PÁGINAS

 UM NOVO CÉU E UMA NOVA TERRA

Lição 13 – 26 de junho de 2022

TEXTO ÁUREO
“E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas”. Apocalipse 21.4

VERDADE APLICADA
A revelação divina sobre o final da presente era deve nos despertar para um viver em santidade e perseverança em Cristo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
APOCALIPSE 21
1. E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

INTRODUÇÃO
Temos no livro do Apocalipse uma revelação do futuro da humanidade, sendo uma mensagem de alerta para os ímpios e de conforto e esperança para os justos.

1. A vontade perfeita de Deus
Desde que Deus criou o homem, Satanás age para enganá-lo, fazendo acreditar que a vontade de Deus não será boa para ele. No Éden, enganou Adão e Eva que desobedeceram a Deus e comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal [Gn 3.1-6]. Israel sofreu derrotas e cativeiros ao longo de sua história por rebeldia à vontade de Deus. A Bíblia define a vontade de Deus como “boa, agradável e perfeita” [Rm 12.2]. Podemos ver isso de forma cristalina nos capítulos 21 e 22 do Apocalipse.

Comentário adicional
A Bíblia é uma biblioteca de livros, são inúmeros personagens, histórias e desfechos; cada personagem tem seu próprio futuro e destino. Todas essas histórias da Bíblia tem o objetivo pedagógico de nos ensinar sobre os propósitos de Deus e sua perfeita vontade. “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve”. (1 João 5:14).

1.1. Novos céus e nova terra
A partir deste momento [Ap 21.1], o mundo entra num novo e glorioso capítulo de sua história. O tempo e as dispensações já não existem mais, um novo começo chega para o mundo que viu, depois do pecado do homem, a maldição atingir a terra [Gn 3.17-18]. O profeta Isaías profetizou que Deus traria um novo céu e uma nova terra [Is 65.17; 66.22]. O Senhor Jesus afirmou que os presentes céu e terra passarão [Mc 13.31] e o apóstolo Pedro mostra que parte das promessas de Cristo para a Sua Igreja diz respeito a “novos céus e nova terra” [2Pe 3.13] e acrescenta: “Aguardando e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” [2Pe 3.12]. Nós viveremos para sempre com o Senhor.

Comentário adicional
Podemos observar através do estudo do livro do Apocalipse que o estado eterno, com novo céu e nova terra, terá início por ocasião do juízo final. Quando todos forem julgados, os ímpios serão destinados à condenação eterna no lago de fogo, enquanto os santos viverão e reinarão eternamente com Deus, no novo céu e nova terra.

É importante ressaltar que a expressão “novo céu e nova terra” deve ser entendida como contemplando o universo inteiro, ou seja, é uma expressão bíblica para se referir a todo universo.

Sobre as discussões acerca de como se dará a criação do novo céu e nova terra, embora alguns acreditem que o universo atual será completamente destruído, no sentido de aniquilado, deixando de existir, e então Deus criará novo céu e nova terra, sem continuidade alguma com o universo atual. Já outros estudiosos defendem que o universo atual não será destruído, mas renovado. Será uma transformação tão profunda que refletirá uma nova criação, mas ainda assim será a continuidade do universo atual.

Se considerarmos o texto citado acima em Apocalipse 21:1, o termo grego utilizado para descrever o novo céu e nova terra expressa uma ideia de um “novo mundo”, e não de um “outro mundo”. O mesmo termo também é utilizado em 2 Pedro 3:13, e trata-se do grego kainos que significa algo novo em qualidade.

No Antigo Testamento, as passagens mais conhecidas e explicitas que descrevem o novo céu e nova terra estão no livro do Profeta Isaías (caps. 65:17-65; 66:22,23). Já no Novo Testamento, existem muitas referências que remetem ao estado eterno, mas certamente as referências de Romanos 8:21-23; 2 Pedro 3:13 e Apocalipse 21-22 são as principais acerca do novo céu e nova terra. Considerando todas estas referências, podemos claramente entender que o novo céu e nova terra será um lugar glorioso, com uma paz sem igual, toda a criação estará restaurada e livre da maldição do pecado, onde haverá abundância de recursos que estarão à disposição de seus habitantes, não existirá mais a morte, a tristeza e a dor, será um lugar marcado pela justiça e, principalmente, será a eterna habitação de Deus com Seu povo.

