O VERDADEIRO DISCÍPULO GLORIFICA A DEUS
Lição 10 – 3 de dezembro de 2023
TEXTO ÁUREO
“E
o que a si mesmo se exaltar, será humilhado, e o que a si mesmo se humilhar,
será exaltado.” Mateus 23.12
VERDADE APLICADA
O
discípulo de Cristo deve ser exemplo, para o rebanho, de um viver coerente com
os princípios bíblicos, para a glória de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar sobre
o poder do discipulado;
Expor critérios
para verdadeiros discípulos que exercem liderança;
Revelar erros
do falso poder.
TEXTOS DE REFERÈNCIA
MATEUS 23
6.
E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7.
E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens – Rabi, Rabi.
8.
Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a
saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
9.
E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está
nos céus.
10.
Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
11.
Porém o maior dentre vós será vosso servo.
12.
E o que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar,
será exaltado.
LIÇÃO E COMENTÁRIOS ADICIONAIS
INTRODUÇÃO
Ser
Todo-poderoso é a natureza de Deus, chamada de onipotência; ao homem resta
reconhecê-la e se submeter a ela. Não é errado um discipulador ter poder, desde
que ele venha de Deus e sirva para Sua glória e Seu propósito.
Comentário adicional:
Em
Gn 17.1, quando Deus aparece a Abraão Ele diz: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso,
anda em minha presença e sê perfeito”. Nesse versículo Ele afirma a seu servo
que todo poder pertence a Ele e nada Lhe é impossível, que Seu poder é total.
Por outro lado, nosso poder é limitado, delegado, e tudo o que formos fazer
depende Dele, que sem Ele nada podemos fazer. Por isso, devemos reconhecer o
Seu poder e fazermos tudo para Sua glória e louvor, conforme a Sua vontade. Ao
reconhecermos o Seu poder nos tornaremos mais humildes e dependentes, sendo
assim capazes de cumprir o Seu chamado e amar o nosso próximo.
1- A ONIPOTÊNCIA DIVINA
O
termo onipotente vem do latim omni, “todo, completo” mais potens, “aquele que
pode, potente”. O nome de Deus em hebraico é El Shaddai, que significa
Deus Todo-Poderoso. Foi assim que Ele se apresentou a Abraão [Gn 17.1].
Conhecer esse atributo divino é fundamental para que o ser humano se coloque na
dependência do Deus que tudo pode [Jó 42.2]. Engana-se quem pensa que conhece
Deus, mas se acha poderoso [Jo 15.5]. Jesus destacou o poder de Deus em
contraste com o humano [Mt 19.26].
Comentário adicional:
Conforme
visto anteriormente o poder de Deus é infinito, Ele tem o poder sobre todas as
coisas, em todos os momentos e em todos os sentidos. Todos os Seus propósitos
são realizados e nada pode impedi-Lo. O maior exemplo do poder de Deus foi na
criação, onde tudo o que existe foi criado pelo poder de Sua Palavra. Ele
falava haja e o que não existia passava a existência (Gn 1, 3, 6, 9, ...).
Assim, o firmamento, os céus e a vida como conhecemos foram criados e continuam
sendo sustentado por Ele. "Pela palavra do SENHOR foram feitos os
céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca" (Sl
33:6). Portanto irmãos, como Jó precisamos reconhecer a onipotência de Deus e
reconhecermos que dependemos Dele, que o nosso propósito aqui na terra é
trabalharmos em união em prol do crescimento do reino.
1.1. Designa destinos
Homens
não são capazes de designar o destino das pessoas. Só Deus tem esse poder [Pv
21.1] e usa para Sua glória e propósito [Fp 2.13]. A maior mudança de destino
foi quando Deus enviou Seu Filho para salvar o homem do inferno [Jo 3.16],
portanto, vinculada à eternidade. Homens com sede de poder estão com seu
coração nas coisas desta terra [Mt 6.21], como Diótrefes, que procurava
ardentemente ser reconhecido como a pessoa mais importante naquela igreja
local.
