LIÇÃO 9 – A IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DA CONTRIBUIÇÃO PARA A PREGAÇÃO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA IGREJA
01 de setembro de
2024
TEXTO ÁUREO
“Honra
ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda.”
Provérbios 3.9
VERDADE APLICADA
Cada
membro de uma igreja local é responsável pelo sustento e pela manutenção do
Templo e das atividades, sendo fiel nos dízimos e nas ofertas, conforme a
Palavra de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
►
Ensinar o valor da contribuição financeira;
►
Expor que somos mordomos do que Deus nos dá;
►
Falar que Deus nos abençoa para abençoar outros.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
2 CORÍNTIOS 8
1. Também, irmãos, vos fazemos conhecer a
graça de Deus dada às igrejas da Macedônia;
2. Como, em muita prova de tribulação, houve
abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da
sua generosidade.
3. Porque, segundo o seu poder (o que eu
mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente,
4. Pedindo-nos com muitos rogos a graça e a
comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.
5. E não somente fizeram como nós
esperávamos, mas a si mesmo se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós,
pela vontade de Deus.
INTRODUÇÃO
Ao
praticarmos a contribuição de acordo com a orientação bíblica, estaremos
honrando o nome do Senhor e sendo um canal de bênçãos para a promoção de Seu
Reino.
Comentário adicional:
Quando
contribuímos com nossas ofertas e dízimos, estamos contribuindo com o
crescimento da obra de Deus na terra e, assim, abençoaremos muitos povos e
famílias, levando-os a glorificar o nome do Senhor.
1- CONTRIBUIÇÃO À LUZ DA BÍBLIA
As
Sagradas Escrituras têm muito a nos ensinar sobre a contribuição financeira.
Contribuir não é uma questão meramente material, mas espiritual, pois revela
nossa fé e gratidão a Deus e o compromisso com o Seu Reino.
Comentário adicional:
A
contribuição é importante porque permite que a igreja exerça a sua missão,
através da partilha e solidariedade dos seus membros. A contribuição pode ser
feita de várias formas, como através do dízimo, coletas de ofertas e outras
formas de contribuição como ofertas voluntárias. A contribuição também é uma
forma de expressar amor, fé e gratidão a Deus. Também pode ser uma forma de
demonstrar que se seguirá a Deus, mesmo quando for difícil, e que se confia
nele em vez de no dinheiro e nas coisas. A contribuição também pode ser um
lembrete de que somos mordomos e que não deveríamos nos apegar ao que não é
nosso.
1.1- Um ato de fé.
A
Bíblia diz que “andamos por fé, e não por vista” [2Co 5.7], pois o justo viverá
pela fé [Hb 10.38]. A fé honra a Deus e Deus honra a fé. A oferta de Abel foi
excelente porque foi feita pela fé [Hb 11.4]. Embora a viúva pobre tenha
ofertado duas moedinhas de pouco valor [Mc 12.42], agradou a Cristo porque o
fez com fé, entregando tudo o que tinha, por isso Cristo a elogiou, dizendo que
ela havia ofertado mais do que os outros. Portanto, a contribuição não está
relacionada com o valor que a pessoa oferta, mas quanto à fé que tem no
coração. Cristo se agrada de nossas ofertas, quando vê nelas a semente da fé
[Hb 11.6].
Comentário adicional:
Cada
membro da igreja local deve ser orientado a honrar a Deus com seus recursos
financeiros, para que, a partir das bênçãos que temos recebido, possamos
abençoar os outros. Não temos uma regra estabelecida para o quanto cada pessoa
deve contribuir, mas é recomendável que cada um se apresente diante de Deus e
defina um valor que seja. A Bíblia nos dá alguns parâmetros como os dízimos
(décima parte) e as ofertas, e ordena que coloquemos isso como prioridade em
nosso orçamento mensal “primícias de toda nossa renda.” (Pv. 3.9). Não podemos
ofertar a Deus o resto ou o que sobra! Essa foi a atitude de Caim no início,
diferentemente de Abel: enquanto Abel levou ao Senhor "as partes gordas
das primeiras crias do seu rebanho", Caim levou "do fruto da terra
uma oferta ao Senhor" (Gênesis 4.2-5). O texto afirma que Deus aceitou
"Abel e sua oferta", mas "não aceitou Caim e sua oferta".
