O VALOR DO INDIVÍDUO
Lição 7 – 18 de agosto de 2019
TEXTO ÁUREO
“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um
pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não
necessitam de arrependimento.” (Lc 15:7)
VERDADE APLICADA
O tão imensurável amor de Deus é demonstrado no
chamado universal ao arrependimento e na busca de todos que estão perdidos e
necessitados.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► MOSTRAR o valor do indivíduo diante de Deus;
► ENSINAR a importância do indivíduo no Reino de
Deus;
► DEMONSTRAR por meio das parábolas o amor de Deus
pelos perdidos.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 15.2 - E os fariseus e
os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.
Lc 15.3 - E ele lhes propôs esta parábola,
dizendo:
Lc 15.4 - Que homem dentre vós, tendo cem
ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai
após a perdida até que venha a achá-la?
Lc 15.5 - E achando-a, a põe sobre os seus
ombros, gostoso;
Lc 15.6 - E, chegando a casa, convoca os amigos
e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha
perdida.
INTRODUÇÃO
Jesus quando veio a este mundo e
se fez presente entre nós e morreu, em morte de cruz, ele tinha como objetivo
salvar a toda humanidade, ou seja, veio como um salvador universal para todos
os que estavam perdidos.
1. O valor do individuo
Os fariseus e escribas murmuravam
contra Jesus porque Ele recebia os publicanos e pecadores e comia com eles. Os
judeus acreditavam que somente eles tinham acesso à graça divina, e que ninguém
além deles teria o privilégio do arrependimento e perdão, mas Jesus em Lc. 15.7
afirma que maior alegria haveria no céu por um pecador que se arrepende, mais
do que por noventa nove justos que não precisam de arrependimento.
1.1. Valor do homem comparado aos animais
Quando Deus instituiu a guarda
dos sábados para os judeus era para que eles pudessem descansar de seu trabalho
e se dedicassem a Ele, mas os fariseus ampliaram esse mandamento ao ponto de
não poder tratar de um doente. No entanto, Jesus mostra aos fariseus a sua
hipocrisia ao questionar a eles, se no caso, de em um dia de sábado um jumento
ou boi caísse em um poço, se eles não correriam para salvá-los. Em Lc. 14.5,
Jesus os calou porque eles dispensavam a guarda do sábado para salvar os seus
animais e não perder dinheiro, mas questionavam ao Senhor por causa das curas
que Ele realizava nos sábados. Jesus deixa bem claro aos fariseus que se eles
podiam salvar os seus animais nos sábados, então podia curar os doentes que tem
maior valor para Deus.
1.2. O valor da humildade e bondade
desinteressada
Em Lc 14.4-14, Jesus nos dá um
grande ensinamento, Ele mostra que não devemos estar procurando os primeiros
lugares, que devemos nos humilhar para poder entra no reino de Deus. Aqueles
que buscam os primeiros lugares poderão passar por vários constrangimentos e
humilhações, mas aqueles que se humilham certamente serão honrados no reino dos
céus. Também nessa passagem, Jesus nos dá outra grande lição, ensinando que
devemos ser bons e generosos para com os pobres e com aqueles que são
rejeitados pela sociedade. É muito fácil convidar os amigos e parentes, pois
estes podem nos recompensar convidando-nos para eventos em suas casas. No
entanto, conforme Cristo nos ensina, devemos chamar àqueles que não têm com o
que nos recompensar, pois assim, estes irão embora agradecidos e agradecerão a
Deus por nós, que certamente nos recompensará naquele grande dia. É importante
esclarecer que, Jesus não afirmou que não devemos convidar nossos amigos e
parentes para participar de eventos em nossa casa, Ele nos ensina que também
devemos cuidar dos pobres que não podem nos recompensar.
1.3. O valor dos pobres e marginalizados
Em Lc 1.52-53
está escrito: “Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes. Encheu de
bens os famintos, E despediu vazios os ricos”. Nesta passagem bíblica fica
evidente a importância que Deus dá aos humildes e famintos, e nos ensina a não
ficarmos iludidos com as coisas passageiras dessa vida. Quando o Espirito Santo
foi derramado e o evangelho plantado, todos nós recebemos um convite para
participarmos da grande ceia do Senhor. Dessa forma, existe a necessidade de
que todos fiquem atentos, pois o fim se aproxima, e corremos o risco de
ficarmos iludidos com as coisas passageiras dessa vida. O convite de Deus deve
ser a prioridade de nossas vidas, pois caso contrário, perderemos o Reino se
colocarmos outra coisa antes Dele. Na parábola da grande ceia Jesus Cristo
convidou toda nação e o povo judeu, mas estes estavam ocupados com os seus
negócios e perderam a oportunidade. Hoje nós somos os convidados e nos é
lembrado da ceia do Senhor, precisamos estar atentos, pois não serão aceitas
desculpas.
