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O Fundamento e a Edificação da Igreja - Comentários Adicionais ( Pb. Lindoval Santana)


O FUNDAMENTO E A EDIFICAÇÃO DA IGREJA
Lição 02 – 14 de Abril de 2019

TEXTO ÁUREO
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt 16.18)

VERDADE APLICADA
A vida do cristão deve estar alicerçada na rocha que é Cristo Jesus. Ele é o alvo da nossa vida.


OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • Explicar quem é a pedra fundamental da Igreja;
  • Mostrar que a igreja teve seu início no Pentecostes;
  • Apresentar as bênçãos atuais usufruídas pelos cristãos.

TEXTO DE REFERÊNCIA
Mt 16.15. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
Mt 16.16. E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Mt 16.17. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
Mt 16.18. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Mt 16.19. E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.

INTRODUÇÃO
O dicionário Priberam da língua portuguesa traduz a palavra fundamento como sendo: Base principal; Prova; Causa; Motivo; Fundação. Sendo assim, concluímos que o fundamento é o alicerce em que algo é construído e derivado. O fundamento de uma obra, quer seja casa ou prédio, é aquilo que sustentará os mesmos, logo, se for fraco ou insuficiente, toda a construção poderá ruir. As construções utilizam alguns ingredientes para fazer uma base firme. O cimento e o aço são os principais, vejamos:
1 – Cimento: tem função aglomerante, servindo para unir os outros componentes. Quando entra em contato com água, ganha capacidade de juntar os agregados (areia e pedra) e, depois, forma um material sólido, que é o concreto.
2 – Concreto armado: é a junção do concreto com estrutura de aço em seu interior, por isso se diz ‘armado’. Normalmente ele é usado para fundação, pilares, vigas e laje. … Barras de aço: são barras feitas de uma liga metálica muito resistente formada por ferro e carbono, que pode ser forjada e modelada. De forma associativa, podemos dizer que o fundamento de uma obra precisa ter dentre outros o cimento e o aço (concreto armado), caso contrário, toda a construção poderá vir ao chão. Da mesma forma, a Igreja precisa ter um fundamento sólido, resistente, capaz de suportar todas as situações adversas e permanecer firme, enquanto a construção não alcança a altura ideal. Nos tempos antigos o cimento moderno não existia, mas os construtores utilizavam uma espécie de material interessante e forte, vejamos: “Foi justamente pela necessidade de construções mais arrojadas que o cimento acabou se transformando em um dos mais importantes recursos da história da engenharia. Em suma, o cimento é um pó fino portador de propriedades de aglomeração, que se enrijece logo que entra em contato com a água. Alguns pesquisadores supõem que esse tipo de material já teria sido notado pelo homem pré-histórico, quando o mesmo percebeu que as pedras próximas às fogueiras soltavam um pó que endurecia com a ação do sereno. Uma das mais antigas evidências de uso do cimento aparece nas pirâmides do Antigo Egito. Naquela época, preocupados em erguer as suntuosas pirâmides, os egípcios desenvolveram um tipo de cimento fabricado através de uma mistura de gesso calcinado. Entre os gregos, notamos o emprego de terras vulcânicas que também endureciam quando misturadas à água”. Veremos abaixo, quem é o “fundamento” que promove a sustentação da Igreja.

1 – CRISTO É A ROCHA
O texto utilizado como base de leitura para esta lição, foi interpretado de forma incorreta pela ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana), pois eles afirmam ser Pedro, a rocha mencionada em Mt 16.18), porém, examinando o texto com muita atenção, verificaremos que tal rocha, nunca poderia ser Pedro, pois, como ser humano, não teria condição de ser o fundamento da Igreja. Imaginemos se Pedro fosse o fundamento, teríamos naufragado. É importante comentarmos que existem muitas opiniões sobre quando a Igreja foi fundada e, assim como a grande parte dos teólogos, este que vos escreve acredita que ela foi fundada em Jesus, pois Ele é o fundamento, ou seja, a base.

