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O DEVER DE ORAR SEMPRE (Comentário adicional Presbítero Manoel Messias)


O DEVER DE ORAR SEMPRE
Lição 8 – 25 de agosto de 2019

TEXTO ÁUREO
“E contou-lhes uma também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”. (Lc 18.1)

VERDADE APLICADA
O discípulo de Cristo possui um meio por excelência para falar diretamente com o Criador do universo: a oração.

OBJETIVOS DA ORAÇÃO
RELEMBRAR a importância do dever de orar sem cessar;
ENSINAR alguns aspectos bíblicos sobre oração;
MOSTRAR quais devem ser as atitudes do discípulo ao orar.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 18.2 – Dizendo: Havia em uma cidade certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
Lc 18.3 – havia também naquela mesma cidade certa viúva, e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
Lc 18-4 – E, por algum tempo, não quis; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
Lc 18.5 – Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito.

INTRODUÇÃO   
O Senhor Jesus nos deu exemplos de como mantermos uma vida de comunhão com Deus por meio da oração. Ele exortou os seus discípulos a ter uma vida constante de oração para que eles não viessem a enfraquecer na fé. Nesse sentido, Ele ensinou a orar e deu exemplos, passando longos períodos de tempo em oração ao Pai.
Para refletir
Disse o pintassilgo ao pardal:
- Gostaria muito de saber por que os homens são tão preocupados, inquietos e aflitos.
Respondeu o pardal:
- Meu amigo, eu creio que deve ser porque eles não têm um pai como nós, que cuida bem de mim e de você. 
(Autor Desconhecido)

1. A RELEVÂNCIA DA ORAÇÃO
A oração é uma das armas mais poderosas que Deus deixou para os cristãos utilizarem em seu campo de batalha. Com ela, estabelecemos o contato com o Senhor e comunicamos a Ele o nosso propósito, (Cl 4.3) visto que a oração é o meio de comunicação entre o cristão e o Senhor, não obstante deva ser feita com atitude de reverência. Nesse sentido, orar é “ocupar-se cuidadosamente do falar com Deus em adoração e reverência” (FERREIRA, 2008, p. 17). Como em um processo de comunicação, a oração do servo do Senhor visa levar a Deus a determinadas ações, na perspectiva da vontade d’Ele [...] “seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10 ) numa ralação entre  o Pai celestial e filho, todavia, essa atitude do crente perante o Senhor deve ser descrita com humildade, porque tudo que devemos fazer é para a glória de Deus (1 Co 10.31), como: buscar e invocar (Is 55.6), invocar (Sl 17.6), pedir (Tg 1.6). O senhor Jesus nos deu exemplos relevantes para necessidade de orar sempre, uma vez que ao iniciar seu ministério Ele começou em oração, mostrando que o crente deve ter a preocupação de uma vida constante de oração, para tanto, o Senhor Jesus exorta aos seus discípulos de viva voz em parábolas sobre o dever de orar “E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer” (Lc 18.1).

1.1. JESUS CRISTO E A ORAÇÃO
Jesus foi vitorioso porque teve uma vida dedicada à oração. Ela faz parte de uma vida vitoriosa, sendo, portanto exemplo. “Eu vos dei o exemplo (...)” (Jo. 13.15), a fim de despertar em seus discípulos uma vida de oração, pois Ele sabia das reais necessidades de orar, de modo que procurava lugares longe das pessoas para se dedicar à oração (...)” foi a lugar deserto, e ali orava (Mc 1.35). Jesus se apoiava constantemente numa prática rigorosa de oração, com Ele não havia subterfúgio, uma vez que em seu ministério Ele necessitou dessa prática logo no início, de maneira que magistralmente, no seu batismo Ele orou fervorosamente e o (...) “céu se abriu” (Lc 3.21) e o “Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea de pomba” (Lc 3.22). Jesus quando foi escolher seus discípulos Ele teve como providência primeira orar a Deus, ocasião em que “(...) passou a noite em oração a Deus” (Lc 6.12), nos dando o exemplo de como devemos proceder diante das nossas decisões. Em Sua “oração Sacerdotal” (Jo 17.1-24), na qual Ele orou por sim mesmo, pelos discípulos e pela a igreja, nela Jesus perfaz uma trajetória ministerial, e nos dá uma visão precisa de envolvimento profundo e militante de oração.

