecânico, algo que se possa realizar por si mesmo e com as próprias forças. Quase todo mundo quer uma religião que vá além de uma lista de proibições superficiais e externas.

Comentário adicional

A letra é inferior a dispensação do espírito, porque não era suficiente para alcançar toda a humanidade. Ela instrui o intelecto, o espírito instrui o coração. Mesmo benéfica num determinado período tornou-se ultrapassada [Romanos 7. 6], sendo por vezes utilizada como massa de manobra pelo judaísmo, tornando-se um fardo pesado, forçado e artificial. Mas o espírito nos leva ao novo nascimento. O apego a letra da lei nos dias atuais não tem profundidade de salvação, isto vemos na passagem do jovem rico. Em um encontro com Jesus , foi lhe feito uma pergunta, sabes os mandamentos? Após Jesus ao detalhar todos os mandamentos, o jovem respondeu: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade [Lucas 18.21]. Ele disse a verdade, todo judeu tinha obrigação de estudar e conhecer a lei desde criança. Ele esperava uma resposta positiva de Jesus, pois se sabia todos os mandamentos, porem Jesus retruca: ainda te falta uma coisa, vende tudo quanto tens, e dá-o, aos pobres, e terás um tesouro no Céu. E vem, e segue-me [Lucas 18.22] Jesus disse isto porque sabia que ele apenas conhecia a letra, mas faltava-lhe amor pelo próximo. O seu coração estava ocupado com seu dinheiro. “Se a questão era ser salvo, qual a necessidade do seu dinheiro no Céu? ” Isso é uma lição para nós. Conhecemos muitas vezes a letra, mas na hora de praticarmos o amor e seguirmos a Jesus não é tão fácil assim! Por essa razão Jesus pôs fim a lei dada por Moisés [Romanos 10. 4]. A salvação não é por decorar a lei, ou por lágrimas, choro, cânticos, orações ou outras coisas, mas para quem crer em Jesus. A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo [Jo 1.17]. Somos novas criaturas [2Corintios 5. 17]. Mas é necessário que revistamos do novo homem [Efésios 4.24], e lavar as vestes no sangue do cordeiro [Apocalipse 22.14]

3.2. Cada mandamento trata de um grupo de pecados

O pecado mencionado nos dez mandamentos representa grupos de pecados relacionados e similares. Ou seja, cada mandamento específico encabeça outros pecados semelhantes. Cada mandamento particular trata com uma categoria ou classe de pecados que estão relacionados. Por exemplo, o mandamento: ‘ Não mataras”, inclui muitos outros pecados. De acordo com o sermão do monte, inclui ódio, raiva injusta, palavras abusivas e até mesmo qualquer desejo ou inclinação para fazer mal ao nosso próximo [Mt 5.21-22]. Cristo ensinou nessa passagem que a pessoa que usa palavras abusivas é tão culpada quanto o homicida. Esses sentimentos manifestam o mal ao próximo e não o bem [Ef 4.31; 1Jo. 3.15]

Comentário adicional

Guardar os dez mandamentos tornou-se um fim em si mesmo e não um meio para cumprir a suprema lei de Deus que é o amor. Jesus fez referência aos dez mandamentos e mostrou ao homem o que Ele infligiria a cada mandamento.

Citaremos apenas alguns.

- Honra a teu pai e tua mãe [Exodo 20.12], quando o filho não honra os pais ele comete além do pecado da falta de amor, respeito e ética, ainda promove dissenções, brigas, ódio, mágoa dentro do lar. Honrar os pais porquanto se faz necessário. Más, veja o que Jesus falou em relação a Si e a família. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim. Jesus não excluiu a honra aos pais, o que Ele quis dizer é que nada nesse mundo deve substitui-lo no coração do homem (Mateus10.37).

- Não matarás. Perceba o que Jesus disse: Eu porém vos digo, que qualquer que sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo [Mateus 5.22], Jesus coloca o pecado da ira na mesma categoria do assassinato, ninguém, comete homicídio sem primeiro, maquinar o mal em seu coração ou estar com muita raiva.

- Não cometerás adultério – [Êxodo 20.14]: ouviste o que foi dito aos antigos, não adulterarás, eu, porém vos digo que qualquer que tentar numa mulher para cobiça-la, já em seu coração já cometeu adultério. Cada pecado proibido por Deus, vemos que antes ou depois, precederam vários pecados. Jesus se dirige a raiz do pecado, mas ele mesmo mostra a cura. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os pecados [1João 1.9].

- Meus filhinhos, essas coisas vos escrevo, para que não pequeis e, se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo o justo [1 João 2.1].

- O legalismo, nunca pode apagar de vez o pecado do homem, mas, o sacrifício de Jesus, esse sim [Isaias1.18]. O profeta já apontava para o verdadeiro cordeiro de Deus!   

3.3. Os mandamentos exigem uma vida prática

Em outras palavras, podemos dizer que os mandamentos são negativos e positivos. Eles são expressos negativamente para enfatizar a pecaminosidade dos homens, mas sempre vão além do elemento negativo e nos conduzem ao elemento positivo. Podemos ver este ponto, por exemplo, ” não cobiçarás” significa não apenas que deixemos a ganância, mas que estamos contentes com o que temos. Em outras palavras, gratidão e contentamento são o aspecto positivo do décimo mandamento. Mais um exemplo é Efésios 4. 28, onde aprendemos que, além de deixar o roubo, deve-se trabalhar honestamente e repartir com o que necessita.

Comentário adicional

Deus agiu com mão forte e não houve quem pudesse impedir o que por Ele mesmo foi determinado. [Êxodo 3.7-8]. O Senhor “viu”, “ouviu” e “sabe”. O Senhor liberta o homem de uma coisa. “pecado” e conduz a “salvação” sendo essa tipificada pela terra de Canaã. Em toda caminhada do povo Deus foi guiando-os, pelo caminho, dando-lhes, instruções de como seria sua vida prática a partir de agora [Êxodo 14.1] Em [Êxodo 15. 25b] O Senhor deu estatutos e ordenanças que seriam mandamentos negativos e positivos. Os quais seriam para evidenciar o que era pecado nos homens e, que os levam a  algo que seria positivo. As ordenanças negativas levavam seu povo a ter a pratica do bem, e isso é a pura verdade, uma vez que não pratico o mal, certamente estou praticando o bem, por exemplo, o Não cobiçar, indica que somos gratos com o que temos [Hebreus 13.5]. Todos os “nãos”, dos mandamentos estava declarando que suas práticas seriam pecados e os levariam a muitos outros pecados como já citados. Enquanto que suas observâncias levariam a pratica do bem e isso nos levaria a fazer uma aliança eterna com Deus e passaríamos a ser Seu tesouro especial entre todos os povos [Êxodo 19.3-6].