1.1 – Jesus, o Messias
Jesus foi o nome dado por José e Maria por orientação de um anjo do Senhor à criança que haveria de nascer por meio do Espírito Santo, leiamos: “Mas, enquanto meditava sobre isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do SENHOR, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber a Maria como sua mulher, pois o que nela está gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o SENHOR havia dito através do profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e Ele será chamado de Emanuel”, que significa “Deus conosco”. José, ao despertar do sonho, fez o que o Anjo do SENHOR lhe tinha ordenado e recebeu Maria como sua mulher. Contudo, não coabitou com ela enquanto ela não deu à luz o filho primogênito. E José lhe colocou o nome de Jesus”. A criança que estava sendo gerada no ventre de Maria, seria o salvador da humanidade. Os judeus aguardavam o Messias, salvador de Israel, vejamos o conceito desta palavra.
1 – No Dicionário Bíblico Wycliffe: “A palavra “Messias”, como uma transliteração da palavra hebraica mashiach vem do aramaico mashicha e do grego messias. Sua origem hebraica é encontrada no verbo mashach, isto é, “ungir”, que foi traduzido muitas vezes como “o ungido”.
2 – No dicionário Vine: “Eklektos” que significa literalmente “escolhido. eleito” (formado de ek, “de”, e legõ, juntar/escolher), e é usado para designar: (a) Cristo, o “escolhido” de Deus como o Messias. Jesus é o nome humano do Messias, daí temos “JESUS, QUE SE CHAMA, O CRISTO”. Jesus cumpriu todas as profecias do A.T. a seu respeito e é claramente o Messias prometido.

1.2 – A afirmação de Pedro
Na Hermenêutica Bíblica(Princípios de interpretação Bíblica) existe uma regra que deve ser aplicada a qualquer texto bíblico para que não venhamos a interpretá-lo de forma incorreta. Este princípio ou regra nos diz: “A Bíblia se auto interpreta”. Sendo assim, a interpretação errônea que a ICAR faz, ocorre simplesmente pelo fato de desejarem dar significado ao que eles pensam ser correto, mas o texto é tão claro que mesmo sem muito trabalho, conseguiremos interpretar o que foi que Pedro disse, leiamos na tradução utilizada pela Bíblia Viva: “Então Ele perguntou-lhes: “E vocês, quem pensam que Eu sou”? Simão Pedro respondeu: “O Cristo, o Messias, o Filho de Deus vivo”. “Deus abençoou você, Simão, filho de Jonas”, disse Jesus, “porque meu Pai do Céu revelou isto pessoalmente a você – isto não vem de nenhuma fonte humana”. “Você é Pedro, uma pedra; e sobre esta rocha edificarei a minha igreja; e todas as forças do inferno não prevalecerão contra ela”. Esta tradução nos mostra que Pedro era uma pedra (do grego petrus – pedrinha ou pedra pequena, ou fragmento de pedra) e Jesus é a rocha (petra). Vamos nos lembrar da estátua de Nabucodonossor (Dn 2), que mostrava os reinos que já haviam dominado o mundo e os que dominariam no futuro. A pedra que foi vista em sonhos e descrita pelo profeta Daniel é Cristo, pois, somente Ele estabelecerá um reino que jamais será destruído, leiamos: “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação”. (Dn 2.44,45 – BV)