1.2. A humildade na oração
A oração que agrada ao Senhor Deus é a oração de quem reconhece sua condição humana diante d’Aquele que é santo e todo poderoso, Amaral (1994) afirma que “A humildade é uma das mais conhecidas virtudes cristãs, e ela descobre dentro de nós as nossas reais necessidades”. A parábola do fariseu e do publicano nos mostra duas atitudes diferentes, de um lado o publicano ora com o coração contrito reconhecendo que era um pecador “(...) Ó Deus tem misericórdia de mim, pecador!” (Lc 18.13) Do outro o fariseu se justificando com o coração cheio de orgulho por não pertencer a uma classe de homens roubadores, injustos, adúlteros, no entanto, Jesus deixa claro que ele estava orando consigo mesmo (Lc 18.11). Diante disso, Jesus declarou que o publicano foi para sua casa justificado e não o fariseu “porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.” (Lc 18.14). O exemplo do publicano nos ensina a importância da humildade em nossas orações “Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará” (Tg 4.10). Por isso mesmo, humildade na oração constitui-se numa chave preciosa para o acesso ao trono de Deus.

1.3. Fé, necessidade e exclusividade
A Bíblia sagrada, no livro de Hebreus, define a fé em sua natureza como “o firme firmamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1) cujo autor e consumador é o Senhor Jesus, (Hb 12.2), portanto o homem não é capaz de produzi-la. O livro de Hebreus relata a importância de se ter fé para uma vida cristã vitoriosa, contudo não podemos esquecer de que ela é o instrumento essencial para agradar a Deus “Ora sem fé é impossível agradar-lhe (...)” (Hb 11.6), e também o que norteia os atos dos santos “(...) e tudo que não é de fé é pecado” (Rm 14.23). Os companheiros de Daniel, Sadraque, Mesaque e abede-Nego diante da intolerância do decreto do rei Nabucodonosor, pelo qual todo homem devia adorar e prostrar diante da estátua dele, sob pena de serem lançado dentro do forno de fogo ardente, deram o exemplo de uma fé exclusiva em Deus ao declarar “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; e ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei” (Dn 3. 17, 25). Assim sendo, a fé é necessária e exclusiva, não podemos nos prostrar diante do Senhor ansiosamente, olhando para direita ou para a esquerda, isto é, com dúvidas e incertezas, e pensando ora nisto, ora naquilo “Peça-a, porém com fé, não duvidando (...)” (Tg. 1.6).

2. ALGUNS ASPECTOS BÍBLICOS
A recomendação do apóstolo Paulo sobre a oração é de que devemos orar incessantemente (1Ts 5.17), visto que “o mundo jaz do maligno” (1 Jo 5.19). O hábito da oração é fator condicionante para uma vida na presença de Deus a fim de que possamos conhecer a vontade d’Ele e sejamos ”(...) participantes da natureza divina (...)” (2 Pe 1.4) e também fortalecidos fé em Cristo

2.1. Orar com certeza
A oração é o fio condutor para uma vida de avivamento espiritual, nela vemos o mover de Deus em favor dos o buscam. Diante disso, é necessário que tenhamos uma vida perseverante e prazerosa de oração, pois ela faz a terra tremer e desata os nós da relação entre uma vida espiritualmente adormecida e o avivamento “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (At 4.31). Na epístola de Paulo aos romanos ele nos aconselha a sermos perseverante na oração “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” (Rm 12.12). O senhor Jesus demonstra de forma precisa que o diálogo entre o cristão e Deus está na relação de Pai para filho, pois Ele nos ensina a invocar a Deus em oração como Pai “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai (...); e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt 6.6). Assim, “Orar a Deus como Pai é somente para os cristãos” (PACKER, 2009, p.26). Portanto, o crente deve ter certeza de que a oração declara que somos dependentes de Deus e a chave de grandes vitórias.