Qual o problema de Caim? O problema não estava no tipo da oferta e talvez nem
mesmo na quantidade. Antes, o problema estava na motivação e na atitude: Abel
levou uma oferta que era para ele relevante, importante ("partes
gordas"), e fez isso em primeiro lugar em gratidão, apresentando a Deus as
primícias ("primeiras crias"). Já Caim, ao contrário, levou apenas
"uma oferta", qualquer oferta; não era uma oferta especial, não era
relevante, não foram os primeiros frutos da terra, não foi da primeira
colheita. Portanto, a contribuição é um ato grandioso de fé e honradez e não está
relacionada a valor ofertado (vide o caso da viúva pobre em Marcos 12.42); mas
tem a haver com a fé e o amor a obra de Deus que o crente tem em seu coração.
1.2- Um ato de gratidão.
A
gratidão é uma das mais nobres virtudes que deve florescer no coração humano.
Por reiteradas vezes somos convidados a não esquecer o que Deus fez por nós [Sl
103.1-6]. Tudo quanto temos conquistado foi com a ajuda do Senhor. Eclesiastes
5.19 diz que riquezas é um dom concedido por Deus, por isso nossa gratidão em
forma de contribuição agrada ao Senhor. Uma das maiores expressões de
reconhecimento de gratidão encontra-se na pessoa do rei Davi:” (…) Porque tudo
vem de ti, e da tua mão to damos” [1Cr 29.14].
Comentário adicional:
Expressamos
um sentimento de gratidão ao Senhor ao contribuirmos. Mas, por detrás do
sentimento, encontra-se também a obediência a um princípio ou mandamento.
Quando as Escrituras declaram que “Deus ama ao que dá com alegria” (2Co 9.7),
não quer dizer que a alegria coloca a contribuição numa condição opcional, e
sim que Ele se agrada de um coração que obedece alegremente um mandamento. Não
contribuir, de acordo com o preceito bíblico, é andar desordenadamente, o que
nos privará da plenitude de Deus. “Mordomia” é a consciência de que nada do que
temos nos pertence, e sim ao Senhor, e que devemos administrar os nossos bens
para Ele da melhor maneira possível. A contribuição, por outro lado, é um
contínuo lembrete de que somos mordomos e que não deveríamos nos apegar ao que
não é nosso.
1.3- Um ato de amor para com a obra de Deus.
O
rei Davi deixou isso bem claro, quando afirmou que sua contribuição para o
templo era por amor à casa de Deus: “E ainda, de minha própria vontade para a
casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho de mais eu dou para a
casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário:’
[1Cr 29.3]. Davi não iria usufruir daquele templo, porque morreria antes, mas
ele não estava pensando em si, mas no bem-estar da obra de Deus.
Comentário adicional:
Qualquer
pessoa que ama a Deus, não tem problemas em expressar seu amor através de atos
generosos de ofertas e sacrifícios a Deus. Davi expressava através de salmos e
cânticos, de seu cuidado com as ovelhas, observando tudo em volta manifesto na
natureza que Deus criou, de seu governo, de suas atitudes, e uma delas, era de
ofertando ou sacrificar ao Senhor. Ele entregava oferta de tudo o que
conquistou, tudo o que ajuntou, tanto no seu reino, como particularmente, ele
oferta ao Senhor. Davi procurava saber quais tipos de ofertas agradaria a Deus
e, às vezes, se questionava a esse respeito (Sm 116.12-14). Você passaria a
vida toda ajuntando dinheiro para no final de sua vida, fazer uma grande oferta
para a Casa de Deus? Davi não somente demonstra, mas também convida todas as
pessoas do seu reino: os chefes de família, os líderes e os empresários para
ofertarem ao Senhor. Nós temos que aprender com Davi, o valor de uma oferta
diante de Deus.
