UM NOVO CÉU E UMA
NOVA TERRA
Lição 13 – 26 de
junho de 2022
TEXTO ÁUREO
“E
Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto,
nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas”. Apocalipse
21.4
VERDADE APLICADA
A
revelação divina sobre o final da presente era deve nos despertar para um viver
em santidade e perseverança em Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
APOCALIPSE 21
1. E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu
e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de
Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu
povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá
mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são
passadas.
INTRODUÇÃO
Temos
no livro do Apocalipse uma revelação do futuro da humanidade, sendo uma mensagem
de alerta para os ímpios e de conforto e esperança para os justos.
1. A vontade perfeita de Deus
Desde
que Deus criou o homem, Satanás age para enganá-lo, fazendo acreditar que a
vontade de Deus não será boa para ele. No Éden, enganou Adão e Eva que
desobedeceram a Deus e comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do
mal [Gn 3.1-6]. Israel sofreu derrotas e cativeiros ao longo de sua história
por rebeldia à vontade de Deus. A Bíblia define a vontade de Deus como
“boa, agradável e perfeita” [Rm 12.2]. Podemos ver isso de forma
cristalina nos capítulos 21 e 22 do Apocalipse.
Comentário adicional
A
Bíblia é uma biblioteca de livros, são inúmeros personagens, histórias e
desfechos; cada personagem tem seu próprio futuro e destino. Todas essas
histórias da Bíblia tem o objetivo pedagógico de nos ensinar sobre os
propósitos de Deus e sua perfeita vontade. “E esta é a confiança que
temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve”.
(1 João 5:14).
1.1. Novos céus e nova terra
A
partir deste momento [Ap 21.1], o mundo entra num novo e glorioso capítulo de
sua história. O tempo e as dispensações já não existem mais, um novo começo
chega para o mundo que viu, depois do pecado do homem, a maldição atingir a
terra [Gn 3.17-18]. O profeta Isaías profetizou que Deus traria um novo céu e
uma nova terra [Is 65.17; 66.22]. O Senhor Jesus afirmou que os presentes céu e
terra passarão [Mc 13.31] e o apóstolo Pedro mostra que parte das promessas de
Cristo para a Sua Igreja diz respeito a “novos céus e nova terra” [2Pe 3.13] e
acrescenta: “Aguardando e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os
céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” [2Pe 3.12].
Nós viveremos para sempre com o Senhor.
Comentário adicional
Podemos
observar através do estudo do livro do Apocalipse que o estado eterno, com novo
céu e nova terra, terá início por ocasião do juízo final. Quando todos forem
julgados, os ímpios serão destinados à condenação eterna no lago de fogo,
enquanto os santos viverão e reinarão eternamente com Deus, no novo céu e nova
terra.
É
importante ressaltar que a expressão “novo céu e nova terra” deve ser entendida
como contemplando o universo inteiro, ou seja, é uma expressão bíblica para se
referir a todo universo.
Sobre
as discussões acerca de como se dará a criação do novo céu e nova terra, embora
alguns acreditem que o universo atual será completamente destruído, no sentido
de aniquilado, deixando de existir, e então Deus criará novo céu e nova terra,
sem continuidade alguma com o universo atual. Já outros estudiosos defendem que
o universo atual não será destruído, mas renovado. Será uma transformação tão
profunda que refletirá uma nova criação, mas ainda assim será a continuidade do
universo atual.
Se
considerarmos o texto citado acima em Apocalipse 21:1, o termo grego utilizado
para descrever o novo céu e nova terra expressa uma ideia de um “novo mundo”, e
não de um “outro mundo”. O mesmo termo também é utilizado em 2 Pedro 3:13, e
trata-se do grego kainos que significa algo novo em qualidade.
No
Antigo Testamento, as passagens mais conhecidas e explicitas que descrevem o
novo céu e nova terra estão no livro do Profeta Isaías (caps. 65:17-65;
66:22,23). Já no Novo Testamento, existem muitas referências que remetem ao
estado eterno, mas certamente as referências de Romanos 8:21-23; 2 Pedro 3:13 e
Apocalipse 21-22 são as principais acerca do novo céu e nova terra.
