OS PLANOS DE DEUS NOS SONHOS DE JOSÉ
Lição 11 – 11 de junho de 2023
TEXTO ÁUREO
“O coração com saúde é a vida da carne, mas a
inveja é a podridão dos ossos.” Provérbios 14.30
VERDADE APLICADA
Não devemos compartilhar com qualquer pessoa
as coisas que Deus tem revelado a nosso respeito.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar a diferença entre amor e afinidade;
Ensinar que a vida é determinada por Deus;
Conscientizar que José foi preservado por Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 37
2. Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos,
apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este mancebo com os filhos de
Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama
deles a seu pai.
3. E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era
filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.
4. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os
seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.
INTRODUÇÃO
Veremos na presente lição que o turbulento
contexto familiar de José não foi capaz de corrompê-lo, destruí-lo e fazê-lo
abandonar a fé no Deus Todo-Poderoso. O plano de Deus continua se desenvolvendo,
mesmo lidando com seres humanos falhos, débeis e limitados.
Comentário adicional
Nessa lição, vamos aprender que Jacó mesmo
sendo um dos patriarcas tinha uma família bastante complicada, havia se casado
com quatro mulheres tendo filhos de cada uma delas, e tinha preferência por
José filho da mulher amada, Raquel. Vamos ver que José mesmo sendo odiado e
invejados por seus irmãos, ser vendido, escravizado, caluniado pela mulher de
Potifar e lançado em uma prisão injustamente, não vai abandonar a fé que tinha
no Deus Todo-Poderoso de seu pai Jacó.
1- JOSÉ: AMADO E ODIADO
Não devemos confundir o amor dos pais com o
sentimento de afinidade por certos filhos. O amor tem a ver com a filiação. A
afinidade tem a ver com relacionamento.
Comentário adicional
Nessa lição podemos ver na prática o mal que
o favoritismo por um filho pode causar no seio familiar. Veremos que Jacó não
escondia de ninguém sua predileção por José, pois era o primogênito de sua
mulher amada, além disso, José apresentava qualificações que os seus irmãos não
tinham, como sua fidelidade a Deus sendo correto em tudo que fazia. “Quando
os seus irmãos viram que o pai o amava mais do que todos os outros filhos,
odiaram-no e já não podiam falar com ele de forma pacífica” (Gn 37.4).
1.1- O filho predileto
O primogênito era geralmente o filho querido
do pai, por ser a expressão do seu vigor masculino. Mas, no caso da família de
Jacó, o pai amava mais a José, que nasceu de Raquel, aquela que Jacó amou
quando chegou a Harã. José era
o primogênito de Raquel, quando Jacó já era mais avançado em idade [Gn 37.3].
Esta predileção de Jacó por José lhe rendeu uma túnica colorida de presente e o
ódio mortal pela inveja de seus irmãos [Gn 37.4]. A Bíblia está cheia de
histórias de como a manifestação da predileção de pais por seus filhos gera
conflitos sérios entre os irmãos. Ainda que um pai ou mãe possa ter mais
afinidade com determinado filho, deve ter muita sabedoria para não passar a
ideia de que ama um mais que outro. Algo desnecessário, mas que revela bem o
coração humano em sua necessidade de aceitação e como pode responder à rejeição.
Comentário adicional
Estudamos em lições passadas sobre o mal que
o favoritismo pode causar em uma família, vimos que Isaque e Rebeca tinha uma
predileção para cada um dos filhos. Isaque amava mais a Esaú por ser o seu
primogênito e por suas características de ser um homem forte, caçador e talvez
mais corajoso. Por outro lado, vemos Rebeca amando mais a Jacó por ser mais
gentil, homem do lar, mais próximo a ela. Isso veio culminar com Jacó enganando
Isaque e Esaú buscando matar seu irmão, causando um grande sofrimento e
divisões na família dos patriarcas. Por isso, por experiência própria, era de
se esperar que Jacó tivesse aprendido a lição e soubesse criar melhor os seus
filhos, mas vemos que não foi bem assim, ele repete os mesmos erros de seus
pais. “E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque
era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores” (Gn 37.3).