Conclusão

O fato de os dez mandamentos expressarem a vontade de Deus e revelarem o Seu caráter, deve mover-nos a estudá-los e procurarmos discernir os princípios neles contido. Evidente que, para tanto, devemos ser norteados pela contínua ação do Espírito Santo e pelo amor a Deus, visando um viver que agrada ao Senhor, testemunha a todos a salvação e o plano de Deus para a humanidade e a glória de Deus.

Comentário adicional

Antes de Cristo, a lei serviu como um espelho para mostrar a nossa maldade e a nossa capacidade de obedecer aos dez mandamentos por nós mesmo. Os dez mandamentos também revelam o caráter de Deus e Sua vontade para seu povo. São princípios eternos que nunca devemos deixar de observar, devemos discernir espiritualmente deixando que eles nos guiem a nova aliança revelada na cruz. A nossa salvação não consiste em viver debaixo de práticas religiosas, tentando seguir à risca as metas impostam sobre nós mas com ajuda do Espirito Santo que transforma o nosso velho homem e nos levam a cruz de Cristo, ou seja, a graça de Deus que um dia nos foi oferecida com amor como o apóstolo Pedro mesmo disse. “Agora pois, porque tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos Discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar”? Más cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também. [Atos15. 10 e11] Pedro não estava falando desrespeitosa mente sobre a lei de Moises, mas, afirmando que suas exigências estavam além da capacidade dos seres humanos cumprirem por causa das condições caída do homem. Conquanto nunca deixando de ser Deidade, e da expiação, ou seja, a cruz. O que tem o filho tem a vida “por meio da cruz”; quem não tem o filho de Deus, não tem a vida [1João 5. 12]

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bíblia de Estudo da Fé Reformada – Versão Almeida Revista e Atualizada- R.C SPROUL – Editor-Geral

Bíblia de estudo – King James – Atualizada.

Impressão – CPP – Casa Publicadora Paulista / Brasil 2020

Bíblia de Estudo Genebra – 2ª edição Revisada e Ampliada – Editora Cultura Cristã.

Bíblia de Estudo Thompson – Almeida edição Contemporânea

Bíblia de Estudo do Expositor – 2ª edição Revisada 2015

Revista de escola Bíblica Dominical do Professor - Adultos – Os dez Mandamentos – Mensagens – Estabelecendo Princípios e Valores Éticos, Morais, sociais, espirituais para uma Vida Abençoada 4 trimestres de 2024 – Ano no 133 - Editora Betel.

Revista de Escola Bíblica Dominical do Professor – Adultos – Ezequiel – O Profeta com uma Mensagem de Juízo, Arrependimento, restauração e manifestação da Glória de Deus 1º trimestre de 2022 -Ano 32 – No 122 – Editora Betel

Revista de Escola Bíblica Dominical do Professor – Moisés, o Legislador de Israel – Mensagem – Aprendendo a sabedoria Na Escola de Deus No Deserto, para ser Líder e Profeta – 2o trimestre de 2015 -Ano 25 No 95 – Editora Betel

 

Comentarista Adicional-Missionária Gidersi Vilar Borges Viana

 

Lição 12: O Amor a Deus e ao Próximo: construindo relações baseadas na Verdade, Bondade e Misericórdia

22 de dezembro de 24

TEXTO ÁUREO

“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é caridade. ” 1 João 4.8

 VERDADE APLICADA

O amor ao próximo é uma extensão do amor que desfrutamos com Deus, quando O amamos acima de todas as coisas.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Ensinar que devemos amar
Explicar a importância de amar o próximo.
Mostrar que devemos amar com toda intensidade Deus acima de tudo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

LUCAS 10

25 E eis que se levantou certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?

26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lés?

27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.

28 E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás.

INTRODUÇÃO

Quando os fariseus interrogam o Mestre sobre “o grande mandamento”, Jesus respondeu que amar a Deus sobre todas as coisas é o grande e primeiro mandamento e o segundo é amar ao próximo [Mt 22.37-38].

1-    O primeiro e grande mandamento

Os Dez Mandamentos revelam um atributo poderoso: o amor de Deus. Jesus, no Novo Testamento, resumiu os Dez Mandamentos em apenas dois: amar a Deus e ao próximo.

Comentário adicional

O primeiro e grande mandamento é descrito como "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mateus 22:37). Ele resume os quatro primeiros mandamentos da Lei de Moisés, que tratam do relacionamento do ser humano com Deus. Esses mandamentos mostram a importância de colocar Deus em primeiro lugar, adorando-O de forma exclusiva, respeitando Seu nome e dedicando tempo para honrá-Lo, como no sábado. Esse mandamento reflete o amor de Deus por nós, que deve ser correspondido com total dedicação, reverência e obediência. Jesus enfatiza que o amor a Deus é a base de todas as demais leis, pois quando O amamos de verdade, nossos pensamentos, atitudes e ações refletem esse compromisso.

1.1. Deus é amor.

Deus é amor. Essa é uma das declarações mais sublimes da Bíblia. O amor não é apenas um dos atributos de Deus; é a Sua própria essência e natureza. O amor divino é totalmente diferente do humano, uma vez que é incondicional, imutável e perfeito. Ainda que o amor do homem para com Deus oscile (ou para mais ou para menos), o amor de Deus não sofrerá alteração alguma, porque é da natureza dEle amar. Em tudo o que faz, Seu amor é demonstrado. Até mesmo quando corrige, o Eterno o faz porque ama [Hb 12.6]. A partir dessa verdade, a Bíblia declara que é impossível alguém conhecer a Deus e não amar [1Jo 4.8]. Da mesma forma que um filho porta consigo as características de seu pai, nós, como filhos de um Deus que ama, também devemos ser conhecidos por amarmos uns aos outros [2Pe 1.4; Jo 15.12].

Comentário adicional

Deus é amor é uma afirmação central na teologia cristã, destacada em 1 João 4:8. Isso significa que o amor não é apenas algo que Deus sente ou demonstra, mas é a essência de quem Ele é. Esse amor divino é diferente do amor humano, pois é:

Incondicional: Deus ama sem exigir nada em troca, independentemente das falhas ou méritos das pessoas.

Imutável: O amor de Deus nunca muda, mesmo diante das imperfeições humanas.

Perfeito: O amor de Deus não tem falhas e sempre busca o melhor para Suas criaturas.

Essa natureza de Deus é visível em todas as Suas ações, incluindo a disciplina, como mencionado em Hebreus 12:6, onde Deus corrige aqueles que ama para o seu próprio bem.

Além disso, quem realmente conhece a Deus deve refletir esse amor, porque Ele nos chama a amar uns aos outros como Ele nos ama. Como filhos de Deus, somos convidados a portar essa característica divina, vivendo em comunhão e demonstrando o amor prático no dia a dia (João 15:12). Dessa forma, participamos da natureza divina (2 Pedro 1:4), mostrando ao mundo quem é o nosso Pai celestial.