Considerando todas estas referências, podemos claramente entender que o novo
céu e nova terra será um lugar glorioso, com uma paz sem igual, toda a criação
estará restaurada e livre da maldição do pecado, onde haverá abundância de
recursos que estarão à disposição de seus habitantes, não existirá mais a
morte, a tristeza e a dor, será um lugar marcado pela justiça e,
principalmente, será a eterna habitação de Deus com Seu povo.
1.2. As primeiras coisas são passadas
Toda
a tragédia que acometeu a raça humana desde a queda de Adão será finalmente
superada por um novo tempo. Um tempo sem Satanás e seus demônios, sem a
maldição do pecado e suas consequências terríveis que se viram ao longo da história
do homem [Ap 21.4]. Assim, vemos que a morte, o último inimigo do homem, será
definitivamente derrotada [1Co 15.54]. Deus deu a Moisés as tábuas da Lei no
monte Sinai [Êx 20], mas mandou colocar o Tabernáculo no meio do povo, entre as
tribos de Israel [Êx 25.8], mostrando assim o propósito divino de se revelar ao
homem e ter comunhão com ele. Este propósito será agora cumprido e Deus
habitará com o homem [Ap 21.3]. Que tempo glorioso será este!
Comentário Adicional
A
renovação do universo demonstra mais um meio pela qual a soberania de Deus será
revelada, quando Ele purificar exatamente a criação que Satanás tentou
destruir, removendo todos os efeitos do pecado.
No
livro do Apocalipse, lemos que na eternidade contemplaremos a face de Deus (Ap
22:4). Com certeza esse é ponto alto da descrição da nossa vida futura.
Poderemos ver o nosso Senhor exatamente como Ele é (1Jo 3:2). Vale ressaltar
que a nossa vida na nova terra será essencialmente diferente e infinitamente superior
ao que foi com Adão no Éden. Antes da Queda, sabemos que Deus descia à terra
para conversar com Adão na viração do dia. Com certeza isso já era maravilhoso,
mas perceba que ainda existia uma distância, pois Deus descia em alguns
momentos. Mas no novo céu e nova terra não haverá qualquer distância, Deus não
nos visitará em determinados momentos, mas habitará conosco para todo o sempre.
Além de servirmos a Deus, no novo céu e nova terra também reinaremos com Ele
pelos séculos dos séculos (Ap 22:5). A partir deste momento [Ap 21.1], o mundo
entra num novo e glorioso capítulo de sua história. O tempo e as dispensações
já não existem mais, um novo começo chega para o mundo que viu, depois do
pecado do homem, a maldição atingir a terra [Gn 3.17-18]. O profeta Isaías
profetizou que Deus traria um novo céu e uma nova terra [Is 65.17; 66.22]. O
Senhor Jesus afirmou que os presentes céu e terra passarão [Mc 13.31] e o
apóstolo Pedro mostra que parte das promessas de Cristo para a Sua Igreja diz
respeito a “novos céus e nova terra” [2Pe 3.13] e acrescenta: “Aguardando e
apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo, se
desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” [2Pe 3.12]. Nós viveremos para
sempre com o Senhor.
1.3. Promessa ao que vencer
Em
cada uma das cartas às sete igrejas da Ásia, vemos no final uma promessa de
Cristo ao que vencer [Ap 2-3]. As promessas às sete igrejas envolvem algum
aspecto da bênção celestial e apontam para a necessidade de contínua
perseverança do cristão que aguarda o arrebatamento [Ap 2.10; Mt 10.22].
Comentário Adicional
A
vida, e especialmente a vida cristã, pode ser considerada uma guerra. Milhares
caem no conflito com o mal; mas aqueles que mantêm uma guerra constante e que
alcançam uma vitória serão recebidos como vencedores no final.
