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Lição 11 - A importância e relevância da Igreja na edificação e solidificação da instituição família

 

A IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DA IGREJA NA EDIFICAÇÃO E SOLIDIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO FAMÍLIA

Lição 11 – 15 de setembro de 2024

TEXTO ÁUREO
"Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor." Salmos 122.1

VERDADE APLICADA
É fundamental investir e promover a parceria Família/Igreja na formação e manutenção de uma geração que teme ao Senhor, anda em Seus caminhos e vive para a glória de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Compreender sobre Igreja e a família no plano divino;
Analisar a constituição da família no âmbito atual;
Expor a relevância da Igreja para a família.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
ROMANOS 16
1. Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na Igreja que está em Cencréia,
2. Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qual quer coisa que de vós necessitar; porque tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo.
3. Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus,
4. Os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.
5. Saudai também a Igreja que está em sua casa. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia em Cristo.

COMENTÁRIO 

INTRODUÇÃO
A presente lição enfatizará a relevância da parceria Igreja/Família no enfrentamento de tantos desafios para um viver de acordo com a Palavra de Deus. Afinal Família/Igreja são duas instituições de origem divina e que fazem parte do plano divino de redenção da humanidade. Ambas têm sido alvo dos ataques do maligno.

Comentário adicional:
Embora os conceitos legais e/ou sociológicos estabeleçam uma conceituação atual e “moderna” para termo família, temos que ter em mente que a família é criação de Deus. Esse projeto possui propósitos definidos, onde o criador pensou em cada detalhe, estabelecendo critérios e papeis específicos para cada membro dessa instituição.

1- A importância da Igreja para a família
Como um dos pilares centrais da Igreja, a família desempenha um importante papel na integração, formação e comunhão de seus membros, uma vez que esta é o elo de união com a Igreja. Além disso, a Igreja em sua expressão física e visível é composta por indivíduos de todas as classes sociais, onde “não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea: porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (…) Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus” [Gl 3.28; Ef 2.19]. A Igreja é sinônimo de família, pois integra, apoia e direciona os salvos em sua caminhada cristã rumo ao céu.

1.1. Igreja: a família de Deus
Uma das expressões que encontramos na Bíblia para identificar o povo de Deus que está sendo formado a partir da obra redentora de Jesus Cristo é “família de Deus” [Ef 2.19]. Quando conectamos esta expressão com tantas outras na Bíblia, passamos a perceber mais claramente o agir de Deus, Seu propósito, nossa relação com os demais discípulos de Cristo e a nossa relação com Ele: “Pai nosso” [Mt 6.9]; “feitos filhos de Deus” [Jo 1.12]; “não se envergonha de lhes chamar irmãos” [Hb 2.11]; “Deus vos trata como filhos” [Hb 12.7]; “domésticos da fé” [Gl 6.10]; “Paz seja com os irmãos” [Ef 6.23]. Assim, esta identificação sugere um relacionamento mais próximo, estreito entre o povo de Deus com Deus e entre os discípulos de Cristo que envolve cuidado, provisão, disciplina, ajuda mútua entre os membros da Igreja e responsabilidade.

Comentário adicional:
Somos a família de Deus e temos um papel dentro dessa instituição. Falar de família é falar de vivências, relacionamentos e compromissos. Atualmente, vemos o ambiente familiar muitas vezes sendo divulgado como um lugar de violação de direitos e violência. No entanto, essa afirmação não condiz com o núcleo familiar construído por Deus para ser uma referência, uma analogia de Cristo e a Igreja. Cristo cuida, ama e instrui a Sua noiva e não deseja perder nenhum membro da família para o pecado. Em vez disso, Ele deseja a santificação e a purificação por intermédio da Sua Palavra (Efésios 5).

Em Efésios 1:4-5 e 2:19, o apóstolo Paulo se refere à Igreja como a família de Deus, na qual fomos escolhidos para fazer parte, como filhos. Em Cristo, fomos habilitados para ser membros dessa família e, n'Ele, recebemos vida, salvação e libertação. “Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente viverdes atemorizados, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: 'Aba, Pai'. O próprio Espírito Santo testemunha ao nosso espírito que somos filhos de Deus. Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória” (Romanos 8:15-16).