1.3 – Sobre esta pedra edificarei a minha igreja
É sobre a rocha (Jesus) que a Igreja está sendo edificada. Imaginemos a igreja sendo edificada sobre Pedro, um discípulo que negou Jesus, que tinha uma personalidade instável, que morreu e continua morto… Desta forma, fica clara que Jesus é a rocha na qual a Igreja cresce, leiamos um texto: “Deus, em sua bondade, ensinou-me a ser um construtor capaz. Eu assentei o alicerce e Apolo construiu sobre ele. Entretanto, aquele que constrói sobre o alicerce precisa tomar muito cuidado. Porque ninguém pode colocar qualquer outro alicerce verdadeiro além do que já possuímos – Jesus Cristo”. (1 Co 3.10,11. A igreja sobre a qual o inferno não prevalecerá é a verdadeira, ou seja, a que está fundamentada em Jesus, o Cristo. Leiamos outro texto: “… edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Ef 2.20 – ARC). Por associação, todos os cristãos são pedras que formam a Igreja, da mesma forma como Paulo escreveu aos Coríntios, mostrando que somos parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Nas construções que utilizam pedras em sua formação, estas são tratadas e somente depois disto são inseridas. Metaforicamente, as pessoas que aceitam ao Senhor Jesus como Salvador, recebem o Espírito Santo e são inseridas na Igreja. Vejamos outro texto: “À medida que se aproximam dele, a pedra viva rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. Pois assim é dito na Escritura: “Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela confia jamais será envergonhado”. Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa; mas para os que não creem, “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”, e, “pedra de tropeço e rocha que faz cair”. Os que não creem tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram destinados”. (1 Pe 2.4-8 – NVI). Jesus é descrito como fundamento da Igreja, porém, sobre a “pedra de esquina”, existem algumas possíveis interpretações e, a que mais se aproxima da melhor resposta é descrita pelo Teólogo Russel N. Champlin, vejamos: “Alguns intérpretes, entretanto, compreendem que o termo grego «akrogoniaios» (pedra de esquina) não indica a pedra do alicerce sobre o qual o edifício repousava, mas antes, a pedra colocada no alto do edifício, como sua coroa e sinal de estar completo. Assim é que a obra Testamento de Salomão (22:7) fala sobre a «grande pedra ‘utilizando-se do mesmo vocábulo grego que aqui aparece’ que deveria ser posta no alto da esquina, para completar o templo de Deus». Se esse simbolismo tiver de ser preferido, então o templo é aqui representado como um produto terminado, do alicerce à pedra final. E, no versículo que se segue, essa figura simbólica seria ainda ampliada, a fim de incluir a ideia de desenvolvimento, onde os crentes individuais se tornam parte do mesmo, desfrutando de progresso contínuo. A maioria dos intérpretes, contudo, prefere a ideia da principal pedra de esquina, posta no alicerce; e isso está mais de acordo com outras passagens bíblicas e com a ideia desta passagem, onde a pedra de esquina é mencionada juntamente com o alicerce, o que indica, segundo parece, sua íntima conexão, na forma de pedras de alicerce que «sustentam» a estrutura inteira. E isso pode ser comparado com Mat. 21:42, onde o Senhor Jesus relembrou aos oficiais religiosos do judaísmo que a pedra que fora rejeitada se tornara a «cabeça da esquina». «A pedra ‘akrogoniaios’, neste caso, indica a pedra primária do alicerce, no ângulo da estrutura e mediante a qual o arquiteto fixava o padrão para as paredes principais e para as paredes cruzadas, em todo o edifício». (W. W. LLoyds, in loc.). O fato que Cristo é a principal pedra de esquina e que os apóstolos e os profetas perfazem o alicerce, mostra sua importância suprema e indispensável para a igreja, tanto naquilo que eram como naquilo que faziam. Porém, Cristo Jesus é quem dá por empréstimo o seu valor àqueles, o que significa que eram grandes somente por sua causa. Não obstante, os apóstolos e profetas são grandes, tal como todos os homens o são, uma vez que sejam transformados segundo a imagem de Cristo, já que participarão da sua própria natureza”.

2 – O INÍCIO DA IGREJA: PENTECOSTES
O livro de Atos, escrito por Lucas nos dá uma noção do que aconteceu após a morte de Jesus, vejamos: “Em meu primeiro livro, caro Teófilo, escrevi a respeito de tudo o que Jesus começou a realizar e a ensinar, até o dia em que foi elevado aos céus, logo após haver entregue seus mandamentos, por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que havia escolhido. Depois do seu martírio, Jesus apresentou-se a eles e deu-lhes muitas provas incontestáveis da sua ressurreição. Aparecendo-lhes por um período de quarenta dias seguidos e ensinando-lhes acerca do Reino de Deus. Certa ocasião, enquanto ceava com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que aguardassem a promessa do Pai, a qual, salientou Ele: “De mim ouvistes! Jesus ministrou e ensinou durante três anos e meio, morreu e ressuscitou em um domingo. Após isto, apareceu aos seus discípulos durante 40 dias com provas incontestáveis e deu-lhes uma última ordem: “Ficai em Jerusalém até que do alto recebam a promessa do meu Pai”. A promessa foi dada por Ele e está escrita em Lc 24.49, vejamos: “Eis que Eu sobre vós envio a promessa de meu Pai; contudo, permanecei na cidade, até que sejais revestidos do poder do alto!” Jesus é elevado ao céu”. A promessa dizia respeito ao derramamento do Espírito Santo, preparando-os para a obra de levar o nome de Jesus aos quatro cantos da Terra. Cinquenta dias após a Páscoa (Sacrifício de Jesus), ocorre o derramamento do Espírito Santo (At 2). A palavra “pentecostes” quer dizer “quinquagésimo”, do grego “pentekoste”, que significa cinquenta.