2- COMO SE DEVE CONTRIBUIR
Deus
é quem nos concede força, inteligência e oportunidades para conquistarmos a
vitória em todas as áreas da vida, portanto, a contribuição financeira é o
reconhecimento por tudo que o Senhor nos tem dado. Há pelo menos três formas
básicas que regem a contribuição.
Comentário adicional:
“Que
darei eu ao Senhor, por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116:12).
Quanto Deus já nos tem dado! A vida, a saúde, o sustento, e, em Cristo Jesus,
ele nos deu a salvação. A contribuição financeira, objetivando o crescimento da
obra de Deus, também é uma manifestação por tudo que Ele nos tem feito. Tudo
que temos e vivemos vêm dEle e Ele está no controle de tudo. Diante de tudo o
que Deus tem nos dado, o salmista pergunta: “Que darei ao Senhor por todos os
seus benefícios para comigo?
2.1- Devemos contribuir com regularidade
Usando
a expressão “todo primeiro dia da semana” em 1 Coríntios 16.2, Paulo enfatiza
que a contribuição deve ser feita com regularidade, seguindo os preceitos
bíblicos. Desta forma, ensina que a contribuição deve ser pessoal, constante e
programada. Devemos ter regularidade e perseverança em tudo que fazemos e não é
diferente com relação à contribuição. Agindo assim, a seu tempo ceifaremos [Gl
6.9]. A contribuição, portanto, deve ser de acordo com os rendimentos, sejam
eles semanais, quinzenais ou mensais.
Comentário adicional:
A
nossa contribuição, como uma manifestação de gratidão, deve ser de forma
regular e proporcional a tudo que Deus nos tem dado. Geralmente temos dois
tipos de contribuição regular, temos a oferta coletada nos cultos e os dízimos
(décima parte). O contribuinte que tem amor a obra de Deus, com regularidade o
faz com alegria e não questiona, apenas faz por prazer e desejo de ver a obra
de Deus crescendo. Tive o prazer de nascer de uma família cristã. Meus pais
sempre tiveram uma renda limitada, mas nunca deixaram de contribuir com dízimos
e ofertas. Teve uma época que eram eles e os sete irmão indo para a igreja,
sempre que havia culto; em todos eles meu pai fazia questão de dar uma moedinha
a cada um para a hora da coleta, nem que fosse R$ 0,10, mas todos nós
colocávamos uma moeda na salva, ficávamos ansiosos para que o coletante
passasse por nós, e contribuíamos com muita felicidade. Talvez por isso, quando
passei no concurso do TRT em 1985, mesmo em meio a muita dificuldade e a grande
necessidade de ajudar em casa, conversei com meu pai, pedindo autorização para
doar 100% de meu primeiro salário para a obra de Deus e meu pai,
prazerosamente, autorizou (sempre fui um dos filhos que mais contribuiu com a
manutenção de minha casa, graças a Deus).
2.2- Devemos contribuir proporcional à nossa renda.
Moisés,
o grande legislador, ordenou: “Cada qual, conforme o dom da sua mão, conforme a
bênção que o Senhor, teu Deus, te tiver dado.” [Dt 16.17]. E o apóstolo Paulo
reitera esta mesma verdade: “(…) conforme sua prosperidade” [1Co 16.2].
Contribuir de acordo com nossa prosperidade permite que todos contribuam
indistintamente, sem exigir que alguém contribua mais do que o outros. Deus não
exige aquilo que não podemos dar. Também revela a fidelidade do cristão, quando
tem que administrar o pouco [Lc 16.10-12], mas ao mesmo tempo mostra sua
generosidade e liberalidade quando administra o muito: “o que reparte, faça-o
com liberalidade” [Rm 12.8].
Comentário adicional:
A
contribuição deve ser feita conforme a nossa prosperidade. “Quanto à coleta
para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No
primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua
prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.” (1Co
16.1,2). Ou seja, o Senhor não pede de alguém o que não esteja ao seu alcance.
