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Lição 07 - O mundo preparado para o anticristo - Comentários Adicionais (Pr. Osmar)

O MUNDO PREPARADO PARA O ANTICRISTO

Lição 07 – 15 de Maio de 2022


TEXTO ÁUREO

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

VERDADE APLICADA

Nestes tempos difíceis, é preciso manter-se firme e perseverante nos princípios da Palavra de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar a preparação para a manifestação do Anticristo;

Entender que a agenda do Anticristo está em curso;

Despertar para a obediência à Palavra de Deus.


TEXTO DE REFERÊNCIA

2 Ts 2.1 - Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e pela nossa reunião com ele.

2 Ts 2.2 - Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.

2 Ts 2.3 - Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição.

2 Ts 2.4 - O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.


INTRODUÇÃO

O mundo passa por mudanças profundas em todas as áreas, que têm levado o homem a um afastamento de Deus e de Sua Palavra. Como Igreja, cabe a nós sermos luz nesta geração e não perdermos nossas características.

O mundo está sendo preparado para receber o anticristo! Os planos diabólicos do Anticristo já se encontram na Terra. Já é possível ver lampejos de suas influências no sistema religioso, sociocultural, político e econômico que dominam o mundo (1 Jo 4.3). Este é um sinal e aviso que não podem ser ignorado! Devemos estar atentos a estas coisas e aguardar com fé o arrebatamento da Igreja (1 Jo 2.18: 2 Co 4.4; 1 Jo 5.19). Jesus nos adverte com uma interrogação: “Compreendeis a face dos céus e não sabeis discernir os sinais dos tempos?” (Mt 16.3).


1. O MUNDO PREPARADO PARA O ANTICRISTO

A palavra mundo aparece com variados significados ao longo da Bíblia Sagrada. Pode significar o universo criado por Deus (Jo 1.9-10; Sl 50.12); também significa a vida humana, ou seja, o mundo constituído de pessoas (Jo 3.16; Mt 13.38); e, finalmente, a palavra mundo fala do sistema corrompido pelo pecado. Este sentido mostra a humanidade em rebelião contra Deus e destinada ao juízo vindouro (Jo 3.19; 15.18-19; Rm 3.23). É sob este último aspecto que falaremos.

A palavra mundo deve aqui ser interpretado no sentido de sistema de influências corrompidas pelas iniquidades que estão ao nosso redor. Também conhecido como “mundo de iniquidade” (Tg 3.6). Quem vive no cosmo temporal, sem Cristo, está influenciado pelos valores éticos deste mundo e consequentemente não tem paz (Jo 14.27), não tem amor (Jo 15.18,19), pois vive nas trevas (Jo 3.19). Em sua oração sacerdotal, Jesus orou ao Pai dizendo: não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal” (Jo 17.15). Quando se diz que o mundo está preparado para o anticristo, significa que o mistério da iniquidade já está em ação e que a qualquer momento poderá se manifestar publicamente, faltando apenas que seja afastado quem o agora detém (2 Ts 2.7). O desastre final, de grandes proporções, que antecede a vinda de Jesus em poder e muita glória, ainda não aconteceu porque a presença da Igreja e a ação do Espírito Santo está detendo. Ele não pode se manifestar publicamente, enquanto a Igreja e o Espírito Santo estiverem na terra. após o arrebatamento dos santos, ele se apresentará como “salvador” do mundo, se prontificando a solucionar todos os problemas da humanidade. É por esta razão que Jesus nos adverte a não nos prendermos às coisas passageiras desse mundo, correndo o risco de perdermos o que é eterno (1 Jo 2.15-17; Mt 16.26: Lc 17.32).

1.1. O perigo do relativismo

Vivemos no tempo denominado pelos estudiosos de pós-modernidade ou modernidade tardia. Neste tempo, verdades absolutas, padrões éticos e referências que norteiam o modo de vida das pessoas são substituídas por uma busca frenética da felicidade individual. Significa que cada pessoa tem seu próprio padrão ou verdade. Muito se fala da liquidez nas relações humanas, desconstruindo e ressignificando os valores. A Igreja, como povo de Deus, com seus valores fundamentados na Palavra de Deus é o que impede e detém o pleno estabelecimento deste relativismo. Por isso mesmo, a Igreja tem sido alvo de ataques constantes em nossa sociedade.