2.1 – A festa de Pentecostes
Conforme mencionamos no tópico anterior, o dia do Pentecostes marca o derramamento do Espírito Santo, predito por Jesus e aguardado pelos discípulos. Esta festa era comemorada pelos judeus por ordenança do Senhor. Chamada em hebraico de “shavuot”, plural de “shavua”, significa “semana”, mas é também conhecida como a Festa das Primícias, pois coincidia com o fim da colheita de trigo. O nome “Festa de Pentecostes” ficou assim conhecido, por ser realizada no quinquagésimo dia após a Páscoa. O autor atribui o início da Igreja a esta data, pois foi após o batismo que Pedro fez sua notória pregação e quase três mil almas se renderam a Cristo, porém, conforme já dissemos, se Cristo é o cabeça da Igreja, ela começa com Ele. No período da festa de Pentecostes, judeus do mundo inteiro se dirigiam para Jerusalém com o propósito de adorar o Senhor e cumprir a ordenança dada aos mesmos de ir até Jerusalém. Nesta ocasião, estavam na cidade pessoas que falavam as mais diversas línguas (partos, elamitas, medos e outros mais).

2.2 – A descida do Espírito Santo
O Batismo com o Espírito Santo tem um propósito principal que é “encher” o crente do poder de Deus, para que este possa cumprir o ide do Senhor, com a autoridade emanada Dele. Muitas pessoas se esquecem deste propósito, pois pregam sobre a importância de ser cheio sem associar tal “enchimento” com a obra de evangelização. Vejamos o que o Livro de Atos, capítulo 1 e versículo 8 nos diz na tradução King James Atualizada: “Contudo, recebereis poder quando o Espírito Santo descer sobre vós, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra!” (GRIFO NOSSO). Eis o grande segredo: SER CHEIO PARA EVANGELIZAR OS POVOS. Leiamos o acontecido: “E ao completar-se o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. De repente, veio do céu um barulho, semelhante a um vento soprando muito forte, e esse som tomou conta de toda a Casa onde estavam assentados. Então, todos viram distribuídas entre eles línguas de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. E todas as pessoas ali reunidas ficaram cheias do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, de acordo com o poder que o próprio Espírito lhes concedia que falassem. Ora, estavam morando em Jerusalém, judeus, tementes a Deus, vindos de todas as partes do mundo. Ao ouvirem aquele estrondo, ajuntou-se um grande número de pessoas; e ficaram maravilhados, pois cada um ouvia falar em sua própria língua. Perplexos e admirados comentavam uns com os outros: “Porventura, não são galileus todos esses que estão falando? Como, então, cada um de nós os ouve falar em nossa própria língua materna? Nós que somos partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judeia e Capadócia, do Ponto e da província da Ásia, Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene, e romanos que estão morando aqui, tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes, todos nós os ouvimos discursar sobre as grandes realizações de Deus em nossa própria língua!” E todos estavam absolutamente assustados e confusos, perguntando uns aos outros: “O que significa tudo isto?” Entretanto, outros, para ridicularizá-los, exclamavam: “Esses estão cheios de vinho novo!” (AT 2.1-13 – KJA).

2.3 – Crescimento e expansão
Os judeus das várias partes do mundo ouviram sobre as maravilhas de Deus em sua própria língua. Que maravilha! O Senhor fez com que tais pessoas que se converteram após a pregação do evangelho, levassem o conhecimento da verdade aos seus próprios povos. Quando viram os discípulos falando em outras línguas, acharam que estes estavam bêbados, porém quando foram alcançados pela pregação da Palavra de Deus através de Pedro, se converteram, pois compreenderam o que havia acontecido. Podemos extrair um grande ensinamento deste acontecimento, PODER SEM PALAVRA PRODUZ CONFUSÃO. É necessário que haja entendimento sobre o que acontece no batismo, mas infelizmente, muitas pessoas nem sequer sabem o motivo de buscar o mesmo. Precisamos ensinar as pessoas sobre a importância de sermos batizados com o Espírito Santo, precisamos buscar o batismo e cumprir o ide do Senhor no poder do Espírito Santo.

3 – BENÇÃOS ATUAIS
No período em que estamos vivendo, conhecido como “período dos gentios”, somos agraciados por Deus com inúmeras bênçãos.
Paulo nos diz que os judeus estão “endurecidos” até que a plenitude (totalidade) dos gentios que serão salvos, entre na presença de Deus (Rm 11).

