LIÇÃO 05 – LEMBRA-TE DO DIA DE SÁBADO: ADMINISTRANDO COM
SABEDORIA O TRABALHO, DESCANSO E DEVOÇÃO.
03 de novembro de
2024
TEXTO ÁUREO
“E
disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do
sábado.” Marcos 2. 27
VERDADE APLICADA
Priorizemos,
com confiança e alegria, momentos para adorar ao Senhor, buscá-Lo de coração e
cultivar a comunhão com Ele.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar
a interpretação bíblica do sábado;
Expor
o verdadeiro descanso oferecido por Deus;
Ensinar
algumas lições acerca do sábado.
TEXTOS DE REFERÊNCIAS
ÊXODO 20
8. Lembra-te do dia de sábado, para o
santificar.
9. Seis dias trabalharás e farás toda a tua
obra,
10. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor,
teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem
o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está
dentro das tuas portas.
11. Porque em seis dias fez o Senhor os céus
e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto,
abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou.
COMENTÁRIOS
ADICIONAIS
INTRODUÇÃO
Há
muitos comentários sobre o quarto mandamento que têm sido causa de discordância
e confusão na mente de muitos, por não considerarem toda a Palavra de Deus para
um entendimento apropriado. Assim, veremos na presente lição o que a Bíblia
revela desde o princípio da criação, passando pela entrega dos Dez Mandamentos,
o entendimento dos mestres da Lei e o ensino de Jesus Cristo, os escritos
apostólicos e finalizando com algumas lições que podemos extrair a partir do
presente estudo.
Comentário adicional:
O
quarto mandamento é um dos mandamentos mais polêmicos na atualidade e muitos
cristãos não sabem dizer se ele ainda está em vigor ou não e, esses, muitas
vezes quando confrontados por essa doutrina acabam sendo convencidos de que é
necessário essa guarda do sábado e chegam até mesmo a mudarem de igreja,
acatando doutrinas contrárias à nova aliança e desconsiderando o sacrifício
eterno de Cristo. Portanto é necessário um aprofundamento no entendimento da
mudança de aliança, ou seja, mudança de lei mediante a mudança de sacerdócio
para elucidar quais ordenanças e/ou mandamentos foram revogados e confirmados nesse
novo pacto, nova aliança.
1- INTERPRETANDO O DIA DE SÁBADO
Num
mundo capitalista onde o tempo é escasso para tudo, inclusive a família, o
quarto mandamento nos instrui a resgatar a ideia priorizarmos um tempo para
descanso, lazer, adoração, como expressão de nossa plena confiança no Senhor e
gratidão por Seu constante cuidado.
1.1. O princípio do sábado.
No
grego a palavra “sábado” é “sabbaton”, sua raiz é o verbo “cessar”. O duplo “B”
no “sabbaton” é uma forma intensificada, por isso é uma cessação completa. Foi
assim que Deus definiu o dia de sábado em Gênesis 2.2-3. Ele cessou
completamente a obra da criação. Desde então, o sábado veio a se referir a esse
dia em que as pessoas cessam de trabalhar. É o que nos ensina o Antigo
Testamento. No sábado não se trabalha, se descansa. Era para ser um dia de
alegria, foi feito para o homem, um dia de descanso, recuperação, restauração e
adoração. Originalmente, o sábado era um dia de descanso e esse propósito foi
mantido na lei mosaica (Êx 16.23-29; 31.14-16; 35.2-3; Dt 5.12-15; Ne 13.15-
22; Jr 17.21-27]. A observância do sábado era o “sinal” da aliança entre Israel
e o Senhor [Êx 31.13].
Comentário adicional:
Em
relação ao quarto mandamento temos aqui um princípio, o “princípio do sabbath”
que não se restringe ao dia de 24 horas, mas também se refere a semanas e anos
(Lv 25. 2-4; 26. 24, 25; Dn 9. 24). Primeiro, precisamos pontuar que esse
mandamento era uma instituição Divina (Gn 2. 1-3; Ex 20. 8-11). Precisamos
ressaltar que não se tratava somente de um mandamento, mas, também de um sinal
de fidelidade à aliança com o Senhor (Ex 31. 13; Is 56. 4 e 6; Ex 16. 23-30;
23. 12; 31. 12-17; 34. 21; 35. 2,3; Lv 23.3 e Dt 5. 15).
