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 REVESTIDOS DE TODA A ARMADURA DE DEUS

Lição 13 – 26 de dezembro de 2021 

TEXTO ÁUREO
“No demais, irmãos meus, fortalecei no Senhor e na força do seu poder.” Efésios 6.10

VERDADE APLICADA
Há uma batalha diária entre os filhos de Deus e as hostes do mal. Precisamos estar conscientes e revestidos para enfrentá-la.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
DISCORRER acerca da batalha espiritual.
ENSINAR acerca da forma de organização do inimigo.
MOSTRAR como um cristão deve estar protegido.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
EFÉSIOS 6
10. No demais, irmãos meus, fortalecei no Senhor e na força do seu poder.
11. Revesti-vos de toda armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
12. Porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
13. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possas resistir no dia mau, e, havendo feito tudo, ficar firmes.

Comentário adicional 

Introdução
Essa 13ª lição do trimestre, encerra o estudo da epístola aos Efésios que nos traz esclarecimentos sobre o plano divino, propósito, formação e princípios para a vida da Igreja. E, concluindo esses ensinamentos, temos no capítulo 6 de Efésios a recomendação de “nos revestirmos de toda armadura de Deus”. Nesse texto, Paulo nos alerta que a vida cristã é vivida como num campo minado pelo inimigo, uma arena de combates sem trégua. Há uma luta espiritual e contínua. Não existe tempo de trégua nessa batalha. Não existe acordo de paz. Em uma guerra não podemos subestimar o inimigo. Nosso inimigo, o diabo é mais perigoso em sua astúcia do que em sua ferocidade. Faz parte do seu jogo esconder sua identidade, por isso, precisamos estar atentos.

TÓPICO I – Revestindo-nos de toda a armadura

Paulo deixa claro contra quem não é a nossa luta. Nossa luta não é contra carne e sangue, ou seja, não é contra pessoas. Nossa luta não é física, mas espiritual. Há muitos cristãos que estão entrando na batalha e ferindo os próprios irmãos, estão atingindo com seus torpedos os próprios aliados, em vez de bombardear o arraial do inimigo. Por isso, precisamos refletir: contra quem é nossa luta? Quem é o inimigo contra quem lutamos nessa batalha? Em Efésios 6.11-13, o apóstolo Paulo descreve nosso arqui-inimigo de forma clara: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra pessoas de carne e sangue que temos de lutar, mas sim contra principados e poderios, contra os príncipes deste mundo de trevas, contra os exércitos espirituais da maldade nas regiões celestiais. Por isso, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes”.

Não podemos lutar contra quem não conhecemos. Quais são as características desse inimigo? Efésios 6.11,12 diz que o diabo, mesmo não sendo onipresente, onisciente e onipotente, tem seus agentes espalhados por toda parte, e esses seres caídos estão a seu serviço para guerrear contra o povo de Deus. Precisamos entender que o reino das trevas possui uma organização; que existe uma estratificação de poder no reino das trevas, Paulo fala de principados, poderios, príncipes deste mundo de trevas e exércitos espirituais do mal, isso demonstra que existe uma cadeia de comando, existem cabeças e subalternos,

líderes e liderados. Quem manda e quem obedece; e, também, que o reino das trevas se articula contra a igreja, o diabo e seus demônios rodeiam a terra e passeiam por ela, eles investigam nossa vida, buscando uma oportunidade para nos atacar, ele usa “ciladas”; para cada pessoa, ele usa uma estratégia diferente.

TÓPICO II – Conhecendo os inimigos da batalha
Vejamos algumas características desse terrível inimigo: Em primeiro lugar, é um inimigo invisível (6.11,12). O diabo e seus agentes são seres reais, porém, invisíveis. Esse inimigo espreita-nos 24 horas por dia. Ele é como um leão que ruge ao nosso derredor. Ele escuta cada palavra que você fala, vê cada atitude que você toma e acompanha cada ato que você pratica escondido. Ele é um inimigo espiritual. Você não pode guerrear contra ele com armas carnais. Ele age de forma inesperada.