Para
as igrejas – E nelas para todo aquele que vence; que vai da fé e pela fé à
vitória completa sobre o mundo, a carne e o diabo. Nestas carta para as sete
igrejas estão contidas doze promessas, que são um extrato de todas as promessas
de Deus, como “o maná oculto”, a inscrição de “o nome da nova Jerusalém”, o
“assentado no trono”, “o nome oculto”, Apocalipse 19:12; “o governo das
nações”, Apocalipse 19:15; “a estrela da manhã”, Apocalipse 22:16, “a árvore da
vida”, Apocalipse 22: 2; liberdade da “segunda morte”, Apocalipse 20: 6; o nome
no “livro da vida”, Apocalipse 20:12; 21:27; o restante “no templo de Deus”,
Apocalipse 7:15; a inscrição “do nome de Deus e do Cordeiro”, Apocalipse 14: 1;
22: 4. Nestas promessas, às vezes se pretende o gozo do bem mais elevado, às
vezes a libertação dos maiores males.
Àquele
que continua firme na fé, e não é corrompido em sua vida; quem confessa
fielmente Jesus, e não absorve as doutrinas, nem é levado pelo erro dos ímpios;
darei para comer da árvore da vida. Como aquele que venceu seus inimigos teve,
geralmente, não apenas grande honra, mas também uma recompensa; então aqui uma
grande recompensa é prometida ao conquistador, tal como acontecia nos jogos
gregos, aos quais pode haver uma alusão, o conquistador foi coroado com as
folhas de alguma árvore; aqui é prometido que eles comam do fruto da árvore da
vida, que está no meio do paraíso de Deus; isto é, que eles deveriam ter uma
imortalidade feliz e gloriosa.
2. UMA ADVERTÊNCIA PARA NÓS
O
Senhor Jesus nos faz um importante alerta. Ele nos dá uma lista daqueles que
não herdarão o Reino de Deus. Esta lista vai aparecer em Apocalipse 21.8 e
22.15. Cristo fala duas vezes aqui sobre isso. Vemos nisso a preocupação divina
com o homem e em especial a Igreja. Seu desejo é que ninguém se perca [2Pe
3.9].
2.1. Tímidos, incrédulos e abomináveis
Tímidos,
aqui é a palavra grega “DEILOI” que significa covarde e mostra aquele que
diante de provações e lutas foge da batalha. Ama mais a sua vida e segurança do
que a Cristo e demonstra uma fé rasa e superficial [Mt 10.33; Hb 10.38]. A
lista segue com os incrédulos. Estes são os que jamais creram no Evangelho de
Cristo, muitos trocaram a fé em Cristo pelo racionalismo cartesiano, onde a
razão é o único meio de se chegar ao conhecimento verdadeiro. Fala, também, dos
que por um momento creram, mas voltaram às práticas de pecado, sendo infiéis a
Cristo. [Sl 14.1; 1Tm 4.1]. Em terceiro lugar na lista aparecem os abomináveis.
São aqueles que se voltam para toda e qualquer prática idólatra e seus vícios
imundos.
Comentário Adicional
Neste
texto, o termo tímido se refere ao covarde e medroso – aquele que por medo de
perder a vida ou suas propriedades, recusaram-se a receber e seguir a Jesus,
embora convencidos de sua verdade e importância; ou após recebê-lo, em tempos
de perseguição caíram, não estando dispostos a arriscar suas vidas.
Medrosos
denotam aqueles que não tinham firmeza em ousar manter seus princípios
professados, ou que tinham medo de se declarar amigo de Deus em um mundo
perverso. Eles contrastam com aqueles que vencem. A lição central deste texto
de Apocalipse, particularmente no que se refere aos “covardes”, é a seguinte:
Em épocas de grande perseguição e tribulação, temos que ser corajosos na
expressão da nossa fé em Cristo.
De
acordo com a Bíblia a palavra incredulidade no grego é “apistia” que traz o
sentido de descrença, ausência de fé, indigno de confiança, incerteza e
incredulidade. De Acordo com o dicionário a palavra incredulidade está ligada
com a descrença, dúvida, ateísmo, ceticismo – ceticismo é o comportamento da
pessoa que não acredita em nada ou duvida de tudo. A incredulidade afasta o
homem de Deus, pois ela nega a verdade divina. O incrédulo não vence por falta
de fé, já o medroso (tímido) não vence por falta de coragem.