1.2. O sábado na visão dos mestres da lei.
Os
mestres da lei transformaram o dia de sábado no pior dos pesadelos. Criaram
regras infinitas e impossíveis. A ideia era que, quanto mais privações se
tivesse no sábado, mais santa a pessoa se tornava. Eles guardaram suas regras
ferozmente, exigindo que cada pessoa em toda a nação as observasse e, desse
modo, transformaram o sábado em um fardo impossível de carregar, o que, sem
dúvida, nada tinha a ver com o propósito original [Mt 15.6; Mc 7.9].
Comentário adicional:
Conforme
nos esclarece o escritor de Hebreus no capítulo 10, verso 1 que “a lei é apenas
uma sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas...” Assim,
compreendemos que a Lei tem um caráter profético (Hb 8. 5); em Mateus 11. 13
Jesus diz que os profetas e a lei profetizaram até João, se referindo a João
Batista; além do caráter profético podemos extrair desse texto também o caráter
temporário ou transitório da Lei, ou seja, essa Lei tem prazo de vigência.
1.3. O sábado na visão de Jesus Cristo.
Jesus
realizou algumas coisas no sábado. Isso confrontou o sistema religioso de Sua
época, levando Jesus a ser advertido pelos fariseus [Lc 6.2]. Ele foi acusado
de desafiar abertamente a autoridade religiosa dos fariseus. Jesus lhes conta o
que aconteceu com Davi num dia de sábado e lhes chama a atenção anunciando
que é o Senhor do sábado [1Sm 21.1-6; Mc 2.25-28]. A lei dizia que “o sétimo
dia é o sábado do Senhor, teu Deus” [Êx 20.10] e agora Jesus diz que Ele é o
Senhor do sábado, ocupando claramente a posição que só pode pertencer a Deus.
Em outras palavras, Jesus havia dito: “Sou o soberano deste dia. Eu projetei
este dia. Eu sou o Criador” [Jo 1.3; Cl 1.16]. Foi Ele quem descansou no sábado
e o abençoou. Ele é soberano sobre o sábado e é Ele quem interpreta toda a
vontade de Deus para este dia.
Comentário adicional:
No
capítulo 7 de Hebreus vemos que houve mudança de sacerdócio e isso implica,
necessariamente, na mudança de lei, Cristo é sacerdote não por meio do
sacerdócio levítico, mas segundo a ordem de Melquisedeque e não segundo a ordem
de Arão. Cristo é sacerdote, constituído, não conforme a lei de mandamento
carnal, mas segundo o poder de vida que não tem fim (Hb 7. 16). Paulo em Rm 10.
4 diz que o fim da lei é Cristo, ou seja, com o fim do sacerdócio levítico,
termina a vigência da lei que regia a antiga aliança, quando Cristo estabelece
um novo sacerdócio, uma nova lei é estabelecida, conforme declaração de Jesus
em João 13.34 “um novo mandamento vos dou”. Não houve extinção nem aniquilação
de todo tipo de lei; houve alteração quando uma cessa, mas outra se inicia, é
uma mudança de lei, nós não estamos sem lei, em 1 Co 9. 21 o apóstolo Paulo nos
elucida que não estamos sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo.
2- ENTENDENDO O DESCANSO DADO POR DEUS
O
propósito de Deus ao estabelecer o dia de sábado era trazer bênção ao homem, concedendo-lhe
um merecido descanso de seu trabalho. Nosso maior problema hoje é separar um
tempo para isso e entender que tudo o que Deus faz é para o nosso bem-estar.
2.1. Deus concluiu a obra da criação.
O
termo “descanso”, usado em Gênesis 2.3, não fala de cansaço, porque Deus
nunca se cansa. Ele poderia ter criado mais mil universos e não sentir nenhum
cansaço [Jo 5.17]. Como um artista que, depois de terminar seu trabalho, se
assenta para contemplá-lo, não porque esteja cansado, mas porque quer apreciar
a obra realizada, assim fez Deus. Observe que repetidas vezes vemos essa mesma
frase: “E Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom” [Gn 1.31].
Desde a criação, o sábado se tornou um modelo e uma forma natural para toda a
raça humana. É a ordem natural das coisas: os campos precisam de repouso, as
máquinas necessitam parar para manutenção e assim por diante [Lv 25.4].