1.2. As primeiras coisas são passadas
Toda a tragédia que acometeu a raça humana desde a queda de Adão será finalmente superada por um novo tempo. Um tempo sem Satanás e seus demônios, sem a maldição do pecado e suas consequências terríveis que se viram ao longo da história do homem [Ap 21.4]. Assim, vemos que a morte, o último inimigo do homem, será definitivamente derrotada [1Co 15.54]. Deus deu a Moisés as tábuas da Lei no monte Sinai [Êx 20], mas mandou colocar o Tabernáculo no meio do povo, entre as tribos de Israel [Êx 25.8], mostrando assim o propósito divino de se revelar ao homem e ter comunhão com ele. Este propósito será agora cumprido e Deus habitará com o homem [Ap 21.3]. Que tempo glorioso será este!

Comentário Adicional
A renovação do universo demonstra mais um meio pela qual a soberania de Deus será revelada, quando Ele purificar exatamente a criação que Satanás tentou destruir, removendo todos os efeitos do pecado.

No livro do Apocalipse, lemos que na eternidade contemplaremos a face de Deus (Ap 22:4). Com certeza esse é ponto alto da descrição da nossa vida futura. Poderemos ver o nosso Senhor exatamente como Ele é (1Jo 3:2). Vale ressaltar que a nossa vida na nova terra será essencialmente diferente e infinitamente superior ao que foi com Adão no Éden. Antes da Queda, sabemos que Deus descia à terra para conversar com Adão na viração do dia. Com certeza isso já era maravilhoso, mas perceba que ainda existia uma distância, pois Deus descia em alguns momentos. Mas no novo céu e nova terra não haverá qualquer distância, Deus não nos visitará em determinados momentos, mas habitará conosco para todo o sempre. Além de servirmos a Deus, no novo céu e nova terra também reinaremos com Ele pelos séculos dos séculos (Ap 22:5). A partir deste momento [Ap 21.1], o mundo entra num novo e glorioso capítulo de sua história. O tempo e as dispensações já não existem mais, um novo começo chega para o mundo que viu, depois do pecado do homem, a maldição atingir a terra [Gn 3.17-18]. O profeta Isaías profetizou que Deus traria um novo céu e uma nova terra [Is 65.17; 66.22]. O Senhor Jesus afirmou que os presentes céu e terra passarão [Mc 13.31] e o apóstolo Pedro mostra que parte das promessas de Cristo para a Sua Igreja diz respeito a “novos céus e nova terra” [2Pe 3.13] e acrescenta: “Aguardando e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?” [2Pe 3.12]. Nós viveremos para sempre com o Senhor.

1.3. Promessa ao que vencer
Em cada uma das cartas às sete igrejas da Ásia, vemos no final uma promessa de Cristo ao que vencer [Ap 2-3]. As promessas às sete igrejas envolvem algum aspecto da bênção celestial e apontam para a necessidade de contínua perseverança do cristão que aguarda o arrebatamento [Ap 2.10; Mt 10.22].

Comentário Adicional
A vida, e especialmente a vida cristã, pode ser considerada uma guerra. Milhares caem no conflito com o mal; mas aqueles que mantêm uma guerra constante e que alcançam uma vitória serão recebidos como vencedores no final.

Para as igrejas – E nelas para todo aquele que vence; que vai da fé e pela fé à vitória completa sobre o mundo, a carne e o diabo. Nestas carta para as sete igrejas estão contidas doze promessas, que são um extrato de todas as promessas de Deus, como “o maná oculto”, a inscrição de “o nome da nova Jerusalém”, o “assentado no trono”, “o nome oculto”, Apocalipse 19:12; “o governo das nações”, Apocalipse 19:15; “a estrela da manhã”, Apocalipse 22:16, “a árvore da vida”, Apocalipse 22: 2; liberdade da “segunda morte”, Apocalipse 20: 6; o nome no “livro da vida”, Apocalipse 20:12; 21:27; o restante “no templo de Deus”, Apocalipse 7:15; a inscrição “do nome de Deus e do Cordeiro”, Apocalipse 14: 1; 22: 4. Nestas promessas, às vezes se pretende o gozo do bem mais elevado, às vezes a libertação dos maiores males.

Àquele que continua firme na fé, e não é corrompido em sua vida; quem confessa fielmente Jesus, e não absorve as doutrinas, nem é levado pelo erro dos ímpios; darei para comer da árvore da vida. Como aquele que venceu seus inimigos teve, geralmente, não apenas grande honra, mas também uma recompensa; então aqui uma grande recompensa é prometida ao conquistador, tal como acontecia nos jogos gregos, aos quais pode haver uma alusão, o conquistador foi coroado com as folhas de alguma árvore; aqui é prometido que eles comam do fruto da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus; isto é, que eles deveriam ter uma imortalidade feliz e gloriosa.