Para sermos considerados filhos, precisamos aceitar a Cristo e passar do status de criatura para filho de Deus. Em João 1:12, afirma-se que, para sermos considerados filhos de Deus, devemos aceitar Jesus e crer que Ele é o Salvador. Somente aqueles que nasceram da água (a Palavra de Deus) e do Espírito Santo fazem parte da família de Deus (João 3:3-5). Ao crermos nessa verdade, experimentamos o novo nascimento em Deus.

1.2. Família, a nossa primeira igreja
A família não é um mero agrupamento de pessoas como pensam alguns. Muito além disso, deve ser a nossa primeira igreja, o lugar inicial onde os princípios bíblicos nos são transmitidos, como escreveu o salmista: “Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos, para que a geração vindoura a soubesse; os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos.” [S178.5-6]. Em muitas de suas saudações, como no texto de Romanos 16, o apóstolo Paulo cumprimentou alguns amigos, cuja “igreja estava em sua casa” [1 Co 16.19; Cl 4.15]; fosse por conveniência para acomodar os primeiros agrupamentos cristãos que não tinham espaço propício onde congregar, ou porque a própria família estava tão compromissada com Deus. 

Comentário adicional:
A responsabilidade de preparar os filhos para uma vida que agrada a Deus é da família, como explicita o apóstolo Paulo em Efésios 6.4. “É família, e não a igreja ou a escola dominical que tem a principal responsabilidade do Ensino bíblico e espiritual dos filhos” (IBADEP, 2006, p.95). No entanto, a igreja e a EBD são poderosas ferramentas para complementar o ensino bíblico. É na família que aprendemos as primeiras noções sobre o que é bom/ruim, verdadeiro/ falso. Embora, em muitas famílias apenas um dos membros serve ao Senhor e em muitos casos isso se aplica ao filho, que precisa de instrução, neste caso a Igreja assume esse papel. Mas, para você servo do Senhor Jesus é seu papel instruir sua família, seus filhos, no caminho que deve andar.  A palavra de Deus nos diz que “se alguém não cuida dos seus, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo” (1 Timóteo 5.8).

1.3. União essencial, Igreja e família
Juntamente com a Igreja, a família coopera na propagação da graça de Deus e Seu amor ao mundo [Jo 3.16]. Como disse o sábio rei Salomão: “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho” [Ec 4.9]. Por essa razão, a Igreja e a família através da união de forças e objetivos devem trabalhar juntas para a promoção do Reino de Deus na terra, “que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” [1Tm 2.4].

Comentário adicional:
A escolha da igreja onde a família irá congregar geralmente não é a prioridade nas discussões sobre namoro, noivado e casamento. Muitos cristãos não percebem como a escolha da igreja pode impactar diretamente a vida e a organização familiar. A participação em uma igreja que valoriza a genuína palavra de Deus serve como base para evitar a erosão da família. “Ela é a melhor escola para instruir as pessoas quanto aos princípios de uma boa relação familiar” (IBADEP, 2006, p.119). Cada membro da família tem um papel importante nesta grande jornada.

Deus estabeleceu que o papel do marido é prover alimento emocional e espiritual para a família. Em Efésios, a palavra de Deus nos diz: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa ama a si mesmo. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo” (Efésios 5:28-30, ARA). Deus chamou o homem para ser o cabeça e não um “cabeça dura”; a missão deve ser realizada com dedicação e amor.

O nível de respeito e proteção que Deus estabelece é de alto padrão de entrega e renúncia. Ninguém, em sã consciência, deseja fazer o mal a si mesmo ou cometer um crime contra si. Além disso, ninguém quer estar em uma situação de traição, grosserias e desrespeito. A palavra de Deus em Provérbios 6:32 nos assegura que “quem comete adultério não tem juízo; todo aquele que assim procede a si mesmo se destrói”; essa verdade se aplica ao casal. Uma família que ignora os princípios e orientações supracitados está fadada à ruína.

O livro de Efésios também trata dos deveres da esposa: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido” (Efésios 5:22-24). Essa submissão não está relacionada com humilhação ou inferioridade; faz parte do “plano de Deus para a restauração de todas as coisas. O objetivo da submissão é libertar e não escravizar. (...) A submissão precede a glorificação” (COLE, 2017, p.55). Esta é a representação do relacionamento de Deus com a Sua igreja. A Bíblia também nos diz que a mulher sábia edifica a sua casa, tornando-a um local de acolhida, paz e amor, e evita trazer conflitos desnecessários para seu lar, ao contrário da mulher rixosa de Provérbios 27.