O espírito do Anticristo vem utilizando de todos os artifícios, quer naturais ou artificiais para promover a mentira, o pecado, o culto a satanás, etc. Talvez pareça redundante falar do relativismo ou até mesmo da multiplicação do pecado em nossos dias, como um dos sinais apontados por Jesus em seu sermão profético (Lc 21.27-30). A realidade é que tanto as verdades absolutas, quanto o pecado vem sendo banido da mente do homem pós-moderno. As forças malignas vem trabalhando incansavelmente com o objetivo de apagar toda verdade que Deus imprimiu na Sua Palavra, na consciência humana e na história, relativizando a verdade em todos os seus aspectos, inclusive na teológica.

1.2. Doutores segundo suas próprias concupiscências

Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (2 Tm 4.3-4). Temos testemunhado que esta profecia está se cumprindo em nossos dias. Vivemos em um tempo onde teorias e fábulas, impossíveis de se provar, ganham status de verdade absoluta e são difundidas por pseudo “especialistas”, ganhando, assim, aspecto sério e confiável.

Nunca na história, a humanidade esteve tão longe de Deus. Mesmo com tantas religiões, a maioria de seus habitantes não apenas descreem em Deus, como também afrontam abertamente contra sua Palavra e seus Princípios. A tendência não é melhorar, mas piorar, a ponto de superar em intensidade, a corrupção moral dos tempos de Noé e de Ló (Gn 6.11-12; Lc 17.26-30; 2 Pe 2.1-7). Isto porque o espírito do anticristo tem prolatado e lançado suas bases do engano que se avultará no final dos tempos para enganar o mundo e, até, os escolhidos se lhe for possível. A previsão é que a raça humana descerá a um nível de depravação jamais visto, com desprezo aos valores éticos e morais; violência sem limites; liberdade e perversão sexual; ocultismo; falta de amor, etc (2 Tm 4.1-8). A imaginação do homem é pródiga em descobrir novas fórmulas de se tornar mais indigno, mais impuro, imoral, cruel e depravado. Não vos deixes enganar de forma alguma, por ninguém. Porquanto, antes daquele Dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição. Aquele que se opõe e se exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se assentar no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.

1.3. A agenda do Anticristo em curso

Há uma agenda em curso que, de forma global, age para que as nações aceitem pautas que incluem, dentre outras coisas, o aborto, liberação de drogas etc. Neste movimento global as características nacionais de cada povo têm pouca importância. O homem de nosso tempo está sendo desconstruído e preparado para ser um cidadão do mundo, pensando e agindo segundo valores e padrões estabelecidos por órgãos mundiais, baseados na suposta ideia de igualdade e direitos humanos (2 Tm 3.1-5).

É inegável que o espírito do anticristo já esteja operando no mundo. Um sistema materialista e anarquista está sendo preparado e implantado. Está havendo inversão de valores, o misticismo e o pragmatismo está misturando tudo e dominando a mente das pessoas, o desenvolvimento científico e tecnológico vem aumentando e deixando as pessoas endeusadas, um veneno letal está sendo derramado e muitos não estão percebendo. A humanidade está marchando para um caos total, o cenário mundial está sendo preparado para receber o anticristo. Atualmente, ele vem promovendo o banimento da palavra e do conceito de pecado, fazendo dele algo arcaico, ultrapassado, de outro mundo. Com isto, o pecado não vem apenas se multiplicando, se tornou também uma virtude e quem dele não abusa é contado como anormal ou alienado. Se antes, por exemplo, pensávamos que a hipocrisia era a maior manifestação da pecaminosidade humana, nos enganamos completamente. Se antes achávamos que alguém praticar escondido aquilo que condenava publicamente, era o que de mais terrível poderia haver. Hoje, vivemos algo muito pior. Mais grave que a hipocrisia é a apologia do mal, do sexo livre, do homossexualismo e de tantas outras práticas abomináveis, e ainda, se passando como virtudes. Hoje, por exemplo, não mais se envergonham de seus pecados, ao contrário, gabam-se deles. A vergonha de ser gay, foi substituída pelo “orgulho gay”. Vigiemos, pois quando um pecado milenar se transforma em orgulho, algo de muito errado está acontecendo!

