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Lição 10 - O verdadeiro discípulo glorifica a Deus

 O VERDADEIRO DISCÍPULO GLORIFICA A DEUS

Lição 10 – 3 de dezembro de 2023

TEXTO ÁUREO
“E o que a si mesmo se exaltar, será humilhado, e o que a si mesmo se humilhar, será exaltado.” Mateus 23.12

VERDADE APLICADA
O discípulo de Cristo deve ser exemplo, para o rebanho, de um viver coerente com os princípios bíblicos, para a glória de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar sobre o poder do discipulado;
Expor critérios para verdadeiros discípulos que exercem liderança;
Revelar erros do falso poder.

TEXTOS DE REFERÈNCIA
MATEUS 23
6. E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7. E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens – Rabi, Rabi.
8. Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
9. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
10. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
11. Porém o maior dentre vós será vosso servo. 
12. E o que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar, será exaltado. 

LIÇÃO E COMENTÁRIOS ADICIONAIS 

INTRODUÇÃO
Ser Todo-poderoso é a natureza de Deus, chamada de onipotência; ao homem resta reconhecê-la e se submeter a ela. Não é errado um discipulador ter poder, desde que ele venha de Deus e sirva para Sua glória e Seu propósito.

Comentário adicional:
Em Gn 17.1, quando Deus aparece a Abraão Ele diz: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito”. Nesse versículo Ele afirma a seu servo que todo poder pertence a Ele e nada Lhe é impossível, que Seu poder é total. Por outro lado, nosso poder é limitado, delegado, e tudo o que formos fazer depende Dele, que sem Ele nada podemos fazer. Por isso, devemos reconhecer o Seu poder e fazermos tudo para Sua glória e louvor, conforme a Sua vontade. Ao reconhecermos o Seu poder nos tornaremos mais humildes e dependentes, sendo assim capazes de cumprir o Seu chamado e amar o nosso próximo.

1- A ONIPOTÊNCIA DIVINA
O termo onipotente vem do latim omni, “todo, completo” mais potens, “aquele que pode, potente”. O nome de Deus em hebraico é El Shaddai, que significa Deus Todo-Poderoso. Foi assim que Ele se apresentou a Abraão [Gn 17.1]. Conhecer esse atributo divino é fundamental para que o ser humano se coloque na dependência do Deus que tudo pode [Jó 42.2]. Engana-se quem pensa que conhece Deus, mas se acha poderoso [Jo 15.5]. Jesus destacou o poder de Deus em contraste com o humano [Mt 19.26].

Comentário adicional:
Conforme visto anteriormente o poder de Deus é infinito, Ele tem o poder sobre todas as coisas, em todos os momentos e em todos os sentidos. Todos os Seus propósitos são realizados e nada pode impedi-Lo. O maior exemplo do poder de Deus foi na criação, onde tudo o que existe foi criado pelo poder de Sua Palavra. Ele falava haja e o que não existia passava a existência (Gn 1, 3, 6, 9, ...). Assim, o firmamento, os céus e a vida como conhecemos foram criados e continuam sendo sustentado por Ele. "Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca" (Sl 33:6). Portanto irmãos, como Jó precisamos reconhecer a onipotência de Deus e reconhecermos que dependemos Dele, que o nosso propósito aqui na terra é trabalharmos em união em prol do crescimento do reino.

1.1. Designa destinos
Homens não são capazes de designar o destino das pessoas. Só Deus tem esse poder [Pv 21.1] e usa para Sua glória e propósito [Fp 2.13]. A maior mudança de destino foi quando Deus enviou Seu Filho para salvar o homem do inferno [Jo 3.16], portanto, vinculada à eternidade. Homens com sede de poder estão com seu coração nas coisas desta terra [Mt 6.21], como Diótrefes, que procurava ardentemente ser reconhecido como a pessoa mais importante naquela igreja local.

Comentário adicional:
Quando Deus em Sua infinita misericórdia enviou o Seu filho amado ao mundo, Ele designou a todos os que creriam no Santo Evangelho a salvação eterna. Somente Ele através de Seu Filho, Jesus Cristo, pode através de Seu poder fazer isso. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). No entanto, conforme esse versículo o ser humano tem o livre arbítrio da escolha, Deus é soberano, mas respeita a decisão nossa. Assim, precisamos fazer as escolhas certas conforme a vontade Dele, para que as nossas vidas sejam dirigidas por Ele e o Seu plano seja realizado em nós, conforme os Seus propósitos. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações(Tg 4.8). Aqueles que se achegam a Deus recebe o Espírito Santo em suas vidas, sendo transformados em sua maneira de viver, tornando um discípulo submisso a vontade Dele, agindo para que o Seu Santo Nome seja glorificado. Ao contrário de Diótrefes, precisamos entender que quem é mais importante na igreja é Jesus Cristo que é o cabeça da igreja.