E
o abominável – O verbo do qual essa palavra é derivada significa excitar nojo;
sentir nojo; abominar; e, portanto, o particípio – “o abominável” – se refere a
todos os que são detestáveis, ou seja, por causa de seus pecados; todos cuja
conduta é ofensiva a Deus. Assim, incluiria aqueles que vivem em pecado aberto;
que praticam vícios detestáveis; cuja conduta é adequada para provocar nojo e
aversão. Tais condutas devem ser excluídas de um mundo puro e santo.
2.2. Assassinos, impuros e feiticeiros
Ao
falar de assassinos devemos lembrar que muitos irmãos neste tempo morreram
assassinados por amor a Cristo e o livro do Apocalipse é uma mensagem de
consolo aos que sofrem [Ap 2.8-11]. Fala daqueles que tiram a vida de forma
intencional e espontânea e daquele que odeia seu irmão [1Jo 3.15]. Impuros são
aqueles que praticam imoralidade sexual. Estão inclusos nisso o adultério, a
fornicação, vício em pornografia e orgias. Muitas destas práticas eram comuns
nos cultos pagãos e até hoje aparecem destruindo vidas.
O
termo feiticeiros origina-se da palavra droga e mostra aqueles que usam drogas,
poções mágicas e venenos.
Comentário Adicional
Assassinato
é “Tirar a vida humana com malícia premeditada por uma pessoa de mente sã”.
Assassinato significa a destruição da vida humana; e como aquele que odeia seu
irmão em seu coração está pronto para tirar sua vida, também é chamado de
assassino. Depois de toda a casuística do homem, não parece que o direito de
tirar uma vida humana sob qualquer pretexto, exceto pelo crime de assassinato,
pertença a qualquer um, exceto ao Criador e Juiz de todos os homens. A palavra
usada aqui denota todo homicídio culposo ou morte humana, exceto o que ocorre
como punição ao crime.
Os
feiticeiros que ficarão de fora do reino dos céus, refere-se às pessoas que,
apesar de se dizerem cristãs, se comportam de igual modo a Saul, bendizendo a
Deus com os lábios, mas que não obedecem à Sua palavra. (Is 29:13; Mt 15:8; Jr
12:2): “Veio, pois, Samuel a Saul e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do SENHOR;
cumpri a palavra do SENHOR.” (1 Sm 15:13).
Saul,
mesmo após ser repreendido, persistiu no seu erro: “Então disse Saul a Samuel:
Antes, dei ouvidos à voz do SENHOR e caminhei no caminho pelo qual o SENHOR me
enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque e os amalequitas, destruí
totalmente; Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito,
para oferecer ao SENHOR, teu Deus, em Gilgal.” (1 Sm 15:20-21). Diante da
recalcitrância de Saul, Deus disse, por intermédio de Samuel, a Saul: “Tem, porventura,
o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à
palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar e o atender,
melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de
feitiçaria e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto, tu rejeitaste
a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” (1
Sm 15:22-23).
Segundo
a Bíblia, o cachorro é um animal impuro (veja Salmos 22.17; Salmos 22.21;
Isaías 10-11) e não eram bem-vistos nas cidades do mundo Bíblico. As pessoas
que se encontram afastadas de Deus, que são impuras, são comparadas a cães,
como é o exemplo das prostitutas, em Deuteronômio 23.18-19 (veja também 2Reis
8.13; Mateus 7.6). Os que não eram judeus, os gentios, eram chamados
"cães" (veja Filipenses 3.2).
Da
mesma forma que os “cães”, que ficarão de fora, é uma figura para fazer
referência aos maus obreiros, àqueles que andam segundo a circuncisão (Fl 3:2),
os “feiticeiros”, também é uma figura para compor uma alegoria, muito utilizada
pelos profetas para fazer referência aos filhos de Israel, por terem se
desviado da palavra de Deus.
