O CUSTO PESSOAL DE VIVER OS PLANOS DE DEUS
Lição 12 – 18 de junho de 2023
TEXTO ÁUREO
“Muitas são as
aflições dos justos, mas o Senhor o livra de todas”. Salmo 34.19
VERDADE APLICADA
A nossa confiança na
bondade de Deus não pode depender das circunstâncias do momento.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Falar que adversidades não impedem os planos de
Deus;
Mostrar que as provas fazem parte da vida cristã;
Destacar que Deus está vendo e cuidando de tudo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 39
1.E José foi levado ao Egito, e Potifar,
eunuco de Faraó, capitão da guarda, varão egípcio, comprou-o da mão dos
Ismaelitas que o tinham levado lá.
2. E o Senhor estava com José, e foi varão
próspero; e estava na casa de seu senhor egípcio.
3. Vendo, pois, o seu senhor que o Senhor
estava com ele e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em sua mão,
4. José achou graça aos seus olhos e servia-o;
e ele o pôs sobre a sua casa e entregou na sua mão tudo o que tinha.
COMENTÁRIO ADICIONAL
INTRODUÇÃO
Sem dúvida alguma, a
história de José tem sido explorada por muitos líderes mundiais religiosos de
todos os tempos, e até por grandes líderes do empreendedorismo mundial, pela
sua constância e firmeza no servir a Deus, e como se deixou levar a maneira de
Deus às aflições e tribulações sofridas, sempre acreditando que Deus estava no
controle de sua vida, nesta lição veremos o trabalhar de Deus, ao conduzir José
no centro de sua vontade.
1. CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS NÃO IMPEDEM
OS PLANOS DE DEUS
Em uma mensagem do
Pastor Cláudio Duarte sobre a vida de José, me despertou a atenção, quando ele
fala que as adversidades e tribulações pelas quais José passou, não passavam de
estágios, para o que Deus estava preparando para o futuro Governador do Egito.
1.1- Sonhos ou pesadelos?
O primeiro estágio,
vivido por José, foi sua nova experiência aos 17 anos quando ele, já invejado
pelos irmão pela forma que seu pai Jacó o tratava e, de forma ingênua, contou
para eles dois de seus sonhos que lhes causaram revolta e o desejo de se
livrarem dele. Esse foi seu primeiro estágio de sofrimento. Sob a presciência e
o trabalhar de Deus, nesse seu estágio, José aprendeu que, em sua carreira de
sucesso como herói da fé, não poderia contar sequer com os mais chegados, sendo
desprezado e maltratado pelos irmãos.
Uma experiência que
ninguém poderia imaginar passar, mas que o libertou para abraçar uma confiança
inabalável nesse Pai que sempre andou com ele, ainda que em terras longínquas.
Visto que, seus irmãos, em um ato cruel e, na tentativa de se livrarem dele;
primeiramente intentaram matá-lo, depois jogaram em um poço e, por último, o
venderam para o Egito.
1.2- A companhia do Deus imutável
A Bíblia deixa claro
que Deus sempre andou com José, daí mostrar em suas entrelinhas, a hombridade
desse servo de Deus em todas as circunstâncias de sua vida. José estagiou na
casa de Potifar, aprendendo a administrar bonança e prosperidade geradas pela
sua própria administração na qual, por Deus estar com ele, teve uma ascensão
muito rápida, deixando notória a presença marcante de Deus em sua vida, o que
levou seu Senhor confiar plenamente nele, de modo que entregou toda a
administração da casa em suas mãos.
O estágio de José na casa
de Potifar mostrou para nós que, as circunstâncias adversas, quando nos
sentimos incapazes e as adversidades tentam nos desanimar, mas decidimos
entregar tudo nas mão de Deus, essa adversidades se tornarão em benção para
nós.
1.3- Fonte de prosperidade
Deus sempre foi a
principal fonte de prosperidade para os seus servos em todas as situações.
Desde Abraão, vemos histórias de governantes sendo abençoados e terem suas
prosperidades, só por dar guarida e abençoar um servo de Deus. Foi assim com
Faraó, com Abimeleque; Jacó levou a casa de seu sogro Labão a ter grande
prosperidade. Não foi diferente com José em todos os lugares onde ele pisou e
que foi garantido a presença de Deus.