Neste contexto, podemos afirmar que a principal responsabilidade dos filhos é honrar os pais, o que vem acompanhado da promessa de uma vida longa e boa (Deuteronômio 5:16). Essa promessa refere-se não apenas ao prolongamento da vida, mas também à qualidade de vida.

A igreja e a família fazem parte de um plano divino e “se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” (Salmo 127:1). Não há uma receita pronta para fazer uma família funcionar bem, mas existe um “manual de orientação”, uma bússola que é a palavra de Deus. Nós, como igreja, somos a noiva de Cristo e, como tal, devemos ser fiéis até o fim.

2- A Igreja e a relação com a família
Onde há pessoas, há relacionamentos. Assim, a Igreja expressa a dimensão relacional do seu próprio relacionamento com Deus através das famílias. É ali que a família cristã está habilitada a relacionar-se como Igreja de Cristo, tanto com o Pai [Mc 12.30], como com o próximo [Mc 12.31]. Assim, a Igreja está pronta para acolher as famílias em suas mais diversas características.

2.1. A Igreja e o relacionamento congregacional
Não há dúvidas de que servir a Deus numa igreja local juntamente com toda a família é uma bênção. No entanto, para que este relacionamento continue a abençoar vidas é preciso zelar pelos seguintes princípios:

a) Na igreja local, a família não deve se fechar em si mesma; b) Não deve haver motivações que desrespeitem a liderança constituída ou qualquer outra pessoa; c) A família deve investir tempo para se relacionar com outras famílias também. Nesse sentido, esses são os desdobramentos citados em Marcos 12.31.

Comentário adicional:
É o Espírito Santo que gera em nossos corações o amor pela casa do Senhor Jesus (Sl 122:1). A palavra de Deus nos instrui a amar a Sua obra. Assim, devemos “considerar uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hb 10:24-25).

Em meio ao mundo tão agitado, com rotinas exaustivas, envolvido pelo imediatismo e diversas prioridades, frequentar a igreja regularmente é um grande desafio. Assim, as orientações do apóstolo Paulo são mais do que atuais para nossas vidas. Destaca-se que um membro fora do corpo esfria e apodrece em curto período de tempo. “Dele, todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica a si mesmo em amor, à medida que cada parte realiza a sua função” (Ef 4:16, NVI).

Nós necessitamos da igreja e a igreja precisa de nós na propagação do evangelho de Jesus Cristo. Cada membro possui uma função muito importante (Rm 12:4-8). A Igreja é um lugar de comunhão, crescimento espiritual, ajuda mútua e adoração a Deus de forma coletiva.

Devemos escolher bem o local onde devemos cultuar ao Senhor Jesus, como já mencionamos, mas não devemos ser crentes andarilhos, percorrendo “rotas que contêm águas poluídas — doutrinas falsas, intoxicando-se espiritualmente, aprendendo doutrinas que são de homens e, não raras vezes, de demônios, trazendo graves consequências que afetam a si próprios, à família e à igreja a que estão vinculados” (IBADEP, 2006, p. 125). A ovelha não sabe distinguir o alimento bom do ruim; necessita de um pastor para alimentá-la e guiá-la.

2.2. Parceria Igreja/Família no cultivo do relacionamento espiritual
Servir a Deus em família é também uma oportunidade de crescimento espiritual. É no ambiente familiar que a fé é ensinada e exercitada. É no lar que os princípios bíblicos são ensinados e aplicados, ao ponto de refletirem em outros lugares, como escola, trabalho, vizinhança etc. Sempre com o apoio da Igreja local.

Comentário adicional:
A igreja é uma base de apoio espiritual, é um local de desenvolvimento de diversas habilidades, e um lugar de descarregar nossos medos, anseios e recarregar nossas energias. A palavra de Deus nos diz que “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” Mt. 11:28. Os pés do Senhor é o lugar de aliviar nossa ansiedade, pois devemos lançar “sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” (1 Pedro 5:7).  Essa entrega total e reconhecimento de nossa dependência de Deus nos proporcionar um viver menos atribulados e preocupados com que há de vir e isso reflete tanto no nosso relacionamento com Deus, quanto no nosso cotidiano em sociedade.

