O
FUNDAMENTO E A EDIFICAÇÃO DA IGREJA
Lição
02 – 14 de Abril de 2019
“Pois
também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”
(Mt 16.18)
VERDADE
APLICADA
A
vida do cristão deve estar alicerçada na rocha que é Cristo Jesus.
Ele é o alvo da nossa vida.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
-
Explicar quem é a pedra fundamental da Igreja;
-
Mostrar que a igreja teve seu início no Pentecostes;
-
Apresentar as bênçãos atuais usufruídas pelos cristãos.
Mt
16.15. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?
Mt
16.16. E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho
do Deus vivo.
Mt
16.17. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão
Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu
Pai, que está nos céus.
Mt
16.18. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela.
Mt
16.19. E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que
ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na
terra será desligado nos céus.
O
dicionário Priberam da língua portuguesa traduz a palavra
fundamento como sendo: Base principal; Prova; Causa; Motivo;
Fundação. Sendo assim, concluímos que o fundamento é o alicerce
em que algo é construído e derivado. O fundamento de uma obra, quer
seja casa ou prédio, é aquilo que sustentará os mesmos, logo, se
for fraco ou insuficiente, toda a construção poderá ruir. As
construções utilizam alguns ingredientes para fazer uma base firme.
O cimento e o aço são os principais, vejamos:
1
– Cimento: tem função aglomerante, servindo para unir os outros
componentes. Quando entra em contato com água, ganha capacidade de
juntar os agregados (areia e pedra) e, depois, forma um material
sólido, que é o concreto.
2
– Concreto armado: é a junção do concreto com estrutura de aço
em seu interior, por isso se diz ‘armado’. Normalmente ele é
usado para fundação, pilares, vigas e laje. … Barras de aço: são
barras feitas de uma liga metálica muito resistente formada por
ferro e carbono, que pode ser forjada e modelada. De forma
associativa, podemos dizer que o fundamento de uma obra precisa ter
dentre outros o cimento e o aço (concreto armado), caso contrário,
toda a construção poderá vir ao chão.
Da
mesma forma, a Igreja precisa ter um fundamento sólido, resistente,
capaz de suportar todas as situações adversas e permanecer firme,
enquanto a construção não alcança a altura ideal. Nos tempos
antigos o cimento moderno não existia, mas os construtores
utilizavam uma espécie de material interessante e forte, vejamos:
“Foi justamente pela necessidade de construções mais arrojadas
que o cimento acabou se transformando em um dos mais importantes
recursos da história da engenharia. Em suma, o cimento é um pó
fino portador de propriedades de aglomeração, que se enrijece logo
que entra em contato com a água. Alguns pesquisadores supõem que
esse tipo de material já teria sido notado pelo homem pré-histórico,
quando o mesmo percebeu que as pedras próximas às fogueiras
soltavam um pó que endurecia com a ação do sereno. Uma das mais
antigas evidências de uso do cimento aparece nas pirâmides do
Antigo Egito. Naquela época, preocupados em erguer as suntuosas
pirâmides, os egípcios desenvolveram um tipo de cimento fabricado
através de uma mistura de gesso calcinado. Entre os gregos, notamos
o emprego de terras vulcânicas que também endureciam quando
misturadas à água”. Veremos abaixo, quem é o “fundamento”
que promove a sustentação da Igreja.
O
texto utilizado como base de leitura para esta lição, foi
interpretado de forma incorreta pela ICAR (Igreja Católica
Apostólica Romana), pois eles afirmam ser Pedro, a rocha mencionada
em Mt 16.18), porém, examinando o texto com muita atenção,
verificaremos que tal rocha, nunca poderia ser Pedro, pois, como ser
humano, não teria condição de ser o fundamento da Igreja.
Imaginemos se Pedro fosse o fundamento, teríamos naufragado. É
importante comentarmos que existem muitas opiniões sobre quando a
Igreja foi fundada e, assim como a grande parte dos teólogos, este
que vos escreve acredita que ela foi fundada em Jesus, pois Ele é o
fundamento, ou seja, a base.