Comentário adicional:
O
novo testamento nos apresenta uma reforma da lei, não se trata de extinção da
lei, mas, de alteração, pois quando Paulo afirma que o fim da lei é Cristo (Rm
10.4) ele não está se referindo ao fim de toda e qualquer lei, a referência é
ao fim de uma lei específica. Assim, a lei que terminou foi substituída por
outra lei. É importante destacar que essa reforma de lei foi prevista pelo
próprio Deus, pois desde que a lei foi entregue por meio de Moisés, Deus deixou
claro que haveria mudança de lei e prometeu um novo legislador semelhante a
Moisés (Dt 18. 15), Moisés estava em um nível superior em relação aos demais
profetas (Nm 12. 6-8), Moisés tinha uma linha de comunicação direta com Deus,
ninguém operou em todo o antigo testamento sinais, milagres e prodígios como
Moisés, além disso, Moisés foi o único que Deus elevou ao patamar de
legislador, ou seja, comunicou a lei na qual o povo deveria andar; outro
semelhante a ele significava vir com os mesmos atributos de se comunicar
diretamente com Deus, operar sinais, milagres e prodígios nunca vistos e vir
como um legislador; em Atos 3. 22, 23 Pedro afirma que Cristo é O Profeta a que
Moisés se referia (Dt 18. 15). Em Hb 9. 9 e 10 o escritor explica que as
ordenanças da lei foram impostas até o tempo oportuno da reforma, reforma essa
feita por Cristo, por exemplo, no Sermão do Monte quando ele declara por várias
vezes: “ouviste o que foi dito aos antigos (citava o preceito da lei mosaica),
eu, porém vos digo, trazendo uma reforma, ampliação ou abolição do mandamento.
Assim, com a chegada dO Descendente a lei anterior perderia sua vigência (Gl 3.
19); a lei de Moisés caducou (Hb 8. 13); Cristo aboliu a lei (Ef 2. 15).
2.2. Precisamos descansar.
A
busca pela sobrevivência ou por uma realização profissional tem afastado
vorazmente o ser humano de sua casa e de Deus. São tantos afazeres que um dia
de quarenta horas ainda pediria mais tempo. Tudo isso nos leva a pensar que não
precisamos apenas de um dia de descanso, mas também da capacidade de descansar.
Mas como fazê-lo se estamos sempre acompanhados da sensação de que tudo o que
fazemos é incompleto e imperfeito? Isso para nós seria impossível, a menos que
descansássemos nas obras que Cristo já realizou por nós [Jo 19.30]. Ele sofreu
por nossos pecados para nos dar perdão e paz. Ele tomou sobre si nossos pecados
e falhas; todas aquelas coisas que fizemos errado ou deixamos incompletas. O
que não conseguimos, Ele conseguiu por nós, de tal forma que aqueles que
confiam nEle podem vir a desfrutar do verdadeiro descanso de Deus.
Comentário adicional:
Em
João 5. 39 temos o princípio da convergência bíblica que sustenta que tudo
converge em Jesus Cristo, Hb 10. 1 afirma que a lei não era a imagem real, mas
apenas uma projeção de uma sombra de bens vindouros, tudo na lei se
concretizaria em Cristo e na nova aliança (caráter profético da lei). Assim
temos que o novo testamento explica o velho, enquanto o antigo ilustra o novo,
um exemplo é João 3. 14, 15 quando Cristo faz menção da alegoria da serpente
levantada por Moisés no deserto (Nm 21) que se cumpriu quando Cristo foi
levantado na cruz; outro exemplo é que durante toda a antiga aliança temos a
figura de um substituto, mas, Cristo é o cordeiro de Deus que nos substituiu de
uma vez por todas. Paulo afirma em Rm 16. 25 e 26 que Cristo é o mistério revelado,
dado a conhecer por meio das escrituras proféticas. Portanto a lei mosaica
(ordenança anterior) caducou, tendo expirado seu prazo de vigência (Rm 6. 7);
foi revogada pela nova lei (Hb 7. 11, 18, 19) e foi abolida (Ef 2. 15).
2.3. Descanso e adoração.
Deus
ordenou um dia de descanso para que todos desfrutem. Mas qual a maneira certa
de agradar a Deus? Deus nos deu seis dias para cuidar de tudo aquilo que é
concernente às nossas vidas e reservou para Ele um dia em especial [Êx
20.9-10]. Esse mandamento foi dado aos israelitas para lembrá-los que seu
relacionamento com Deus era especial. Nenhuma outra nação poderia dizer que o
Senhor era seu Deus, nenhuma outra guardava o sábado. Somente os israelitas
guardavam o sábado como um dia de adoração ao único Deus, que era também seu
Salvador e Senhor. É preciso atenção para não sermos sufocados no corre-corre
da vida, nos esquecendo de que somos plenamente dependentes de Deus, amados e
cuidados por Ele.