Em
Apocalipse 21 e 22, esses dois capítulos, no finalzinho da Bíblia, falam da
Jerusalém Celeste, da nova criação. É essa a cidade a qual se refere Apocalipse
22,14. Dela ficarão fora "os cães e os feiticeiros, e os que se
prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a
mentira." Isto significa, ficarão fora da Jerusalém Celeste todos aqueles
que são impuros, que não se identificam com a vontade divina, aqueles que não
praticam a justiça e não amam ao próximo. Portanto "cães" é uma
metáfora que encerra o significado da impureza, da distância de Deus.
2.3. Idólatras e mentirosos
Idólatras
são aqueles que deixaram a adoração ao único Deus verdadeiro e se voltaram para
a adoração a falsos deuses. Podem ser pessoas, objetos ou algo na natureza [Rm
1.22-23]. Aquilo que toma a primazia em sua vida, no lugar de Deus, torna-se
seu ídolo. Mentirosos e os que amam a mentira são os que abandonam a verdade e
negam a Cristo e Sua Palavra [2Tm 4.4; Rm 1.25]. O cristão deve estar alerta e
ter cuidado com o relativismo que reduz a verdade a uma mera opinião, que
depende do ponto de vista de cada um. O relativismo prega que toda verdade
universal deve ser desconstruída na sociedade.
Comentário Adicional
Vimos
no tópico anterior o exemplo de Saul, portanto, Saul, por rebelar-se, não
cumprindo o determinado pelo Senhor, foi tido por feiticeiro e, por porfiar no
seu erro, justificando-se a si mesmo, ainda que foi repreendido, Saul tornou-se
idólatra diante de Deus. Saul era rei em Israel e não havia adotado nenhuma
prática pagã, entretanto, fez-se feiticeiro, ao desobedecer a Deus. Mesmo não
confeccionando nenhum ídolo de barro, madeira, ferro, etc., ele se fez
idólatra, diante de Deus. Assim, não é necessário ter um ídolo dentro de casa,
para ser um idólatra.
Qualquer
que não obedece (teme) a palavra de Deus é o mesmo que feiticeiro ou, adúltero
(Ml 3:5). Qualquer que ama a mentira é anátema, pois Cristo é a verdade: “Se
alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema. Maranata!” (1 Co 16:22).
O
apóstolo Paulo enumera essas coisas como “as obras da carne”, as obras da
natureza não renovada do homem. O mundo mostra que esse é o fato; e não podemos
deixar de perguntar: uma natureza que produz isso é considerada pura? O homem é
um ser não caído? Ele pode se salvar? Ele não precisa de Salvador?
Paulo,
inspirado por Deus, declarou solenemente que tais coisas não podem ser salvas.
Eles não podem entrar no reino dos céus como estão. Qual seria o céu se cheio
de adúlteros, fornicários e idólatras, com orgulhosos e invejosos, e com
assassinos e bêbados? Chamar esse lugar de céu seria um abuso da palavra.
Ninguém poderia querer morar lá; e essas pessoas não podem entrar no céu.
Devemos
nos alegrar por haver um mundo onde esses vícios são desconhecidos, um mundo de
perfeita e eterna pureza. Quando olhamos para a terra; quando vemos como esses
vícios prevalecem; quando refletimos que toda terra está poluída e que não
podemos atravessar um continente ou uma ilha, visitar um canto ou um recanto da
terra, morar em qualquer cidade ou vila onde esses vícios não existam. Como é
animador o pensamento de que existe um mundo em que esses vícios são
desconhecidos.
O
ponto crucial é que não herdarão – Eles não são filhos de Deus e, portanto, não
podem herdar o reino que pertence apenas aos filhos da família Divina (Romanos
8:13 – Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo
Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão).