Jesus
foi o nome dado por José e Maria por orientação de um anjo do
Senhor à criança que haveria de nascer por meio do Espírito Santo,
leiamos: “Mas, enquanto meditava sobre isso, eis que, em sonho, lhe
apareceu um anjo do SENHOR, dizendo: “José, filho de Davi, não
temas receber a Maria como sua mulher, pois o que nela está gerado é
do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de
Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso
aconteceu para que se cumprisse o que o SENHOR havia dito através do
profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e
Ele será chamado de Emanuel”, que significa “Deus conosco”.
José, ao despertar do sonho, fez o que o Anjo do SENHOR lhe tinha
ordenado e recebeu Maria como sua mulher. Contudo, não coabitou com
ela enquanto ela não deu à luz o filho primogênito. E José lhe
colocou o nome de Jesus”. A criança que estava sendo gerada no
ventre de Maria, seria o salvador da humanidade. Os judeus aguardavam
o Messias, salvador de Israel, vejamos o conceito desta palavra.
1
– No Dicionário Bíblico Wycliffe: “A palavra “Messias”,
como uma transliteração da palavra hebraica mashiach vem do
aramaico mashicha e do grego messias. Sua origem hebraica é
encontrada no verbo mashach, isto é, “ungir”, que foi traduzido
muitas vezes como “o ungido”.
2
– No dicionário Vine: “Eklektos” que significa literalmente
“escolhido. eleito” (formado de ek, “de”, e legõ,
juntar/escolher), e é usado para designar: (a) Cristo, o “escolhido”
de Deus como o Messias. Jesus é o nome humano do Messias, daí temos
“JESUS, QUE SE CHAMA, O CRISTO”. Jesus cumpriu todas as profecias
do A.T. a seu respeito e é claramente o Messias prometido.
Na
Hermenêutica Bíblica(Princípios de interpretação Bíblica) existe
uma regra que deve ser aplicada a qualquer texto bíblico para que
não venhamos a interpretá-lo de forma incorreta. Este princípio ou
regra nos diz: “A Bíblia se auto interpreta”. Sendo assim, a
interpretação errônea que a ICAR faz, ocorre simplesmente pelo
fato de desejarem dar significado ao que eles pensam ser correto, mas
o texto é tão claro que mesmo sem muito trabalho, conseguiremos
interpretar o que foi que Pedro disse, leiamos na tradução
utilizada pela Bíblia Viva: “Então Ele perguntou-lhes: “E
vocês, quem pensam que Eu sou”? Simão Pedro respondeu: “O
Cristo, o Messias, o Filho de Deus vivo”. “Deus abençoou você,
Simão, filho de Jonas”, disse Jesus, “porque meu Pai do Céu
revelou isto pessoalmente a você – isto não vem de nenhuma fonte
humana”. “Você é Pedro, uma pedra; e sobre esta rocha
edificarei a minha igreja; e todas as forças do inferno não
prevalecerão contra ela”. Esta tradução nos mostra que Pedro era
uma pedra (do grego petrus – pedrinha ou pedra pequena, ou
fragmento de pedra) e Jesus é a rocha (petra). Vamos nos lembrar da
estátua de Nabucodonossor (Dn 2), que mostrava os reinos que já
haviam dominado o mundo e os que dominariam no futuro. A pedra que
foi vista em sonhos e descrita pelo profeta Daniel é Cristo, pois,
somente Ele estabelecerá um reino que jamais será destruído,
leiamos: “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um
reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a
outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será
estabelecido para sempre. Da maneira como viste que do monte foi
cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o
barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de
ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação”.