Comentário adicional:
Quando
Deus em Sua infinita misericórdia enviou o Seu filho amado ao mundo, Ele
designou a todos os que creriam no Santo Evangelho a salvação eterna. Somente Ele
através de Seu Filho, Jesus Cristo, pode através de Seu poder fazer isso. “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). No entanto,
conforme esse versículo o ser humano tem o livre arbítrio da escolha, Deus é
soberano, mas respeita a decisão nossa. Assim, precisamos fazer as escolhas
certas conforme a vontade Dele, para que as nossas vidas sejam dirigidas por
Ele e o Seu plano seja realizado em nós, conforme os Seus propósitos. “Chegai-vos
a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo
ânimo, purificai os corações” (Tg 4.8). Aqueles que se achegam a Deus
recebe o Espírito Santo em suas vidas, sendo transformados em sua maneira de
viver, tornando um discípulo submisso a vontade Dele, agindo para que o Seu
Santo Nome seja glorificado. Ao contrário de Diótrefes, precisamos entender que
quem é mais importante na igreja é Jesus Cristo que é o cabeça da igreja.
1.2. Promove a santidade
A
santidade é um atributo comunicável de Deus. O atributo comunicável é
aquele que Deus compartilha com o homem: amor, bondade, santidade entre outros,
parte deles elencado por Paulo em Gálatas 5.22, como fruto do Espírito. A
santidade, ou seja, a separação do pecado, é exigida por Deus [Lv 11.44]. Não
se deve confundir santidade com religiosidade, sendo essa um esforço meramente
humano e vão para alcançar o sagrado. Por meio do sangue de Jesus todos são
santificados [1Co 6.11] e devem se manter em santidade e não ser dominados pelo
pecado [1 Jo 1.8-9]. Por ser Santo, Deus é a Fonte da santidade. Apesar de ser
um profeta do Senhor, Isaías só caiu em si sobre esse caráter de Deus quando
teve a visão do Seu trono, onde os serafins clamavam “Santo, Santo, Santo” [Is
6.3]. Ali, reconheceu que era um homem impuro e precisava ser tocado pela
santidade divina em seu ministério. E Deus o tocou nos lábios [Is 6.7].
Comentário adicional:
Irmãos
santidade é um requisito que Deus exige de Seus filhos, porque como Ele é santo,
é necessário que todos que desejam estar na presença Dele busquem a santidade
(Lv 19.2). Conforme está escrito em 1Co 6.11, ao aceitarmos a Jesus Cristo como
nosso suficiente Salvador, nossos pecados são perdoados e apagados, e assim
somos purificados no sangue Dele. Ao aceitarmos a Cristo somos participantes de
Suas promessas de Salvação, por isso, devemos nos purificar de toda impureza,
tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de
Deus (2Co 7.1). Como Deus é a fonte de Santidade e temos o Espírito Santo Dele,
devemos refletir a santidade em nossas vidas, buscando sempre ajuda de Jesus,
através do Espirito Santo, para lutarmos contra o pecado e vivermos de maneira
diferente do mundo. “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós
também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe 1.15).
1.3. Tem poder para exaltar
Exaltar
no original grego é hupsoo, que significa “elevar às alturas; elevar ao extremo
da opulência e prosperidade; elevar a dignidade, honra e felicidade”. É uma
ação divina que afeta a vida natural e espiritual. Só é alvo dessa bênção, quem
reconhece o poder de Deus e se humilha perante Ele [Mt 23.12]. Deus resiste aos
soberbos como Diótrefes [1 Pe 5.5].