2.3. A Igreja e o relacionamento com Deus em família
A Igreja de Deus existe para ajudar as famílias a obterem bênçãos eternas em seu relacionamento com Deus. Atos 4.32 fala da comunidade em que viviam os primeiros cristãos e descreve-a dizendo: “E era um o coração e a alma da multidão dos que criam (…)” Este é o tipo de união que a nossas famílias devem desejar e construir. Afinal, a Igreja é a união de muitas famílias firmadas em Jesus Cristo, as quais formam uma família muito grande, que constitui o Corpo de Cristo. A unidade de que Jesus falou para os discípulos tem de ser realidade também nas famílias cujo Deus é o Senhor e que O adoram em espírito e em verdade.

Comentário adicional:
Nem sempre estar em um mesmo espaço e/ou instituição significa que haja unidade de pensamento entre os presentes. A unidade para Deus não guarda relação com sermos idênticos, ou pertencer a mesma igreja, a mesma classe social ou raça. O apóstolo Paulo nos instrui que “não há judeu nem grego, escravo nem livre, nem homem nem mulher; pois todos são um em Cristo” (Gl.3:28). O segredo da nossa unidade é ser : “Um só corpo e um só Espírito; uma só esperança; um só Senhor; uma só fé; um só batismo; um só Deus e Pai de todos (Ef.4:3-6).  Se estamos unidos em Cristo, temos pois comunhão com Ele e viveremos em unidade com os irmãos e a igreja. “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” (Salmos 133.1).

3- A Igreja e o compromisso com a família
Pr. Lourival Dias Neto  (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre de 2010, Lição 1 – subtópico 2.2): “O papel da Igreja como auxiliadora da família – A Igreja atua como uma auxiliadora tanto na preparação quanto na preservação da família para o cumprimento de seus elevados propósitos e objetivos. Ela deve levar os pais a conscientizarem-se de sua responsabilidade na formação moral e espiritual de seus filhos. Para que isso aconteça, a Igreja promove o batismo, a ceia do Senhor, cerimônias religiosas de casamento, que são precedidas de alguns encontros de orientação pastoral, curso e estudos com ênfase sobre a educação da família e seus aspectos primordiais, encoraja à prática da devoção e adoração no lar, promove a integração das famílias que compõem a Igreja local.’ Dentre tantas outras ações promovidas visando fomentar a parceria Família/Igreja.

3.1. A Igreja e o ensino da Palavra de Deus para a família
A responsabilidade da Igreja e da família consiste em ensinar a Palavra de Deus, aconselhar e guiar seus membros nos preceitos divinos, sendo uma fonte de apoio. Assim, família e igreja devem envidar esforços para que seus membros se desenvolvam na vida espiritual e social, refletindo a gloriosa luz do Senhor, a fim de que o Pai Celestial seja conhecido, temido e glorificado [Ef 3.15-21].

Comentário adicional:
Já destacamos a importância de congregar em uma igreja que tenha a palavra de Deus como central e que a escolha de onde cultuar ao Senhor não deve ser aleatória. De acordo com o IBADEP, deve-se levar em consideração alguns critérios: 1) Orar a Deus pedindo sabedoria; 2) Uma característica básica é a fidelidade à palavra de Deus; 3) A igreja deve oferecer alimento para todos os membros da família; 4) A igreja deve oferecer oportunidade de trabalhar para Deus. (IBADEP, 2006). Após realizarmos nossa escolha, a igreja deve se tornar nosso lar espiritual, tendo em vista que não existe igreja perfeito, porque todos somos imperfeitos. Assim, se prestarmos atenção nesses requisitos a igreja pode se tornar uma grande aliada na caminhada.

3.2. A importância da Escola Bíblica Dominical para todas as faixas etárias
Em Deuteronômio, a Palavra de Deus instrui acerca da reunião da família para o aprendizado: “Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam e aprendam, e temam ao Senhor, vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta lei:’ [Dt 31.12]. Nesse sentido, a Escola Dominical contribui para a formação espiritual, moral e social, em todas as faixas etárias. A Igreja local é formada por famílias, que se reúnem para adorar a Deus. E essa adoração deve ter o respaldo e a base fundamental na Palavra de Deus. Esta, por sua vez, só pode ser apreendida, através do estudo e do ensino, da doutrina, e do discipulado.

