AS DUAS BESTAS DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Lição 9 – 29 de maio de 2022
TEXTO ÁUREO
“Filhinhos,
é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos
se têm feito anticristos; por onde conhecemos que é já a última horas.”
1João 2.18
VERDADE APLICADA
Jesus revelou para a Sua Igreja o que está
prestes a acontecer no mundo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar quem
são as duas bestas da Grande Tribulação;
Destacar as
características do Anticristo e falso profeta;
Expor o
sistema de governo na Grande Tribulação.
TEXTOS DE REFERÊNCIAS
Apocalipse
13
1.
E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete
cabeças e dez chifres, e, sobre os seus chifres, dez diademas, e, sobre as suas
cabeças, um nome de blasfêmia.
2.
E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e
a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e
grande poderio.
11.
E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes ao de um
cordeiro; e falava com o dragão.
12.
E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os
que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curado.
Introdução
O cenário mundial se configura
rapidamente em todas as áreas para o tempo da Grande Tribulação. A Bíblia
revela-nos a manifestação de duas personalidades malignas neste tempo,
denominadas de “Bestas”.
1. As bestas do Apocalipse
A
Grande Tribulação será marcada pela manifestação de duas figuras públicas e
notórias, chamadas no livro do Apocalipse de “bestas”. Veremos o que Deus
revelou sobre elas, suas características e a fonte de sua influência e poder
sobre os povos [Ap 13.7]. Veremos ainda o que farão no mundo no tempo da Grande
Tribulação e o sistema político-econômico que predominará neste tempo.
Comentário Adicional
O
historicismo é um método de interpretação na escatologia cristã que interpreta
as profecias bíblicas como eventos históricos reais e identifica seres
simbólicos com pessoas ou sociedades históricas na história da igreja.
O Livro do Apocalipse fala
de duas bestas que surgirão. Uma delas vai emergir do mar, o Anticristo, que, na Grande Tribulação, irá se levantar contra todos os
cristãos remanescentes, os que não forem arrebatados por Cristo. A outra
besta se levantará da terra e "será um homem comum", porém terá
a cobertura do Anticristo, que dará poder a esse homem para operar prodígios e
maravilhas. Este homem blasfemará contra Jesus Cristo
e distorcerá a verdade. Provavelmente será um grande líder religioso, com
grande influência mundial na mídia e na política. Desviará muitos adeptos de
Jesus, criticando seus milagres e oferecendo
riqueza e glória. [carece de
fontes] Esse homem, "a besta que emerge da
terra", vai preparar o caminho para o Anticristo (Apocalipse
13:11, Mateus
7:15, Mateus
24:11, II
Pedro 2:1, I João
4:1).
Para falar destas duas
personalidades malignas, que aparecem no capítulo 13 do livro do Apocalipse, a
Bíblia utiliza a palavra grega “therion”, que significa literalmente “fera”.
Esta palavra foi utilizada no mundo antigo para falar de animais perigosos ou
criaturas terríveis e sobrenaturais. Mas é utilizada também para falar de
pessoas com atitudes bestiais. Isto serve para mostrar a natureza animalesca,
violenta e altiva destas duas bestas, que agirão de forma implacável e sombria
durante a Grande Tribulação.
Comentário Adicional
A
palavra grega therion (“besta”) ocorre 38 vezes no livro de Apocalipse, sendo
traduzida sempre como “besta”, exceto em 6:8 (“feras”). Apesar de quatro bestas
principais serem mostradas a João, em geral as referências à besta são
encaradas como sendo àquela de Ap 13:1, a segunda das quatro.
1.2. Serão duas pessoas
A
Bíblia indica que as bestas que João viu serão pessoas e não uma força
impessoal. Acredita-se que as duas bestas serão duas pessoas que agirão como a
personificação do mal durante a Grande Tribulação. Eles aparecem sendo lançados
“vivos” no lago de fogo, o que indica tratar-se de pessoas: “E a besta foi
presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que
enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois
foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.” [Ap 19.20].