2. UMA ADVERTÊNCIA PARA NÓS
O Senhor Jesus nos faz um importante alerta. Ele nos dá uma lista daqueles que não herdarão o Reino de Deus. Esta lista vai aparecer em Apocalipse 21.8 e 22.15. Cristo fala duas vezes aqui sobre isso. Vemos nisso a preocupação divina com o homem e em especial a Igreja. Seu desejo é que ninguém se perca [2Pe 3.9].

2.1. Tímidos, incrédulos e abomináveis
Tímidos, aqui é a palavra grega “DEILOI” que significa covarde e mostra aquele que diante de provações e lutas foge da batalha. Ama mais a sua vida e segurança do que a Cristo e demonstra uma fé rasa e superficial [Mt 10.33; Hb 10.38]. A lista segue com os incrédulos. Estes são os que jamais creram no Evangelho de Cristo, muitos trocaram a fé em Cristo pelo racionalismo cartesiano, onde a razão é o único meio de se chegar ao conhecimento verdadeiro. Fala, também, dos que por um momento creram, mas voltaram às práticas de pecado, sendo infiéis a Cristo. [Sl 14.1; 1Tm 4.1]. Em terceiro lugar na lista aparecem os abomináveis. São aqueles que se voltam para toda e qualquer prática idólatra e seus vícios imundos.

Comentário Adicional
Neste texto, o termo tímido se refere ao covarde e medroso – aquele que por medo de perder a vida ou suas propriedades, recusaram-se a receber e seguir a Jesus, embora convencidos de sua verdade e importância; ou após recebê-lo, em tempos de perseguição caíram, não estando dispostos a arriscar suas vidas.

Medrosos denotam aqueles que não tinham firmeza em ousar manter seus princípios professados, ou que tinham medo de se declarar amigo de Deus em um mundo perverso. Eles contrastam com aqueles que vencem. A lição central deste texto de Apocalipse, particularmente no que se refere aos “covardes”, é a seguinte: Em épocas de grande perseguição e tribulação, temos que ser corajosos na expressão da nossa fé em Cristo.

De acordo com a Bíblia a palavra incredulidade no grego é “apistia” que traz o sentido de descrença, ausência de fé, indigno de confiança, incerteza e incredulidade. De Acordo com o dicionário a palavra incredulidade está ligada com a descrença, dúvida, ateísmo, ceticismo – ceticismo é o comportamento da pessoa que não acredita em nada ou duvida de tudo. A incredulidade afasta o homem de Deus, pois ela nega a verdade divina. O incrédulo não vence por falta de fé, já o medroso (tímido) não vence por falta de coragem.

E o abominável – O verbo do qual essa palavra é derivada significa excitar nojo; sentir nojo; abominar; e, portanto, o particípio – “o abominável” – se refere a todos os que são detestáveis, ou seja, por causa de seus pecados; todos cuja conduta é ofensiva a Deus. Assim, incluiria aqueles que vivem em pecado aberto; que praticam vícios detestáveis; cuja conduta é adequada para provocar nojo e aversão. Tais condutas devem ser excluídas de um mundo puro e santo.

2.2. Assassinos, impuros e feiticeiros
Ao falar de assassinos devemos lembrar que muitos irmãos neste tempo morreram assassinados por amor a Cristo e o livro do Apocalipse é uma mensagem de consolo aos que sofrem [Ap 2.8-11]. Fala daqueles que tiram a vida de forma intencional e espontânea e daquele que odeia seu irmão [1Jo 3.15]. Impuros são aqueles que praticam imoralidade sexual. Estão inclusos nisso o adultério, a fornicação, vício em pornografia e orgias. Muitas destas práticas eram comuns nos cultos pagãos e até hoje aparecem destruindo vidas.

O termo feiticeiros origina-se da palavra droga e mostra aqueles que usam drogas, poções mágicas e venenos.

Comentário Adicional
Assassinato é “Tirar a vida humana com malícia premeditada por uma pessoa de mente sã”. Assassinato significa a destruição da vida humana; e como aquele que odeia seu irmão em seu coração está pronto para tirar sua vida, também é chamado de assassino. Depois de toda a casuística do homem, não parece que o direito de tirar uma vida humana sob qualquer pretexto, exceto pelo crime de assassinato, pertença a qualquer um, exceto ao Criador e Juiz de todos os homens. A palavra usada aqui denota todo homicídio culposo ou morte humana, exceto o que ocorre como punição ao crime.