Portanto, os pais de hoje devem buscar criar os seus filhos sem demonstrar sua
predileção por um em detrimento dos outros, se isso ocorrer, certamente abrirá
uma porta de amargura trazendo sofrimento para o seio familiar.
1.2- O irmão odiado
Os escritores da Bíblia não registraram
apenas os aspectos pacíficos e positivos do contexto de vida daqueles que foram
escolhidos por Deus no desenvolvimento de Seu plano de redenção. Há, também,
ódio, inveja, problemas no relacionamento familiar, competição. Vemos que na
família de Jacó, com a chegada dos filhos de diferentes mulheres, a harmonia
ficou abalada [Gn 37.4]. O relacionamento tornou-se um barril de pólvora. Tudo
o que vinha de José agora
era motivo de desprezo dos seus irmãos. Não tinha necessariamente a ver com
alguma provocação de José. Ser o preferido do pai já era motivo para o ódio que
passou só a aumentar dentro deles. José poderia até se perguntar: Por que me
tratam assim? Mas nada que ele pudesse fazer poderia mudar isso. Sua existência
é o próprio motivo do problema dos seus irmãos.
Comentário adicional
Conforme já dito, José nasceu em uma família
complicada, apesar de ser a família escolhida por Deus para dela gerar o seu
povo separado (Gn 12.1-3), aprendemos aqui que onde houver relacionamento
humano sempre haverá problemas. Para piorar a situação, vemos um patriarca que se
casou com várias mulheres que competiam entre si, sendo que Jacó abertamente
amava mais a Raquel (Gn 29.30). Além disso, José por ser filho da mulher amada
e filho da velhice de Jacó acaba recebendo mais atenção que seus irmãos mais
velhos, que eram filhos de suas concubinas (Gn 37.3). Jacó comete um erro
gravíssimo ao dar preferência a José, gerando nos seus irmãos o sentimento de
vazio, discórdia e competição desnecessária em sua casa (Gn 37.4).
Possivelmente por desfrutar mais da companhia de seu pai, José teve maior
conhecimento das promessas de Deus para a sua família e isso tenha alimentado
em seu coração o desejo de ser fiel aos mandamentos do Deus de seu pai. Por
outro lado, seus irmãos mais velhos que desde cedo precisaram trabalhar, e faziam
o que era mal aos olhos de Deus (Gn 37.2). Reforço mais uma vez que em família
de vários irmãos os pais devem evitar ter favoritismos por um filho, a fim de
evitar mágoas e sofrimentos desnecessários.
1.3- Um sonho intimidador
José teve um sonho que veio a piorar ainda
mais a situação. Imaturo para a vida e ingênuo em relação à maldade humana [Gn
37.2,14], contou o que viu [Gn 37.5]. É possível que José, até este momento, não tivesse
sabedoria para discernir o que Deus estava revelando para ele nos sonhos. Mas
seus irmãos, sim. Já desconfiados sobre o futuro do clã, deduziram com rapidez
o que aqueles sonhos poderiam significar. No sonho os feixes de trigos dos seus
irmãos se dobravam diante do feixe de trigo de José, que estava em pé [Gn
37.7]. Não há como saber se os irmãos de José interpretavam o sonho como sendo
um desígnio de Deus. É mais provável que pensassem ser um desejo de José ser o
líder da família. Esta revelação despretensiosa, porém, intimidadora, gerou
mais antagonismo ainda.
Comentário adicional
Ao que
tudo indica, a predileção de Jacó por seu filho José e o interesse deste para
com a promessa que Deus havia feito aos seus pais fazia parte dos planos do Todo-Poderoso.
Como já estudamos, Deus não segue as convenções humanas, escolheu Isaque ao
invés de Ismael (primogênito), escolheu Jacó ao invés de Esaú (primogênito),
escolheu a Davi em detrimento de seus irmãos mais velhos, com José não foi
diferente. Em Gênesis 37 dos versículos 5 ao 11 Deus dá a José dois sonhos que
o mostra sendo superior aos seus irmãos e ele por imaturidade releva os seus
familiares. “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem
primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7). Vemos
nessa passagem Bíblica, que Deus sempre revela os seus planos aos seus
escolhidos, no entanto, não devemos revelar aquilo que Deus nos tem prometido
aos outros, principalmente aos de fora, pois pode provocar alguma oposição. O
inimigo de nossas almas não quer que o quê Deus nos prometeu se cumpra em nossas
vidas. Vemos na vida de José que a inexperiência e a imaturidade podem nos
trazer muitas dificuldades, por isso precisamos sempre estar buscando a direção
de Deus para tomarmos as melhores decisões em nossas vidas.
