REVESTIDOS DE TODA A ARMADURA DE DEUS
Lição 13 – 26 de dezembro de 2021
TÓPICO I – Revestindo-nos de toda a armadura
Paulo
deixa claro contra quem não é a nossa luta. Nossa luta não é contra carne e
sangue, ou seja, não é contra pessoas. Nossa luta não é física, mas espiritual.
Há muitos cristãos que estão entrando na batalha e ferindo os próprios irmãos,
estão atingindo com seus torpedos os próprios aliados, em vez de bombardear o
arraial do inimigo. Por isso, precisamos refletir: contra quem é nossa luta?
Quem é o inimigo contra quem lutamos nessa batalha? Em Efésios 6.11-13, o
apóstolo Paulo descreve nosso arqui-inimigo de forma clara: “Revesti-vos
de toda a armadura de Deus, para que possais permanecer firmes contra as
ciladas do Diabo; pois não é contra pessoas de carne e sangue que temos de
lutar, mas sim contra principados e poderios, contra os príncipes deste mundo
de trevas, contra os exércitos espirituais da maldade nas regiões celestiais.
Por isso, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau
e, havendo feito tudo, permanecer firmes”.
Não
podemos lutar contra quem não conhecemos. Quais são as características desse
inimigo? Efésios 6.11,12 diz que o diabo, mesmo não sendo onipresente,
onisciente e onipotente, tem seus agentes espalhados por toda parte, e esses
seres caídos estão a seu serviço para guerrear contra o povo de Deus.
Precisamos entender que o reino das trevas possui uma organização; que existe
uma estratificação de poder no reino das trevas, Paulo fala de principados,
poderios, príncipes deste mundo de trevas e exércitos espirituais do mal, isso
demonstra que existe uma cadeia de comando, existem cabeças e subalternos,
líderes
e liderados. Quem manda e quem obedece; e, também, que o reino das trevas se
articula contra a igreja, o diabo e seus demônios rodeiam a terra e passeiam
por ela, eles investigam nossa vida, buscando uma oportunidade para nos atacar,
ele usa “ciladas”; para cada pessoa, ele usa uma estratégia diferente.
Em
segundo lugar, é um inimigo maligno (6.11,12). A Bíblia o chama de diabo,
Satanás, assassino, ladrão, mentiroso, destruidor, tentador, maligno, serpente
e dragão. Seu intento é roubar, matar e destruir. Ele sabe que já está
sentenciado à perdição eterna e quer levar consigo homens e mulheres.
Em
terceiro lugar, é um inimigo astuto (6.11). Ele usa ciladas, armadilhas e
ardis. Ele age dissimuladamente como uma serpente. Ele disfarça-se. Ele
transfigura-se em anjo de luz. Seus ministros parecem ser ministros de justiça.
Ele usa voz mansa. Ele usa muitas máscaras. Ele tenta enganar as pessoas
levando-as a duvidar da Palavra de Deus, exaltando o homem ao apogeu da glória.
Ele também age assustadoramente como um leão. Ele ruge para assustar. Paulo
fala que precisamos tomar toda a armadura de Deus para poder resistir no dia
mau (6.13). O “dia mau” é o dia de duras provas, os momentos mais críticos da
vida, quando o diabo e seus subordinados sinistros nos assaltam com grande
veemência. O “dia mau” refere-se àqueles dias críticos de tentação ou de
constante assalto satânico que todos os filhos de Deus conhecem.
Em
quarto lugar, é um inimigo persistente (6.13b). “E, havendo feito tudo,
permanecer firmes”. O diabo e suas hostes não dão trégua, não se
rendem. Ao ser derrotados, eles voltam com novas estratégias. Foi assim com
Jesus no deserto, onde foi tentado (Lc 4.13). Elias fugiu depois de uma grande
vitória. Sansão foi subjugado pelos filisteus depois de vencê-los. Davi venceu
exércitos, mas caiu na teia da luxúria. Pedro caiu na armadilha da
autoconfiança. Não podemos vencer esses terríveis exércitos do mal sozinhos nem
com nossas próprias armas.
Em
último lugar, é um inimigo oportunista (6.11,14). Mesmo depois que o vencemos,
precisamos continuar firmes (6.11,14), porque ele sempre procura um novo jeito
de atacar. Quando o crente deixa de usar toda a armadura de Deus, ele encontra
uma brecha, entra e faz um estrago (4.26,27). Não podemos ter vitória nessa
guerra se não usarmos todas as peças da armadura.