1.2.  O amor que Deus exige de nós.

A qualidade do amor que Deus estabelece a todos quantos crêem em Cristo é um amor devotado [Mt 22.37]. Esse amor exige uma atitude sincera de coração, pela qual atribuímos a Deus tanto valor e estima que verdadeiramente ansiamos por uma vida de intensa comunhão com Ele. Nosso amor a Deus deve ser predominante, inspirado em Seu amor por nós [1Jo 4.19]. Aqueles que realmente amam a Deus se empenham para que Sua glória e vontade na terra sejam compartilhadas. Promovem Seu Reino e vivem em prol de Sua honra e de Seus padrões de justiça [1Co 13.4-7]. O amor a Deus abrange um vínculo pessoal de fidelidade e lealdade a Ele. Essa fidelidade é expressa em nossa dedicação aos padrões justos de Deus em meio a um mundo que o rejeita [Fp 2.15].

Comentário adicional

O primeiro e grande mandamento é amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento, colocando-O acima de todas as coisas. Os Dez Mandamentos refletem o amor de Deus, que é a essência de Sua natureza: um amor incondicional, imutável e perfeito. Esse amor é demonstrado até na correção, pois Ele deseja o nosso bem. Assim como Deus é amor, somos chamados a refletir essa característica, vivendo em amor ao próximo e buscando comunhão com Ele.

O amor que Deus espera de nós deve ser sincero e devotado, uma resposta ao Seu imenso amor por nós. Esse amor nos leva a desejar uma vida de proximidade com Deus, promovendo Sua glória e vivendo em obediência aos Seus padrões de justiça. Quem ama a Deus de verdade dedica sua vida a honrá-Lo e a compartilhar Seu amor, mesmo em um mundo que rejeita Seus valores. Amar a Deus é um compromisso que se reflete em nossa fidelidade, lealdade e ações diárias.

1.3.  Amando de todo o coração.

Qual é a qualidade que melhor nos define como servos de Deus? O amor. Ele indica de quem somos discípulos [1Jo 4.16]. Amor é a palavra que nos liberta de todo o peso e dor da vida. Os momentos mais preciosos e sagrados da nossa vida são os que estão cheios de amor. Quanto maior a medida de nosso amor, maior o nosso gozo. Quando amamos ao Senhor, a obediência deixa de ser uma carga e se torna um desejo ardente em agradá-Lo [Cl 3.14]. Quando amamos ao Senhor, buscamos cada vez menos nossos próprios e exclusivos interesses e voltamos o coração às que bendizem e edificam aos demais. À medida que nosso amor pelo Salvador se faz mais profundo, nossa mente e coração se purificam. Experimentamos uma poderosa mudança em nossos corações, pelo que já não temos disposição para obras más, mas para fazer o bem continuamente [Jo 15.10].

Comentário adicional

Amar de todo o coração é a característica que melhor define um servo de Deus. O amor é a marca dos verdadeiros discípulos, como afirma 1 João 4:16. Ele nos liberta do peso e da dor da vida, tornando os momentos vividos em amor os mais preciosos e sagrados. Quando amamos ao Senhor, obedecê-Lo deixa de ser um fardo e se transforma em um desejo sincero de agradá-Lo (Colossenses 3:14). 

Esse amor nos afasta do egoísmo, voltando nossos interesses para o bem dos outros e para ações que edificam. À medida que o amor pelo Salvador cresce em profundidade, nossa mente e coração se purificam, e passamos a rejeitar as obras más, dedicando-nos continuamente ao bem (João 15:10). Amar a Deus de todo o coração transforma nosso ser, trazendo alegria e propósito à vida.

2- O segundo mandamento

O duplo mandamento do amor nos chama não somente para a direção vertical, nos ensina que esse sentimento deve se estender também na direção horizontal: para o próximo.

Comentário adicional

O segundo mandamento é "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:39). Ele complementa o primeiro mandamento ao direcionar o amor para os outros, enfatizando que o relacionamento com Deus (amor vertical) deve refletir-se no cuidado e respeito ao próximo (amor horizontal). Esse mandamento nos ensina a tratar os outros com o mesmo cuidado, empatia e respeito que desejamos para nós mesmos. O amor ao próximo é essencial para viver em harmonia e demonstra que o verdadeiro amor a Deus se manifesta em nossas atitudes em relação aos outros.

2.1. O amor ao próximo.

Sendo Deus a verdadeira essência do amor, e sendo nós participantes da natureza divina pelo novo nascimento [2Pe 1.4], aquele que cumprir o primeiro mandamento, também tem convicção sobre o dever e buscará cumprir o segundo. Amar o próximo como cumprimento da lei é destacado várias vezes em todo o Novo Testamento [Gl 5.14; Tg 2.8; Rm 13.8-10]. O apóstolo João escreveu sobre a conexão que existe entre amar a Deus e ao próximo [1 Jo 4.7-12]. Portanto, não está de acordo com a Palavra de Deus aquele que diz amar a Deus e não amar ao próximo. Mas devemos nos fixar na ordem em que aparecem os mandamentos: primeiro vem o amor a Deus e logo o amor aos semelhantes. Biblicamente, nosso relacionamento com Deus deve refletir em nosso relacionamento com o próximo.

Comentário adicional

O amor ao próximo é apresentado na Escritura como uma expressão concreta do amor a Deus, pois Deus, sendo a essência do amor, manifesta essa virtude como parte fundamental de Sua natureza (1 João 4:7-12). Pelo novo nascimento, somos regenerados e feitos participantes da natureza divina (2 Pedro 1:4), sendo assim capacitados a amar com o amor que procede de Deus. Esse amor é intrinsecamente ligado ao cumprimento da lei, como destacado em Gálatas 5:14, Tiago 2:8 e Romanos 13:8-10, onde o amor ao próximo é a plenitude da obediência à Lei divina.

Teologicamente, a ordem dos mandamentos reforça a centralidade de Deus em toda ética cristã: o amor a Deus é prioritário, pois Ele é a fonte e o sustentador de todo amor verdadeiro. Esse amor vertical transforma nosso ser interior e, como fruto dessa transformação, somos chamados a amar na dimensão horizontal, refletindo o caráter de Deus em nosso relacionamento com o próximo.

O apóstolo João enfatiza que amar a Deus sem amar ao próximo é incompatível com a Palavra de Deus, pois o amor ao próximo é uma evidência visível e prática do amor invisível a Deus. Dessa forma, o relacionamento com Deus é teologicamente indissociável do relacionamento com os outros, pois o amor divino, ao ser derramado em nosso coração, nos impele a viver em comunhão, misericórdia e serviço em prol dos semelhantes.

2.2. Amando como Ele amou.

A Bíblia nos encoraja a amar nosso próximo da mesma forma que Cristo nos amou [Ef 5.2]. A grande pergunta é: será que realmente estaríamos dispostos a cumprir com essa forma de amor? A Escritura nos afirma que, como filhos de Deus, temos que agir como Ele agiu e não há outro modo a não ser com um amor sacrificial. Além disso, não é apenas a forma de amar que João ensina, mas também a quem devemos amar. Se o Pai, o Deus Todo-Poderoso, o Criador, nos amou antes de ser amado por nós, muito mais nós, seres humanos, que já experimentamos tão maravilhoso amor, devemos amar ao nosso próximo, conforme nos ensina a parábola do bom samaritano [Lc 10.29-37].