Os feiticeiros que ficarão de fora do reino dos céus, refere-se às pessoas que, apesar de se dizerem cristãs, se comportam de igual modo a Saul, bendizendo a Deus com os lábios, mas que não obedecem à Sua palavra. (Is 29:13; Mt 15:8; Jr 12:2): “Veio, pois, Samuel a Saul e Saul lhe disse: Bendito sejas tu do SENHOR; cumpri a palavra do SENHOR.” (1 Sm 15:13).

Saul, mesmo após ser repreendido, persistiu no seu erro: “Então disse Saul a Samuel: Antes, dei ouvidos à voz do SENHOR e caminhei no caminho pelo qual o SENHOR me enviou; e trouxe a Agague, rei de Amaleque e os amalequitas, destruí totalmente; Mas o povo tomou do despojo ovelhas e vacas, o melhor do interdito, para oferecer ao SENHOR, teu Deus, em Gilgal.” (1 Sm 15:20-21). Diante da recalcitrância de Saul, Deus disse, por intermédio de Samuel, a Saul: “Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar e o atender, melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto, tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.” (1 Sm 15:22-23).

Segundo a Bíblia, o cachorro é um animal impuro (veja Salmos 22.17; Salmos 22.21; Isaías 10-11) e não eram bem-vistos nas cidades do mundo Bíblico. As pessoas que se encontram afastadas de Deus, que são impuras, são comparadas a cães, como é o exemplo das prostitutas, em Deuteronômio 23.18-19 (veja também 2Reis 8.13; Mateus 7.6). Os que não eram judeus, os gentios, eram chamados "cães" (veja Filipenses 3.2).

Da mesma forma que os “cães”, que ficarão de fora, é uma figura para fazer referência aos maus obreiros, àqueles que andam segundo a circuncisão (Fl 3:2), os “feiticeiros”, também é uma figura para compor uma alegoria, muito utilizada pelos profetas para fazer referência aos filhos de Israel, por terem se desviado da palavra de Deus.

Em Apocalipse 21 e 22, esses dois capítulos, no finalzinho da Bíblia, falam da Jerusalém Celeste, da nova criação. É essa a cidade a qual se refere Apocalipse 22,14. Dela ficarão fora "os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira." Isto significa, ficarão fora da Jerusalém Celeste todos aqueles que são impuros, que não se identificam com a vontade divina, aqueles que não praticam a justiça e não amam ao próximo. Portanto "cães" é uma metáfora que encerra o significado da impureza, da distância de Deus.

2.3. Idólatras e mentirosos
Idólatras são aqueles que deixaram a adoração ao único Deus verdadeiro e se voltaram para a adoração a falsos deuses. Podem ser pessoas, objetos ou algo na natureza [Rm 1.22-23]. Aquilo que toma a primazia em sua vida, no lugar de Deus, torna-se seu ídolo. Mentirosos e os que amam a mentira são os que abandonam a verdade e negam a Cristo e Sua Palavra [2Tm 4.4; Rm 1.25]. O cristão deve estar alerta e ter cuidado com o relativismo que reduz a verdade a uma mera opinião, que depende do ponto de vista de cada um. O relativismo prega que toda verdade universal deve ser desconstruída na sociedade.

Comentário Adicional
Vimos no tópico anterior o exemplo de Saul, portanto, Saul, por rebelar-se, não cumprindo o determinado pelo Senhor, foi tido por feiticeiro e, por porfiar no seu erro, justificando-se a si mesmo, ainda que foi repreendido, Saul tornou-se idólatra diante de Deus. Saul era rei em Israel e não havia adotado nenhuma prática pagã, entretanto, fez-se feiticeiro, ao desobedecer a Deus. Mesmo não confeccionando nenhum ídolo de barro, madeira, ferro, etc., ele se fez idólatra, diante de Deus. Assim, não é necessário ter um ídolo dentro de casa, para ser um idólatra.

Qualquer que não obedece (teme) a palavra de Deus é o mesmo que feiticeiro ou, adúltero (Ml 3:5). Qualquer que ama a mentira é anátema, pois Cristo é a verdade: “Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja anátema. Maranata!” (1 Co 16:22).

O apóstolo Paulo enumera essas coisas como “as obras da carne”, as obras da natureza não renovada do homem. O mundo mostra que esse é o fato; e não podemos deixar de perguntar: uma natureza que produz isso é considerada pura? O homem é um ser não caído? Ele pode se salvar? Ele não precisa de Salvador?