Comentário adicional:
Deus
se alegra com o humilde, mas rejeita o orgulhoso. Quando nos humilhamos na sua
presença e nos rendemos a Ele, reconhecendo-O como o Deus todo poderoso, e que
é imensamente superior em nossas vidas em todos os quesitos, Ele nos perdoa e
somos justificados em nossas falhas. Assim, quem se humilha diante Dele não age
com altivez diante Dele e nem diante de seus irmãos. O publicano que orava de
longe e nem ousava olhar para o céu, se humilhou diante de Deus e voltou para
casa exaltado porque teve os seus pecados perdoados (Lc 18.9-17). “Por isso irmãos, não façamos nada por
ambição egoísta ou por vaidade, sendo humildes e considerando os outros
superiores a nós mesmos, porque naquele grande dia seremos exaltados por Aquele
que sabe de todas as coisas” (Fp 2.).
2- O VERDADEIRO PODER
Jesus
veio mostrar o verdadeiro poder. Na contramão do mundo, esse poder está
associado a um coração dedicado e incorruptível, a atitudes generosas sem
esperar nada em troca e à solidariedade junto aos que sofrem. Paulo resumiu o
verdadeiro poder de um discípulo na figura de Jesus, que sendo Deus “esvaziou-se
a si mesmo, tomando a forma de servo” [Fp 2.7]. Por cumprir sua missão,
Deus o exaltou soberanamente [Fp 2.9].
Comentário adicional:
O
verdadeiro poder do cristão está em amar a Deus e temê-Lo, procurando
diligentemente obedecer a Sua Palavra. Quem assim procede vai buscar servir a
Deus e ao seu próximo com humildade, buscando o bem comum de todos, se
entregando em prol dos outros como Jesus ensinou. O apóstolo Paulo ensina que
devemos ter amor e compaixão uns pelos outros, tendo o mesmo modo de pensar
sendo assim unidos de mente e alma. Não devemos considerar somente os nossos
próprios interesses, mas considerar também os dos outros, considerando os
outros superiores a nós mesmos (Fl 2. 1-4). Jesus Cristo é o nosso maior
exemplo, que mesmo sendo Deus, se entregou para salvar todos nós pecadores (Fl
2.8).
2.1. Revela inteireza de coração
O
coração do discipulador deve estar inteiramente voltado para o seu chamado, que
é cuidar do rebanho de Deus [1 Pe 5.2]. Os religiosos estavam presos ao status
de seus cargos, que faziam questão de exibir – e o pior é que o amor deles
estava nisso [Mt 23.6]. João serviu com amor [Jo 21.20] e alertou que
“aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” [1 Jo
4.8]. Deus busca líderes segundo o Seu coração [1 Sm 13.14].
Comentário adicional:
Em
João 10 versículo 11 Jesus declara: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá
a vida pelas ovelhas”. Esse é o grande exemplo deixado pelo Mestre a
todos os discipuladores (pastores, presbíteros, etc.), que devem se entregar
inteiramente para cuidar das ovelhas. Infelizmente as igrejas estão cheias de
mercenários que não se preocupam com o bem do rebanho, mas tão somente buscam
atender seus interesses egoísticos, esses fogem quando surge um perigo ou seus
desejos não são satisfeitos (Jo 10. 12,13). Esses líderes estão preocupados com
status e dinheiro, não amam as ovelhas e também não conhecem a Deus, porque
aquele que não ama não conhece a Deus (1Jo 4.8). Precisamos ser conforme
orientou o apóstolo Pedro, que devemos cuidar do rebanho do Senhor
espontaneamente e de bom grado, sem ganância, não como dominadores, mas
principalmente dando o exemplo a ser seguido (1Pe 5. 2,3).
2.2. É agente do bem
A
bondade é a essência de Deus [Mc 10.18], que Jesus encarnou [Jo 1.1]. Os
religiosos foram repreendidos por Jesus por desejarem ter os primeiros lugares
nas sinagogas [Mt 23.6], valorizando o status social do cargo que ocupavam em
vez do real compromisso que deveriam ter, que era serem servos [Jo 10.11].
A liderança de Cristo era constituída em fazer o bem [At 10.38] e
esse deve ser o alvo dos seus discípulos. Empatia é uma característica
indispensável a um discípulo de Cristo. Colocar-se no lugar do outro revela o
autêntico servo que age com amor. Jesus designou 70 discípulos para esse tipo
de missão [Lc 10.1, 9]. Mas esse bem não deve ser motivo de exibicionismo [Lc
10.20].