Comentário Adicional
Alguns
consideram que o Império Romano seria a Besta citada no livro do Apocalipse,
pois de acordo com a Bíblia ela seria um Estado Pagão, e ainda diz que a 7ª
cabeça faria uma guerra aos mártires de Jesus. Característica que cabe
perfeitamente a Nero que fez guerra aos cristãos, inclusive matou os apóstolos
Pedro e Paulo e também é o 7º Imperador desde o início do Império Romano. Além
disso, a Roma Pagã que se localiza sobre as sete colinas romanas e está cercada
pela Muralha Aureliana separando-a
da "Nova Roma", era chamada pela antiga literatura cristã por
"Babilônia".
Desde
o início do Império Romano, Roma teve 10 imperadores, daí vem os "dez
chifres", porém Galba, Otão e Vitélio não foram considerados de fato
imperadores, pois não cumpriram certas normas que os colocassem nos anais do
Império como soberanos.
O
falso profeta do fim dos tempos é descrito em Apocalipse 13:11-15. Ele também é
conhecido como a "segunda besta" (Apocalipse 16:13, 19:20, 20:10). O
falso profeta é o terceiro na trindade profana, juntamente com o Anticristo e
Satanás, o qual capacita os outros dois.
O apóstolo João descreve essa pessoa e dá-nos pistas para identificá-lo quando
ele aparecer. Primeiro, ele surge da terra. Isto pode significar que surge das
profundezas do inferno com todos os poderes demoníacos do inferno sob o seu
comando. Isso também pode significar que surge de circunstâncias humildes,
secretas e desconhecidas até aparecer no palco mundial na mão direita do
Anticristo. Ele é retratado como tendo chifres como um cordeiro e como falando
como um dragão. Os chifres de cordeiros são apenas pequenas protuberâncias em
suas cabeças até o cordeiro crescer em um carneiro. Ao invés de ter a
multiplicidade de cabeças e chifres do Anticristo, mostrando o seu poder, força
e ferocidade, o falso profeta vem como um cordeiro, de forma cativante, com
palavras persuasivas que atraem a simpatia e boa vontade dos outros. Ele pode
ser um extraordinário pregador ou orador cujas palavras demonicamente
fortalecidas vão enganar as multidões. Entretanto, ele fala como um dragão, o
que significa que sua mensagem é a mensagem de um dragão. Apocalipse 12:9
identifica o dragão como o diabo e Satanás.
O versículo 12 nos dá a missão do falso profeta na terra - forçar a humanidade
a adorar o Anticristo. Ele tem toda a autoridade do Anticristo porque, como
ele, o falso profeta tem o poder de Satanás. Não está claro se as pessoas são
forçadas a adorar o Anticristo ou de tão encantadas com esses seres poderosos
que caem ao engano e o adoram de bom grado. O fato de que a segunda besta usa
sinais e prodígios, incluindo fogo do céu, para estabelecer a credibilidade de
ambos parece indicar que as pessoas vão cair diante deles em adoração do seu
poder e mensagem. O versículo 14 diz que o engano será tão grande que as
pessoas vão criar um ídolo para o Anticristo e adorá-lo. Isso lembra a enorme
imagem de ouro de Nabucodonosor (Daniel 3), diante da qual todos deviam se
curvar e prestar homenagem. Apocalipse 14:9-11, no entanto, descreve o destino
medonho que aguarda aqueles que adoram a imagem do Anticristo.
Aqueles que sobrevivem aos horrores da Tribulação até este ponto enfrentarão
duas escolhas difíceis. Aqueles que se recusam a adorar a imagem da besta
estarão sujeitos à morte (v. 15), mas aqueles que o adoram vão sofrer a ira de
Deus. A imagem será extraordinária porque será capaz de "falar". Isso
não significa que ela terá vida – a palavra grega aqui é pneuma, o que que significa
"respiração" ou "corrente" de ar, não a palavra bios
("vida ") - mas que terá algum tipo de capacidade de transmitir a
mensagem do Anticristo e do falso profeta. Além de ser o porta-voz deles, a
imagem também vai condenar à morte aqueles que se recusam a adorar o par
profano. Em nosso mundo tecnológico, não é difícil imaginar um cenário como
esse.
Quem quer que esse falso profeta seja, a decepção final mundial e a apostasia
final serão grandes, e todo o mundo fará parte. Os enganadores e falsos mestres
que vemos hoje são os precursores do Anticristo e do falso profeta, e não
devemos ser enganados por eles. Esses falsos mestres são muitos e estão nos
movendo na direção de um reino final satânico. Devemos proclamar fielmente o
Evangelho salvador de Jesus Cristo e resgatar as almas dos homens e mulheres
desse desastre iminente.