(Dn 2.44,45 – BV)
É
sobre a rocha (Jesus) que a Igreja está sendo edificada. Imaginemos
a igreja sendo edificada sobre Pedro, um discípulo que negou Jesus,
que tinha uma personalidade instável, que morreu e continua morto…
Desta forma, fica clara que Jesus é a rocha na qual a Igreja cresce,
leiamos um texto: “Deus, em sua bondade, ensinou-me a ser um
construtor capaz. Eu assentei o alicerce e Apolo construiu sobre
ele. Entretanto, aquele que constrói sobre o alicerce precisa
tomar muito cuidado. Porque ninguém pode colocar qualquer outro
alicerce verdadeiro além do que já possuímos – Jesus Cristo”. (1
Co 3.10,11. A igreja sobre a qual o inferno não prevalecerá é a
verdadeira, ou seja, a que está fundamentada em Jesus, o Cristo.
Leiamos outro texto: “… edificados sobre o fundamento dos
apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra
da esquina” (Ef 2.20 – ARC). Por associação, todos os cristãos
são pedras que formam a Igreja, da mesma forma como Paulo escreveu
aos Coríntios, mostrando que somos parte do Corpo de Cristo, que é
a Igreja. Nas construções que utilizam pedras em sua formação,
estas são tratadas e somente depois disto são inseridas.
Metaforicamente, as pessoas que aceitam ao Senhor Jesus como
Salvador, recebem o Espírito Santo e são inseridas na Igreja. Vejamos
outro texto: “À medida que se aproximam dele, a pedra viva
rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e preciosa para ele
vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na
edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo,
oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de
Jesus Cristo. Pois assim é dito na Escritura: “Eis que ponho em
Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa, e aquele que nela
confia jamais será envergonhado”. Portanto, para vocês, os que
creem, esta pedra é preciosa; mas para os que não creem, “a pedra
que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular”, e,
“pedra de tropeço e rocha que faz cair”. Os que não creem
tropeçam, porque desobedecem à mensagem; para o que também foram
destinados”. (1 Pe 2.4-8 – NVI). Jesus é descrito como
fundamento da Igreja, porém, sobre a “pedra de esquina”, existem
algumas possíveis interpretações e, a que mais se aproxima da
melhor resposta é descrita pelo Teólogo Russel N. Champlin,
vejamos: “Alguns intérpretes, entretanto, compreendem que o termo
grego «akrogoniaios» (pedra de esquina) não indica a pedra do
alicerce sobre o qual o edifício repousava, mas antes, a pedra
colocada no alto do edifício, como sua coroa e sinal de estar
completo. Assim é que a obra Testamento de Salomão (22:7) fala
sobre a «grande pedra ‘utilizando-se do mesmo vocábulo grego que
aqui aparece’ que deveria ser posta no alto da esquina, para
completar o templo de Deus». Se esse simbolismo tiver de ser
preferido, então o templo é aqui representado como um produto
terminado, do alicerce à pedra final. E, no versículo que se segue,
essa figura simbólica seria ainda ampliada, a fim de incluir a ideia
de desenvolvimento, onde os crentes individuais se tornam parte do
mesmo, desfrutando de progresso contínuo. A maioria dos intérpretes,
contudo, prefere a ideia da principal pedra de esquina, posta no
alicerce; e isso está mais de acordo com outras passagens bíblicas
e com a ideia desta passagem, onde a pedra de esquina é mencionada
juntamente com o alicerce, o que indica, segundo parece, sua íntima
conexão, na forma de pedras de alicerce que «sustentam» a
estrutura inteira. E isso pode ser comparado com Mat. 21:42, onde o
Senhor Jesus relembrou aos oficiais religiosos do judaísmo que a
pedra que fora rejeitada se tornara a «cabeça da esquina». «A
pedra ‘akrogoniaios’, neste caso, indica a pedra primária do
alicerce, no ângulo da estrutura e mediante a qual o arquiteto
fixava o padrão para as paredes principais e para as paredes
cruzadas, em todo o edifício». (W. W. LLoyds, in loc.). O fato que
Cristo é a principal pedra de esquina e que os apóstolos e os
profetas perfazem o alicerce, mostra sua importância suprema e
indispensável para a igreja, tanto naquilo que eram como naquilo que
faziam. Porém, Cristo Jesus é quem dá por empréstimo o seu valor
àqueles, o que significa que eram grandes somente por sua causa. Não
obstante, os apóstolos e profetas são grandes, tal como todos os
homens o são, uma vez que sejam transformados segundo a imagem de
Cristo, já que participarão da sua própria natureza”.