Comentário adicional:
O
verdadeiro discipulador deve procurar fazer sempre o bem, porque Jesus deu o
maior exemplo do que é fazer o bem, Ele curou pessoas, expulsou demônios,
libertou pessoas oprimidas e o principal deu a Sua vida por todos nós (Mt
4.23-25). “Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas
para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). O
verdadeiro pastor auxilia os seus liderados nos momentos de dificuldades,
ensina o caminho que devem seguir, instrui na Palavra do Senhor, não tem inveja
se a ovelha desenvolve um chamado específico. Nós não devemos buscar a
prioridade na casa do Senhor, porque a cruz de Cristo é a nossa bandeira. Devemos
buscar unidos em mente e alma cumprir com a missão que nos foi outorgada, que é
pregar o evangelho a toda criatura. “Deixando, pois, toda a malícia, e
todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações” (1Pe
2:1). Os verdadeiros cristãos, independentes de suas obrigações na igreja,
deixam tudo de negativo citado nesse versículo e buscam fazer o bem, visando
sempre a salvação de almas e o crescimento do reino de Deus.
2.3. É solidário
O
termo solidário vem do latim solidus, que significa “firme, inteiro, sólido” e
está relacionado a salvus, “salvo, em boa saúde. Gaio, um líder solidário, foi
reconhecido por João pela boa saúde da sua alma (3 Jo 2]. Ele não media
esforços para auxiliar aqueles que o procuravam (3 Jo 5]. O espírito da Igreja
Primitiva era o da solidariedade [At 2.44] e Gaio estava sob ele. O
verdadeiro discípulo é generoso, não age como os fariseus que faziam para serem
vistos por todos [Mt 23.5-7), nas primeiras fileiras, mas em ser reconhecido
por servir solidariamente [3 Jo 6]. O mau discípulo é egoísta, como Diótrefes,
e é um problema para a Igreja.
Comentário adicional:
“Portanto,
não se envergonhe do testemunho de nosso Senhor, nem do seu prisioneiro, que
sou eu. Pelo contrário, participe comigo dos sofrimentos a favor do evangelho,
segundo o poder de Deus” (2Tm 1.8). Nessa
passagem bíblica, o apóstolo Paulo orienta a Timóteo a ser solidário a ele em
seu sofrimento em prol do evangelho de Cristo, pede a sua solidariedade. Em 2Tm
1.15, afirma ter sido abandonado por todos da província da Ásia, e no versículo
16 se lembra de Onesíforo, como quem não se envergonhou dele e buscou ajudá-lo
em suas aflições. Vemos que o apóstolo Paulo se sentia abandonado em suas
aflições e que muitos o tinham abandonado. Assim, aprendemos que o verdadeiro
servo do Senhor é solidário aos seus irmãos e não os abandonam em suas
dificuldades. Portanto, quem ama cuida, e se dizemos que amamos temos que
cumprir esse mandamento. “Levem as cargas uns dos outros e, assim,
estarão cumprindo a lei de Cristo” Gl 6.2). Não devemos fazer nada na
igreja para obtermos o reconhecimento dos outros, mas sim, porque aprendemos a
amar e que somos solidários aos nossos irmãos em suas necessidades.
3- DISCÍPULOS EM CRISE
Maus
discípulos que têm sede de poder são pessoas com crise, que buscam impor sua
autoridade, como Diótrefes fazia. A ausência de submissão fez com que este mau
discípulo desrespeitasse sua liderança, não entregando as cartas escritas por
João à igreja local e se recusando a recebê-lo.