2. A DESCONSTRUÇÃO DO SER HUMANO

O homem pós-moderno caminha dentro de um processo sistemático de desconstrução dos valores e princípios cristãos, como nunca se viu. O apóstolo Paulo escreveu que “nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos” (2 Tm 3.1). A Igreja, como Corpo de Cristo, precisa influenciar e ser luz neste tempo de trevas.

Muitas formas de desconstruções surgem nos dias atuais para desfazer ou desqualificar os valores e princípios estabelecidos por Deus, em Sua Palavra. Vivemos uma época extremamente complicado onde de forma arquitetada a “nova ordem mundial” vem tentado desconstruir os valores judaicos cristãos. A agenda do Anticristo visa a desconstrução do indivíduo, da família, da religião, da sociedade etc. A nova ordem mundial é um conjunto de iniciativas que visam à implantação de um governo mundial estruturado em camadas, centralizado em entidades globalizadas. Destes centros sairão organizações específicas com ramificações em todos os países. Boa parte desta estrutura já existe, está distribuída entre os milhares de organismos estatais nacionais e internacionais e pelas organizações não-governamentais reunidas sob o guarda-chuva da ONU. Cumpre ainda ressaltar que os meios de comunicação social contribuem para o império de tal situação, criando expectativas desanimadoras. A verdadeira família não tem lugar em suas programações. É visível e patente que tais meios, além de promoverem a desconstrução da família, fomentam de forma exacerbada o individualismo, bem como a destruição de valores fundamentais à vivência cristã. Abandona-se a verdade e a busca do absoluto e abraça-se a mentira e o absurdo. O que antes era sagrado, hoje é profanado. As vestes de ontem são rasgadas em nome de uma nudez e da exibição que libertam. O ser humano não mais se orienta pelas normas estabelecidas e sim por si mesmo, ou seja, pelo poder encontrado no próprio indivíduo.

2.1. A desconstrução da família

A família é o principal alvo de ataques do inimigo em nosso tempo. A relativação dos papéis familiares, onde palavras como pai e mãe deixam de ter peso e valor, visa enfraquecer a família, que é a célula mater da sociedade, consequentemente, preparando para o domínio do Anticristo. Repleto de incertezas, o homem de nosso tempo vive uma crise de identidade, que só a Palavra de Deus pode salvá-lo. Já que é nela que estão definidos e delineados os papéis sociais e familiares. De um antigo professor sempre ouvia falar que “um casamento forte produz uma família forte e famílias fortes produzem uma sociedade forte”. A agenda do Anticristo visa a destruição da família tradicional.

Os núcleos familiares vem mudando de forma assustadora. Infelizmente, estamos sendo vítimas de um complô internacional com a finalidade de desconstrução da família tradicional, conforme o modelo bíblico. Neste contexto desfavorável, a família, principalmente cristã, tem sofrido com os constantes desafios, que por vezes, tentam romper com as estruturas milenares das famílias. A ausência de referências, tem gerado medos, inseguranças e condutas dispares. A crise entre os papéis no contexto familiar, tem levado os membros da família ao caos. Diante das demandas da pós-modernidade esboçadas, cabe-nos entender que tais realidades não devem nos amedrontar, mas estimularmos a levantar as mãos caídas, fortalecer os joelhos vacilantes e firmar nossos pés em caminhos retos (Hb 12.12,13), para vencermos as batalhas e mantermos nossas famílias. Diria ainda como disse Neemias ao povo: “lembrai-vos do Senhor, grande e terrível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas” (Ne 4.14).

2.2. A destruição emocional e psicológica

O ser humano foi feito para se relacionar com Deus e ser feliz em sua presença. Com o afastamento de Deus e de seus princípios conforme observados em sua Palavra, cresce na sociedade assustadoramente os problemas psicológicos. Estamos diante de uma geração que em grande parte tem sérios problemas para dormir, passa por graves distúrbios alimentares e de comportamento. Segundo artigo da Veja Saúde, doenças como síndrome do pânico, ansiedade e depressão estão levando até mesmo os mais jovens às clínicas de tratamento psiquiátrico. Segundo artigo da CNN Brasil, com a pandemia que atingiu agora o mundo estes problemas foram potencializados, o que permite prever que quando a Grande Tribulação começar, o Anticristo encontrará um mundo fragilizado e com medo. Quadro perfeito para um dominador totalitário.