Algumas vezes vemos, na Bíblia, Deus pedindo algo precioso, como Ele fez com
Abraão. Outras vezes vemos pessoas ofertando tudo o que possuíam, de modo
sacrificial, e não podemos negar que o Espírito Santo possa tê-las movido em
seu íntimo a agirem assim. O importante, no entanto, é não perdermos de vista o
propósito de Deus: “Porque, se há boa vontade, será aceita conforme o que o
homem tem e não segundo o que ele não tem.” (2Co 8.12). A contribuição é aceita
segundo o que você tem, ou, em outras palavras, de acordo com as suas posses.
Ninguém precisa ter um peso em seu coração por não poder ofertar mais. Algumas
vezes tenho enfrentado momentos de tristeza em meu coração por não poder
ofertar mais. Eu amo a causa do Evangelho, e, muitas vezes, eu gostaria de
poder ter feito bem mais, de ter ido além do que eu já fiz na área das
contribuições. Mas me conforta saber que Deus não espera de nós mais do que
aquilo que podemos fazer. Ele espera que façamos a nossa parte – e que sejamos
fiéis na parte que nos toca! Há um exemplo bíblico indiscutível acerca disto: A
narrativa da viúva pobre em Lucas 21.1-4 demonstra muito bem uma dessas
atitudes que agrada a Deus ao ofertarmos. Deus não vê e nem tampouco compara
números. Ele vê a disposição do coração (e também a limitação da renda, das
posses). Quem possui mais não é melhor do que aquele que tem menos condições,
ainda que tenha a capacidade de ofertar mais. Quando Jesus foi dedicado no
Templo, os Seus pais deram uma oferta de pessoas de menor poder aquisitivo, e,
no entanto, esta oferta não perdeu o seu valor.
2.3- Devemos contribuir com alegria.
“Deus
ama ao que dá com alegria” [2Co 9.7]. O referido texto é bem conhecido de todos
os leitores da Bíblia, cuja ordenança sobre a contribuição exige que a mesma
seja sem tristeza ou constrangimento, porque esse tipo de contribuição não
agrada a Deus. Contribuir com alegria é contribuir de coração: “Cada um
contribua segundo propôs no seu coração” Uma motivação interna e consciente é a
ação de compartilhar com alegria o que temos, sabendo que isto concorrerá para
bênçãos de outros e trará glória ao nome do Senhor. Na verdade, todas as ações
da vida cristã devem ser feitas com alegria: ir à casa do Senhor com alegria
[Sl 122.1], ler a Bíblia com alegria [Sl 1.2], servir ao Senhor com alegria [Sl
100.2], exercer misericórdia com alegria [Rm 12.8] e contribuir com alegria,
que é agradável a Deus.
Comentário adicional:
Tudo
o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os
homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o
Senhor, que vocês estão servindo. (Cl 3.23-24). Quando os crentes se dispõem a
servir o reino de Deus com alegria, amor e compromisso, as necessidades são
atendidas, a obra de Deus prospera e se fortalece e todos são abençoados. Sendo
assim, cada um é chamado a servir a Deus conforme o dom que recebeu, fazendo de
todo o coração, com alegria e responsabilidade. Os cristãos macedônios
demonstraram grande interesse e alegria em servir à causa cristã, socorrendo os
pobres de Jerusalém: “Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus
concedida às igrejas da Macedônia; porque, no meio de muita prova de
tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles
superabundou em grande riqueza da sua generosidade. Porque eles, testemunho eu,
na medida de suas posses e mesmo acima delas, se mostraram voluntários,
pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos
santos” (2Co 8.1-4). Essa é a maneira bíblica de contribuição que agrada a
Deus; e quando uma atitude nossa tem como objetivo agradar a Deus, a resposta
abençoadora, da parte dEle, é líquida e certa: as janelas do céu serão abertas
a nosso favor. (Ml 3.10).