1.3. Receberão poder maligno
A
Bíblia revela-nos a fonte de poder da primeira besta: “E o dragão deu-lhe o seu
poder, e o seu trono, e grande poderio.” [Ap 13.2]. Da segunda besta é dito que
“falava como o dragão” [Ap 13.11], exerce poder semelhante a primeira besta [Ap
13.12] e faz grandes sinais: “E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz
descer do céu à terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na terra com
sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta” [Ap 13.13-14].
Vemos, assim, forças malignas atuando na grande tribulação: o dragão, o
anticristo e o falso profeta.
Comentário Adicional
Esta
besta une em si as características opostas a Deus dos três reinos precedentes,
lembrando respectivamente o leopardo, o urso e o leão. Ele sobe do mar, como as
quatro bestas de Daniel, e tem dez chifres, como a quarta besta de Daniel, e
sete cabeças, como as quatro bestas de Daniel tinham em todos, a saber, uma na
primeira, um no segundo, quatro no terceiro e um no quarto. Assim, ele
representa de forma abrangente em uma figura o poder mundial (que em Daniel é
representado por quatro) de todos os tempos e lugares, não apenas de um período
e uma localidade, visto em oposição a Deus; assim como a mulher é a Igreja de
todas as idades. Esta visão é favorecida também pelo fato de que a besta é a
representante vicária de Satanás, que da mesma forma tem sete cabeças e dez
chifres: uma descrição geral de seu poder universal em todas as eras e lugares
do mundo. Satanás aparece como uma serpente, como sendo o arquétipo da natureza
animal (Apocalipse 12:9). “Se as sete cabeças
significam apenas sete imperadores romanos, não se pode entender por que elas
devem ser mencionadas na imagem original de Satanás, ao passo que é
perfeitamente inteligível supor que elas representem o poder de Satanás na Terra
visto coletivamente” (Auberlen)
2. A besta que sobe do mar
“E
eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta” [Ap 13.1]. A besta
que sobe do mar é o Anticristo. O mar aqui simboliza as nações, de onde ele
emanará. O profeta Daniel também vê quatro animais saindo do mar e lhe é
revelado que são governos humanos: “Estes grandes animais, que são quatro, são
quatro reis, que se levantarão da terra.” [Dn 7.17].
Comentário Adicional
eu
fiquei –Vulgata e Siríaco, “Ele se levantou”. De pé na areia do mar, ELE
deu seu poder à besta que se elevava do mar.
Sobre
a areia do mar – onde os quatro ventos seriam vistos lutando no grande mar (Daniel
7:2).
besta –
grego, “besta selvagem”. O homem se torna “brutal” quando se separa de Deus, o
arquétipo e verdadeiro ideal, em cuja imagem ele foi feito primeiro, que ideal
é realizado pelo homem Jesus Cristo. Assim, os poderes do mundo que buscam sua
própria glória, e não os de Deus, são representados como bestas; e
Nabucodonosor, quando em auto deificação, esqueceu que “o Altíssimo governa no
reino dos homens”, foi conduzido entre os animais. Em Daniel
7:4-7 existem quatro bestas: aqui a única besta
expressa a soma total da potência mundial oposta a Deus vista em seu
desenvolvimento universal, não restrita a uma única manifestação, como Roma.
Esta primeira besta expressa o poder mundial atacando a Igreja mais de fora; o
segundo, que é um renascimento e ministrar para o primeiro, é o poder mundial
como o falso profeta corrompendo e destruindo a Igreja de dentro.
subiu
do mar – (Daniel 7:3; compare e veja em Apocalipse
8:8);
das turbulentas ondas de povos, multidões, nações e línguas. A terra (Apocalipse
13:11), por outro lado, significa o mundo consolidado e
ordenado das nações, com sua cultura e aprendizado.