O
livro de Atos, escrito por Lucas nos dá uma noção do que aconteceu
após a morte de Jesus, vejamos: “Em meu primeiro livro, caro
Teófilo, escrevi a respeito de tudo o que Jesus começou a realizar
e a ensinar, até o dia em que foi elevado aos céus, logo após
haver entregue seus mandamentos, por intermédio do Espírito Santo
aos apóstolos que havia escolhido. Depois do seu martírio, Jesus
apresentou-se a eles e deu-lhes muitas provas incontestáveis da sua
ressurreição. Aparecendo-lhes por um período de quarenta dias
seguidos e ensinando-lhes acerca do Reino de Deus. Certa ocasião,
enquanto ceava com eles, ordenou-lhes que não se ausentassem de
Jerusalém, mas que aguardassem a promessa do Pai, a qual, salientou
Ele: “De mim ouvistes! Jesus ministrou e ensinou durante três anos
e meio, morreu e ressuscitou em um domingo. Após isto, apareceu aos
seus discípulos durante 40 dias com provas incontestáveis e
deu-lhes uma última ordem: “Ficai em Jerusalém até que do alto
recebam a promessa do meu Pai”. A promessa foi dada por Ele e está
escrita em Lc 24.49, vejamos: “Eis que Eu sobre vós envio a
promessa de meu Pai; contudo, permanecei na cidade, até que sejais
revestidos do poder do alto!” Jesus é elevado ao céu”. A
promessa dizia respeito ao derramamento do Espírito Santo,
preparando-os para a obra de levar o nome de Jesus aos quatro cantos
da Terra. Cinquenta dias após a Páscoa (Sacrifício de Jesus),
ocorre o derramamento do Espírito Santo (At 2). A palavra
“pentecostes” quer dizer “quinquagésimo”, do grego
“pentekoste”, que significa cinquenta.
Conforme
mencionamos no tópico anterior, o dia do Pentecostes marca o
derramamento do Espírito Santo, predito por Jesus e aguardado pelos
discípulos. Esta festa era comemorada pelos judeus por ordenança do
Senhor. Chamada em hebraico de “shavuot”, plural de “shavua”,
significa “semana”, mas é também conhecida como a Festa das
Primícias, pois coincidia com o fim da colheita de trigo. O nome
“Festa de Pentecostes” ficou assim conhecido, por ser realizada
no quinquagésimo dia após a Páscoa. O autor atribui o início da
Igreja a esta data, pois foi após o batismo que Pedro fez sua
notória pregação e quase três mil almas se renderam a Cristo,
porém, conforme já dissemos, se Cristo é o cabeça da Igreja, ela
começa com Ele. No período da festa de Pentecostes, judeus do mundo
inteiro se dirigiam para Jerusalém com o propósito de adorar o
Senhor e cumprir a ordenança dada aos mesmos de ir até Jerusalém.
Nesta ocasião, estavam na cidade pessoas que falavam as mais
diversas línguas (partos, elamitas, medos e outros mais).
O
Batismo com o Espírito Santo tem um propósito principal que é
“encher” o crente do poder de Deus, para que este possa cumprir o
ide do Senhor, com a autoridade emanada Dele. Muitas pessoas se
esquecem deste propósito, pois pregam sobre a importância de ser
cheio sem associar tal “enchimento” com a obra de evangelização.