Em
segundo lugar, Paulo falou sobre a couraça da justiça (6.14b). “E
vestindo a couraça da justiça”. Essa peça da armadura, feita de metal,
cobria o guerreiro do pescoço ao peito. Protegia o coração e os órgãos vitais.
Esse é um símbolo da justiça que o crente tem em Cristo (2Co 5.21), como também
o caráter justo que o crente exerce em sua vida diária (4.24). A couraça
representa a vida devota e santa, ou seja, a retidão moral. Sem a justiça de
Cristo e a santidade pessoal não há defesa contra as acusações de Satanás (Zc
3.1-3). Satanás é o acusador, mas sua acusação não prospera por causa da
justiça de Cristo imputada a nós (Rm 8.34). Mas nossa justiça posicional em
Cristo, sem uma justiça prática na vida diária, apenas dá a Satanás
oportunidade para nos atacar.
Em
terceiro lugar, Paulo falou sobre o calçado do evangelho (6.15). “Calçando
os pés com a disposição para o evangelho da paz”. Os soldados romanos
usavam uma sandália com cravos na sola para lhes dar segurança e agilidade na
caminhada e corrida por lugares escarpados. Se quisermos ficar firmes e de pé
na luta, precisamos estar calçados com o Evangelho (que nos dá paz com Deus e
com o próximo).
Em
quarto lugar, Paulo falou sobre o escudo da fé (6.16). “E usando
principalmente o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos em
chamas do Maligno”. Esse escudo media 1,60 m de altura por 70 cm de
largura. Ele protegia todo o corpo do soldado. Era feito de madeira e coberto
por um couro curtido. Quando os soldados lutavam emparelhados, formavam como
que uma parede contra o adversário. Uma das armas mais terríveis eram os dardos
de fogo porque não apenas feriam, mas também incendiavam. O diabo lança dardos
de fogo em nosso coração e mente: mentiras, pensamentos blasfemos, pensamentos
de vingança, dúvidas e ardentes desejos de pecar. Se não apagarmos esses dardos
pela fé, eles acendem fogo em nosso interior e nós desobedecemos a Deus. Na
aljava do diabo há toda espécie de dardos ardentes. Alguns dardos inflamam a
dúvida, outros a lascívia, a cobiça, a vaidade e a inveja.
Em
quinto lugar, Paulo falou sobre o capacete da salvação (6.17a). “Tomai
também o capacete da salvação”. Satanás ataca a mente. Essa foi a
estratégia pela qual ele derrotou Eva. Essa peça da armadura fala de uma mente
controlada por Deus. Quando Deus controla nossa mente, Satanás não pode levar o
crente a fracassar. O crente que estuda a Bíblia e está firmado na Palavra de
Deus não cede às propostas sedutoras do diabo facilmente.
Em
sexto lugar, Paulo falou sobre a espada do Espírito (6.17b). “E a espada
do Espírito, que é a palavra de Deus”. A espada do Espírito é arma de
ataque. Essa espada é a Palavra de Deus. Vencemos os ataques do diabo e
triunfamos sobre ele por meio da Palavra. É pela Palavra que saqueamos o reino
das trevas, a casa do valente. É pela Palavra que os cativos são libertos. A
Palavra é poderosa, viva e eficaz. Cristo venceu Satanás no deserto usando a
espada do Espírito. Precisamos conhecer a Palavra. O poder para vencer essa
guerra (6.10-13).
Precisamos
do revestimento do poder de Deus (6.10). “Finalmente, fortalecei-vos no
Senhor e na força do seu poder”. Não podemos entrar nessa arena de
combate fiados em nossa própria força. Precisamos ser revestidos com poder. Sem
autoridade espiritual seremos humilhados nessa peleja. Viver é lutar. A vida é
uma luta ativa, incessante e sem pausas. Nessa peleja não existe o cessar-fogo.
Não existe trégua. Não existem acordos de paz. Depois de uma vitória, não
devemos arriar as armas, pois não há momento mais vulnerável na vida de um
indivíduo do que depois de uma grande vitória. O segredo da vitória é a
vigilância constante. Não podemos lutar nessa guerra com nossas próprias
forças, no nosso próprio poder.
2 comentários:
Parabéns pelo brilhante comentário. Excelente. Deus continue te abençoando professora Emivaneide.
Deus abençoe a serva do Senhor!
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