3. UMA ÚLTIMA MENSAGEM DE CRISTO À IGREJA
É
notável que o livro da revelação começa e termina com uma palavra de Cristo
para a Sua amada Igreja. Depois de tudo que nos mostrou acerca do futuro
próximo, de todos os acontecimentos que estão prestes a eclodir no mundo, Ele
se volta para a noiva com uma última mensagem: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo,
para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de
Davi, a resplandecente estrela da manhã” [Ap 22.16].
3.1. Testifiquem estas coisas nas igrejas
O
propósito de Cristo é que todos conheçam a mensagem do Apocalipse. Doze vezes é
dito ao apóstolo João: “Escreve” [Ap 1.11, 19; 2.1, 8, 12, 18; 3.1, 7, 14;
14.13; 19.9; 21.5]. Isto denota que a mensagem não se limitava apenas àquele
tempo, mas à Igreja de Cristo de todos os tempos e em todos os lugares. Uma
trombeta profética de aviso e despertamento que se espalha pelas igrejas
preparando a noiva para a volta de Cristo [Ap 22.16]. Houve épocas, no mundo,
que quase não se falava no Apocalipse, permitindo o surgimento de diversas
seitas e heresias, que ensinam temas como: “o céu”, “vida após a morte” e
“Juízo divino”, contrário ao genuíno ensino contido na Palavra de Deus.
Comentário Adicional
A
mensagem desse livro (Apocalipse) deve ser proclamada na igreja. Ele é um livro
encorajador para os todos os cristãos em todos os tempos. Ele devia ser lido em
voz alta em culto público (v. 3). Há uma bem-aventurança para os que leem,
ouvem, e praticam a mensagem deste livro. Para todas as igrejas o Senhor que
anda no meio dos candeeiros tem uma palavra de exortação e também de
encorajamento. Ele os desafia a serem vencedores! A mensagem central de Jesus
para a igreja é que nós não devemos nos aproximar da profecia apenas com
curiosidade acerca do futuro. Quando Daniel e João receberam a palavra da
profecia, do plano de Deus, do futuro, ambos caíram aos pés do Senhor (Dn
10:7-10; Ap 1:17). Eles ficaram esmagados pela grandeza da manifestação do
Senhor. É assim que nós devemos nos aproximar do livro de Apocalipse, como
adoradores.
3.2. A mensagem é urgente
Os
fatos revelados no Apocalipse não devem ser encarados como distantes de nós.
Devemos esperar a volta de Cristo a qualquer momento. Ao profeta Daniel, foi
dito que selasse ou fechasse o livro [Dn 12.4, 9]. Porém a João, Deus disse que
não fechasse o livro, pois estava próximo o seu cumprimento [Ap 22.10]. O
objetivo divino em revelar estas coisas aos seus servos é preparar a noiva para
a chegada do noivo. Ao ler estas linhas, é preciso despertar para uma vida mais
próxima de Deus.
Comentário Adicional
A
palavra “Apocalipse” significa descoberto, sem véu. Revelação não é especulação
humana, é a Palavra de Deus e o testemunho fiel (v. 2). Ele revela o plano
vitorioso, triunfante de Cristo e da sua igreja. Sua vitória absoluta contra
todos os seus inimigos: a Meretriz, a besta, o falso profeta, o dragão, os
incrédulos, a morte. O Apocalipse mostra que o último capítulo da história não
será de tragédia, mas de uma retumbante vitória do Cordeiro de Deus, o Rei dos
reis e Senhor dos senhores.
Apocalipse
é um livro aberto em que Deus revela seus planos e propósitos para a sua
igreja. Apocalipse significa tirar o véu, descobrir, revelar o que está
escondido. A ordem de Deus é: “Não seles as palavras da profecia deste
livro, porque o tempo está próximo” (22:10).
3.3. Vem, Senhor Jesus!
E
o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve, diga: Vem! E quem tem sede,
venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” [Ap 22.17]. Três
personagens aparecem respondendo à promessa de Cristo, de voltar brevemente: 1)
O Espírito Santo. O Consolador fala com a Igreja, dá dons e ministérios e a
prepara para o arrebatamento. Também é o Espírito Santo que convence o pecador
de seus pecados [Jo 16.8]; 2) A Igreja. A Igreja anela e ama a volta de Cristo
[2Tm 4.8], pois está no mundo, mas pertence a Deus [1Jo 5.19]; 3) E quem ouve.