2. SONHOS QUE PARECEM SE TORNAR PESADELOS
A infantilidade pode nos fazer determinar
supersticiosamente a vida por sonhos bons e maus. Mas, para quem crê em Deus,
sabe que a vida não é determinada por sonhos, mas por Deus.
Comentário adicional
Ao
estudarmos a vida dos patriarcas, vemos muitas vezes Deus se comunicar com eles
através de sonhos, com José não foi diferente (Gn 37.5-7). Aqui Deus através de
um sonho estava determinando o futuro de José e nada no mundo poderia frustrar
os desígnios do Todo-Poderoso. “Guardemos firme a confissão da esperança,
sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hb10.23).
2.1- O sonho de José: desejo pessoal ou revelação de Deus?
É muito comum e popular ouvir pregadores
falando de todas as questões do sonho de José como se seus sonhos fossem
desejos do seu coração. Desejos de viver e realizar coisas. A narrativa do
texto bíblico não fala nem insinua nada disso. Pregadores chegam a usar frases
de efeito baseado nesta ideia, dizendo: “Não desistam dos seus sonhos”. Mas a
verdade é que os sonhos de José não eram fruto de ambição humana, mas, sim,
revelação dos planos de Deus quanto ao futuro da família. E Jacó começa a
considerar isso [Gn 37.9, 11]. Eram planos de Deus que incluíam a vida de José
e seus irmãos, que, conforme se percebe, inicialmente fizeram da sua vida um
inferno.
Comentário adicional
Conforme já visto antes, os sonhos de José
não tinham nada ver com o desejo pessoal de ser grande ou melhor que seus irmãos,
era o próprio Deus trabalhando o futuro da família dos patriarcas. Certamente,
para Deus que tudo sabe, José preenchia os requisitos para dar continuidade aos
propósitos prometidos a Abraão de fazer dele uma grande nação (Gn 12.3). Porquanto,
Deus vai trabalhar na vida de José para transformá-lo, talvez, de um jovem
ingênuo e presunçoso em um homem sábio e habilitado a prosseguir com a nobre
missão que lhe seria outorgada. Aprendemos aqui que o processo de transformação
passa por sofrimentos, antes de alcançar a vitória precisamos pagar um preço,
uns sofrem mais, outros menos, mas todos temos um preço a pagar. Porque o
Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para
disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que
o pai não corrige? (Hb 12.6,7). A escola de Senhor visa nos amadurecer na fé e
mudar o nosso caráter para sermos a cada dia mais parecidos com Cristo.
2.2- O medo da própria maldade
A preferência de Jacó por José mudou a
relação dos seus irmãos com ele. Os dois sonhos que Deus concedeu a José e este
contou aos seus irmãos tornaram a relação odiosa, ciumenta e perigosa. No seu
segundo sonho, Deus está revelando que José alcançará grande destaque em
relação à sua família [Gn 37.9-11]. O problema não eram as ambições de José.
Ele não as tinha. Mas as ambições dos seus irmãos. Pessoas que possuem uma
ambição tóxica veem todo mundo como ameaça. Olham a todos com desconfiança
esperando delas o mal que são capazes de fazer a outros. José estava experimentando
oposição como resultado do ódio por parte dos próprios irmãos.