3- RESULTADO DA CONTRIBUIÇÃO
A
contribuição financeira produz resultados maravilhosos, vejamos alguns deles:
Comentário adicional:
São
muitos os benefícios da contribuição de nossa renda para obra de Deus. Algumas
pessoas, desentendidas, têm questionado o porquê dos dízimos e ofertas,
querendo contradizer, por não entenderem as entrelinhas da Bíblia quanto ao ato
de contribuir mais, se lançarmos o desafio de torná-los dirigentes de um
ministério de levar o evangelho, verão que não sairão do início, se não moverem
os membros à contribuição. Não terão como manter a obra de Deus em pé, se não
buscarem fontes de contribuição; para tanto, a própria bíblia enfatiza os meios
para conquistar essas contribuições.
3.1- A contribuição é para a manutenção da Casa de Deus.
Em
Malaquias 3.10, o alvo primeiro da contribuição era para que houvesse
mantimento na Casa do Senhor. Mantimento refere-se a tudo que era usado no
santuário. No Antigo Testamento usava-se óleos especiais para as candeias, pão
da proposição, lenha para o altar, ingredientes para o altar do incenso,
animais para sacrifícios diários e isso só era possível com a contribuição do
povo. O templo de adoração, a casa do Senhor precisa da contribuição
financeira, tanto para ser construída, quanto para ser mantida. A contribuição
é o recurso que Deus estabeleceu para sustento de pastores, missionários,
obreiros, aquisição de terrenos, construção de templos, assistência social, bem
como toda manutenção e expansão da obra de Deus [2Co 9.6-12].”
Comentário adicional:
E
Malaquias 3.10, dá uma pista clara da aplicação dos dízimos e ofertas: “para
que haja mantimento na minha casa”. Mantimento ou manutenção da obra de Deus, é
o principal fator pelo qual temos a obrigação de devolver, parte de tudo que
Deus nos deu para sermos mordomos. A igreja é uma instituição divina (Mt 16.18)
que tem a finalidade de evangelizar o mundo e de edificar vidas no conhecimento
do Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19-20). E como bem sabemos, não tem como uma
igreja existir neste mundo e cumprir com seu propósito sem ser sustentada
financeiramente por seus membros. O Novo Testamento também é muito claro em
ensinar a responsabilidade da igreja local em sustentar dignamente seus
obreiros/pastores. O apóstolo Paulo tratando de seu direito de ser sustentado
pela igreja disse: “Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do
próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu
sustento? Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do
evangelho;” (1Co 9.13-14). Lemos também em 1 Timóteo 5.17-18 o seguinte:
“Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que
presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino. Pois
a Escritura declara: Não amordaces o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O
trabalhador é digno do seu salário.” (Outros textos do NT: Lc 10.7; Gl 6.6).
Portanto, os cristãos devem assumir a responsabilidade bíblica de contribuir e
sustentar a sua igreja local e o princípio a ser seguido deve ser o da generosidade.
Desta forma, quem não contribui está pecando contra o Senhor, por não se
envolver diretamente com a obra de Deus, por não priorizá-lo acima de todas as
coisas e por não evidenciar sua fidelidade por meio do exercício da mordomia
cristã. (Tg 4.17).
3.2- A contribuição financeira honra a Deus.
No
contexto de Provérbios 3.9 fica bem claro que um dos aspectos primordiais de
contribuir é honrar ao Senhor: “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as
primícias de toda a tua renda: O Senhor disse a Moisés: “Fala aos filhos de
Israel que me tragam uma oferta” [Êx 25.1-2]. A ordenança para ofertar foi dada
para a glória do Senhor e não para o benefício pessoal de Moisés. Outro exemplo
dessa verdade encontra-se em Filipenses 4.18, assegurando que Paulo recebeu uma
generosa oferta dos filipenses, e isso foi interpretado como uma oferta de
aroma suave, como sacrifício aceitável a Deus. Ao contribuir com Paulo, eles
estavam honrando a Deus. Fica evidente esse princípio: quando contribuímos com
a obra de Deus, com alguém que está necessitado, missões etc., estamos fazendo
para o próprio Deus e foi isso que Jesus ensinou [Mt 25.40].