Comentário adicional:
A EBD é vital para o crescimento espiritual do cristão. Ela oferece um espaço para o aprendizado de diferentes temas bíblicos e doutrinas, promovendo a edificação da igreja. A EBD se divide em departamentos para crianças, jovens e adultos — homens e mulheres — a fim de atender às necessidades de toda a família. Devemos frequentar a Escola Dominical porque a Palavra de Deus nos ensina em Oséias 6:3 que devemos conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor, sendo este um processo contínuo.

Motivos para frequentar a EBD:
A Palavra nos adverte sobre a importância de ensinar nossos filhos: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22:6).

Frequentar a EBD é uma forma de demonstrar nosso amor por Deus, pois quem ama deseja agradar. Em João 14:21 está escrito: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.”

Aprender a Palavra é necessário para não pecarmos contra Deus: “Escondi a tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Salmos 119:11).

Para não errarmos, pois, a Palavra de Deus nos alerta: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mateus 22:29).

Como podemos ver pelos exemplos acima, e por diversos outros motivos que a Bíblia nos apresenta sobre as vantagens de aprender mais sobre Deus, os cristãos só têm a ganhar ao frequentar a EBD e os demais cultos de ensino da Palavra e adoração ao nosso Deus. 

3.3. A Igreja e a formação do caráter cristão na família
Em 2 Timóteo 3.1-4, percebe-se que a degeneração do caráter humano termina por afetar a Igreja de forma coletiva e o indivíduo, consequentemente, a família. Diante de tanta pressão proveniente de uma geração “corrompida e perversa” [Fp 2.15], é um grande desafio o processo de formação do caráter cristão nos membros das famílias. Principalmente das crianças e dos adolescentes. Pois não é possível isolá-los. Mas é possível que façam parte de uma geração que está avançando para que sejam “conformes à imagem” de Jesus Cristo, para a glória de Deus. Para tanto, as famílias precisam ter convicção da imprescindibilidade e possibilidade de tal formação cristã. Também cada família precisa promover em seu meio um ambiente propício para o desenvolvimento deste processo e não abrir mão da crucial parceria com a Igreja.

Comentário adicional:
A igreja é uma excelente auxiliadora da família no processo de formação da identidade cristã. Toda família precisa de instrução, mas, principalmente, as crianças e adolescentes, que estão em fase de desenvolvimento. E como deve ser essa formação? A Palavra de Deus nos ensina: “Ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos. Escrevei-as nos umbrais de vossa casa e nas vossas portas...” (Deuteronômio 11:19-21). Essa passagem nos mostra que o aprendizado é contínuo e não se limita a um determinado espaço. Vale destacar que os filhos prestam mais atenção nas nossas ações e atitudes do que no que dizemos. Portanto, não podemos nos apoiar na máxima “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Como a Palavra de Deus nos orienta: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” (Mateus 5:37). Sejamos honestos com nossas orientações e ações. Assim, “pois zelamos pelo que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens” (2 Coríntios 8:21).

CONCLUSÃO
Não é possível separar a Igreja da família, pois ambas contribuem no plano de Deus para a multiplicação e preservação do ser humano, bem como no compartilhamento da fé e dos valores éticos e morais estabelecidos desde remotos tempos, os quais honram e glorificam ao Criador.

Comentário adicional:
Diante de toda argumentação, explicitamos que a igreja que tem compromisso com a Bíblia, pois exerce uma função singular na edificação e solidificação das famílias cristãs. Tire o máximo de proveito de sua Igreja local e use isso em seu favor para crescimento espiritual, domínio próprio, para influenciar os demais ao seu redor. Lembre-se, não existe receita de bolo para uma família feliz, mas existe um manual, que é a palavra de Deus. 

Referências bibliográficas:
COLE, Edwin Louis. Mulher única: sabedoria e visão para maximizar sua vida. Edwin Louis Cole e Nancy Colbert Cole. Tradução de. – 3ª edição - Pompeia. Universidade de Família, 2017.
IBADEP- Instituto Bíblico das Assembleias de Deus no Estado do Paraná. Família Cristã: Ministério da Igreja. 6º edição-agosto, 2006.

Sites consultados:
https://www.bibliaonline.com.br/ara/livros

Comentarista: DC. Cristiane Delfino.

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