José só não deixou
notória essas bênçãos em sua própria casa paterna, pois Deus tinha planos para
trabalhar esse dom e deixá-lo mais notórios na terra do Egito; foi lá que Deus
mostrou de verdade que “estava com José”. Por isso José prosperou em seu
estágio na Bonança em casa de Potifar; prosperou na escassez do cárcere e, por
fim, aplicou todos os seus conhecimentos adquiridos nesses estágios onde contou
com a saberia divina em sua mente e a presença constante do próprio Deus,
levando prosperidade para o Egito como seu governador.
2. A FÉ PROVADA PELAS CIRCUNSTÂNCIAS DA
VIDA
Todos os heróis da
fé, para se tornarem heróis, precisaram ser forjados como o ouro no fogo, para
se tornarem o que se tornaram, sem exceção. Abraão teve de Deus a sua fé
provada em Isaque, Jacó teve vários percalços e com José não foi diferente.
Deus sempre nos levará a ter uma experiência profunda com Ele, através de
provas que nos levaram a grandes desafios que nos farão confiar cem por cento
de nossas vidas em Suas mãos.
2.1- Teste de integridade
Muitos foram os
testes pelos quais Deus fez José passar, porém, esses testes mais pareceram
fases em que José teve que estagiar, no seu diversos relacionamentos com
terceiros, começando pelos de sua família e depois com o senhor de escravos,
Potifar e o carcereiro; esses eram testes que provavam sua resistência no
convívio social.
Agora José passa
enfrentar um teste de resistência à sua própria pessoa, pois a mulher de
Potifar passou a tentá-lo diariamente e, após vários dias tentando José para
deitar-se com ele, não soube lidar com a rejeição de José e, revoltada com sua
recusa, aproveitou-se que, numa de suas tentativas, tinha conseguido ficar com
as vestes de José e formulou uma falsa acusação contra ele. Na verdade ela
inverteu exatamente toda a situação.
Ela alegou que havia
sido José quem tentou se deitar à força com ela traindo a confiança de Potifar
ao não a respeitar como a esposa de seu senhor. A mulher sustentou sua acusação
até a chegada de Potifar na casa. Então ela contou a ele sua mentira e mostrou
como prova de seu falso testemunho as vestes de José. Potifar ficou irado com
José e o lançou no cárcere. Em virtude da falaciosa história narrada ao marido;
decepcionado, Potifar despede José e encarcera-o por alguns anos. Assim, o
jovem José ficou preso por um crime que
na realidade ele jamais cometeu.
2.2- Teste de resistência
A Bíblia deixa claro
que a esposa de Potifar instigou José não uma só vez, mas antes "todos os
dias" (versículo 10). Isto significa que ela tentou seduzi-lo tanto quando
ele estava fraco como quando ele estava forte, porque nós, seres humanos, por
mais fortes que nos achemos, temos momentos de baixa autoestima como de alta
autoestima; e Satanás observa isso nos servos do Senhor e tenta se aproveitar,
assim como tentou se aproveitar de Jesus quando este havia terminado um longo
jejum e oração no monte da tentação.
Algumas das mais fortes
tentações da vida são aquelas que ocorrem "todos os dias". Para quem
está fazendo dieta, não é tanto uma única refeição farta que o
"arruína," como são as tentações de todos os dias para apenas mais um
bocado. Não admira que a organização dos Alcoólicos Anônimos lute para
convencer os alcoólatras em recuperação a que vivam um dia de cada vez; se eles
podem passar um dia sem uma bebida, isso é um grande sucesso! Finalmente, a
resposta de José à tentação de sua tentadora de impor-se a ele é impressionante.
Uma palavra descreve
a resposta: "fugiu" (versículo 12). José tinha uma escolha:
ele poderia ficar e tentar justificar-se (pois afinal eram os atos dela e ele
não tinha escolha) ou poderia fugir. A Bíblia manda “fugir de toda aparência do
mal” (I Ts 5.22), por isso, essa foi a decisão mais certa que José tomou. Nunca
se pode dizer "Ele (ou ela) me obrigou a fazer isto, ou até mesmo achar
que somos fortes o bastante para resistir à tentação e decidir a não querer
fugir para, no final, provar a nós mesmos que somos incapazes. Precisamos estar
dispostos a aceitar as consequências de nossos próprios atos. Por isso, “fugir”
é a melhor saída.