2.1. Nomes e títulos do Anticristo
Os
nomes e títulos do Anticristo, na Bíblia, revelam sua natureza e caráter. Na
profecia das setenta semanas de Daniel, ele é “o príncipe, que há de vir” e o
“assolador” [Dn 9.26-27]; Daniel ainda o chama de “ponta pequena” [Dn 7.8]. O
apóstolo Paulo o nomeia de “o homem do pecado, o filho da perdição” e “o
iníquo” [2Ts 2.3, 8]. Mas coube ao apóstolo João, o mesmo autor do livro do
Apocalipse, chamá-lo pelo nome mais conhecido: o Anticristo [1Jo 2.18, 22; 4.3;
2Jo 1.7]. Este último nome vai aparecer quatro vezes nas epístolas de João.
Comentário Adicional
O
termo grego antikhristos se origina em I João. O termo semelhante
pseudokhristos ("falso messias") também foi encontrado pela primeira
vez no Novo Testamento, mas nunca foi usado por Flávio Josefo em seus relatos de
vários falsos messias. Os cinco usos do termo "anticristo" ou
"anticristos" nas epístolas joaninas não
apresentam claramente um único anticristo individual dos últimos dias. "O
enganador" ou "o anticristo" são geralmente vistos como marcando
uma certa categoria de pessoas, ao invés de um indivíduoː
Filhinhos,
esta é a última hora; e como ouvistes que vem o anticristo, já se têm
levantado muitos anticristos, pelo que conhecemos que é a última hora. — I João
2:18
Pois
muitos sedutores têm aparecido no mundo, os quais não confessam que Jesus
Cristo veio em carne: este tal é o sedutor e o anticristo. — II João
1:7
Quem
é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
O anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. — I João
2:22
Nisto
conheceis o Espírito de Deus: todo o espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne, é de Deus; e todo o espírito que não confessa a Jesus, não é de
Deus. Este é o espírito do anticristo, de cuja vinda tendes ouvido falar,
o qual agora já está no mundo. — I João
4:2-3
Atenção
para uma figura individual do anticristo concentra-se no segundo capítulo de 2
Tessalonicenses, apesar do termo "anticristo" nunca ser usado nesta
passagem:
Quanto
à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos
rogamos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem tão
pouco vos perturbeis, nem por espírito, nem por palavra, nem por epístola como
enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo
algum vos engane; porque o dia não chegará sem que venha primeiro a apostasia e
seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, aquele que se opõe e
se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte
que se assenta no santuário de Deus, ostentando-se como Deus. — II Tessalonicenses 2:1-4
Pois
o mistério da iniquidade já opera; somente até que seja removido aquele que
agora o detém. Então será revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o
assopro da sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda. A vinda desse
ímpio é segundo a operação de Satanás com todo o poder, e com sinais e com
prodígios mentirosos e com toda a sedução da injustiça para aqueles que
perecem, porque não receberam o amor da verdade, a fim de serem salvos. — II Tessalonicenses 2:7-10
Embora
a palavra "anticristo" (grego antikhristos) seja usada apenas
nas epístolas joaninas,
falsos cristos (grego pseudokhristos, que significa "falso messias")
é usada por Jesus nos Evangelhos:
Então
se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não acrediteis; porque
se hão de levantar falsos cristos e falsos profetas, e mostrarão tais sinais e
milagres que, se fora possível, enganariam até os escolhidos. — Mateus
24:23-24
Então
se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo acolá! não acrediteis;
levantar-se-ão falsos Cristos e falsos profetas, e farão milagres e prodígios,
para enganar os eleitos, se possível fora. — Marcos
13:21-22
2.2. O retrato-falado do Anticristo
“E
a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e a
sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e
grande poderio.” [Ap 13.2]. Encontramos aqui uma descrição assustadora do
Anticristo, que, nos remete aos quatro animais que Daniel viu subindo do mar
[Dn 7]. A visão, relacionada ao Anticristo, parece mostrar nestes animais o
seguinte retrato: semelhante ao leopardo fala da rapidez com que o anticristo
dominará o mundo; pés semelhantes ao de urso denota a força que emplacará em
seu governo; boca de leão aponta para a soberba de suas palavras: “E foi-lhe
dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias” [Ap 13.5]. Muito
diferente de Cristo, no qual estamos protegidos: “Porque o meu jugo é suave, e
o meu fardo é leve.” [Mt 11.30].