Em segundo lugar, é um inimigo maligno (6.11,12). A Bíblia o chama de diabo, Satanás, assassino, ladrão, mentiroso, destruidor, tentador, maligno, serpente e dragão. Seu intento é roubar, matar e destruir. Ele sabe que já está sentenciado à perdição eterna e quer levar consigo homens e mulheres.

Em terceiro lugar, é um inimigo astuto (6.11). Ele usa ciladas, armadilhas e ardis. Ele age dissimuladamente como uma serpente. Ele disfarça-se. Ele transfigura-se em anjo de luz. Seus ministros parecem ser ministros de justiça. Ele usa voz mansa. Ele usa muitas máscaras. Ele tenta enganar as pessoas levando-as a duvidar da Palavra de Deus, exaltando o homem ao apogeu da glória. Ele também age assustadoramente como um leão. Ele ruge para assustar. Paulo fala que precisamos tomar toda a armadura de Deus para poder resistir no dia mau (6.13). O “dia mau” é o dia de duras provas, os momentos mais críticos da vida, quando o diabo e seus subordinados sinistros nos assaltam com grande veemência. O “dia mau” refere-se àqueles dias críticos de tentação ou de constante assalto satânico que todos os filhos de Deus conhecem.

Em quarto lugar, é um inimigo persistente (6.13b). “E, havendo feito tudo, permanecer firmes”. O diabo e suas hostes não dão trégua, não se rendem. Ao ser derrotados, eles voltam com novas estratégias. Foi assim com Jesus no deserto, onde foi tentado (Lc 4.13). Elias fugiu depois de uma grande vitória. Sansão foi subjugado pelos filisteus depois de vencê-los. Davi venceu exércitos, mas caiu na teia da luxúria. Pedro caiu na armadilha da autoconfiança. Não podemos vencer esses terríveis exércitos do mal sozinhos nem com nossas próprias armas.

Em último lugar, é um inimigo oportunista (6.11,14). Mesmo depois que o vencemos, precisamos continuar firmes (6.11,14), porque ele sempre procura um novo jeito de atacar. Quando o crente deixa de usar toda a armadura de Deus, ele encontra uma brecha, entra e faz um estrago (4.26,27). Não podemos ter vitória nessa guerra se não usarmos todas as peças da armadura.

TÓPICO III – O equipamento do soldado cristão
O apóstolo Paulo listou seis equipamentos imprescindíveis para entrarmos nessa peleja. Em primeiro lugar, Paulo fala do cinturão da verdade (6.14a). “Portanto, permanecei firmes, trazendo em volta da cintura a verdade.” Satanás é o pai da mentira (Jo 8.44), mas o crente cuja vida é controlada pela verdade pode vencê-lo. O cinturão é que segurava a espada. A não ser que você pratique a verdade, você não pode usar a Palavra da verdade.

Em segundo lugar, Paulo falou sobre a couraça da justiça (6.14b). “E vestindo a couraça da justiça”. Essa peça da armadura, feita de metal, cobria o guerreiro do pescoço ao peito. Protegia o coração e os órgãos vitais. Esse é um símbolo da justiça que o crente tem em Cristo (2Co 5.21), como também o caráter justo que o crente exerce em sua vida diária (4.24). A couraça representa a vida devota e santa, ou seja, a retidão moral. Sem a justiça de Cristo e a santidade pessoal não há defesa contra as acusações de Satanás (Zc 3.1-3). Satanás é o acusador, mas sua acusação não prospera por causa da justiça de Cristo imputada a nós (Rm 8.34). Mas nossa justiça posicional em Cristo, sem uma justiça prática na vida diária, apenas dá a Satanás oportunidade para nos atacar.

Em terceiro lugar, Paulo falou sobre o calçado do evangelho (6.15). “Calçando os pés com a disposição para o evangelho da paz”. Os soldados romanos usavam uma sandália com cravos na sola para lhes dar segurança e agilidade na caminhada e corrida por lugares escarpados. Se quisermos ficar firmes e de pé na luta, precisamos estar calçados com o Evangelho (que nos dá paz com Deus e com o próximo).