Comentário adicional:
Quanto
ao caráter profético da lei temos uma declaração de Jesus em Mt 5. 17 onde ele
afirma não ter vindo para revogar a lei e os profetas, mas para cumprir, nesse
texto, esse termo “cumprir” não se restringe ao significado de obediência à
lei, mas, de cumprimento profético das alegorias e sombras da lei que
projetavam bens vindouros; então, quando Cristo afirma no verso 18 que nada da
lei passará até que tudo se cumpra ele está declarando seu cumprimento
profético através do ministério de Cristo e do novo pacto, nova aliança. Assim,
precisamos compreender que não houve alteração do plano de Deus, a nova
aliança, a nova lei mediante novo sacerdócio sempre fez parte do plano original
de Deus, pois o cordeiro foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13. 8; Ef 1.
4). Em Gl capítulo 3, versos 23 a 29 Paulo faz menção ao caráter profético da
lei para conduzir a Cristo, ou seja, se cumprir em Cristo.
3- ALGUMAS LIÇÕES E ESCLARECIMENTOS
Considerando
o exposto nos tópicos anteriores, veremos alguns esclarecimentos necessários
sobre o presente assunto e algumas lições preciosas para o viver do discípulo
de Cristo firmado na perfeita obra redentora de Jesus Cristo e na revelação da
Palavra de Deus.
3.1. Lembra-te do que Deus preparou para os fiéis.
Vemos
em Gênesis 2.2-3 o registro da conclusão da obra divina da criação. Duas
expressões são usadas pelo escritor inspirado pelo Espírito Santo: “acabado” e
“descansou”. Ou seja, Deus concluiu, cessou. Expressões que apontam para
realização cumprida. Não se trata de Deus está inativo. Pois Ele sustenta e
interage com Sua criação. Derek Kidner (Gênesis – introdução e
comentário, Mundo Cristão e Vida Nova, 1979, p. 50) comenta: “Podemos
compará-lo com o simbolismo desta descrição: Jesus “assentou-se” depois de
consumar a redenção [Hb 8.1; 10.12], para dispensar benefícios aos Seus.”.
“Lembra-te” da bênção do repouso, descanso. Separe (“santificar”) um tempo para
desfrutar do que o Bom Deus, descansar confiando em Deus como nosso provedor,
mantenedor, protetor. Em uma rotina tão intensa, priorize momentos de adoração.
Buscar o reino de Deus e a Sua justiça [Mt 6.33].
Comentário adicional:
Na
lei de Moisés foi regulado o sacerdócio da casa de Arão, o sacerdócio levítico
que traz mandamentos e ordenanças estabelecidas pelo Próprio Deus. Ocorre que
esse sacerdócio representa a antiga aliança, o antigo pacto firmado entre Deus
e o povo de Israel, depois de sua saída do Egito, e chamado para se tornar o
povo de Deus, uma nação santa e separada, distinta dos outros povos, e a esse
povo, até então sem identidade própria, Deus inicia toda uma regulação de ordem
moral e espiritual sobre como eles deveriam se portar para serem reconhecidos
como Seu povo. O primeiro regulamento dado por Deus ao Seu povo está registrado
em Êxodo capítulo 20, os dez mandamentos, no decorrer do desenvolvimento da
nação de Israel outras ordenanças vão sendo acrescidas à lei que rege esse
povo, leis morais, espirituais, sanitárias e relacionadas a festas, datas,
rituais e etc.
3.2. Por que domingo e não sábado?
O que significa o quarto mandamento para o cristão? O que mudou? O
sábado do Antigo Testamento era uma sombra de coisas futuras,
apontava para o repouso completo e final que só podemos encontrar em Jesus
Cristo [Cl 2.16-17]. Jesus deu um novo significado ao trabalho e ao descanso.
Jesus veio ao mundo para concluir a obra do Pai e, com base nesse trabalho,
pode dar descanso às nossas almas [Mt 11.29; Jo 4.34]. Os israelitas olhavam
para trás rememorando a criação e a redenção [Dt 5.12-15]. Mas nós olhamos para
Jesus que realizou um êxodo ainda mais poderoso. Jesus é o cumprimento do
sábado, como também de todos os outros mandamentos. Tradicionalmente, os
cristãos realizavam seus principais cultos corporativos de adoração aos
domingos, o primeiro dia da semana, em celebração da ressurreição de Cristo,
que ocorreu em um domingo [Mt 28.1; Mc 16.2; Lc 24.1; Jo 20.1].