2.3- Teste de força
“Fugi de toda
aparência do mal” (I Ts 5.22), essa foi a recomendação do Espírito Santo inspirando
o apóstolo Paulo ao escrever a primeira carta aos Tessalonicenses e também foi
a decisão de José diante da esposa de Potifar que tanto o havia tentado. Por
que brincamos com o pecado? Achamos que somos forte o bastante para manter o
controle da situação e que conseguiremos ir só até onde queremos; mas, isso não
verdade!
Não devemos
subestimar o pecado, pois ele pode nos derrubar; só quando estamos firmados em
Deus e conscientes de que sem Ele não podemos vencer o mal é que estamos
seguros. Deus traça caminhos para nós,
mas sempre acreditamos que os que nós escolhemos são melhores. Deus sabe os
nossos limites (Lc 22.31 e 32), mas infelizmente nós não! Devemos deixar de ser
tão soberbos, e aceitar que somos totalmente dependentes de Deus e que, sem
Ele, estaremos entregues ao tentador e ao pecado.
José sabia muito bem
disso, por isso fugiu de diante da esposa de Potifar. Não devemos “tentar ao
Senhor nosso Deus”, ponha-se inteiramente em Sua dependência, pois só Ele
poderá nos garantir a vitória mediante a prova, mas lembre-se, muitas vezes Ele
se distancia, para testar sua resistência, por isso recomendação é: “fugi de
toda aparência do mal”.
3. SEMEADURA E COLHEITA
Colocar-se nas mãos
de Deus é a decisão mais acertada de qualquer ser humano. Muitas vezes, uma
promessa divina, parece estar tardando, mas tudo tem que ser no tempo de Deus.
O Salmo 37.5-7 diz que devemos confiar e esperar nos Senhor, Ele controla os
tempos e as estações e, muitas vezes, o tempo dEle não condiz com nossas perspectivas.
3.1- Frutos amargos da integridade
Nem sempre, nos
manter íntegros garantirá uma vida livre de qualquer mal; poderão surgir, na
caminhada de nossas vidas, muitos testes permitidos por Deus, que servirão para
nos conduzir mais rápido para o centro da vontade divina. José teve que sofrer
as consequências de sua escolha e, por isso, foi acusado pela esposa de Potifar,
de assédio sexual, foi lançado na prisão.
Saibamos porém que, a
manutenção de nossa integridade no temor do Senhor, garantirá a presença
constante dEle em nossa caminhada. Mas, verdade animadora é que “em todas
as coisas, Deus age para o bem daqueles que o amam e são chamados segundo
o seu propósito” (Romanos 8:28). Durante esses mais de 21 anos, José
lutou com a saudade e diversas frustrações; Jacó amargava a morte do filho e os
irmãos eram açoitados pela sua consciência.
Mas, enquanto isso,
Deus agia para proteger nações inteiras de uma seca tão severa que poderia ter
dizimado até mesmo a linhagem de Abraão. Em José Deus abençoou todas as
famílias da Terra (Gênesis 12:3). Assim, José se tornou o governador do Egito,
e ainda se casou com Azenate, sendo abençoado com dois filhos Manassés e
Efraim. (Gênesis 41:37-57). Às vezes pagaremos um alto preço para manter a
nossa integridade cristã num mundo cujo sistema é dominado pelo maligno, mas
Deus está conosco assim como esteve com José.
3.2- Servindo aos homens como ao Senhor
Uma das recomendações
da Palavra do Senhor é “servir aos homens como ao Senhor” (Ef.
6.5-8; Cl 3.22-24). Deus era com José e, por fazer tudo com integridade, veio a
ser homem próspero em tudo que colocava as mãos; e estava na casa do seu senhor
egípcio. “Vendo Potifar que o Senhor era com ele e que tudo o que ele
fazia o Senhor prosperava em suas mãos, alcançou José favoritismo perante ele,
a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o
que tinha” (Gênesis 39:1-4).
No Egito, José foi
exposto a todo tipo de tentações nada comuns. Ele estava no meio da idolatria.