1.2. Promove a santidade
A santidade é um atributo comunicável de Deus. O atributo comunicável é aquele que Deus compartilha com o homem: amor, bondade, santidade entre outros, parte deles elencado por Paulo em Gálatas 5.22, como fruto do Espírito. A santidade, ou seja, a separação do pecado, é exigida por Deus [Lv 11.44]. Não se deve confundir santidade com religiosidade, sendo essa um esforço meramente humano e vão para alcançar o sagrado. Por meio do sangue de Jesus todos são santificados [1Co 6.11] e devem se manter em santidade e não ser dominados pelo pecado [1 Jo 1.8-9]. Por ser Santo, Deus é a Fonte da santidade. Apesar de ser um profeta do Senhor, Isaías só caiu em si sobre esse caráter de Deus quando teve a visão do Seu trono, onde os serafins clamavam “Santo, Santo, Santo” [Is 6.3]. Ali, reconheceu que era um homem impuro e precisava ser tocado pela santidade divina em seu ministério. E Deus o tocou nos lábios [Is 6.7].

Comentário adicional:
Irmãos santidade é um requisito que Deus exige de Seus filhos, porque como Ele é santo, é necessário que todos que desejam estar na presença Dele busquem a santidade (Lv 19.2). Conforme está escrito em 1Co 6.11, ao aceitarmos a Jesus Cristo como nosso suficiente Salvador, nossos pecados são perdoados e apagados, e assim somos purificados no sangue Dele. Ao aceitarmos a Cristo somos participantes de Suas promessas de Salvação, por isso, devemos nos purificar de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus (2Co 7.1). Como Deus é a fonte de Santidade e temos o Espírito Santo Dele, devemos refletir a santidade em nossas vidas, buscando sempre ajuda de Jesus, através do Espirito Santo, para lutarmos contra o pecado e vivermos de maneira diferente do mundo. “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe 1.15).

1.3. Tem poder para exaltar
Exaltar no original grego é hupsoo, que significa “elevar às alturas; elevar ao extremo da opulência e prosperidade; elevar a dignidade, honra e felicidade”. É uma ação divina que afeta a vida natural e espiritual. Só é alvo dessa bênção, quem reconhece o poder de Deus e se humilha perante Ele [Mt 23.12]. Deus resiste aos soberbos como Diótrefes [1 Pe 5.5].

Comentário adicional:
Deus se alegra com o humilde, mas rejeita o orgulhoso. Quando nos humilhamos na sua presença e nos rendemos a Ele, reconhecendo-O como o Deus todo poderoso, e que é imensamente superior em nossas vidas em todos os quesitos, Ele nos perdoa e somos justificados em nossas falhas. Assim, quem se humilha diante Dele não age com altivez diante Dele e nem diante de seus irmãos. O publicano que orava de longe e nem ousava olhar para o céu, se humilhou diante de Deus e voltou para casa exaltado porque teve os seus pecados perdoados (Lc 18.9-17).  “Por isso irmãos, não façamos nada por ambição egoísta ou por vaidade, sendo humildes e considerando os outros superiores a nós mesmos, porque naquele grande dia seremos exaltados por Aquele que sabe de todas as coisas” (Fp 2.).

2- O VERDADEIRO PODER
Jesus veio mostrar o verdadeiro poder. Na contramão do mundo, esse poder está associado a um coração dedicado e incorruptível, a atitudes generosas sem esperar nada em troca e à solidariedade junto aos que sofrem. Paulo resumiu o verdadeiro poder de um discípulo na figura de Jesus, que sendo Deus “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” [Fp 2.7]. Por cumprir sua missão, Deus o exaltou soberanamente [Fp 2.9].

Comentário adicional:
O verdadeiro poder do cristão está em amar a Deus e temê-Lo, procurando diligentemente obedecer a Sua Palavra. Quem assim procede vai buscar servir a Deus e ao seu próximo com humildade, buscando o bem comum de todos, se entregando em prol dos outros como Jesus ensinou. O apóstolo Paulo ensina que devemos ter amor e compaixão uns pelos outros, tendo o mesmo modo de pensar sendo assim unidos de mente e alma. Não devemos considerar somente os nossos próprios interesses, mas considerar também os dos outros, considerando os outros superiores a nós mesmos (Fl 2. 1-4). Jesus Cristo é o nosso maior exemplo, que mesmo sendo Deus, se entregou para salvar todos nós pecadores (Fl 2.8).