Comentário adicional
“Então, lhe disseram seus irmãos: Reinarás,
com efeito, sobre nós? E sobre nós dominarás realmente? E com isso tanto mais o
odiavam, por causa dos seus sonhos e de suas palavras” (Gn 37.8). Nessa passagem Bíblica, vemos a reação dos
irmãos mais velhos diante de José, podemos inferir que seus irmãos entenderam
que José em seus sonhos governaria sobre eles. Conforme já sabemos, na cultura
da época o irmão mais velho era quem deveria assumir o comando do clã, mas a
predileção de Jacó por José diante de seus irmãos já era um prenúncio que essa
convenção não seria mais uma vez seguida. Por isso, seus irmãos se sentiram
ameaçados e passaram a acredita que era a pretensão de José de governar sobre
eles, e isso fez aumentar ódio que já tinham dele. José foi imaturo em revelar
os seus sonhos diante de sua família, até Jacó de certa forma se sentiu
insultado, mas como homem experiente e sensível as coisas de Deus, passou a
considerar os sonhos dele. Mais uma vez, precisamos entender que nossos planos
e os sonhos que Deus nos dá devem ser tratados com o maior cuidado, quando os
revelamos aos outros pode causar invejas e oposições no trabalho, na igreja e
até mesmo entre nossos familiares.
2.3- A imprudência de demonstrar preferência entre os filhos
Jacó não consegue perceber como sua
predileção explícita está pondo em risco a vida do seu preferido. Não percebe o
ódio dos irmãos contra José e, por isso, o envia, sem saber, a uma emboscada
que pode lhe custar a vida [Gn 37.12-14]. Se Jacó tivesse
neste caso a sensibilidade necessária, saberia que as coisas não estavam nada
bem na sua família. A aparente harmonia externa não significa que tudo está
bem. Todas as guerras exteriores começam no interior do coração [Tg 4.1-2]. E
os homens se tornaram muito bons em esconder o que sentem e como são por
dentro. Tanto que às vezes conseguem enganar até a si mesmos.
Comentário adicional
Como bem sabemos todas as famílias têm
problemas, na casa de Jacó não seria diferente. Jacó não consegue esconder a
sua preferência por José, filha da mulher amada Raquel, ao contrário, manda
fazer para ele uma túnica talar de mangas compridas, isso expressa o seu
favoritismo diante de todos. Vemos que o patriarca não tinha a real consciência
do mal que fazia a José. Conforme podemos inferir no texto sagrado, os filhos
mais velhos de Jacó não viviam exatamente próximo ao seu pai e este não tinha a
real noção de como seus filhos mais velhos realmente eram. José apascentava
juntos de seus irmãos a trazia notícias ruins deles ao seu pai, por certo, era
tido como um fofoqueiro entre os seus irmãos (Gn 37.2). Vemos que Jacó vai
repetir os mesmos erros de seus pais, que tinham preferência cada um por um
filho, isso veio trazer grande sofrimento para todos, precisando da intervenção
de Deus para resolver todos os problemas causados. A inveja de seus irmãos chegou ao ponto de
intentarem matá-lo (Gn 37.20) precisando da intervenção de Rúben, seu irmão
mais velho para livrá-lo da morte, lógico Deus estava trabalhando. Não
cometamos os mesmos erros em nossas famílias, conforme já estudado, devemos
amar nossos filhos igualmente apesar de suas diferenças, senão vai trazer
grande sofrimento a todos. As diferenças de nossos filhos fazem parte dos
planos de Deus para forjar o nosso caráter, nos aprimorando para lidar com os diferentes
tipos de pessoas.
3. PRESERVADO PELA MISERICÓRDIA
O coração humano é um abismo escuro de pecado
capaz de esconder as maiores podridões da alma caída. Quando nasce algum sinal
de piedade, podemos ter certeza de que Deus está por trás disso.
Comentário adicional
Em Efésios 2.1 diz que o homem antes de
aceitar a Cristo como seu Salvador estava morto em seus delitos e pecados,
afastado da presença de Deus. Por isso, o homem sem Deus é escravo do pecado e
faz tudo o que o inimigo de nossas almas quer (Jo 8.34). Mas em João 8.36 diz “Se,
pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres,”. Quando
Deus verdadeiramente liberta o homem o transforma de uma alma caída e uma alma
piedosa, só o poder Dele pode nos fazer isso.