Comentário adicional

A Bíblia nos chama a amar o próximo da mesma maneira que Cristo nos amou, um amor sacrificial, conforme Efésios 5:2. O amor de Cristo por nós não foi baseado em nossa dignidade ou merecimento, mas em Sua graça e compaixão, sendo um amor que se entrega e se sacrifica. A grande questão é se estamos dispostos a seguir esse exemplo e a praticar um amor que exige renúncia e entrega de nossa parte. A Escritura nos ensina que, como filhos de Deus, devemos agir conforme Ele agiu, e não há outra forma de amor genuíno senão o amor sacrificial, refletido na entrega de si mesmo pelo bem do outro.

Além da forma de amar, a Bíblia também ensina a quem devemos direcionar esse amor. O amor de Deus por nós foi incondicional e precedeu nossa capacidade de amá-Lo (1 João 4:19). Por isso, como seres que já experimentaram esse amor imenso e imerecido, somos chamados a amar o próximo, independentemente de sua posição ou status, assim como o bom samaritano fez na parábola de Lucas 10:29-37. Nesse relato, o samaritano, movido pela compaixão, demonstrou um amor prático e sacrificial ao ajudar alguém que estava em necessidade, exemplificando o tipo de amor que devemos ter uns pelos outros, refletindo o amor de Deus em nossas ações diárias.

2.3. Amando como a nós mesmos.

Um crente que ama a si mesmo sempre estará preocupado com sua vida espiritual. Sempre procurará conhecer mais acerca de Deus, permitindo ao Espírito Santo que molda seu caráter e que desenvolva Seu fruto em sua vida [Mt 6.33]. Jesus ordena que amemos ao próximo como amamos a nós mesmos. Isso significa que devemos estar sempre preocupados com o bem-estar de nosso próximo, em conduzi-lo à verdade da Palavra de Deus, a que ele aprenda acerca da justiça do reino, e que ele seja levado não somente a conhecer a Deus, mas a amá-Lo também de todo seu coração e entendimento. Amar ao próximo é não querer para ele aquilo que jamais desejaríamos para nós. É cuidar dele como cuidamos de nós mesmos.

Comentário adicional

Amar ao próximo como a nós mesmos, conforme a ordem de Jesus em Mateus 22:39, implica uma compreensão profunda do amor saudável que devemos ter por nossa própria vida espiritual. Um crente que se ama verdadeiramente busca constantemente o crescimento espiritual, empenhando-se em conhecer mais a Deus, permitindo que o Espírito Santo transforme seu caráter e desenvolva o fruto do Espírito em sua vida (Mateus 6:33). Esse amor próprio não é egoísta, mas está voltado para o bem-estar espiritual, emocional e físico, buscando alinhar sua vida com a vontade de Deus.

Quando amamos o próximo como a nós mesmos, isso significa cuidar do bem-estar do outro com o mesmo zelo que temos por nossa própria vida, não apenas no aspecto físico, mas principalmente no espiritual. O crente que ama a si mesmo deseja que o próximo também tenha um relacionamento profundo com Deus, conhecendo Sua Palavra, aprendendo sobre a justiça de Seu reino e sendo guiado ao amor a Deus de todo o coração e entendimento. Amar ao próximo, portanto, é não desejar para ele o que jamais desejaríamos para nós mesmos e cuidar dele com o mesmo carinho, atenção e dedicação que cuidamos de nossa própria vida.

3- O amor com toda a intensidade

Ambos mandamentos são necessários, pois, quando levamos as cargas uns dos outros, cumprimos a lei de Cristo. O amor está presente em todos os momentos da jornada de um verdadeiro discípulo de Cristo,

3.1. Amando a Deus de todo o coração.

Os mais entendidos acerca do amor dizem que o amor é como uma planta que deve ser regada a cada dia [1Ts 3.12]. Conhecer a Deus é o primeiro passo. À medida que vamos caminhando com Ele, vamos experimentando a qualidade do Seu amor, de Sua fidelidade e de Seus cuidados para conosco. Não podemos amar alguém que não conhecemos, portanto, conhecer a Deus deve ser nossa primeira prioridade [Ef 4.15]. Aqueles que buscam a Deus e Sua justiça, que levam a sério o mandato de amá-lo acima de todas as coisas, são aqueles que são apaixonados pelas coisas de Deus. Eles estão ansiosos para estudar a Palavra de Deus, orar, obedecer e honrar a Deus em todas as coisas, e estão dispostos a compartilhar Jesus Cristo com os outros [Dt 6.5]. É por meio dessas disciplinas espirituais que o amor de Deus cresce e amadurece para a glória de Deus.

Comentário adicional

Amar com toda a intensidade é uma exigência central na vida de um verdadeiro discípulo de Cristo. Os mandamentos de amar a Deus e ao próximo são interdependentes, e ao cumprirmos ambos, estamos levando as cargas uns dos outros e cumprindo a lei de Cristo. O amor deve ser constante, presente em cada momento da caminhada cristã.

Amar a Deus de todo o coração começa com o conhecimento d'Ele. Como uma planta que precisa ser regada, o amor por Deus precisa ser alimentado diariamente. Conhecer a Deus é o primeiro passo, e à medida que caminhamos com Ele, vamos experimentando a profundidade de Seu amor, fidelidade e cuidado. Não podemos amar alguém que não conhecemos, e, por isso, a prioridade de todo cristão deve ser crescer no conhecimento de Deus (Efésios 4:15).

Os que amam a Deus de todo o coração são aqueles que buscam Sua justiça e desejam estar em sintonia com Ele. Eles se dedicam ao estudo da Palavra, à oração, à obediência e ao compromisso com a obra de Deus, compartilhando o evangelho com os outros (Deuteronômio 6:5). Essas práticas espirituais são os meios pelos quais o amor de Deus em nós cresce e se amadurece, para que Ele seja glorificado em nossa vida.

3.2. Amar como Ele nos amou.

Jesus Cristo ordena que a qualidade de nosso amor para com os nossos semelhantes alcance a mesma intensidade do amor com o qual Ele nos ama [Jo 15.12]. Para que alcancemos tal estágio é preciso viver um relacionamento diário, onde nossas limitações devem ser transformadas na medida em que o Espírito Santo desenvolve a semelhança de Cristo em nós. Através de uma vida prática, cheia de compaixão e de renúncia aos manjares que nos rodeiam. Jamais poderemos amar como Cristo amou se não seguirmos Seus exemplos e deixarmos de cumprir o que disse em Sua Palavra. Devemos permitir que o Espírito Santo nos conduza a andar como Cristo andou [1Jo 2.6], é isso que Paulo nos convoca a ser: Seus imitadores [1 Co 11.1].