2.1. Revela inteireza de coração
O coração do discipulador deve estar inteiramente voltado para o seu chamado, que é cuidar do rebanho de Deus [1 Pe 5.2]. Os religiosos estavam presos ao status de seus cargos, que faziam questão de exibir – e o pior é que o amor deles estava nisso [Mt 23.6]. João serviu com amor [Jo 21.20] e alertou que “aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” [1 Jo 4.8]. Deus busca líderes segundo o Seu coração [1 Sm 13.14].

Comentário adicional:
Em João 10 versículo 11 Jesus declara: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. Esse é o grande exemplo deixado pelo Mestre a todos os discipuladores (pastores, presbíteros, etc.), que devem se entregar inteiramente para cuidar das ovelhas. Infelizmente as igrejas estão cheias de mercenários que não se preocupam com o bem do rebanho, mas tão somente buscam atender seus interesses egoísticos, esses fogem quando surge um perigo ou seus desejos não são satisfeitos (Jo 10. 12,13). Esses líderes estão preocupados com status e dinheiro, não amam as ovelhas e também não conhecem a Deus, porque aquele que não ama não conhece a Deus (1Jo 4.8). Precisamos ser conforme orientou o apóstolo Pedro, que devemos cuidar do rebanho do Senhor espontaneamente e de bom grado, sem ganância, não como dominadores, mas principalmente dando o exemplo a ser seguido (1Pe 5. 2,3).

2.2. É agente do bem 
A bondade é a essência de Deus [Mc 10.18], que Jesus encarnou [Jo 1.1]. Os religiosos foram repreendidos por Jesus por desejarem ter os primeiros lugares nas sinagogas [Mt 23.6], valorizando o status social do cargo que ocupavam em vez do real compromisso que deveriam ter, que era serem servos [Jo 10.11]. A liderança de Cristo era constituída em fazer o bem [At 10.38] e esse deve ser o alvo dos seus discípulos. Empatia é uma característica indispensável a um discípulo de Cristo. Colocar-se no lugar do outro revela o autêntico servo que age com amor. Jesus designou 70 discípulos para esse tipo de missão [Lc 10.1, 9]. Mas esse bem não deve ser motivo de exibicionismo [Lc 10.20].

Comentário adicional:
O verdadeiro discipulador deve procurar fazer sempre o bem, porque Jesus deu o maior exemplo do que é fazer o bem, Ele curou pessoas, expulsou demônios, libertou pessoas oprimidas e o principal deu a Sua vida por todos nós (Mt 4.23-25). “Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). O verdadeiro pastor auxilia os seus liderados nos momentos de dificuldades, ensina o caminho que devem seguir, instrui na Palavra do Senhor, não tem inveja se a ovelha desenvolve um chamado específico. Nós não devemos buscar a prioridade na casa do Senhor, porque a cruz de Cristo é a nossa bandeira. Devemos buscar unidos em mente e alma cumprir com a missão que nos foi outorgada, que é pregar o evangelho a toda criatura. “Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações” (1Pe 2:1). Os verdadeiros cristãos, independentes de suas obrigações na igreja, deixam tudo de negativo citado nesse versículo e buscam fazer o bem, visando sempre a salvação de almas e o crescimento do reino de Deus.

2.3. É solidário 
O termo solidário vem do latim solidus, que significa “firme, inteiro, sólido” e está relacionado a salvus, “salvo, em boa saúde. Gaio, um líder solidário, foi reconhecido por João pela boa saúde da sua alma (3 Jo 2]. Ele não media esforços para auxiliar aqueles que o procuravam (3 Jo 5]. O espírito da Igreja Primitiva era o da solidariedade [At 2.44] e Gaio estava sob ele. O verdadeiro discípulo é generoso, não age como os fariseus que faziam para serem vistos por todos [Mt 23.5-7), nas primeiras fileiras, mas em ser reconhecido por servir solidariamente [3 Jo 6]. O mau discípulo é egoísta, como Diótrefes, e é um problema para a Igreja.