3.1- Homicídio premeditado
José não precisou fazer nenhum tipo de
provocação, de atitude aversiva ou atos que prejudicassem os seus irmãos. A
inveja e o ódio dos seus irmãos já tornavam sua presença com vida insuportável
[Gn 37.18]. Os sonhos de José, e não mais a predileção de Jacó, eram o foco de
revolta agora [Gn 37.19]. O compartilhamento de tais piorou ainda mais a
relação. Talvez chegassem a acreditar que, misticamente, matando o sonhador,
matariam seu sonho. Ou seja, estava eliminando qualquer chance deste sonho
maluco acontecer. Mas é mais provável que estavam simplesmente cegos pela
inveja. Em seus corações José já estava morto. Então criam um plano [Gn 37.20].
Comentário adicional
Em Genesis 37.18-20 vemos o ápice da inveja
dos irmãos de José, o ódio nutrido contra ele era tamanho que chegaram a ponto
de planejarem matá-lo, havendo a necessidade do irmão mais velho Rúben agir
para o livrar da morte. Nisso, vemos a que ponto a depravação do coração do
homem pode chegar, planejar matar o próprio irmão para que o sonho dele não se concretizasse.
Assim, age o coração humano afastado de Deus, quando não consegue ter o que o
outro tem planeja destruir o seu semelhante.
A ideia é: seu eu não posso ter ele também não terá, ou, eu o destruo e
fico com o que é dele. Em provérbios 14.30 está escrito que a inveja é a
podridão dos ossos, é um sentimento que tira a paz interior. Esse sentimento
vai crescendo dominando a mente e o coração, levando muitas vezes as pessoas a
cometerem verdadeiras atrocidades para conseguir o que se deseja. “Se
vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não nos deixemos possuir de
vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros” (Gl 5.25,26).
Podemos ver claramente que a inveja é uma doença da alma que precisar ser
tratada, para isso precisamos da ajuda do Espírito Santo em nossas vidas que
irá prontamente identificar quando esse mal brotar em nossos corações. “Pois,
onde há inveja e rivalidade, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins” (Tg
3.16).
3.2- A misericórdia salvadora
Mesmo que a inveja pudesse também estar no
coração de Rúben, ele não estava disposto a levar isso ao ponto de matar o
próprio irmão [Gn 37.21]. Sua atitude de misericórdia preservou a vida de José.
Rúben sabe que, com Jacó, José estaria seguro [Gn 37.22]. Mas o que vemos neste
parêntese não é simplesmente a misericórdia de Rúben, irmão de José, mas de
Deus em proteger-lhe a vida. Caso Deus deixasse o corrupto coração humano
seguir seu plano, de fato, as intenções malignas se concretizariam em ações de
destruição. Portanto, ainda que Deus não vá livrá-lo de sofrimentos por causa
do que planeja para José, está decidido a preservar sua vida. A fala limitadora
de Rúben nos faz lembrar de Deus falando a Satanás sobre Jó [Jó 1.12]. Sermos
escolhidos para os propósitos de Deus não significa que não sofreremos. Mas os
limites do nosso sofrimento são sempre determinados por Deus.
Comentário adicional
Podemos ver claramente Deus trabalhando para
preservar a vida de José quando o seu irmão Rúben, o mais velho e primogênito,
intervém para livrá-lo do plano maligno de seus irmãos (37.21,22). José tinha
promessas de Deus em sua vida, Deus já havia decretado que ele seria o grande
líder da família e através dele salvaria a família dos patriarcas de grande
fome. Nisso, aprendemos que apesar de haver promessas de Deus em nossas vidas
não significa que não passaremos por provações, assim foi com José, ele sofreu
e passou por coisas terríveis, mas o Todo-Poderoso estava com ele e o salvou de
todas as provações. “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel
é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação
dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13).
Portanto irmãos, como cristãos precisamos entender que Deus em sua grande
misericórdia e graça vai nos fortalecer para vencermos os obstáculos, pois a
força é Dele, Ele nos dará o escape dando ajuda, força e sustento. Se buscarmos
Deus em nossas angústias crendo nEle sem fraquejar ou retroceder venceremos
como José venceu, cumprindo em nossas vidas as suas promessas.