Comentário Adicional
Ele
representa de forma abrangente em uma figura o poder mundial (que em Daniel é
representado por quatro) de todos os tempos e lugares, não apenas de um período
e uma localidade, visto em oposição a Deus; assim como a mulher é a Igreja de
todas as idades. Esta visão é favorecida também pelo fato de que a besta é a
representante vicária de Satanás, que da mesma forma tem sete cabeças e dez
chifres: uma descrição geral de seu poder universal em todas as eras e lugares
do mundo. Satanás aparece como uma serpente, como sendo o arquétipo da natureza
animal (Apocalipse 12:9).
2.3. As características do Anticristo
Embora
Deus não tenha nos revelado a identidade do Anticristo, fez questão de nos dar
várias informações sobre ele. A Bíblia mostra que o Anticristo será um grande
orador [Dn 11.36; Ap 13.5]; será também um grande empreendedor empresarial e
dominará a economia mundial [Ap 13.16-17]; se mostrará um político notável e
implantará um governo mundial tendo dez reinos confederados como base de seu
governo: “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o
reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.” [Ap
17.12]; ele fará um pacto com Israel por sete anos [Dn 9.27]; blasfemará contra
Deus [Dn 7.25; Ap 13.5]; se apresentará no templo como se fosse Deus [2Ts 2.4]
e finalmente será vencido por Cristo em sua volta [Dn 8.25; Ap 19.11-21].
Comentário Adicional
1
João 2:22 - Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho.
1
João 4:2-3 - Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa
que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a
Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a
respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.
2
João 1:7 - Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não
confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo.
Apocalipse
13:5-6 - Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e
autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmias contra
Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam
no céu.
3. A besta que sobe da terra
“E
vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um
cordeiro; e falava como o dragão.” [Ap 13.11]. Esta segunda besta que aparece
na revelação é o falso profeta. Ele é chamado desta forma em três passagens do
livro do Apocalipse e, em todas elas, ao lado do Anticristo [Ap 16.13; 19.20;
20.10]. Veremos com a chegada desta besta que tipo de quadro religioso
predominará no mundo durante a Grande Tribulação.
Comentário Adicional
Esta
origem da segunda besta corresponde à sua designação como besta. A passagem
original é Daniel 7:17. Diz-se que os quatro animais que surgiram do mar são
quatro reis, que devem surgir da terra, em contraste com o reino, que o Deus do
céu deve estabelecer Daniel 2:44 . Em João
8:23,
a expressão “quem é de cima” se opõe aos que são de baixo; e o mesmo contraste
é atualmente marcado por ser deste mundo e não ser dele.
Em João 3:3 ,
Nosso Senhor fala em oposição a uma origem puramente terrena, de nascer do
alto. Este nascer do alto é depois explicado por “nascer do Espírito” (João 3:8).
ela, a natureza puramente animal, bruta, é a marca característica daquela
sabedoria que vem, não de cima, mas da terra. A terra, da qual o profeta vê a
besta subindo, está em oposição ao céu . “a sabedoria que vem do alto”). Mas o
que pertence apenas à terra, tem sua origem também no inferno, entre o qual e a
terra existe uma comunicação livre—comp. Apocalipse
9:1,
onde por meio de do poço aberto, o espírito maligno sobe do inferno para a
terra. Nas coisas pertencentes ao espírito, a terra não tem produção próprias.
Ou o céu ou o inferno, Deus ou o diabo, estão
sempre em segundo plano. De acordo com Apocalipse
16:13, os espíritos de demônios saem da boca do falso
profeta. Que a origem terrena também, quando considerada mais profundamente, é
infernal, pode ser inferido da besta que ascende por meio da terra para fora do
inferno, ou, pelo menos, recebe sua inspiração. O próprio nome do falso profeta
também aponta na mesma direção. O elemento essencial em profetizar é a
inspiração. Revelação e profecia estão inseparavelmente conectadas. O falso
profeta só pode ser aquele que, em vez do Divino, tem inspiração satânica. Um
profeta, que é destituído do Espírito superior, deve estar cheio do espírito do
abismo. Dos três predicados, portanto, que em Tg 3:15 são aplicados à sabedoria
deste mundo – terreno, sensual, diabólico – o primeiro e o terceiro
correspondem ao surgimento da terra aqui; enquanto o do meio corresponde à
designação do falso profeta pelo nome de besta.