Comentário adicional:
Em
Provérbios 3.9 encontramos a ordem divina para “honrar ao Senhor com a nossa
fazenda e com as primícias de toda nossa renda”. Antes de entendermos o que
seria essa honrar a Deus com nossos bens e primícias, precisamos entender que
nada nos pertence. Mas como assim? Explico: apesar de termos bens em nossa
posse, até registrados em nosso nome, sabemos que não os levaremos daqui quando
da chamada divina para a morada eterna. Sendo Deus o dono de tudo, como Dono,
nos outorga, nos dá a administração de muitas coisas. Nos abençoa, nos faz
prósperos, nos dá capacidades, saúde e força para termos coisas e capacidades
até além do que precisamos. Como deve ser a nossa atitude diante dessa
realidade. O texto de Provérbios diz: “Honra ao SENHOR com os teus bens e com
as primícias de toda a tua renda” (Provérbios 3:9). Primeiro vamos entender a
que se refere bens e primícias. Bens são as coisas que a pessoa tem em sua
posse. Ela deveria usar tudo aquilo que Deus deu (100%) de forma digna e
correta. Partimos, então, para o significado de honrar ao Senhor. Honrar
significa atribuir a Deus, através dos bens e primícias (nesse contexto) uma
alta estima, um alto reconhecimento de tudo quanto fez e faz, é prestar
obediência à Sua vontade como forma de agradá-Lo, de mostrar Seus feitos de
forma grandiosa ao mundo. Quando o servo de Deus usa seus bens para engrandecer
o nome de Deus, quando ele, por exemplo, levava suas primícias ao local de
adoração, estava indicando de modo público a grandeza do sustento de Deus. Isso
é tributar honra a Deus. Aqueles que não honram a Deus fazem exatamente o
contrário: glorificam a si mesmos pelas suas capacidades, pelas conquistas,
pelo que têm, sem considerar que tudo veio de Deus! Devemos ter em mente que
esse conceito de honrar a Deus com bens e primícias ainda permanece. Deus
permanece sendo o dono de todas as coisas, certo? Permanece nos abençoando
grandemente. Permanece nos sustentando. Permanece nos capacitando de formas
grandiosas. Dessa forma, permanece também a necessidade de honrá-Lo com nossos
bens, com nossas ofertas, com o melhor uso possível dos recursos que temos para
nossas necessidades e para sustentar a obra do Senhor que continua e continuará
sendo feita até a volta do Senhor Jesus Cristo! Deus espera ver em Seus servos
um coração grato e generoso que O honre como sendo a fonte de todas as bênçãos!
3.3- A contribuição resulta em abundantes bênçãos.
O
texto de Malaquias 3.10-12 nos fala de janelas abertas no céu, que se referem
não apenas às bênçãos materiais, mas a toda sorte de bênçãos espirituais.
Quando o crente contribui, a casa de Deus é suprida, a obra de Deus cresce, o
testemunho da Igreja resplandece, os povos conhecem o Senhor e a glória de Deus
resplandece entre as nações. Somos reconhecidos como uma nação bem-
-aventurada, isso é promessa de Deus. Compreende-se assim que a contribuição
financeira é doutrina bíblica, e quando é realizada de acordo com os princípios
bíblicos, vindo de um coração grato, cheio de fé e com alegria, terá a
aprovação divina e redundará em bênçãos abundantes para o reino e, sobretudo,
glória ao nome do Senhor Jesus [2Co 9.6-12].