3.3- Um pai em luto
Ao invés de matar José, o lançam numa
cova, e, por sugestão de Judá, o vendem a mercadores de Midiã que iam para o
Egito [Gn 37.23-28]. Mas eles ainda precisariam responder a Jacó que fim teve
José. Eles não estão, porém, preocupados em magoar Jacó, seu pai. Estão
preocupados em não levar a culpa. A inveja e o ódio eram mais poderosos do que
o amor por seus pais. Mas embora José esteja vivo, Jacó sofre seu luto de forma
inconsolada [Gn 37.31-36]. Uma túnica ensopada de
sangue foi o objeto dilacerador do coração de Jacó. Como a imaginação é
poderosa. Quantas coisas horríveis Jacó pensou sobre como poderia ter sofrido
seu predileto. Porém, Deus está conduzindo Seu plano na mais perfeita ordem e o
que agora é luto, se transformará em júbilo e gratidão.
Comentário adicional
Os irmãos invejosos após pensarem terem se
livrado de José, precisam concretizar o seu plano e levam a triste notícia a
seu pai Jacó. Nisso, vemos até onde a cegueira da inveja e do ódio pode chegar,
em nenhum momento se preocuparam com o sofrimento do velho pai, apenas em
esconderem as suas reponsabilidades. Maquinaram o mal de tal forma que
convenceram a Jacó da morte de José. “Seis coisas o Senhor Deus odeia, e
uma sétima a sua alma detesta: olhos cheios de orgulho, língua mentirosa, mãos
que derramam sangue inocente, coração que faz planos perversos, pés que se
apressam a fazer o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia
discórdia entre irmãos” (Pv 6.16-19). Nessa passagem Bíblica, vemos que
os irmãos de José incorreram em praticamente todas as transgressões que são
odiosas para Deus. Assim, age o coração do homem afastado dos caminhos do
Senhor, que o Espírito Santo de Deus venha nos auxiliar para que não cometamos
os mesmo pecados.
CONCLUSÃO
O estudo sobre a vida de José atesta a
relevância de atentarmos para ações que devemos adotar visando construir um
ambiente familiar saudável; a necessidade de perseverarmos no cultivo dos
valores bíblicos mesmo num ambiente adverso; e a confiança de que Deus é
poderoso para levar adiante o Seu perfeito e maravilhoso plano.
Comentário adicional
Aprendemos nessa lição que precisamos
aprender a lidar com os filhos com sabedoria e orientação de Deus. Que a
diferença no tratamento dos filhos privilegiando um e detrimento dos outros,
inevitavelmente vai trazer discórdias e muito sofrimento no seio familiar.
Também, aprendemos que quando Deus tem uma promessa para nossas vidas ela vai
se cumprir, mas precisamos seguir a nossa caminhada com fé, com muito esforço e
esperança na providência divina. Não vimos nas Escrituras Sagradas que José
ficou reclamando, questionando todas as coisas ruins que sobrevieram em sua vida.
É certo que tinha muitas mágoas, mas no momento oportuno vai curar as suas
feridas e perdoar os erros de seus irmãos, entendendo que tudo estava nos
planos de Deus.
Referências Bibliográficas
►
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, 2015;
►
Bíblia de Estudo Nova Almeida
Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017.
►
BETEL DOMINICAL: Jovens e
Adultos. Gênesis – Lição 11: Os planos de Deus nos sonhos de José - 2º
Trimestre de 2023. Ano 33 n° 127. Rio de Janeiro: Editora Betel.
Sites consultados
Comentários adicionais
Diácono Carlos Cezar ADTAG 316 Samambaia Sul
- DF.
4 comentários:
Parabéns pelo edificante comentário Diácono Carlos Cezar, será de muita valia para nosso aprendizado. Deus continue te abençoando.
Paz do Senhor os Comentários tem me abençoado minha vida e aos irmãos da Ebd que leciono
Deus continue te abençoando e o Espírito Santo lhe te dê sabedoria para continuar com esse belo trabalho.
Estudos e comentários edificadores, que Deus continue te usando e sendo o seu professor e guia espiritual em nome de Jesus... obrigada ir Carlos Cezar por toda dedicação e zelo com a Palavra de Deus e por nos ensinar...
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