Comentário adicional:
O
mau discípulo só se preocupa consigo mesmo, quer somente o obter vantagem na
obra do Senhor, ele busca a primazia e a sua palavra é a que conta. Diótrefes é
um grande exemplo de como não devemos ser, sua história está registrada na
Bíblia para que aprendamos com os erros dele. “Quem fala por si mesmo
está buscando a sua própria glória; mas o que busca a glória de quem o enviou,
esse é verdadeiro, e nele não há falsidade” (Jo 7.18). Devemos buscar glorificar
o reino de Deus, trabalhando diligentemente na obra do Senhor em comunhão e
amor, sem falsidade, não buscando a vangloria pessoal.
3.1. Desafia a autoridade
O
desejo de primazia que Diótrefes tinha o fazia desafiar a autoridade espiritual
que estava sobre seu ministério, o apóstolo João. Isso mostrava sua arrogância
e destemor. Jesus deixou claro que os religiosos adoravam ser chamados de Rabi
[Mt 23.7], termo que designava poder para o ensino e para conduzir outros. No
coração destes religiosos havia o sentimento de superioridade, mas Jesus
destacou que o “maior” teria que ser “servo”, um ensinamento oposto ao que
aqueles “mestres” entendiam. Esses mesmos rabis desafiaram a autoridade de
Jesus inúmeras vezes [Lc 10.25], como fez o próprio diabo, porém Deus é quem
tem o poder sobre tudo [Mt 4.1-11].
Comentário adicional:
O
mau discipulador não aceita a autoridade eclesiástica porque não quer ter a sua
conduta avaliada, ou questionada de acordo com a Palavra de Deus, por isso
buscam a sua independência. Os maus lideres tendem a serem egoístas e
centralizadores, desejam que as ovelhas fiquem somente à mercê deles e de suas
vontades pessoais. Diótrefes era assim, ele não recebia os irmãos, na repassava
as cartas do apóstolo João e, ainda, proibia que os membros da sua igreja
recebessem aos irmãos, além disso, expulsava quem os recebessem. Quem não
respeita a autoridade desafia o próprio Deus, porque o princípio da autoridade
vem Dele. Foi a rebeldia que provocou a queda de satanás, ele tentou usurpar a
autoridade de Deus e se rebelou, sendo por isso abatido e lançado por terra (Is
14.12-15). “E a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se
abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia” (Is 2.17). Que nós
não nos enganemos, todos os altivos, soberbos e rebeldes serão abatidos, só têm
lugar no reino de Deus para os humildes de coração.
3.2. Ignora a fonte da autoridade
Toda
autoridade vem de Deus [Rm 13.1], por essa razão, responde a Ele sobre como a
desempenha – se não der fruto, será cortada. Era assim na época de Jesus, da
Igreja Primitiva e continuará [Lc 13.6-7]. Quem exerce autoridade eclesiástica
sob suas próprias regras está em pecado e precisa se arrepender [1 Jo 1.9]. Ao
não mostrar arrependimento por seu abuso de poder [Jr 22.17], Diótrefes mostrou
sua arrogância e orgulho. O discípulo de Cristo está sempre sob a autoridade de
Deus serve ao propósito dEle (CI 1.16].
Comentário adicional:
Deus
é o Senhor de tudo e toda autoridade vem Dele, Ele sustenta tudo com o poder de
Sua Palavra. A maior exigência que Deus faz é que obedeça a Sua palavra. "Tem
porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se
obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o
atender melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado
de feitiçaria, e a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar. Visto
que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não
sejas rei." (1Sm 15.22-23). Vemos aqui que o rei Saul foi
rejeitado por causa da desobediência, ele deixou de reconhecer a autoridade de
Deus. Diferentemente, Jesus Cristo em obediência ao Pai, veio ao mundo se
tornou servo e se fez homem entre nós, se humilhou e foi obediente até a morte,
morte de cruz (Fp 2. 5-8). “Por isso o Deus Pai o exaltou sobremaneira e
lhe deu um nome acima de todos os nomes” (Fp 2.8). Quem rejeita o
ordenamento de Deus vai de encontro ao próprio Deus, e comete o pecado de
rebeldia. O discipulador (pastores, líderes em geral) que ignora a fonte da
autoridade, como Diótrefes, ele se tornou independente, ou seja, deixou de ser
submisso agindo assim contrário ao que Deus exige. É o Santo Evangelho que
ensina ao homem ser dependente de Deus, disposto a obedecê-Lo, tornando o homem
salvo e regenerado apto a servi-Lo e entrar no céu.