Em quarto lugar, Paulo falou sobre o escudo da fé (6.16). “E usando principalmente o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos em chamas do Maligno”. Esse escudo media 1,60 m de altura por 70 cm de largura. Ele protegia todo o corpo do soldado. Era feito de madeira e coberto por um couro curtido. Quando os soldados lutavam emparelhados, formavam como que uma parede contra o adversário. Uma das armas mais terríveis eram os dardos de fogo porque não apenas feriam, mas também incendiavam. O diabo lança dardos de fogo em nosso coração e mente: mentiras, pensamentos blasfemos, pensamentos de vingança, dúvidas e ardentes desejos de pecar. Se não apagarmos esses dardos pela fé, eles acendem fogo em nosso interior e nós desobedecemos a Deus. Na aljava do diabo há toda espécie de dardos ardentes. Alguns dardos inflamam a dúvida, outros a lascívia, a cobiça, a vaidade e a inveja.

Em quinto lugar, Paulo falou sobre o capacete da salvação (6.17a). “Tomai também o capacete da salvação”. Satanás ataca a mente. Essa foi a estratégia pela qual ele derrotou Eva. Essa peça da armadura fala de uma mente controlada por Deus. Quando Deus controla nossa mente, Satanás não pode levar o crente a fracassar. O crente que estuda a Bíblia e está firmado na Palavra de Deus não cede às propostas sedutoras do diabo facilmente.

Em sexto lugar, Paulo falou sobre a espada do Espírito (6.17b). “E a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. A espada do Espírito é arma de ataque. Essa espada é a Palavra de Deus. Vencemos os ataques do diabo e triunfamos sobre ele por meio da Palavra. É pela Palavra que saqueamos o reino das trevas, a casa do valente. É pela Palavra que os cativos são libertos. A Palavra é poderosa, viva e eficaz. Cristo venceu Satanás no deserto usando a espada do Espírito. Precisamos conhecer a Palavra. O poder para vencer essa guerra (6.10-13).

Conclusão
A guerra espiritual não é uma ficção. O fato de o nosso inimigo ser invisível não quer dizer que é irreal. Para enfrentá-lo e vencê-lo não podemos usar armas convencionais. Precisamos de armas espirituais poderosas em Deus para desfazer sofismas e desbaratar o inimigo (2Co 10.4).

Precisamos do revestimento do poder de Deus (6.10). “Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder”. Não podemos entrar nessa arena de combate fiados em nossa própria força. Precisamos ser revestidos com poder. Sem autoridade espiritual seremos humilhados nessa peleja. Viver é lutar. A vida é uma luta ativa, incessante e sem pausas. Nessa peleja não existe o cessar-fogo. Não existe trégua. Não existem acordos de paz. Depois de uma vitória, não devemos arriar as armas, pois não há momento mais vulnerável na vida de um indivíduo do que depois de uma grande vitória. O segredo da vitória é a vigilância constante. Não podemos lutar nessa guerra com nossas próprias forças, no nosso próprio poder.

Referências bibliográficas:
ALMEIDA, João Ferreira de. Trad. A Bíblia Sagrada (revista e atualizada no Brasil) – 3ª edição. São Paulo. Sociedade Bíblica Brasileira, 2017.
LOPES, Hernandes Dias. Efésios: a igreja, a noiva gloriosa de Cristo – São Paulo: Hagnos, 2009.
RENNER, Rick. Vivendo na zona de combate – Campina Grande: Rhema Brasil Publicações, 2020.
Revista do professor adulto. Efésios – Uma exposição sobre as riquezas da graça, misericórdia e glória de Deus - 4º Trimestre de 2021. Ano 31 n° 121. Lição 13 – Revestidos de toda a armadura de Deus.

Comentário adicional - Professora Emivaneide Silva

 



 

2 comentários:

ancelmo disse...

Parabéns pelo brilhante comentário. Excelente. Deus continue te abençoando professora Emivaneide.

Unknown disse...

Deus abençoe a serva do Senhor!