Comentário adicional:
“Portanto, não se envergonhe do testemunho de nosso Senhor, nem do seu prisioneiro, que sou eu. Pelo contrário, participe comigo dos sofrimentos a favor do evangelho, segundo o poder de Deus” (2Tm 1.8). Nessa passagem bíblica, o apóstolo Paulo orienta a Timóteo a ser solidário a ele em seu sofrimento em prol do evangelho de Cristo, pede a sua solidariedade. Em 2Tm 1.15, afirma ter sido abandonado por todos da província da Ásia, e no versículo 16 se lembra de Onesíforo, como quem não se envergonhou dele e buscou ajudá-lo em suas aflições. Vemos que o apóstolo Paulo se sentia abandonado em suas aflições e que muitos o tinham abandonado. Assim, aprendemos que o verdadeiro servo do Senhor é solidário aos seus irmãos e não os abandonam em suas dificuldades. Portanto, quem ama cuida, e se dizemos que amamos temos que cumprir esse mandamento. “Levem as cargas uns dos outros e, assim, estarão cumprindo a lei de Cristo” Gl 6.2). Não devemos fazer nada na igreja para obtermos o reconhecimento dos outros, mas sim, porque aprendemos a amar e que somos solidários aos nossos irmãos em suas necessidades.

3- DISCÍPULOS EM CRISE
Maus discípulos que têm sede de poder são pessoas com crise, que buscam impor sua autoridade, como Diótrefes fazia. A ausência de submissão fez com que este mau discípulo desrespeitasse sua liderança, não entregando as cartas escritas por João à igreja local e se recusando a recebê-lo.

Comentário adicional:
O mau discípulo só se preocupa consigo mesmo, quer somente o obter vantagem na obra do Senhor, ele busca a primazia e a sua palavra é a que conta. Diótrefes é um grande exemplo de como não devemos ser, sua história está registrada na Bíblia para que aprendamos com os erros dele. “Quem fala por si mesmo está buscando a sua própria glória; mas o que busca a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há falsidade” (Jo 7.18). Devemos buscar glorificar o reino de Deus, trabalhando diligentemente na obra do Senhor em comunhão e amor, sem falsidade, não buscando a vangloria pessoal.

3.1. Desafia a autoridade 
O desejo de primazia que Diótrefes tinha o fazia desafiar a autoridade espiritual que estava sobre seu ministério, o apóstolo João. Isso mostrava sua arrogância e destemor. Jesus deixou claro que os religiosos adoravam ser chamados de Rabi [Mt 23.7], termo que designava poder para o ensino e para conduzir outros. No coração destes religiosos havia o sentimento de superioridade, mas Jesus destacou que o “maior” teria que ser “servo”, um ensinamento oposto ao que aqueles “mestres” entendiam. Esses mesmos rabis desafiaram a autoridade de Jesus inúmeras vezes [Lc 10.25], como fez o próprio diabo, porém Deus é quem tem o poder sobre tudo [Mt 4.1-11].

Comentário adicional:
O mau discipulador não aceita a autoridade eclesiástica porque não quer ter a sua conduta avaliada, ou questionada de acordo com a Palavra de Deus, por isso buscam a sua independência. Os maus lideres tendem a serem egoístas e centralizadores, desejam que as ovelhas fiquem somente à mercê deles e de suas vontades pessoais. Diótrefes era assim, ele não recebia os irmãos, na repassava as cartas do apóstolo João e, ainda, proibia que os membros da sua igreja recebessem aos irmãos, além disso, expulsava quem os recebessem. Quem não respeita a autoridade desafia o próprio Deus, porque o princípio da autoridade vem Dele. Foi a rebeldia que provocou a queda de satanás, ele tentou usurpar a autoridade de Deus e se rebelou, sendo por isso abatido e lançado por terra (Is 14.12-15). “E a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia” (Is 2.17). Que nós não nos enganemos, todos os altivos, soberbos e rebeldes serão abatidos, só têm lugar no reino de Deus para os humildes de coração.

3.2. Ignora a fonte da autoridade 
Toda autoridade vem de Deus [Rm 13.1], por essa razão, responde a Ele sobre como a desempenha – se não der fruto, será cortada. Era assim na época de Jesus, da Igreja Primitiva e continuará [Lc 13.6-7]. Quem exerce autoridade eclesiástica sob suas próprias regras está em pecado e precisa se arrepender [1 Jo 1.9]. Ao não mostrar arrependimento por seu abuso de poder [Jr 22.17], Diótrefes mostrou sua arrogância e orgulho. O discípulo de Cristo está sempre sob a autoridade de Deus serve ao propósito dEle (CI 1.16].