2. PARA SER UM DISCÍPULO DE CRISTO
Os doutores da lei e os fariseus
se julgavam melhores que os publicanos, os pobres, as meretrizes e outros
marginalizados da sociedade, no entanto, eram a estes a quem estava sendo dada
a oportunidade de salvação. Entretanto, em Lc 14.27 está escrito que para serem
discípulos de Cristo, todos independentemente de sua condição social, devem
levar a sua cruz e ir após Ele, tem um preço para ser pago.
2.1. O preço da renúncia
Jesus Cristo em seus sermões por
diversas vezes enfatizou a necessidade da renúncia para ser o seu discípulo, Ele
afirma que para segui-lo precisa colocá-lo em primeiro lugar em nossas vidas. Aquele
que quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me (Mateus
16:24). Essa é a grande dificuldade dos cristãos atuais, a cada dia que passa
estamos ficando mais envolvidos com as atrações desse mundo. Hoje muitos
cristãos seguem um evangelho sem compromisso e de facilidades, correndo somente
atrás das bênçãos, buscando a felicidade e a satisfação pessoal. O Próprio
Jesus Cristo renunciou a sua vida e morreu na humilhante cruz, entre dois
bandidos para salvar a toda humanidade. Em Lc 22.42 Jesus fala que não fosse
feita a Sua vontade, mas a vontade do Pai. Esse é o nosso grande desafio como
cristãos, renunciar a nós mesmo para fazermos a vontade do Pai, por amor a Ele e ao Seu Reino.
2.2. O cálculo necessário do discípulo
Para seguir a Jesus Cristo é
necessário antes fazer as contas dos gastos, pois ser um de seus discípulos tem
um preço a ser pago. Ser discípulo exige uma vida de renúncia e abnegação, com
realização de obras santas. Ser cristão muitas vezes significa abrir mão de
amizades, às vezes suportar o desprezo de familiares, perder bens e prestígios,
ou seja, considerar abrir mão de tudo o que tem. Jesus não quer em seu exército
um soldado precipitado que começa a batalha com muita empolgação, mas que no
arrocho do combate larga a sua espada e corre da luta, precisamos analisar se
podemos suportar a dureza que nos espera ao nos alistamos no exército de
Cristo. Por isso, é necessário no início da vida cristã construir uma base
sólida sobre a rocha, e ir erguendo essa vida com Cristo devagar até alcançar
as alturas, ai virão os ventos e as tempestade, mas ela não cairá.
2.3. O discípulo como o sal da terra
O sal era algo de muito valor no
mundo antigo e possuí três caraterísticas principais, que é servir de tempero,
dando sabor à comida; tendo a função de preservar o alimento evitando a
putrefação; e simbolizando a pureza devido a sua cor branca e brilhante. Por
isso, Jesus Cristo faz a comparação do discípulo fiel com o sal, porque tem a
característica de salgar o lugar onda passa, ou seja, é função do cristão
influenciar o meio em que se relaciona com o seu exemplo. O cristão que Cristo
espera é aquele que através de suas ações e testemunho evita o progresso do
mal, combatendo assim a podridão desse mundo. Em Lc 14.34-35, Jesus faz
advertência para o cristão não se contaminar com as coisas desse mundo, pois se
isso acontecer ele será como o sal que estragou, não servindo para mais nada.
Jesus é enfático em afirmar que esse cristão ao voltar atrás não servirá para
absolutamente nada, não serve para adubar a terra, nem para o monturo para
apodrecer, nosso Salvador chama nossa atenção para tomarmos muito cuidado,
avisando-nos desse grande perigo.
3. O VALOR DOS PERDIDOS
Porque o Filho do homem veio
buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19:10), este é o versículo chave de
Lucas. Deus em seu grande amor buscou salvar a todos os que estavam perdidos, e
para isso enviou o Seu filho unigênito para fazer esta grande obra. Por isso é
de extrema importância para Deus a nossa busca em salvar os perdidos para o
Reino de Deus.
3.1. A ovelha perdida
Na parábola da ovelha perdida (Lc
15.3-7) Jesus Cristo utilizando o exemplo da atividade pastoril, demonstra aos
insensíveis escribas e fariseus o valor que tem uma ovelha para o seu pastor.