Comentário adicional:
A
Bíblia diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos
exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal
bênção, que dela vos advenha a maior abastança” (Malaquias 3:10). O ato de dar
representa um dos mais lindos ministérios da Igreja. Aqueles que não entendem o
plano de Deus com perfeito ao ministério de contribuir, deixam de receber
bênçãos. E o mais triste é que estão perdendo algumas das mais ricas bênçãos
que um cristão pode ter, porque nunca aprenderam os princípios de Deus sobre o
ato de dar. Deus estabeleceu certos princípios com relação ao ato de
contribuir, e, como Igreja do Senhor, temos que entende-los princípios para
receber as bênçãos que o Senhor nos quer dar como recompensa por nossa
generosidade. Precisamos entender, também, que esses princípios são bons; se os
colocarmos em prática, toda a nossa vida espiritual, familiar, social, física,
mental e financeira será transformada. Entregar o seu dízimo e ofertas é um ato
de fé, amor e gratidão. É dar com fé e gratidão e acreditar na Promessa de Deus
e Suas bênçãos. Isso é parte do seu compromisso como discípulo fiel. É algo que
você faz porque ama a Deus, crê na Palavra dEle e em Suas promessas com relação
ao ato de dar. Você também descobre que dar é uma das chaves para alcançar
bênçãos de Deus que delas vos advenha maior abastança, e as orações serão
atendidas, inclusive orações para outras pessoas em todo o mundo. Pois o ato de
dar com amor, contribuirá, inclusive, para a obra missionária, pois missões se
faz, orando, contribuindo e indo. Isso trará grande contribuição para o
crescimento do Reino de Deus.
CONCLUSÃO
A
contribuição financeira é bíblica, pois é ensinada nas Escrituras. Além disso,
é também uma necessidade premente da Igreja, a fim de levar avante sua missão
evangelizadora, além de revelar a fé, o amor e a gratidão do cristão tanto pela
obra de Deus, bem como pela Sua Santíssima Pessoa.
Comentário adicional:
Assim
podemos ver que as contribuições, além de estarem contidas na bíblia, são
necessárias para a manutenção, crescimento e expansão do Reino de Deus e que,
isso, trará, como resultado, uma vida abençoada para aqueles que assim o fazem
por amor a obra de Deus.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
•
REVISTA DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DO PROFESSOR: Adultos. A RELEVÂNCIA DA
IGREJA, SUA ESSÊNCIA E MISSÃO, Reafirmando os fundamentos, a importância do
compromisso com a Palavra de Deus, a adoração sincera e o serviço autêntico,
segundo os preceitos de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: Editora Betel – 3º
Trimestre de 2024. Ano 34 n° 132. Lição 9 – A IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DA
CONTRIBUIÇÃO PARA A PREGAÇÃO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA IGREJA.
•
Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em Português por
João Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.
Links pesquisados:
•https://www.comunidadecristadacidade.org/single
post/2017/04/28/contribui%C3%A7%C3%A3o-e-vida-financeira
•https://www.orvalho.com/ministerio/estudos-biblicos/algumas-leis-da-contribuicao-por-luciano-subira/
•
https://www.vinhaministerios.com.br/porque-devemos-contribuir-na-obra-de-deus/
•
https://ipbguacui.org.br/2022/07/17/servindo-a-deus-com-alegria-e-compromisso/
•
https://ibadonai.blogspot.com/2010/07/generosidade-principio-para-manutencao.html
•https://www.google.com/search?q=estudo+b%C3%ADblico+honrar+ao+senhor+com+nossa+fazenda+e+com+toda+nossa+renda&rlz=1C1RXQR_enUS1100US1100&oq=estudo+b%C3%ADblico+honrar+ao+senhor+com+nossa+fazenda+e+com+toda+nossa+renda&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOdIBCTIwMDg2ajBqNKgCALACAA&sourceid=chrome&ie=UTF-8
•https://comunidaderestauracaoevida.webnode.com.br/news/fundamentos-de-fe%3A-li%C3%A7%C3%A3o-11-dizimos-e-ofertas%2C-semeando-no-reino-de-deus/
COMENTARISTA ADICIONAL:
PASTOR
ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA- Servo do Senhor Jesus Cristo, Bacharel em
administração de empresas públicas e privadas pela Faculdade Católica de
Brasília, Bacharel em Teologia pela FATAD- Faculdade Teológica das Assembleias
de Deus, pós-graduado em administração de cooperativas pela UNB, MBA em
cooperativismo de crédito no Canadá, Estados Unidos e Espanha.
Um comentário:
Muito bom o seu comentário da lição pastor Altevi, com certeza quem teve a oportunidade de estudar esses comentários aprendeu muito sobre a importância de contribuir com a obra de Deus com liberalidade e alegria. Que Deus continue abençoando a sua vida e ministério!
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