Paulo, inspirado por Deus, declarou solenemente que tais coisas não podem ser salvas. Eles não podem entrar no reino dos céus como estão. Qual seria o céu se cheio de adúlteros, fornicários e idólatras, com orgulhosos e invejosos, e com assassinos e bêbados? Chamar esse lugar de céu seria um abuso da palavra. Ninguém poderia querer morar lá; e essas pessoas não podem entrar no céu.

Devemos nos alegrar por haver um mundo onde esses vícios são desconhecidos, um mundo de perfeita e eterna pureza. Quando olhamos para a terra; quando vemos como esses vícios prevalecem; quando refletimos que toda terra está poluída e que não podemos atravessar um continente ou uma ilha, visitar um canto ou um recanto da terra, morar em qualquer cidade ou vila onde esses vícios não existam. Como é animador o pensamento de que existe um mundo em que esses vícios são desconhecidos.

O ponto crucial é que não herdarão – Eles não são filhos de Deus e, portanto, não podem herdar o reino que pertence apenas aos filhos da família Divina (Romanos 8:13 – Pois se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão).

3. UMA ÚLTIMA MENSAGEM DE CRISTO À IGREJA
É notável que o livro da revelação começa e termina com uma palavra de Cristo para a Sua amada Igreja. Depois de tudo que nos mostrou acerca do futuro próximo, de todos os acontecimentos que estão prestes a eclodir no mundo, Ele se volta para a noiva com uma última mensagem: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã” [Ap 22.16].

3.1. Testifiquem estas coisas nas igrejas
O propósito de Cristo é que todos conheçam a mensagem do Apocalipse. Doze vezes é dito ao apóstolo João: “Escreve” [Ap 1.11, 19; 2.1, 8, 12, 18; 3.1, 7, 14; 14.13; 19.9; 21.5]. Isto denota que a mensagem não se limitava apenas àquele tempo, mas à Igreja de Cristo de todos os tempos e em todos os lugares. Uma trombeta profética de aviso e despertamento que se espalha pelas igrejas preparando a noiva para a volta de Cristo [Ap 22.16]. Houve épocas, no mundo, que quase não se falava no Apocalipse, permitindo o surgimento de diversas seitas e heresias, que ensinam temas como: “o céu”, “vida após a morte” e “Juízo divino”, contrário ao genuíno ensino contido na Palavra de Deus.

Comentário Adicional
A mensagem desse livro (Apocalipse) deve ser proclamada na igreja. Ele é um livro encorajador para os todos os cristãos em todos os tempos. Ele devia ser lido em voz alta em culto público (v. 3). Há uma bem-aventurança para os que leem, ouvem, e praticam a mensagem deste livro. Para todas as igrejas o Senhor que anda no meio dos candeeiros tem uma palavra de exortação e também de encorajamento. Ele os desafia a serem vencedores! A mensagem central de Jesus para a igreja é que nós não devemos nos aproximar da profecia apenas com curiosidade acerca do futuro. Quando Daniel e João receberam a palavra da profecia, do plano de Deus, do futuro, ambos caíram aos pés do Senhor (Dn 10:7-10; Ap 1:17). Eles ficaram esmagados pela grandeza da manifestação do Senhor. É assim que nós devemos nos aproximar do livro de Apocalipse, como adoradores.

3.2. A mensagem é urgente
Os fatos revelados no Apocalipse não devem ser encarados como distantes de nós. Devemos esperar a volta de Cristo a qualquer momento. Ao profeta Daniel, foi dito que selasse ou fechasse o livro [Dn 12.4, 9]. Porém a João, Deus disse que não fechasse o livro, pois estava próximo o seu cumprimento [Ap 22.10]. O objetivo divino em revelar estas coisas aos seus servos é preparar a noiva para a chegada do noivo. Ao ler estas linhas, é preciso despertar para uma vida mais próxima de Deus.

Comentário Adicional
A palavra “Apocalipse” significa descoberto, sem véu. Revelação não é especulação humana, é a Palavra de Deus e o testemunho fiel (v. 2). Ele revela o plano vitorioso, triunfante de Cristo e da sua igreja. Sua vitória absoluta contra todos os seus inimigos: a Meretriz, a besta, o falso profeta, o dragão, os incrédulos, a morte. O Apocalipse mostra que o último capítulo da história não será de tragédia, mas de uma retumbante vitória do Cordeiro de Deus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Apocalipse é um livro aberto em que Deus revela seus planos e propósitos para a sua igreja. Apocalipse significa tirar o véu, descobrir, revelar o que está escondido. A ordem de Deus é: “Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo” (22:10).