2.2. Disciplinados em orar      
A disciplina é um dos fatores fundamentais nos princípios e nas estratégias para uma vida de oração e de vitória, entre os quais, vencer a si próprio, Daniel teve como princípio manter-se íntegro, ou seja, manter uma vida disciplinada, íntima e de comunhão com seu Deus, o que está em foco é que ele não abriu mão de suas convicções “Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia (...)”, (Dn 1.8). Ele orava três vezes ao dia (Dn 6.10). A disciplina abrange todos os aspectos da vida de um servo de Deus “Tornando, pois, vós e chorando perante o SENHOR, o SENHOR não ouviu a vossa voz, nem vos escutou” (Dt 1.45). Na parábola do amigo importuno Jesus nos ensina que a estratégia para ser atendido foi sua persistência disciplinada perante um propósito “Digo- vos que, ainda que se não levante a dar-lhos por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação e lhe dará tudo o que houver mister” ( Lc 11.8). Portanto, é salutar que igreja contemporânea, seja ela de maneira coletiva ou individual, busque identificação, disciplina e a unanimidade da igreja primitiva como em pentecoste “Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas” (...). (At 1.14).

2.3. Oração e vontade de Deus   
Orar pedindo que a vontade de Deus prevaleça é submeter e alimentar-se com a vontade de d’Ele, “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e fazer a sua obra” (Jo 4.34). Esse modelo de oração deve ser feito de forma prazerosa, não buscando somente satisfazer a nossa vontade, mas também a de servir a Deus, porque isso é um privilégio para o cristão. Logo, devemos procurar saber qual é a vontade do Senhor, pois esse é o segredo para que nossas orações sejam ouvidas “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedimos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14). Devemos orar a Deus pedindo que Ele nos livre e nos liberte da autossuficiência e da insensatez e nos coloque na dependência da vontade d’Ele, pois a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2). De forma que, o cristão deve estar disposto a ser vaso nas mãos do Senhor como na relação do oleiro para com o vaso, ou seja, a submissão do vaso à vontade do oleiro, descrito em Jeremias capítulo 18, “O ajustar a minha vontade a vontade do Senhor pode causar algumas dores, pois sempre nos é doloroso renunciar a vontade que o nosso próprio “ego” nos impõe” (AMARAL, 1993, p.44). Portanto, é necessário que a vontade de Deus esteja acima de qualquer circunstância em que nos leva a buscar ao Senhor.

3. ATITUDES DO DISCÍPULO AO ORAR
Ao orar o cristão deve manter firme em seus princípios e convicções, ou seja, dedicado, obediente ao Senhor, crendo que Ele é “(...) galardoador daqueles que o buscam” (Hb 11.6), pois a fé e a obediência são indissociáveis entre si, do mesmo modo que a incredulidade e a desobediência. Portanto, fé, paciência, obediência e gratidão são algumas atitudes que o discípulo dever ter antes e depois de ele entrar na presença de Deus em oração.

3.1. Aguardando pela resposta                           
Quando pensamos de forma imediatista estamos propensos a ter um conflito entre o desejo pessoal imediato e a vontade soberana de Deus. A mente do servo de Deus deve ser moldada com a palavra e com a vontade do Senhor e esperar o tempo de Deus, pois ‘Deus ouve a alma paciente’ “Esperei com paciência no SENHOR, ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor” (Sl 40.1). Nem sempre a resposta de Deus é aquela que queríamos ouvir, ou seja, a que satisfaz nossos anseios pessoas, “A minha graça te basta (...)” (2 Co 12.9),  mas certamente a resposta que precisávamos ouvir d’Ele, por isso tem que ser submisso à vontade do Senhor, porque Ele tem o melhor para nós “Se, vós, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus (...)” (Mt 7.11).

3.2. Reagindo à resposta   
Há várias maneiras de reagirmos à resposta de nossas orações, a mais plausível, a gratidão. Ao sermos agraciados por Deus quanto à resposta de nossa oração, devemos agradecer com um coração jubilante, como o salmista no salmo 116, no qual ele faz uma declaração ao Senhor “Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica” (Sl 116.1,12). A gratidão ao Senhor é um gesto do homem transformado pelo o Espírito Santo, ela é, portanto, uma riqueza cultural própria do povo de Deus, pela razão que é a vontade de Deus na vida do homem “Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (I Ts 5.18). Não obstante, a cultura do culto de ação de graça ter caído em desuso na igreja contemporânea.