Comentário adicional

Amar como Cristo nos amou é um desafio que exige uma transformação profunda em nossas vidas. Jesus ordena que o amor que temos pelos outros seja da mesma qualidade e intensidade do amor com o qual Ele nos amou (João 15:12). Para alcançar esse amor, é essencial um relacionamento diário com Deus, onde nossas limitações são superadas à medida que o Espírito Santo trabalha em nós, formando em nós a semelhança de Cristo.

Esse processo envolve viver de maneira prática, com compaixão e renúncia aos prazeres e interesses egoístas que o mundo nos oferece. Não podemos amar como Cristo sem seguir Seu exemplo, e para isso devemos nos submeter à Sua Palavra e permitir que o Espírito Santo nos guie a viver conforme Ele viveu (1 João 2:6). O apóstolo Paulo nos exorta a ser imitadores de Cristo, refletindo em nossas atitudes o amor sacrificial e a dedicação que Ele demonstrou (1 Coríntios 11:1).

3.3. Quem é o meu próximo?

A pergunta do mestre da lei acerca de quem era o próximo que deveria ajudar foi respondida por Jesus com uma parábola acerca de um homem que havia sido roubado e espancado no caminho de Jerusalém para Jericó [Lc 10.27-30]. Jesus deixa claro que a compaixão não está limitada ao âmbito do grupo religioso ou social ao qual pertencemos, mas que o próximo é todo aquele que precisa de nós em algum momento. As atitudes do samaritano em prol daquele homem ferido revelam que a compaixão é o que nos moverá em direção ao necessitado seja ele quem for. O samaritano interrompeu sua viagem, cuidou de suas feridas, o conduziu a um lugar onde alguém pudesse cuidar dele e pagou para que ele fosse bem cuidado. O amor não pode ficar apenas nas palavras, deve ser expressado em ações [Mt 22.39; Lc 6.30a].

Comentário adicional

A pergunta sobre quem é o nosso próximo foi respondida por Jesus na parábola do bom samaritano (Lucas 10:27-30). Jesus ensina que o próximo não é limitado a um grupo religioso ou social específico, mas inclui qualquer pessoa que precise de nossa ajuda em determinado momento. A compaixão deve nos mover em direção ao necessitado, independentemente de quem ele seja.

Na parábola, o samaritano, ao encontrar o homem ferido, interrompeu sua viagem, cuidou das suas feridas, levou-o a um local seguro e pagou para que fosse bem tratado. Esse exemplo nos mostra que o amor deve se traduzir em ações concretas, e não ficar restrito a palavras (Mateus 22:39; Lucas 6:30). A verdadeira compaixão nos leva a agir em favor do próximo, ajudando-o em suas necessidades, sem discriminação.

CONCLUSÃO

Deus é amor. Portanto, todos os outros atributos de Deus e Suas ações se harmonizam por meio de Seu amor. A Bíblia diz que o amor de Deus é derramado pelo Espírito Santo no coração dos nascidos de novo. Assim, nosso relacionamento com Deus deve ser uma expressão de nosso amor para com Ele e, como resultado, também para com o próximo [Rm 13.8-10], para a glória de Deus.

Conclusão adicional

Em conclusão, os mandamentos de amar a Deus e ao próximo, tal como apresentados nas Escrituras, são a base da vida cristã e refletem a essência do evangelho. Amar a Deus com todo o coração é um compromisso profundo que envolve um relacionamento diário com Ele, alimentado por práticas espirituais que nos moldam à Sua imagem. Esse amor não é passivo, mas é uma resposta à revelação do amor divino por nós, um amor sacrificial e incondicional, como demonstrado por Cristo.

Amar o próximo, como Cristo nos amou, é um desafio que nos chama a ir além das palavras, expressando o amor em ações concretas, como vimos no exemplo do bom samaritano. O amor cristão deve ser prático, movido pela compaixão e pela disposição de sacrificar nossos interesses em favor dos outros. O próximo, segundo Jesus, não é apenas aquele que pertence ao nosso círculo religioso ou social, mas qualquer pessoa que necessite de nossa ajuda, independentemente de quem seja.

Essa jornada de amor exige a atuação contínua do Espírito Santo em nossas vidas, que nos transforma e nos capacita a viver como Cristo viveu, amando sem restrições e imitando Sua bondade e misericórdia. O verdadeiro amor cristão é aquele que se reflete em nossa vida prática, tanto em nossa relação com Deus quanto com o próximo, e é esse amor que nos distingue como discípulos de Cristo.

FONTES

https://chatgpt.com/c/66f70325-0680-8002-889e-376c0cabf547

https://escolabiblicadominical.org/licoes-biblicas-ebd-betel/

https://gemini.google.com/app?utm_source=app_launcher&utm_medium=owned&utm_campaign=base

Microsoft Copilot no Bing

https://www.bibliaonline.com.br/

http://www.ebd316.com.br/

https://escolabiblicadominical.org/licao-12-o-amor-a-deus-e-ao-proximo/

 

COMENTARISTA

Presbítero Dênis Barbosa – Servo do Senhor – ADTAG 316 Samambaia Sul

 

 

 

 

 


LIÇÃO 11 - NÃO COBIÇARÁS O QUE É DE TEU PRÓXIMO: CULTIVANDO UM ESPÍRITO DE CONTENTAMENTO E GRATIDÃO PELO QUE TEMOS

15 de dezembro de 2024

TEXTO ÁUREO

“Mas é grande ganho a piedade com contentamento.” 1Timóteo 6.6

VERDADE APLICADA

Devemos enfrentar a inclinação à cobiça, andando em Espírito e nos contentando com o cuidado e a provisão de Deus, com alegria e louvores.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Ensinar acerca da cobiça e suas diversas formas;

Apresentar a cobiça como algo desenfreado, profano;

Mostrar o lado positivo do décimo mandamento.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1CORÍNTIOS 10

1- Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar.

2- E todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,

3- E todos comeram de um mesmo manjar espiritual,

4- E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.

5- Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto.

6- E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobiçamos as coisas más, como eles cobiçaram.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

INTRODUÇÃO

O décimo mandamento trata dos desejos impróprios que surgem no pensamento e coração do ser humano que, se guardados e alimentados, causam prejuízos ao relacionamento com Deus e com o próximo. O enfrentamento passa por não ignorar ou desprezar tal realidade e recorrer à Palavra de Deus e ajuda do Espírito Santo para continuarmos nos contentando com o cuidado e a provisão de Deus, bem como vigiando quanto às nossas intenções e motivações. Afinal, somos do Senhor!

1- AS VÁRIAS FACES DA COBIÇA

A função do décimo mandamento é inibir a cobiça de modo geral. Ele proíbe especificamente a cobiça da mulher, dos empregados, dos animais e de todos os bens materiais e ideais do próximo.