No
que diz respeito à forma da besta, aqui apenas seus chifres são notados. É,
portanto, inútil lançar conjecturas sobre as outras partes. A figura do lobo
sugerida por Vitringa dificilmente serviria. Os falsos profetas em Mateus
7:15 são
apenas em relação à sua disposição interna “lobos devoradores”.
3.1. Imitará o Espírito santo com sinais malignos
O
falso profeta marcará o governo do Anticristo com sinais malignos na Grande
Tribulação [Ap 13.13]. Embora surja com uma aparência inofensiva e mansa, Deus
nos revela sua verdadeira natureza: “E tinha dois chifres semelhantes aos de um
cordeiro; e falava como o dragão.” [Ap 13.11]. Ele respaldará e dará uma
aparência messiânica ao Anticristo com sinais malignos, que enganarão as
massas: “E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que
fizesse em presença da besta” [Ap 13.14]. Mas Deus deixa claro que são sinais
malignos e de mentira [2Ts 2.9-11]. Disto podemos tirar a lição importante, de
que não é por manifestações de sinais e curas que se mede a autenticidade de
uma pessoa ou grupo religioso, mas pela conformidade com os padrões da Palavra
de Deus [Mt 7.15-20].
Comentário Adicional
Faz
até fogo grego “, faz mesmo fogo.” Este é o mesmo milagre que as duas
testemunhas realizam, e que Elias há muito tempo tinha realizado; isto a besta
do abismo, ou o falso profeta, imita. Não apenas truques, mas milagres de tipo
demoníaco, e por ajuda demoníaca, como os dos magos egípcios, serão feitos,
mais calculados para enganar; forjado “depois do trabalho (grego, ‘energia’) de
Satanás”
Engana
aos que habitam na terra – os de espírito terreno, mas não os eleitos.
Mesmo um milagre não é suficiente para justificar a crença em uma revelação
professada, a menos que essa revelação esteja em harmonia com a vontade já
revelada de Deus.
por
meio desses milagres – e não como grego, “por causa de (por causa de; em
consequência de) aqueles milagres”.
3.2. O sistema único financeiro mundial
A
palavra que resume o tempo da Grande Tribulação é controle: “Faz que a todos,
pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal
na sua mão direita ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou
vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu
nome.” [Ap 13.16-17]. Será implantado neste tempo um sistema de controle
mundial que envolve adoração, política e economia e tem como base a marca da
besta. A Bíblia não explica como será esta marca, mas nos fala do sinal, do
nome e do número do nome da besta, que é 666 [Ap 13.18]. Somente aqueles que
aderirem ao sistema da besta poderão comprar comida, fazer transações
comerciais e pagar contas. Atualmente temos um vislumbre sobre aquele período
ao observarmos a intervenção crescente dos governos mundiais nas redes sociais,
pelas metas dos países pelo fim do dinheiro físico e guerra comercial por
controle da produção de alimentos e etc.
Comentário Adicional
Dada
Uma Marca – literalmente, “que eles deveriam lhes dar uma marca”; tal
marca como selo dos senhores em seus escravos, e monarcas em seus súditos.
Soldados puncionaram voluntariamente seus braços com as marcas do general a
quem serviam. Votaries de ídolos se autocentravam com a cifra ou símbolo do
ídolo. Assim, Antíoco Epifânio rotulou os judeus com a folha de hera, o símbolo
de Baco (2 Macabeus 6:7; 3 Macabeus 2:29). Contraste o selo e o nome de Deus na
testa de Seus servos, Apocalipse
7:3; 14:1; 22:4;
e Gálatas 6:17: “Eu levo no meu corpo
as marcas do Senhor Jesus”, isto é, eu sou Seu soldado e servo. A marca na mão
direita e na testa implica a prostração de poderes corporais e intelectuais à
dominação da besta. “Na testa por profissão; na mão em relação ao trabalho e
serviço ”(Agostinho).
pode
comprar – grego, “pode ser capaz de comprar.”
A
Marca Ou O Nome – grego, “a marca (a saber), o nome da besta”. A marca
pode ser, como no caso do selo dos santos na testa, não uma marca visível, mas
simbólica de fidelidade. Então o sinal da cruz no papado. A interdição do Papa
muitas vezes excluiu a excomunhão do intercâmbio social e comercial. Sob o
Anticristo final, isso acontecerá em sua forma mais violenta.