O Evangelho de Cristo ainda alcançará muitos corações. Não é tarde demais para
que muitos sejam libertos pela mensagem da cruz de Cristo e respondam dizendo:
Vem!
Comentário Adicional
O
Apocalipse não fala tanto de fatos, mas de uma pessoa. Apocalipse é
fundamentalmente a revelação de Jesus Cristo (v.1), e não apenas de eventos
futuros. Você não pode divorciar a profecia da Pessoa de Jesus. Apocalipse não
é revelação de João, mas revelação de Jesus Cristo a João. Cristo veio ao mundo
para revelar o Pai (Jo 17:6).
No
Apocalipse é o Pai quem revela a Jesus (Ap 1:1). E como o revela? Como o servo
lavando os pés dos discípulos? Como uma ovelha muda que vai para o matadouro?
Como aquele de quem os homens escondem o rosto? Como aquele que está pregado na
cruz, com o rosto cheio de sangue? Como aquele que têm as mãos atadas e os pés
pregados na cruz? Absolutamente não!
A
revelação do Noivo da Igreja pelo Pai é de um Cristo glorioso: Seus cabelos não
estão cheios de sangue, mas são alvos como a neve. Seus olhos não estão
inchados, mas são como chama de fogo. Seus pés não estão pregados na cruz, mas
são semelhantes ao bronze polido. Sua voz não está rouca, porque a língua está
colada ao céu da boca, por atordoante sede, mas é voz como voz de muitas águas.
Suas mãos não estão cheias de pregos, mas ele segura a igreja e a história em
suas onipotentes mãos. Seu rosto não está desfigurado, mas brilha como o sol.
CONCLUSÃO
O
objetivo do livro do Apocalipse não é nos dar uma tabela do tempo do fim, mas
nos revelar o Noivo glorioso da igreja, o supremo conquistador. A igreja
precisa olhar para a supremacia do seu Senhor. Durante a sua primeira vinda a
glória de Cristo estava encoberta. Ele viveu se esvaziando da sua glória. Mas
na segunda vinda de Cristo, sua glória será auto evidente (Mc 14:61-62; Ap
1:7).
O
Espírito Santo usou João para escrever o quarto evangelho, as cartas e o
Apocalipse. O objetivo do evangelho é alertar as pessoas a crerem em Cristo
(20:31). O objetivo das cartas é encorajar os crentes a terem certeza da vida
eterna (5:13). O objetivo do Apocalipse era alertar os crentes para estarem
preparados para a segunda vinda de Cristo (22:20).
O
livro do Apocalipse não fala de caos, mas do plano vitorioso e triunfante de
Cristo e da sua igreja.
Referências bibliográficas
►
Comentário Bíblico Moody: Romanos à Apocalipse. PFEIFFER, Charles F.; HARRISON,
Everett F. 6.imp. [S.I]: Moody Press, 2001. 5v
►
Apocalipse: introdução e comentário. LADD, George Eldon. 8.imp.São Paulo: Vida
Nova, 2004.
►
Revista de Escola Bíblica Dominical do Professor: Adultos. Apocalipse. Mensagem
sobre o triunfo de Cristo, exortações e promessas ao povo de Deus. Rio de
Janeiro: Editora Betel – 2 trimestres de 2022. Ano 32 n/ 123. Lição13 – Um novo
céu e uma nova terra.
Comentários adicionais da lição –
Professora Emivaneide Silva
4 comentários:
Parabéns professora Emivaneide, comentário muito top e edificante. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Que maravilha!
Parabéns Professora Emivaneide, excelente.
Deus os abençoe
Pr Éder - ADTAG Sede
Glória a Deus, Irmã Emivaneide. ótimo comentario
Excelente comentário irmã Emivaneide! Que Deus continue abençoando a sua vida.
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