Nesta parábola fica evidente que nenhum esforço ou sofrimento nosso é muito
grande, quando se busca os perdidos desse mundo para leva-los a Cristo. Nos
versículos 7 e 10 de Lucas, Jesus afirma que tanto Deus quanto o céu se alegram
muito quando um pecador se arrepende de seus pecados. Jesus mesmo, como o sumo
pastor, deu a sua própria vida para salvar a todos nós pecadores, e hoje,
quantos de nós estamos dispostos a pagar o preço para salvar uma alma pecadora,
e os pastores de hoje será que estão realmente preocupados com as ovelhas?
Quantos irmãos hoje deixam de ir à igreja e ninguém vai atrás para saber o
aconteceu, agimos muitas vezes como os escribas e fariseus criticando, julgando
os mais fracos pelos seus erros deixando-os para trás. Como fala um conhecido
hino “não deixe o soldado ferido morrer”, é missão de toda a igreja ir atrás
dos que ficaram pelo caminho, pois certamente haverá festa no céu quando este
for salvo.
3.2. A dracma perdida
Essa parábola descreve o quanto
Deus se esforça para salvar a alma do homem perdido. Como a mulher que perdeu
uma moeda de grande valor, Deus em sua grande misericórdia procura
diligentemente nos cantos mais escuros e escondidos desse mundo em busca das
almas para Seu Reino. Deus varreu todas as condenações desse mundo em busca dos
perdidos, acendeu a candeia do evangelho para mostrar a nós o caminho até Ele,
e fez isso de todo coração. Nós cristãos precisamos orar para que o Espirito
Santo nos encha de desejo intenso de levar os pecadores à salvação, através da
pregação do evangelho.
3.3. O filho pródigo
Essa parábola de Jesus Cristo
muito conhecida dos cristãos e explorada por diversos pregadores, revela o amor
e a alegria de um pai quando o seu filho perdido retorna para casa. Assim é
Deus, quando um pecador ou desviado reconhecendo o seu verdadeiro estado de
escravidão do pecado lembra-se da casa do pai e retorna humildemente,
reconhecendo que errou e agora disposto a obedecer. Na passagem bíblica, o pai
fala que o filho estava morto e reviveu, quando o homem está afastado dos
caminhos do senhor como ovelha desgarrada ele está afastado da comunhão com
Deus, então está morto espiritualmente. Conforme está escrito, o irmão mais
velho se indignou com a recepção que o pai deu ao filho que estava perdido,
este representa os religiosos que exteriormente guarda os mandamentos do
Senhor, mas internamente não se importam com os que estão perdidos neste mundo.
Dessa maneira, nós precisamos como cristãos receber a todos os quais Deus envia
aos nossos templos, sem preconceitos e julgamentos. Quantos desgarrados não são
expulsos de nossas igrejas devido a nossa falta de cuidado e amor.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que não
podemos agir como os escribas e fariseus, que se achavam os únicos detentores
do privilegio da salvação. Os judeus tinham, por serem filhos da promessa, o
privilegio para a pregação do evangelho, mas esse privilégio também foi
estendido a nós os cristãos, portanto, devemos amar os nossos irmãos que estão
perdidos nesse mundo de horror. É importante lembrar, que a conversão de
pecadores é um grande agrado para o Deus do céu, e a todos que pertencem a Sua
família, então todos nós da terra devemos nos alegrar. Lembremos sempre que da
mesma forma que a graça de Deus nos alcançou, através da pregação de um cristão
fiel, precisamos diligentemente trabalhar na seara do Senhor levando as boas
novas às ovelhas desgarradas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Matthew Henry.
Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida,
Central Gospel, 2014.
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida. 1995.
Revista do professor: Jovens e
Adultos. Igreja, Lucas: O evangelho do Filho do homem. Rio de Janeiro: Editora
Betel – 3º Trimestre de 2019. Ano 29 n° 112. Lição 7 – O Valor do indivíduo.
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COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Dc. Carlos Cezar, servo do Senhor
Jesus.
3 comentários:
Parabéns Carlos Cezar, comentário excelente, muito bem elaborado. Será de grande proveito para todos os professores e alunos da Escola Bíblica Dominical. Deus continue te abençoando e capacitando sempre mais. Uma benção.
Maravilha Glória a Deus
Glória a Deus que Deus continue te abençoando Carlos Cesar
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