3.3. O sistema único religioso mundial
O
tempo da Grande Tribulação será de intensa religiosidade [Ap 13.12]. O falso
profeta exercerá influência nas massas com sinais malignos na natureza [Ap
13.13], e implantará um sistema mundial obrigatório de culto à pessoa do
Anticristo [Ap 13.15]. O mundo de hoje caminha a passos largos para uma
religião mundial, com o movimento ecumênico onde as religiões se aproximam cada
vez mais, umas das outras, buscando um salvador ideal, que verá no Anticristo o
seu anelo. A Igreja de Cristo, hoje, deve amar e pregar o Evangelho a todos,
mas não pode haver mistura de seitas e heresias na prática de fé cristã [Gl
1.8].
Comentário Adicional
IMAGEM –
Nabucodonosor montou em Dura uma imagem de ouro para ser adorada, provavelmente
de si mesmo; porque seu sonho fora interpretado: “Tu és a cabeça de ouro”; os
três hebreus que se recusaram a adorar a imagem estavam a leste em uma fornalha
ardente. Tudo isso tipifica a última apostasia. Plínio, em sua carta a Trajano,
afirma que ele consignou a punir aqueles cristãos que não adorariam a imagem do
imperador com incenso e vinho. Assim, Juliano, o apóstata, estabeleceu sua
própria imagem com os ídolos dos deuses pagãos no Fórum, para que os cristãos,
ao fazerem reverência a ela, parecessem adorar os ídolos. Então a imagem de
Carlos Magno foi preparada para homenagem; e o papa adorava o novo imperador
[Dupin, vol. 6, p. 126]. Napoleão, o sucessor de Carlos Magno, foi projetado
depois de ter abatido o papa pela primeira vez, removendo-o para Fontainebleau,
para depois “fazer dele um ídolo dele” [Memorial de Sainte Helene]; Mantendo o
Papa próximo a ele, ele teria, por meio da influência do Papa, dirigido o mundo
religioso, assim como o político. A revivida dinastia napoleônica pode, em
algum representante, realizar o projeto, tornando-se a besta apoiada pelo falso
profeta (talvez algum maníaco do papado, abertamente infiel, sob uma aparência
espiritual, depois da prostituta, ou igreja apóstata, que é distinta de o segundo
animal foi despojado e julgado pela besta (Apocalipse
17:16); ele então poderia ter uma imagem montada em sua
honra como um teste de lealdade secular e espiritual.
Conclusão
O
mundo caminha em todas as áreas para a chegada do Anticristo e do Falso
Profeta. Cabe à Igreja, como Noiva de Cristo, se manter pura e santa. Vivendo
firme na Palavra de Deus, até que Cristo venha.
Comentário Adicional
O
Novo Testamento não enfatiza o momento específico do retorno de Cristo, mesmo
porque ninguém sabe a data, mas dá grande ênfase no preparo para esse
acontecimento. Em Mateus 24 e 25, Jesus conta várias parábolas sobre a
importância de estar preparado. Veja alguns passos fundamentais para se preparar:
1.
Arrependa-se de seus erros e confesse os pecados a Deus.
2.
Aceite que Jesus é o Messias e o seu Salvador.
3.
Pela fé nos méritos do sacrifício de Cristo em seu lugar, receba o dom da
salvação. Deus irá declará-lo justo.
4.
Pelo poder do Espírito Santo, procure viver uma vida íntegra e marcada pelo
amor a Deus e ao próximo.
5.
Fique alerta e mantenha contato diário com Deus. Jesus disse várias vezes:
“Vigiem e orem!”
6.
Se Cristo demorar, não desanime e nem perca a fé.
7.
Viva na alegre expectativa do retorno de Cristo.
Deus
os abençoe sempre e abundantemente!
Comentarista
da lição
Pr Éder Santos - ADTAG SEDE
Bacharel em Teologia
Pós-graduado em Hermenêutica
Mestre em Teologia – Ênfase em Interpretação.
2 comentários:
Muito obrigado pelo edificante comentário. Muito bom. Deus te abençoe sempre mais.
Estou preparando um estudo sobre os sinais que antecedem a vinda de Cristo depois do Arrebatamento. Gostei muito do seu estudo.
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