3.1 – Eleição
Como as igrejas Assembleia de Deus seguem o ensino conhecido como Arminianismo, seremos fiéis ao que ele propõe. Acreditamos que em Cristo Jesus, todas as pessoas podem se tornar eleitos, ou seja, salvos. O Calvinismo acredita na eleição de alguns, mas o Arminianismo crê na salvação para todos aqueles que se achegam ao Cristo. Como Deus conhece o passado, o presente e o futuro através da onisciência, Ele sabe exatamente quem são as pessoas que serão salvas, desta forma, a Bíblia utiliza o termo eleição para se referir a todos aqueles que serão salvos em Cristo. Leiamos o que Paulo escreve sobre este assunto: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porquanto, Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. E, em seu amor, nos predestinou para sermos adotados como filhos, por intermédio de Jesus Cristo, segundo a benevolência da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos outorgou gratuitamente no Amado”. (Ef 1.1-6 – KJA). Vejamos que Paulo utiliza a expressão “Deus nos escolheu nele, antes mesmo da criação do mundo”. Tal verdade expressa a onisciência de Deus que sabe todas as coisas. Em Cristo fomos eleitos para a salvação. Leiamos o que Pedro escreve: “… eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas”. A palavra presciência significa aquele que prevê o futuro. É muito importante lembrarmos que só somos salvos pela graça de Deus e nada que façamos poderá nos salvar. Leiamos o que Paulo escreve aos Efésios, no capítulo 2 e versículos 8 e 9, na tradução NVI: “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”.

3.2 – Regeneração
Vejamos o que o Dicionário Vine nos fala a respeito da regeneração: Regeneração vem da palavra “palingenesia” “novo nascimento” (formado de palin, “de novo”, e genes is. “nascimento”), é usado acerca da “regeneração espiritual” (Tt 3.5). envolvendo a comunicação de uma nova vida. os dois poderes operacionais para produzir. que são “a palavra da verdade” (Tg 1.18; 1 Pe 1.23). e o Espírito Santo (Jo 3.5.6): “lavatório, lavagem”, é explicado em Ef 5.26, “purificando-a com a lavagem da água. Pela palavra”. O novo nascimento e a regeneração não representam fases sucessivas na experiência espiritual, dizem respeito ao mesmo evento, mas o veem em aspectos diferentes. O novo nascimento ressalta a comunicação da vida espiritual em contraste com a antecedente morte espiritual: a “regeneração” acentua o começo de um novo estado de coisas em contraste com o antigo. Ser regenerado é ser lavado pela Palavra e transformado em uma nova criatura (2 Co 5.17). Somente quem é alcançado por Jesus e o reconhece como Senhor e Salvador pode receber o Espírito Santo e ser regenerado. Nada, nem tampouco ninguém pode operar tal milagre. Jesus descreve a novo nascimento para Nicodemos no capítulo 3 do evangelho escrito por João, dizendo que era necessário nascer de novo, da água e do Espírito, ou seja, através da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo.

3.3 – Justificação
Este é um dos grandes mistérios de Deus em relação ao homem. A Bíblia nos diz na carta de Paulo aos Romanos, que TODOS pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Em outras palavras, por causa do pecado de Adão e Eva, TODOS os seres humanos, tornaram-se culpados e injustos diante de Deus. A Bíblia nos diz que a nossa justiça em relação à justiça de Deus é como um “trapo de imundícia”. Este trapo era um tipo de pano que as mulheres utilizavam no período menstrual, pois naquela época não existiam os absorventes. Concluindo, nossa justiça não vale nada perante a justiça de Deus. Sabendo disto, Deus enviou Jesus para morrer em nosso lugar, pagando o preço do pecado que era a morte, desta forma, em Jesus, somos livres do toda a acusação de existia sobre nós. Por isto Paulo escreve aos Romanos, no capítulo 8 e versículo 1, a seguinte declaração: “PORTANTO, NÃO HÁ nenhuma condenação aguardando aqueles que pertencem a Cristo Jesus”. (BV). Leiamos em outra tradução: “Agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus”. (NVI). Vejamos outro texto sobre este assunto: “Agora que fomos aceitos por Deus pela nossa fé nele, temos paz com ele por meio do nosso Senhor Jesus Cristo. Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus” (Rm 5.1,2 – NTLH). Não existe mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus, pois TODOS foram justificados pela fé.

CONCLUSÃO
A Igreja foi criada para ser um instrumento de Deus na Terra, levando Sua Palavra a todas as nações, ensinando-os e batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as palavras que Ele disse (Mt 28.19,20).

Pb. Lindoval Santana

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