3.3. Vem, Senhor Jesus!
E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve, diga: Vem! E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” [Ap 22.17]. Três personagens aparecem respondendo à promessa de Cristo, de voltar brevemente: 1) O Espírito Santo. O Consolador fala com a Igreja, dá dons e ministérios e a prepara para o arrebatamento. Também é o Espírito Santo que convence o pecador de seus pecados [Jo 16.8]; 2) A Igreja. A Igreja anela e ama a volta de Cristo [2Tm 4.8], pois está no mundo, mas pertence a Deus [1Jo 5.19]; 3) E quem ouve. O Evangelho de Cristo ainda alcançará muitos corações. Não é tarde demais para que muitos sejam libertos pela mensagem da cruz de Cristo e respondam dizendo: Vem!

Comentário Adicional
O Apocalipse não fala tanto de fatos, mas de uma pessoa. Apocalipse é fundamentalmente a revelação de Jesus Cristo (v.1), e não apenas de eventos futuros. Você não pode divorciar a profecia da Pessoa de Jesus. Apocalipse não é revelação de João, mas revelação de Jesus Cristo a João. Cristo veio ao mundo para revelar o Pai (Jo 17:6).

No Apocalipse é o Pai quem revela a Jesus (Ap 1:1). E como o revela? Como o servo lavando os pés dos discípulos? Como uma ovelha muda que vai para o matadouro? Como aquele de quem os homens escondem o rosto? Como aquele que está pregado na cruz, com o rosto cheio de sangue? Como aquele que têm as mãos atadas e os pés pregados na cruz? Absolutamente não!

A revelação do Noivo da Igreja pelo Pai é de um Cristo glorioso: Seus cabelos não estão cheios de sangue, mas são alvos como a neve. Seus olhos não estão inchados, mas são como chama de fogo. Seus pés não estão pregados na cruz, mas são semelhantes ao bronze polido. Sua voz não está rouca, porque a língua está colada ao céu da boca, por atordoante sede, mas é voz como voz de muitas águas. Suas mãos não estão cheias de pregos, mas ele segura a igreja e a história em suas onipotentes mãos. Seu rosto não está desfigurado, mas brilha como o sol.

CONCLUSÃO
O objetivo do livro do Apocalipse não é nos dar uma tabela do tempo do fim, mas nos revelar o Noivo glorioso da igreja, o supremo conquistador. A igreja precisa olhar para a supremacia do seu Senhor. Durante a sua primeira vinda a glória de Cristo estava encoberta. Ele viveu se esvaziando da sua glória. Mas na segunda vinda de Cristo, sua glória será auto evidente (Mc 14:61-62; Ap 1:7).

O Espírito Santo usou João para escrever o quarto evangelho, as cartas e o Apocalipse. O objetivo do evangelho é alertar as pessoas a crerem em Cristo (20:31). O objetivo das cartas é encorajar os crentes a terem certeza da vida eterna (5:13). O objetivo do Apocalipse era alertar os crentes para estarem preparados para a segunda vinda de Cristo (22:20).

O livro do Apocalipse não fala de caos, mas do plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua igreja.

Referências bibliográficas
► Comentário Bíblico Moody: Romanos à Apocalipse. PFEIFFER, Charles F.; HARRISON, Everett F. 6.imp. [S.I]: Moody Press, 2001. 5v
► Apocalipse: introdução e comentário. LADD, George Eldon. 8.imp.São Paulo: Vida Nova, 2004.
► Revista de Escola Bíblica Dominical do Professor: Adultos. Apocalipse. Mensagem sobre o triunfo de Cristo, exortações e promessas ao povo de Deus. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2 trimestres de 2022. Ano 32 n/ 123. Lição13 – Um novo céu e uma nova terra.

Comentários adicionais da lição – Professora Emivaneide Silva

 

 

4 comentários:

  1. Parabéns professora Emivaneide, comentário muito top e edificante. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

    ResponderExcluir
  2. Que maravilha!
    Parabéns Professora Emivaneide, excelente.

    Deus os abençoe
    Pr Éder - ADTAG Sede

    ResponderExcluir
  3. Glória a Deus, Irmã Emivaneide. ótimo comentario

    ResponderExcluir
  4. Excelente comentário irmã Emivaneide! Que Deus continue abençoando a sua vida.

    ResponderExcluir