Estamos no ápice das doenças emocionais e a depressão e o stress são os grandes vilões, acompanhado da ansiedade. As tensões emocionais afetam completamente nossas rotinas, mexendo no aparelho digestivo, no sistema circulatório, no sistema gênito urinário, no sistema nervoso, nas glândulas, na pele e nos muitos outros membros do corpo humano. O excesso de competitividade, a luta pela profissão, o insucesso sentimental, estresses agudos e crônicos, somados do distanciamento de Deus, geram doenças incontáveis. Tudo isto, juntados com a valorização do individualismo e a busca pelo prazer imediato, nas quais o sujeito se depara com relações afetivas efêmeras, gera ainda solidão e vazio emocional. Paulo falou sobre o homem interior (Rm 7. 22; 2 Co 4.16).

2.3. Urgente necessidade da Palavra de Deus

O papel da Igreja e da família neste momento crítico é fundamental, já que é a última resistência a tudo que se vê. É necessário ensinar e pregar a Palavra de Deus. Por isso, insista em ler e meditar na Palavra de Deus (Js 1.8; Sl 119.15; 1 Tm 4.15). Separe um tempo todo dia, sem distrações, para ler e meditar na Palavra de Deus (Sl 1.2). Aos pais cabe ensinar aos filhos a Palavra de Deus (Sl 34.11). Participe ativamente da Escola Bíblica Dominical e leve sua família também. Valorize o ensino bíblico e lembre que uma vida vitoriosa em Deus passa pela instrução. Por outro lado, é impossível mensurar a importância do ensino na igreja. Grande parte da tarefa da igreja passa pelo ensino (Rm 12.7; 1Tm 4.11-13; 1 Co 2.13). É o discipulado cristão, a Escola Bíblica Dominical, o culto de ensino, o seminário teológico, conferências e palestras bíblicas.

A falta da presença de Deus aliada à busca de sentido para a existência humana corresponde a um profundo anseio do coração humano. Em uma vida sem Deus, ou onde não há respostas convincentes, que indiquem um significado profundo, as ideologias acabam por imprimir falsos valores na cultura e na consciência de cada indivíduo. É com base neste aspecto que o espírito do anticristo vem trabalhando na mente das pessoas. O fato de não buscarem ou não conhecerem uma fonte que lhes seja mais convincente promove enormes prejuízos de valores. Mas, existe uma fonte segura, em que homens em todos os momentos de nossa história beberam ou bebem até hoje, que nos dá sentido e segurança: a Palavra de Deus. Jesus mesmo disse: “Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna” (Jo 4.14).

3. NÃO VOS CONFORMEI COM ESTE MUNDO

Ao lermos Romanos 12, temos aqui uma advertência e admoestação importantes para a Igreja de Cristo. A tinta ainda parece fresca diante da forma tremenda e atual como Deus fala com Sua Noiva, em sua mensagem e conteúdo. Assim mesmo é toda a Palavra de Deus.

Em toda as Escrituras, Deus nunca fez concessões para que sua noiva (igreja) venha se macular com o mundo nos seus desvarios e loucuras que desagradam e ofendem a santidade de Deus. Aqueles que assim agem, Tiago os chama de “adúlteros e adúlteras”, ou seja, pessoas infiéis nos seus compromissos para com Deus. O ponto de referência de Tiago é convencer seus leitores para escolher a Deus sem reservas, em vez do mundo, porque o próprio Deus é ciumento, mas Ele também é misericordioso para com aqueles que humildemente entregam suas vidas completamente a Ele (Tg 4.4-6). Para Tiago a amizade com o mundo se choca com a verdade, com o plano, com o coração e com a mente de Deus, e que essa amizade gera um obstáculo para andarmos em comunhão com Ele (Tg 4.1-6; 2 Co 6.17; 1 Jo 2.16). Assim, quem imaginam que podem a agradar a Deus, enquanto metem a mão na lama desse mundo, estão completamente equivocados. Se quisermos de fato ser amigos de Deus, se faz necessário que nos tornemos “inimigos do sistema mundano e satânico que domina esse mundo”. Esse negócio de dizer “sou crente”, mas vive de mãos dadas com o mundo é puro engano! Não existe meio termo com Deus, ou você se opõe as práticas e costumes desse mundo imoral e pecaminoso ou você será tratado como amigo do mundo. E, se tornando amigo do mundo, se torna inimigos de Deus (Tg 4.4).