Vejamos o que o Livro de Atos, capítulo 1 e versículo 8 nos diz na
tradução King James Atualizada: “Contudo, recebereis poder quando
o Espírito Santo descer sobre vós, e sereis minhas testemunhas,
tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os
confins da terra!” (GRIFO NOSSO). Eis o grande segredo: SER CHEIO
PARA EVANGELIZAR OS POVOS. Leiamos o acontecido: “E ao completar-se
o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar. De
repente, veio do céu um barulho, semelhante a um vento soprando
muito forte, e esse som tomou conta de toda a Casa onde estavam
assentados. Então, todos viram distribuídas entre eles línguas de
fogo, e pousou uma sobre cada um deles. E todas as pessoas ali
reunidas ficaram cheias do Espírito Santo, e começaram a falar em
outras línguas, de acordo com o poder que o próprio Espírito lhes
concedia que falassem. Ora, estavam morando em Jerusalém, judeus,
tementes a Deus, vindos de todas as partes do mundo. Ao ouvirem
aquele estrondo, ajuntou-se um grande número de pessoas; e ficaram
maravilhados, pois cada um ouvia falar em sua própria língua.
Perplexos e admirados comentavam uns com os outros: “Porventura,
não são galileus todos esses que estão falando? Como, então, cada
um de nós os ouve falar em nossa própria língua materna? Nós que
somos partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judeia e
Capadócia, do Ponto e da província da Ásia, Frígia e Panfília,
Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene, e romanos que estão
morando aqui, tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e
árabes, todos nós os ouvimos discursar sobre as grandes realizações
de Deus em nossa própria língua!” E todos estavam absolutamente
assustados e confusos, perguntando uns aos outros: “O que significa
tudo isto?” Entretanto, outros, para ridicularizá-los, exclamavam:
“Esses estão cheios de vinho novo!” (AT 2.1-13 – KJA).
Os
judeus das várias partes do mundo ouviram sobre as maravilhas de
Deus em sua própria língua. Que maravilha! O Senhor fez com que
tais pessoas que se converteram após a pregação do evangelho,
levassem o conhecimento da verdade aos seus próprios povos. Quando
viram os discípulos falando em outras línguas, acharam que estes
estavam bêbados, porém quando foram alcançados pela pregação da
Palavra de Deus através de Pedro, se converteram, pois compreenderam
o que havia acontecido. Podemos extrair um grande ensinamento deste
acontecimento, PODER SEM PALAVRA PRODUZ CONFUSÃO. É necessário
que haja entendimento sobre o que acontece no batismo, mas
infelizmente, muitas pessoas nem sequer sabem o motivo de buscar o
mesmo. Precisamos ensinar as pessoas sobre a importância de sermos
batizados com o Espírito Santo, precisamos buscar o batismo e
cumprir o ide do Senhor no poder do Espírito Santo.
No
período em que estamos vivendo, conhecido como “período dos
gentios”, somos agraciados por Deus com inúmeras bênçãos.
Paulo
nos diz que os judeus estão “endurecidos” até que a plenitude
(totalidade) dos gentios que serão salvos, entre na presença de
Deus (Rm 11).
Como
as igrejas Assembleia de Deus seguem o ensino conhecido como
Arminianismo, seremos fiéis ao que ele propõe. Acreditamos que em
Cristo Jesus, todas as pessoas podem se tornar eleitos, ou seja,
salvos. O Calvinismo acredita na eleição de alguns, mas o
Arminianismo crê na salvação para todos aqueles que se achegam ao
Cristo. Como Deus conhece o passado, o presente e o futuro através
da onisciência, Ele sabe exatamente quem são as pessoas que serão
salvas, desta forma, a Bíblia utiliza o termo eleição para se
referir a todos aqueles que serão salvos em Cristo. Leiamos o que
Paulo escreve sobre este assunto: “Bendito seja o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos
espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porquanto, Deus nos
escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis em sua presença. E, em seu amor, nos predestinou
para sermos adotados como filhos, por intermédio de Jesus Cristo,
segundo a benevolência da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa
graça, a qual nos outorgou gratuitamente no Amado”. (Ef 1.1-6 –
KJA). Vejamos que Paulo utiliza a expressão “Deus nos
escolheu nele, antes mesmo da criação do mundo”. Tal verdade
expressa a onisciência de Deus que sabe todas as coisas. Em Cristo
fomos eleitos para a salvação. Leiamos o que Pedro escreve: “…
eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do
Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo:
graça e paz vos sejam multiplicadas”. A palavra presciência
significa aquele que prevê o futuro. É muito importante lembrarmos
que só somos salvos pela graça de Deus e nada que façamos poderá
nos salvar. Leiamos o que Paulo escreve aos Efésios, no capítulo 2
e versículos 8 e 9, na tradução NVI: “Pois vocês são salvos
pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de
Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”.