3.3. Não serve de exemplo
O
discípulo cujas atitudes e palavras não inspiram o rebanho de Deus, não serve e
é mau. Jesus disse que o discípulo deve ser julgado pelos seus frutos [Mt
7.16a]. Quem quer apenas se mostrar “santo” para a multidão não passa de
religioso e Jesus disse que será humilhado [Mt 23.12]. Mas quem se humilha sob
a autoridade de Deus é exaltado por Ele – e reconhecido por seus pares, como
Gaio e Demétrio foram.
Comentário adicional:
“Aquele
que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me
ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo
14.21). Jesus veio ao mundo em obediência ao Pai, ensinou o Santo Evangelho e
fez apóstolos. Nada do que fez foi escondido, antes de enviar os seus
discípulos Ele ensinou e deu exemplos e o Seu mandamento foi que fizessem tudo
o que Ele fez. Em 1Pe 5.3 o apóstolo Pedro ensina que os presbíteros sejam o
exemplo do rebanho não como dominadores da herança de Deus, mas de boa vontade.
Que nós sejamos diferentes de Diótrefes, e que possamos ser reconhecidos por
onde andarmos como quem serve a Deus e obedece a Sua Palavra. Que sejamos luz em
meio as trevas e que a gloria de Deus seja visível em nossas vidas, através da
obediência e amor aos Seus mandamentos e aos nossos irmãos.
CONCLUSÃO
Um
cristão autêntico jamais será bem-sucedido biblicamente por seus próprios
méritos; ao contrário, se tornará egoísta e insensível, porque o coração do
homem é desesperadamente corrupto. O verdadeiro e legítimo reconhecimento que
um cristão que está, ou não, em algum cargo ou função de liderança pode e deve
buscar está em conhecer o Deus Todo-Poderoso, revelado em Jesus e expresso na
vida de santidade.
Comentário adicional:
Aprendemos
nessa lição que devemos a todo tempo trabalhar na obra do Senhor para
glorificar o Seu santo nome, buscando engrandecê-Lo. Por isso, precisamos
trabalhar na seara do Senhor em obediência, humildade e amor, é isso que Deus
espera de seus servos autênticos. Que possamos juntos, unidos com uma mesma
mente e alma, seguirmos juntos e servindo sem buscar vangloria pessoal, sem
usurpar daquilo que Deus colocou em nossas mãos, cumprindo com o ide de Cristo,
esperando a recompensa que nos esta proposta. “E tudo quanto fizerdes,
fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, Sabendo que
recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis”
(Cl 3.23,24).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia
de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;
Bíblia
de Estudo Matthew Henry – 1ª Edição: marco de 2004 – Editora Central Gospel:
Revista
do professor, Betel – Terceira Epistola de João – 4º Trimestre de 2023 - ano 33
– Nº129 - tema – O verdadeiro discípulo glorifica a Deus.
LINKS PESQUISADOS:
Comentarista adicional:
Diácono
Carlos Cezar ADTAG 316 Samambaia Sul - DF.
7 comentários:
Parabéns Carlos Cezar! Você foi pragmático e objetivo em seus comentários! Gostei muito!!!
O termo glorificar a Deus significa declarar publicamente o que Ele é e tem feito em sua vida. Portanto, há duas maneiras de glorificar a Deus: 1) fazendo referência aos seus atributos (pelo que Ele é - Exemplos Salmo 104); 2) fazendo referência aos benefícios Recebidos da parte Dele (bênçãos que Ele nos dar - exemplo Salmo 103).
Muito bom. Parabéns.
E da lição não vai ter comentários?
Lição 11
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