1.1. O décimo mandamento.

No sétimo mandamento vemos a proibição do adultério, no décimo, vemos algo mais profundo: a proibição do desejo. Esse último mandamento visa proteger o ser humano das ambições erradas, a tal cobiça que tem infectado a muitos nas suas mais diversas formas. O mandamento é abrangente e abarca a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida [Gn 3.6; 1Jo 2.16]. Ο qual envolve diversas modalidades de pecados, como: a sensualidade, a luxúria, o desejo desenfreado por possessões ilícitas, a obsessão pelo poder, a ostentação esnobe e orgulho.  Desde a queda do homem, esse mal desenfreado continua se alastrando e a única maneira de contê-lo é começando com uma profunda mudança no interior pela poderosa ação da Palavra de Deus e do Espírito Santo [Mc 7.21-23].

Comentário adicional:

O décimo mandamento, como destacado, vai além da proibição de atos externos, como o adultério ou o roubo, ele toca na questão dos desejos. A cobiça é a expressão do descontentamento com as coisas que se tem, o que ocasiona uma busca, um desejo pelas coisas alheias, que vai de encontro com os princípios estabelecidos na Palavra de Deus

A cobiça passar a existir tendo por base três fontes principais:

1) Concupiscência da carne: Desejos que buscam satisfazer prazeres físicos e sensuais. A concupiscência da carne é uma consequência do estado decaído do ser humano. E, tem por consequência a busca por prazeres imediatos e desordem nos desejos.

Como vencer a Concupiscência da Carne?

- Vivendo no Espírito Santo: "Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne" (Gálatas 5:16). É através do Espírito Santo que recebemos a capacidade para resistir às tentações.

- Renovando nossa mente: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Romanos 12:2 NVI).

- Pondo em prática uma disciplina espiritual: A prática de oração, jejum e leitura bíblica ajuda a dominar os desejos da carne. A palavra de Deus nos diz que: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26.41).

-Fugindo da tentação: “Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” (2 Timóteo 2.22- ACF). Reconhecer situações de perigo e afastar-se delas é essencial.

2) Concupiscência dos olhos: A ânsia por aquilo que é visualmente atrativo, como bens materiais e riquezas. Diz respeito aos desejos pecaminosos despertados pela visão, que levam a pessoa a cobiçar aquilo que é proibido ou que não lhe pertence. Temos o claro exemplo da passagem de Gênesis 3:6: "Vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu”. Em Josué 7:21: Acã confessou que viu entre os despojos uma capa babilônica, prata e ouro, e os cobiçou, mostrando que a concupiscência dos olhos pode levar à desobediência a Deus.

A Concupiscência dos olhos tem como consequência o pecado da idolatria pelas coisas materiais; a insatisfação, pois nada nunca é o suficiente; e a ruptura do relacionamento com Deus.

Como Vencer a Concupiscência dos olhos?

- Exercitar o contentamento: Seja grato por tudo que Deus já proveu, a palavra de Deus nos diz em Filipenses 4:11-12, que “Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância.  Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade”. Tudo posso naquele que me fortalece. Creia nisso, meu irmão e minha irmã.

- Guardar os olhos: A palavra de Deus nos afirma em Mateus 6:22-23 que “Os olhos são a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será cheio de luz. Mas se os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas.  Devemos cuidar de nossos olhos e em que o fixamos. Assim como Jó fez um pacto com seus olhos para não olhar com cobiça (Jó 31:1), devemos desviar nosso olhar do que pode nos levar a pecar. Em Hebreus 12:2-3, a Bíblia diz: "Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa".

- Buscar coisas espirituais: Colocar o foco nas coisas que são do alto, e não nas coisas passageiras deste mundo, como aponta Colossenses 3:1-2.

 3) Soberba da vida: A soberba da vida refere-se ao orgulho excessivo, à arrogância e ao desejo de exaltação pessoal baseado em conquistas, status social, riquezas ou poder. Como Exemplo de soberba da vida podemos citar: Confiança nas riquezas ou posses, busca desenfreada por status ou reconhecimento, achar que pode vencer com seu próprio esforço e a não dependência de Deus.

Provérbios 16:18, nos alerta que "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda".

1.2. Não cobiçarás.

“Casa” aqui corresponde a tudo o que pertence ao próximo, tudo aquilo que ele tem necessidade, tudo o que constitui e prolonga sua vida pessoal [Êx 20.17]. A enunciação desse mandamento propõe possíveis exemplos de cobiça, mas sua lista não é exaustiva, mas coloca as pessoas na vida da comunidade. A versão de Deuteronômio 5.21 coloca antes da cobiça pela “casa”, a cobiça pela mulher do próximo, o que supõe uma evolução no pensamento em relação à mulher. Ela é a coisa mais importante do próximo, não seus pertences. A obra divina de libertação deve chegar até o coração. Pois a cobiça é o obstáculo; ela é uma interrogação dentro de cada indivíduo, e lá onde só existe Deus como testemunha, ela pode assumir muitas formas [Mt 6.24; Lc 12.15; 1Co 13.4].

1.3. Um mal corrosivo.

A cobiça é o desejo irreprimível de querer ser como os outros, o desejo excessivo de ser o que os outros são e não podemos. É um desejo excessivo que corrói, e que promete uma felicidade que não dará: é aí que reside o seu fracasso. O ser humano nunca poderá satisfazer-se apenas com bens materiais ou conquistas temporárias. Se assim fosse, esta seria a época mais feliz da história, porém, não é. Notamos que os consultórios de neurologistas, psicólogos e psiquiatras, especialmente das grandes cidades e dos países ricos, estão cheios de pessoas insatisfeitas, não por problemas econômicos, mas por motivos existenciais. O problema se localiza no “ser” pessoal, no mais profundo da alma humana [Lc 12.15].

Comentário Adicional:

A abrangência do mandamento

Esse mandamento não se limita a desejos explícitos, mas engloba também a inveja, a ganância, a luxúria e outras formas de insatisfação com a providência divina. É uma advertência contra a tentação de buscar atalhos ou injustiças para obter aquilo que se deseja.

O antídoto divino para a cobiça é transformação dada pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus, como aponta Marcos capítulo 7. Quando depositamos nossa confiança no Senhor, somos libertos do pecado da cobiça, o que traz contentamento com as coisas que já conquistamos e gratidão.

A obra divina de libertação deve chegar até o coração, pois a cobiça é um pecado interno que nasce das coisas que fixamos os olhos e de nossos desejos (Tiago 1:14-15). A Bíblia nos ensina que a verdadeira libertação começa dentro para fora, e apenas Deus tem a capacidade de sondar e transformar o ser humano. Vale destacar que Jesus ensina que, “Ninguém pode servir a dois senhores” [Mt 6.24], e “a vida de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui” [Lc 12.15].

Aplicação prática

  1. Vigiar o coração: Avaliar constantemente nossas motivações e desejos, identificando atitudes de cobiça.
  2. Buscar contentamento: Desenvolver uma mentalidade de gratidão pelas bênçãos recebidas.
  3. Confiar na provisão divina: Crer que Deus suprirá nossas necessidades conforme a Sua vontade e no Seu tempo.

A cobiça, quando não controlada, pode levar a atos de injustiça e destruição. Mas, com a ajuda de nosso Deus, podemos superá-la e viver da forma que O agrada.