Vejamos
o que o Dicionário Vine nos fala a respeito da regeneração:
Regeneração vem da palavra “palingenesia” “novo nascimento”
(formado de palin, “de novo”, e genes is. “nascimento”), é
usado acerca da “regeneração espiritual” (Tt 3.5). envolvendo a
comunicação de uma nova vida. os dois poderes operacionais para
produzir. que são “a palavra da verdade” (Tg 1.18; 1 Pe 1.23). e
o Espírito Santo (Jo 3.5.6): “lavatório, lavagem”, é explicado
em Ef 5.26, “purificando-a com a lavagem da água. Pela palavra”.
O novo nascimento e a regeneração não representam fases sucessivas
na experiência espiritual, dizem respeito ao mesmo evento, mas o
veem em aspectos diferentes. O novo nascimento ressalta a comunicação
da vida espiritual em contraste com a antecedente morte espiritual: a
“regeneração” acentua o começo de um novo estado de coisas em
contraste com o antigo. Ser regenerado é ser lavado pela Palavra e
transformado em uma nova criatura (2 Co 5.17). Somente quem é
alcançado por Jesus e o reconhece como Senhor e Salvador pode
receber o Espírito Santo e ser regenerado. Nada, nem tampouco
ninguém pode operar tal milagre. Jesus descreve a novo nascimento
para Nicodemos no capítulo 3 do evangelho escrito por João, dizendo
que era necessário nascer de novo, da água e do Espírito, ou seja,
através da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo.
Este
é um dos grandes mistérios de Deus em relação ao homem. A Bíblia
nos diz na carta de Paulo aos Romanos, que TODOS pecaram e
destituídos estão da glória de Deus. Em outras palavras, por causa
do pecado de Adão e Eva, TODOS os seres humanos, tornaram-se
culpados e injustos diante de Deus. A Bíblia nos diz que a nossa
justiça em relação à justiça de Deus é como um “trapo de
imundícia”. Este trapo era um tipo de pano que as mulheres
utilizavam no período menstrual, pois naquela época não existiam
os absorventes. Concluindo, nossa justiça não vale nada perante a
justiça de Deus. Sabendo disto, Deus enviou Jesus para morrer em
nosso lugar, pagando o preço do pecado que era a morte, desta forma,
em Jesus, somos livres do toda a acusação de existia sobre nós.
Por isto Paulo escreve aos Romanos, no capítulo 8 e versículo 1, a
seguinte declaração: “PORTANTO, NÃO HÁ nenhuma condenação
aguardando aqueles que pertencem a Cristo Jesus”. (BV). Leiamos em
outra tradução: “Agora já não existe nenhuma condenação para
as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus”. (NVI). Vejamos
outro texto sobre este assunto: “Agora que fomos aceitos por Deus
pela nossa fé nele, temos paz com ele por meio do nosso Senhor Jesus
Cristo. Foi Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na
graça de Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos
alegramos na esperança de participar da glória de Deus” (Rm 5.1,2
– NTLH). Não existe mais nenhuma condenação para os que estão
em Cristo Jesus, pois TODOS foram justificados pela fé.
A
Igreja foi criada para ser um instrumento de Deus na Terra, levando
Sua Palavra a todas as nações, ensinando-os e batizando-os em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas
as palavras que Ele disse (Mt 28.19,20).
Pb.
Lindoval Santana
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