Comentário adicional:
Dito
isso, precisamos distinguir o que, nessa nova lei, sustenta ordenanças da lei
anterior, o que derruba e o que as ajusta ou amplia para compreendermos debaixo
de quais ordenanças estamos, ou seja, o que continua e o que não continua em
vigor, porém, nosso objeto de estudo aqui é o 4º mandamento que se refere ao
mandamento de guardar e santificar o sábado. Jesus durante seu ministério
terreno se coloca acima dessa ordenança de guardar o sábado, em Lucas 6, versos
1 a 5 Jesus afirma ser Senhor do sábado; em Mc 2. 27 Ele esclarece que o sábado
foi feito por causa do homem e não o inverso. Jesus curava no sábado (Lc 6.
6-11), ordenava que o paralítico depois de curado carregasse seu leito
contrariando assim a ordenança de não carregar cargas no sábado (João 5. 8-18).
No episódio de João 9. 16 os fariseus afirmavam que Jesus não era de Deus
porque Ele não guardava o sábado.
3.3. Princípios preciosos para o nosso viver.
A
grande lição que aprendemos aqui é que o Senhor deseja que dediquemos a Ele um
tempo especial de adoração.
E quem deverá sair ganhando com isso? Claro que somos nós. Deus deseja se
relacionar conosco, nos ouvir e, também, falar aos nossos corações [Tg 4.8].
Para que isso aconteça precisamos parar, Deus não nos chama para estabelecer
esse tempo por força. Esse mandamento nos ensina a ter ética de lazer, assim
como uma ética de trabalho [Ec 3.1]. Aponta, também, para descansarmos na obra
consumada por Nosso Senhor Jesus Cristo [Hb 4.3]. Descansar confiando, sem
receios, pois o Senhor provê e cuida. Somos dependentes dEle.
Comentário Adicional:
Em
atos 15. 28, 29 foi realizado um Concílio em Jerusalém com o intuito de
estabelecer quais as ordenanças deveriam ser impostas aos cristãos nascidos de
novo, embora o tema controvertido fosse relacionado à ordenança da circuncisão,
esse Concílio estabeleceu quais as ordenanças da lei de Moisés deveriam
permanecer como mandamentos ou encargos na nova aliança e, o mandamento de
guardar o sábado não foi ratificado como essencial. Em outro momento, Paulo em
Colossenses 2. 16, 17 deixa claro que não devemos nos preocupar em ser
julgados, dentre outras coisas, por não guardar os sábados porque são sombras e
não a imagem real.
CONCLUSÃO
A
vida poderia ser muito mais saudável e feliz para todos nós se, em vez de nos
ocuparmos tanto com as coisas da vida, corrêssemos para os braços de Deus, no
afã de adorá-Lo e conhecê-Lo melhor a cada dia.
Comentário adicional:
Portanto,
o mandamento de guardar o sábado traz implícito o princípio relacionado ao
Descanso de Deus (Hb 4. 11), o sábado era a sombra da figura da graça de Deus,
por isso o não trabalhar; pois, pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto
não vem de vocês, é dom de Deus; não para obras, para que ninguém se glorie (Ef
2. 8,9).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Vídeo:
Mudança de lei – Parte 1 - Pr. Luciano Subirá (https://youtu.be/0f7kbdyBABk)
Vídeo:
Mudança de lei – Parte 2 - Pr. Luciano Subirá (https://youtu.be/ajviR_SrH-k)
Vídeo:
O sábado – Pr. Luciano Subirá (https://youtu.be/1sOrUxFLArY)
HENRY,
Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento: Atos a Apocalipse Edição Completa.
Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
Revista
Betel Dominical, adultos, 4º Trimestre de 2024, ano 34, nº 133. OS DEZ
MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Éticos, Morais, Sociais e
Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada. Lição 05 – Lembra-te do dia de
sábado: Administrando com sabedoria o trabalho, descanso e devoção.
COMENTARISTA DA LIÇÃO:
Professora
Emivaneide Silva
2 comentários:
Muito bom seu comentário professora Emivaneide, ficou excelente, em muito nos auxiliou nos estudos do assunto da Lição. Que Deus continue abençoando a sua vida e seu ministério!
Estudo muito elucidativo! Parabéns!
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