3.3. O que demonstra a resposta
Deus criou o homem para manter relação de diálogo com Ele, “Buscai o meu rosto” (Sl 27.8) como reconhece; “Não é exagero dizer que Deus nos criou para orar, que a oração é a atividade mais natural (não a mais fácil) (...) é a medida de todos nós à vista de Deus” (PACKER, 2009, p.14.), sem, portanto, necessariamente abrir mão do seu Senhorio, partindo do princípio de sua relação de diálogo com homem, Packer (2009) “que ele é Deus, soberano e auto-existente, o Deus que tanto participa quanto está no comando”, devemos, portanto formar essa relação com Deus, porque o homem precisa ter uma confiança plena na sabedoria, na onisciência e no amor de Deus.

CONCLUSÃO
O servo de Deus precisa reconhecer o quanto é importante guardar o contato com o Senhor por meio da oração e da leitura diária da palavra, porque sem as quais é impossível alcançar um crescimento espiritual e ministerial. Dessa forma, devemos introduzir na nossa vida cristã ingredientes como: humildade, fé, disciplina e a soberana vontade de Deus. Esta lição nos ensina com clareza didática que devemos ter uma rotina de vida diária de oração ao SENHOR.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
A BÍBLIA. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução de João Ferreira de Almeida. Ed. CPAD. Publicação, 1995.
PACKER,J.I. A oração do Senhor. Tradução de Trinity Traduções e Publicações Ltda.1ª Ed. São Paulo: cultura Cristã, 2009.
FERREIRA, Ildenor J. Pai Nosso. Goiânia: Sarkis, 2008.
AMARAL, José Francisco Aguiar. Pai Nosso: Oração em segredo resposta certa. Rio de Janeiro: Casa publicadora das Assembleia de Deus, 1993
REVISTA JOVENS E ADULTOS. Rio de Janeiro: Betel, 4º trimestre, n.33, ano 1999.
REVISTA JOVENS E ADULTOS. Rio de Janeiro: Betel, 2º trimestre, n. 63, ano 18.
REVISTA ESTUDANDO A BÍBLIA. Para escola dominical e culto doméstico. 2º trimestre, abril a junho 1980.
REVISTA DISCIPULADO. Aluno I. Rio de Janeiro: CPAD

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COMENTÁRIOS ADICIONAIS 
Presbítero: Manoel Messias
           

3 comentários:

ancelmo disse...

Parabéns Presbítero Manoel Messias, comentário bem elaborado e edificante. Deus continue te usando na obra do Senhor.

Unknown disse...

Ótimo comentário!!!!

Frankmar Corrêa disse...

PAI NOSSO.


Pai Nosso que estais nos Céus, 
Santificado seja o vosso Nome, 
venha a nós o vosso Reino, 
seja feita a vossa Vontade  
assim na terra como no Céu. 
O Pão nosso de cada dia nos dai hoje, 
perdoai-nos as nossas ofensas 
assim como nós perdoamos 
a quem nos tem ofendido, 
e Não nos deixeis cair em tentação, 
mas livrai-nos do Mal.

( Mateus 6:9-13 )


Jesus Cristo Ensinou A Oração Do Pai Nosso que Foi Registrada e Escrita Pelo Apostolo Mateus No Evangelho De Mateus 6:9-13. Jesus Ensinou Chamamos Yahvé : O Deus Vivo e Único De Pai Na Oração Do Pai Nosso. Um Detalhe Muito importante existe Prova Documental que Os Cristãos Antigos No Seculo II Da Era Cristã Faziam A Oração Do Pai Nosso 3 Vezes Por Dia .O Documento Cristão Chamado Didaquê Faz Citação Da Oração Do Pai Nosso e Depois Diz:

"Orem Assim Três vezes ao Dia . "
Didaquê (80-140 Da EraCristã ).