O culto aos deuses era cheio de requinte e realeza, apoiado pela riqueza e
cultura da maior potência política e militar do mundo antigo. O ruído, a
sensualidade e o vício estavam ao redor dele todos os dias. Longe dos seus
pais, indignado com toda injustiça que sofreu, José poderia ter-se entregado a
esse estilo de vida, e pode ser que conseguisse algumas vantagens passageiras.
Mas José lidou com
isso com humildade, e foi firme em seus princípios. É óbvio que ele seria
obrigado a trabalhar no sábado, a se prostrar diante dos deuses egípcios nas
horas do culto. Mas, com humildade, José se negava, mesmo que isso custasse
algum castigo em sua escravidão. Sua firmeza e fé foi compensada no fato de ser
gentil e fiel ao seu chefe. Além disso, tudo o que ele fazia dava certo, porque
José trabalhava com perseverança e energia. O seu sucesso era sempre atribuído
ao Senhor Deus de seu pai Jacó.
3.3- A visão espiritual da tribulação
José foi um
instrumento de Deus que teve que passar por um processo muito doloroso, até ser
exaltado à Governador do Egito. Desde o início da história de José podemos ver
como ele tinha fé e sabia qual era sua missão – servir a Deus e ao próximo –
isso o manteve firme mesmo nas provações e ele que passou por tantas
desventuras veio a se tornar o segundo homem mais importante do Egito.
A história de José
mostra que mesmo em situações adversas devemos dar o nosso melhor e quando
sabemos o nosso propósito e quem está do nosso lado não temos o que temer.
Precisamos aprender a identificar as bênçãos disfarçadas de provações. A
adversidade vem em nossas vidas para nos provar, nos ensinar um caminho
diferentes daquele que estamos acostumados a viver. Como um terremoto, tudo
balança sai do lugar, mas não podemos desistir de continuar a caminhada.
Na adversidade
aprendemos que nossos dons e talentos não são para guardarmos em uma gaveta e
usá-los quando desejarmos. Mas ele tem que estar à disposição de Deus. Pois é a
porta para sairmos de tamanhas lutas que nos afligem. Quando conseguimos
enxergar na adversidade a oportunidade de transpassar barreiras estamos
enxergando muito além do impossível. Assim foi José. Ao chegar à prisão se
abateu é claro, quem não se abateria. Mas não deixou ser dominado por este
sentimento, viu ali uma oportunidade de mandar seu recado ao rei. Se José
tivesse permanecido na casa de seu pai, em meio a seus irmãos, como teria
demonstrado o dom de Deus que havia nele e ser exaltado a um grande
administrador?
CONCLUSÃO
Em nossa caminhada
cristã, nós devemos entender que “o temor do Senhor é o princípio da
sabedoria e a ciência do Santo, a prudência” (Pv 9.10). Devemos
entender que, independentemente da situação em que se esteja passando,
manter-se fiel ao Senhor garantirá, ao final de qualquer jornada, a vitória em
Cristo Jesus, quer nessa vida, quer no por vir. José guardou o temor do Senhor,
foi fiel em todas as circunstâncias e foi exaltado no momento certo, cumprindo
todo o propósito de Deus que o exaltou soberanamente na hora dEle.
Referências Bibliográficas
►Bíblia
de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em português por João
Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.
► Bíblia
online Revista e corrigida JFA.
► Revista
DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL do professor: Adultos. GÊNESIS, a segurança de
viver pela fé nas promessas de Deus. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º
Trimestre de 2023. Ano 33 n° 127. Lição 12– O custo pessoal de viver os planos
de Deus.
Links:
Comentários adicionais
PASTOR ALTEVI
OLIVEIRA DA COSTA - Servo do Senhor Jesus Cristo, Bacharel em administração de
empresas públicas e privadas pela Faculdade Católica de Brasília, Bacharel em
Teologia pela FATAD- Faculdade Teológica das Assembleias de Deus, pós-graduado
em administração de cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo de crédito no
Canadá, Estados Unidos e Espanha.
2 comentários:
Muito bom o seu comentário da Lição pastor Altevi! Que Deus continue abençoando o seu ministério e sua vida!
Obrigado pelo ótimo comentário pastor Altevi. Deus te abençoe.
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