2- OS PERIGOS DA COBIÇA

Cobiçar é estritamente proibido pelo décimo mandamento. Cobiçamos sempre que colocamos nosso coração naquilo que legitimamente não nos pertence, e isso pode ser muito perigoso [Êx 20.17].

2.1. A cobiça é um desejo profano.

Thomas Watson, o puritano, definiu a cobiça como “o desejo de possuir o mundo”. Claro que nem todos os desejos são egoístas, o problema está nos desejos corrompidos, os quais nossa natureza pecaminosa se inclina a querer. O problema reside quando desejamos a coisa errada, da maneira errada e na hora errada [Ec 3.1]. Esse mandamento proíbe nosso descontentamento em relação a nossa condição de vida. Não podemos ter sentimento de pesar pela prosperidade de nosso próximo ou afeições desordenadas sobre algo que lhe pertença. Sempre existirá algo de inveja a cobiça. Quando Eva comeu o fruto proibido, não o fez somente pelo prazer de comer o fruto, mas porque era “desejável para dar entendimento”, como sugerido pelo inimigo [Gn 3.5]. Satanás lançou em seu coração uma mentira. Ela comeu pela cobiça que a mentira lhe causou [Gn 3.6].

Comentário adicional:

A Bíblia nos chama atenção que devemos nos contentar e ter gratidão em todas as circunstâncias de nossas vidas. Paulo declara em Filipenses 4:11-12, que a verdadeira satisfação está em Deus e não nas coisas materiais, como citado anteriormente. A cobiça, descrita no texto como um desejo profano e desordenado, é condenada Êxodo 20:17. O texto diz que “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”.

Como servos do Senhor, somos chamados a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça (Mateus 6:33). Esse foco nos livra da cobiça e nos conduz a uma vida de plenitude e contentamento em Deus.

2.2. Cobiçar pode ser um desejo mortal.

Quando Deus escreveu com seu próprio dedo os mandamentos colocou a cobiça no mesmo grupo dos “grandes pecados”. Ele não alterou a ordem, colocando em primeiro os pecados dramáticos e intrigantes (roubo, adultério, assassinato), terminando depois com a cobiça que parece ser um pecado brando, mas tão condenável quanto qualquer um dos outros. Em todos os demais textos ao longo da Bíblia, a cobiça aparece de forma condenável. Jesus a citou junto com o roubo, o assassinato e o adultério [Mc 7.21-22]; Paulo afirma que os cobiçosos não herdarão o reino [1Co 6.9-10; Ef 5.5; Cl 3.5]. A triste história de Acă nos mostra como alguém pode precipitar sua própria vida por algo que talvez nunca desfrute. A Bíblia nos diz que antes de Acă roubar o tesouro, ele o cobiçou [Js 7.21].

Comentário adicional:

A cobiça é um pecado que afeta o coração e a mente, o que pode levar a outros pecados visíveis, como roubo, adultério ou assassinato. Jesus Cristo também abordou essa questão no Sermão do Monte, enfatizando que o pecado começa nas intenções do coração (Mateus 5:27-28).

2.3. A cobiça é um falso amor.

A cobiça é o amor que está fora de ordem, fora de proporção e fora do lugar, é um amor falso e traiçoeiro. Significa colocar nossos afetos onde não correspondem, ou seja, colocar “coisas”, como: dinheiro, sucesso ou fama, no centro, acreditando que tais coisas oferecem uma base sólida para a existência [Hb 3.12-14]. Cobiçar não é apenas desejar algumas coisas que não temos, é desejar algo que outra pessoa tem [Pv 14.30]. A cobiça torna as “coisas” mais importantes do que as pessoas e suas necessidades. Cobiçar é colocar as coisas acima dos valores eternos e espirituais. Ao ler o relato da história da vinha de Nabote, vemos o que a cobiça é capaz de fazer no coração de um ser humano. Acabe desejou o que não poderia lhe pertencer de maneira legal e, para obter sucesso, teve que matar Nabote [1Rs 21.1-16].

Comentário adicional:

A ligação entre cobiça e idolatria reflete a inversão da prioridade, onde Deus deveria estar no centro de nossas vidas. Jesus ensinou que "a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui" (Lucas 12:15), destacando que os tesouros espirituais são mais valiosos do que as coisas deste mundo. Devemos buscar primeiro o Reino de Deus e sua justiça, crendo que Ele proverá tudo o que precisamos (Mateus 6:33).

A cobiça reduz a obra prima (ser humano) de Deus a meras coisas. Ela distorce nossas prioridades e nos expõe a um sentimento de vazio interior, a comparação social, ao isolamento e sofrimento, que pode levar a depressão.

A cobiça reduz a obra-prima (ser humano) de Deus a meras coisas. Ela distorce nossas prioridades e nos expõe a sentimentos de vazio interior, comparação social, isolamento e sofrimento, que podem levar à depressão.

3- O LADO POSITIVO DO DÉCIMO MANDAMENTO

Como os outros nove mandamentos, o décimo não se refere apenas a certos atos específicos de comportamento, mas a valores e atitudes. Ele nos chama para uma vida prática, de intimidade com Deus.

3.1. Devemos aprender a estar contentes.

Vivemos em uma sociedade cheia de descontentamento. Nós nos sentimos insatisfeitos com nossos empregos, salários, casamento, igreja, saúde, nossa aparência e em quase todas as áreas de nossas vidas. Essa falta de contentamento é o produto do pecado em nós. Com o descontentamento vem a reclamação; e com a reclamação, o enfado; e com o enfado a amargura [Nm 11.5-6; 14.2]. O contentamento é uma das virtudes cristãs mais importantes. Ele não é circunstancial, não depende de nossa situação, mas, sim, de uma pessoa: Deus. Paulo nos diz que Deus é tudo o que precisamos e tudo o que devemos desejar [Fp 4.11-13]. Nosso Senhor nos diz que não devemos viver ansiosos e inquietos quanto ao suprimento das necessidades de tal maneira que desvia nossa atenção quanto a buscar primeiro o reino de Deus e sufoque nossa confiança no poder provedor do Senhor [Mt 6.31-34].

Comentário adicional:

Em 1 Timóteo 6.6-8, o apóstolo Paulo nos apresenta uma declaração que redefine o conceito de riqueza. Ele afirma que a verdadeira prosperidade não está na aquisição de bens materiais, mas em uma vida dedicada à piedade e ao contentamento. Nesta passagem, somos desafiados a viver submetidos aos padrões de Deus, felizes e satisfeitos, tendo em mente que chegamos a este mundo sem nada e dele partiremos sem carregar nenhuma bagagem.

Devemos trazer à memória o que Cristo nos assegura: "Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: ‘Nunca o deixarei, nunca o abandonarei’" (Hebreus 13.5).

Na contemporaneidade, somos constantemente atravessados pela cultura do consumismo, onde o foco em bens materiais e status social intensifica nosso descontentamento. Nesse contexto, as redes sociais podem agravar o sentimento de insatisfação, ao apresentarem uma realidade frequentemente ilusória sobre a vida dos outros.