Comentário adicional:
Deus é o Senhor de tudo e toda autoridade vem Dele, Ele sustenta tudo com o poder de Sua Palavra. A maior exigência que Deus faz é que obedeça a Sua palavra. "Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." (1Sm 15.22-23). Vemos aqui que o rei Saul foi rejeitado por causa da desobediência, ele deixou de reconhecer a autoridade de Deus. Diferentemente, Jesus Cristo em obediência ao Pai, veio ao mundo se tornou servo e se fez homem entre nós, se humilhou e foi obediente até a morte, morte de cruz (Fp 2. 5-8). “Por isso o Deus Pai o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome acima de todos os nomes” (Fp 2.8). Quem rejeita o ordenamento de Deus vai de encontro ao próprio Deus, e comete o pecado de rebeldia. O discipulador (pastores, líderes em geral) que ignora a fonte da autoridade, como Diótrefes, ele se tornou independente, ou seja, deixou de ser submisso agindo assim contrário ao que Deus exige. É o Santo Evangelho que ensina ao homem ser dependente de Deus, disposto a obedecê-Lo, tornando o homem salvo e regenerado apto a servi-Lo e entrar no céu.

3.3. Não serve de exemplo
O discípulo cujas atitudes e palavras não inspiram o rebanho de Deus, não serve e é mau. Jesus disse que o discípulo deve ser julgado pelos seus frutos [Mt 7.16a]. Quem quer apenas se mostrar “santo” para a multidão não passa de religioso e Jesus disse que será humilhado [Mt 23.12]. Mas quem se humilha sob a autoridade de Deus é exaltado por Ele – e reconhecido por seus pares, como Gaio e Demétrio foram.

Comentário adicional:
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21). Jesus veio ao mundo em obediência ao Pai, ensinou o Santo Evangelho e fez apóstolos. Nada do que fez foi escondido, antes de enviar os seus discípulos Ele ensinou e deu exemplos e o Seu mandamento foi que fizessem tudo o que Ele fez. Em 1Pe 5.3 o apóstolo Pedro ensina que os presbíteros sejam o exemplo do rebanho não como dominadores da herança de Deus, mas de boa vontade. Que nós sejamos diferentes de Diótrefes, e que possamos ser reconhecidos por onde andarmos como quem serve a Deus e obedece a Sua Palavra. Que sejamos luz em meio as trevas e que a gloria de Deus seja visível em nossas vidas, através da obediência e amor aos Seus mandamentos e aos nossos irmãos.

CONCLUSÃO
Um cristão autêntico jamais será bem-sucedido biblicamente por seus próprios méritos; ao contrário, se tornará egoísta e insensível, porque o coração do homem é desesperadamente corrupto. O verdadeiro e legítimo reconhecimento que um cristão que está, ou não, em algum cargo ou função de liderança pode e deve buscar está em conhecer o Deus Todo-Poderoso, revelado em Jesus e expresso na vida de santidade.

Comentário adicional:
Aprendemos nessa lição que devemos a todo tempo trabalhar na obra do Senhor para glorificar o Seu santo nome, buscando engrandecê-Lo. Por isso, precisamos trabalhar na seara do Senhor em obediência, humildade e amor, é isso que Deus espera de seus servos autênticos. Que possamos juntos, unidos com uma mesma mente e alma, seguirmos juntos e servindo sem buscar vangloria pessoal, sem usurpar daquilo que Deus colocou em nossas mãos, cumprindo com o ide de Cristo, esperando a recompensa que nos esta proposta. “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis” (Cl 3.23,24).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;
Bíblia de Estudo Matthew Henry – 1ª Edição: marco de 2004 – Editora Central Gospel:
Revista do professor, Betel – Terceira Epistola de João – 4º Trimestre de 2023 - ano 33 – Nº129 - tema – O verdadeiro discípulo glorifica a Deus.

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Comentarista adicional:
Diácono Carlos Cezar ADTAG 316 Samambaia Sul - DF.

 

7 comentários:

Pr. Osmar disse...

Parabéns Carlos Cezar! Você foi pragmático e objetivo em seus comentários! Gostei muito!!!

Pr. Osmar disse...

O termo glorificar a Deus significa declarar publicamente o que Ele é e tem feito em sua vida. Portanto, há duas maneiras de glorificar a Deus: 1) fazendo referência aos seus atributos (pelo que Ele é - Exemplos Salmo 104); 2) fazendo referência aos benefícios Recebidos da parte Dele (bênçãos que Ele nos dar - exemplo Salmo 103).

Emivaneide Silva disse...

Muito bom. Parabéns.

Anônimo disse...

E da lição não vai ter comentários?

Anônimo disse...

Lição 11

Anônimo disse...

Cadê a lição 11

Carlos Cezar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.