3.1. Não aceite a fôrma do mundo

A ideia de “conformar” em Romanos 12.2 vai além da mera aceitação ou conformação com os padrões deturpados deste mundo. Mostra um alerta urgente ao povo de Deus, já que no verso 1 Paulo escreve: “Rogo-vos, pois, irmãos”, deixando claro que Deus está falando com a Sua Igreja e não com o mundo neste momento. Ao escrever: “E não vos conformeis com este mundo”, Deus está literalmente dizendo: “Não aceite a fôrma do mundo ou não fique igual ao mundo”. Vemos, portanto, que um dos maiores riscos que corremos, neste momento, é o de estarmos dentro da igreja, mas pensarmos e agirmos conforme os padrões deste mundo.

O verbo grego “syschêmatizomai” (conformar-se) vem do substantivo “schêma” (forma). O que significa dizer, que quando o apóstolo Paulo fala “não vos conformeis” ele literalmente está advertindo aos crentes a não serem “moldados na fôrma deste mundo”. O mundo aqui não significa o mundo físico e nem o planeta terra criado pôr Deus. Mas do sistema filosófico, cultural e social que rege esse mundo e que é guiado e orquestrado por Satanás. Refere-se ao sistema iníquo e pecaminoso que predomina na presente era (1 Jo 2.15-17; 5.19; Jo 14.30; Ef 2.2), aos padrões, ideologias e valores deste mundo caído e inimigo de Deus, cujo entendimento foi cegado pelo diabo ou “deus deste século” (2 Co 4.4; Rm 1). Como cristãos, nossa vida jamais deve ser moldado segundo o molde desse mundo. Na verdade, como filhos de Deus, devemos rejeitar tudo aquilo que é contrário ao padrão de Deus (Tg 1.18; Hb 13.8; Sl 19.10; Mt 24.35). Em suma, quando o apóstolo Paulo diz: “E não vos conformeis com este mundo” está indicando o que o crente não deve misturar-se, imitar, tomar forma, ficar igual ou parecido com os padrões estabelecidos por este mundo, ao contrário, devemos oferecer nossa vida por completo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

3.2. Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento

Aprendemos na Bíblia que somos transformados pelo Espírito Santo para vivermos uma vida nova em Cristo (2 Co 3.18; 5.17). Em Romanos 12.2, somos exortados pelo Espírito Santo sobre a transformação pela renovação da mente. Isso nos ensina duas coisas muito importantes na vida cristã: 1) Não pode haver transformação na vida de uma pessoa que não quer mudar. Israel em sua trajetória no deserto é um triste exemplo disso (Nm 14); 2) Esta transformação só é possível através do processo de renovo na forma de pensar. Significa que, na vida, somos mais do que o que comemos, somos o que pensamos. Somos exortados por Deus a abandonar a antiga forma de viver e renovar nossa forma de pensar (Ef 4.22-23).

Após advertir os crentes dizendo: “E não vos conformeis com este mundo”, em seguida Paulo aconselha: “mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”. Perceba que há um contraste claro nas duas sentenças. Transformar-se pela renovação do entendimento é a antítese de se conformar com este mundo. Isso significa que em lugar do crente ser moldado ao padrão deste século, ele deve transformar-se pela renovação da sua mente. A palavra “transformai-vos” traduz o verbo grego “metamorphoõ”, de onde vem a nossa palavra metamorfose. No Novo Testamento, essa palavra é usada para descrever uma renovação dentro da nossa mente, através da qual nosso espírito interior é mudado para que assuma a semelhança de Cristo. Então ao escrever “transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”, Paulo indica uma mudança completa e profunda; uma transformação de dentro para fora; do pior para o melhor. Outrora nós vivíamos conformados com este mundo, mas agora podemos prosseguir transformando-se pela renovação do nosso entendimento.

3.3. A obediência a Cristo reflete em todas as áreas da vida

Corremos o risco de ser uma geração que fala de poder sem poder. Que fala de milagres e curas como se fosse algo do passado e conhecermos conceitos sobre avivamento, mas não vivenciá-los, caso não vivamos um autêntico renovo em nosso entendimento. Não precisamos de teóricos da fé, mas de praticantes. A proposta de Deus para o cristão não é que sejamos a geração da teoria, mas da prática: “que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Craig Keener (Comentário de Romanos – Editora Reflexão, p. 240): “Esses três adjetivos ajudam a definir a vontade de Deus – assim como três adjetivos (um deles, o mesmo, “agradável”) definiram o sacrifício de 12.1 – e sugerem que Paulo ainda está abordando o mesmo assunto: a vontade de Deus aqui envolve como devotamos nossos corpos ao serviço de Deus.”