Diante dessa realidade, oferecemos, nestas breves reflexões, algumas orientações práticas para fortalecer a fé e encontrar paz em Deus:

  • Oração: A prática regular da oração é um meio poderoso de renovar a fé, cultivar uma conexão com Deus e encontrar serenidade em meio às dificuldades.
  • Leitura da Bíblia: Enfatizamos a importância da leitura frequente das Escrituras, que servem como regra de fé, prática, e uma fonte inesgotável de sabedoria e inspiração.
  • Relacionamento com os irmãos em Cristo: É essencial manter comunhão com outros cristãos, buscando apoio mútuo e encorajamento para perseverar na caminhada espiritual.

Que essas práticas nos auxiliem a viver de forma mais plena e em harmonia com os ensinamentos de Cristo. Essa mensagem nos ensina a colocar nossa confiança em Deus, que é o provedor de tudo o que necessitamos. A piedade com contentamento é um grande ganho, porque demonstra que entendemos que Deus é suficiente em todas as circunstâncias. Essa verdade nos liberta da ansiedade e do apego excessivo aos bens materiais, permitindo-nos viver uma vida plena em Cristo.

3.2. Devemos crer na suficiência de Deus.

A dura verdade é que na raiz da cobiça está a rejeição da suficiência de Deus em nossas vidas. Cobiçar é o mesmo que dizer que Deus não é o suficiente para nós, e ainda nos falta algo. É preciso ter sempre em mente que Nosso Pai Celestial “bem sabe” de nossas necessidades e é amoroso e poderoso para suprir todas [Mt 6.32]. As coisas não foram planejadas para tomar o lugar dEle [Lc 12.34]. Como diz o pastor James Macdonald: “Quando alcançamos algo e o tornamos essencial, e em seguida suplicamos a Deus que nos dê, estamos lhe pedindo que coloque no lugar dEle mesmo determinada coisa que consideramos mais importante” [Mt 6.24]. Os primeiros discípulos entenderam muito bem essa perspectiva de vida. Após o fracasso da pesca, Jesus entrou em suas vidas e tudo mudou. Imediatamente, eles abandonaram o peixe, o barco, e resolveram ficar com Ele [Lc 5.11].

Comentário adicional:

A mensagem central da Bíblia destaca a suficiência de Deus como um alicerce essencial para a nossa fé, oferecendo orientação em nossa jornada cristã. Em Filipenses 4:19, o apóstolo Paulo afirma: "O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as Suas riquezas na glória em Cristo Jesus." Essa declaração nos lembra que, ao colocarmos nossa confiança total em Deus, Ele não apenas atende às nossas necessidades materiais, mas também preenche nosso coração e espírito com Sua presença. Quando compreendemos essa verdade, aprendemos a renunciar a qualquer anseio que possa tentar ocupar o lugar exclusivo de Deus em nossas vidas.

3.3. Devemos viver com simplicidade.

Na vida espiritual, a simplicidade também pode ser considerada uma virtude. Para Davi, ela é o descanso que a alma encontra quando encontra redenção, satisfação e respostas em Deus [Sl 131.1-2]. Embora o salmista reconheça que há coisas ainda grandes e incompreensíveis para ele, ele assume a simplicidade como a doce serenidade de uma criança que descansa nos braços seguros de sua mãe depois de ser alimentada. Não há mais choro, não há mais sentimento de insegurança, agora só resta descansar e aproveitar aquele momento. Para nós, cristãos, esta simplicidade vital é uma decisão de fé que se traduz na confiança serena que nasce de uma relação pessoal com o Senhor Soberano que cuida de nós [Sl 125.1-2].

Comentário adicional:

Assim como uma criança confia plenamente em seus pais, nós também podemos confiar plenamente em Deus, entregando a Ele todas as nossas preocupações e ansiedades. A simplicidade, nesse sentido, não é apenas um estado de espírito, mas uma prática diária de confiar em Deus em todas as circunstâncias da vida. É buscar a vontade de Deus acima de tudo e encontrar satisfação em Sua presença.

Jesus, o maior exemplo de simplicidade, nos ensinou a buscar primeiro o reino de Deus e sua justiça (Mateus 6:33). Ao seguir Seus passos, somos convidados a renunciar às riquezas mundanas e a viver uma vida simples, focada no essencial. A simplicidade nos liberta do consumismo e da busca incessante por mais, permitindo-nos apreciar as pequenas coisas e encontrar alegria na presença de Deus.

Conforme mencionado anteriormente, a oração é um recurso valioso para promover a simplicidade em nossas vidas. Quando dedicamos momentos para dialogar com Deus, desenvolvemos a capacidade de confiar em Seus planos e de encontrar serenidade mesmo diante das dificuldades. A prática da oração nos orienta a simplificar nossa rotina, descartando o que é desnecessário e focando no que realmente importa.

CONCLUSÃO

O décimo mandamento é um alerta aos discípulos de Cristo para cultivarem, com a imprescindível ajuda do Espírito Santo, o necessário contentamento que se expressa na gratidão ao Nosso Pai Celestial por Seu contínuo cuidado e provisão, com alegria e louvores ao Senhor. Tal postura, diz a Palavra, é uma grande fonte de riqueza [1Tm 6.6]. Ao final deste estudo, cantemos o Hino 473, da Harpa Cristã: “Que outro bem ansioso buscarei? Bem melhor, que Jesus não acharei”.

Comentário adicional:

O décimo mandamento nos mostra que a verdadeira felicidade não se encontra nas posses materiais, mas em um coração grato. Ele nos ensina a importância da comunidade e da compaixão, incentivando-nos a amar e servir aos outros.

Dessa maneira, o décimo mandamento complementa e sintetiza os outros nove, porque atua na raiz dos comportamentos humanos: os pensamentos e desejos do coração. Esse mandamento está relacionado ao coração e às motivações humanas, enquanto os outros mandamentos abordam ações e comportamentos externos.

A cobiça é a raiz de todo o mal, pois ela desafia a ordem divina estabelecida nos Dez Mandamentos. Ao cobiçar o que pertence ao outro, violamos o mandamento de não cobiçar e, consequentemente, abrimos as portas para outros pecados como o roubo, a mentira e o adultério. A lei de Deus, ao proibir a cobiça, nos convida a uma vida de santidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Bíblia do Obreiro – Edição Revista e Atualizada – 2007 sociedade bíblica do Brasil.

Revista Betel Dominical, adultos, 4º Trimestre de 2024, ano 34, nº 133. OS DEZ MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Éticos, Morais, Sociais e Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada. Lição 11: Não cobiçarás o que é de teu Próximo: cultivando um espírito de contentamento e gratidão pelo que temos | 4° Trimestre de 2024 | EBD BETEL.

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COMENTARISTA DA LIÇÃO:

Diaconisa Cristiane Delfino – ADTAG 316 – Samambaia Sul – DF.