Vivenciamos uma geração onde o conhecimento intelectual acerca de Cristo é frequentemente considerado como um “relacionamento com Cristo”. Todavia, um mero conhecimento intelectual sobre Cristo, não é suficiente para promover a salvação de um pecador (2 Tm 3.15). Um cego pode, com labor e diligência, adquirir um aprimorado saber teórico e imaginário de muitos assuntos e objetos os quais nunca viu. Da mesma forma, o homem natural pode, com educação religiosa e esforço pessoal, obter um saudável conhecimento doutrinário da pessoa e da obra de Cristo, sem ter qualquer familiaridade espiritual ou relacional com Ele (2 Tm 3.15). Em 1 Coríntios 13.2, o apóstolo Paulo nos mostra que posso ter o dom de profecia, entender todos os mistérios e deter todo o conhecimento, mas, se não tiver amor, nada seria. Nem toda espécie de conhecimento, mesmo da verdade de Deus e de Cristo, é eficaz e salvífico. Há uma forma de conhecimento que é destituída de eficácia e de poder (Rm 2.20). A referência neste verso é os judeus, que foram instruídos nas Escrituras, e consideravam a si mesmos como qualificados para ensinarem outros. Mas, infelizmente a Verdade não estava escrita em seus corações pelo Espírito Santo. Havia em seus cérebros um modelo de “ciência” que os tornavam aptos a discursar livre e fluentemente sobre assuntos divinos, contudo sem uma experiência de vida com Deus em suas almas. Isso também é uma realidade hoje.

CONCLUSÃO

Diante dos grandes desafios deste tempo que vivemos, devemos nos manter firmes na Palavra de Deus, pois é nela, em conjunto com a ação do Espírito Santo, que encontramos e mantemos nossa identidade e características.

João deixa claro que já estamos na última hora, ou seja, a vinda de Cristo se dará a qualquer momento. Diante dos grandes desafios deste tempo em que vivemos devemos manter firme a nossa identidade e resistir firmemente o espírito do Anticristo, que já atua no mundo, com o propósito de anular a obra de Deus.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

Revista Betel Dominical: Adultos. Apocalipse - Editora Betel – Rio de Janeiro - 2º Trimestre de 2022. Ano 32123. Lição 07O mundo preparado para o anticristo.

BÍBLIA DE ESTUDO MATTHEW HENRY. Português. Tradução Elen Canto, Eliane Mariano e outros. Editora Central Gospel Ltda. 1ª Edição. Rio de Janeiro – RJ. 2014.

BÍBLIA DE ESTUDO NVI - Português. Tradução de Nota: Chown, Gordon. Editora Vida.

https://www.migalhas.com.br/depeso/209295/reflexoes-sobre-a-destruicao-da-familia. 04/05/2022

https://estiloadoracao.com/nao-vos-conformeis-com-este-mundo.

https://profetadoevangelho.blogspot.com/2012/04/amigos-do-mundo-inimigos-de-deus.html?m=1

http://canalevangelho.blogspot.com/2016/09/um-conhecimento-teorico-de-cristo-nao-e.html

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Pr. Osmar Emídio de Sousa - Bacharel em Direito; Bacharel em Missiologia pela antiga Escola Superior de Missões de Brasília; bacharel em Teologia Pastoral, pela FATAD (Faculdade de Teologia das Assembleias de Deus de Brasília).

5 comentários:

Carlos Cezar disse...

Excelente comentário da lição pastor Osmar, será muito edificante aos que estudarem essa lição. Que o Senhor Deus lhe recompense!

Anônimo disse...

Gratidão pelo estudo.Deus o abençoe.

ancelmo disse...

Parabéns pelo comentário, muito bom.

Anônimo disse...

Fico feliz por tudo que foi esclarecido .parabéns

Anônimo disse...

oh glória a Deus, bom dia amados e amadas e todos e ainda vão visualizar este estudo maravilhoso, do pr Osmar que Deus o abençoe ainda mais para edificar e salvar muitas vidas pra Cristo parabéns pela dedicação e esmero com a a palavra de Deus.