UM NOVO TEMPLO E A RESTAURAÇÃO DO CULTO
Lição 11 – 13 de março de 2022
TEXTO ÁUREO
“E disse-me o
homem: Filho do homem, vê com os teus olhos, e ouve com os teus ouvidos, e põe
no teu coração tudo quanto eu te fizer ver...” Ezequiel 40.4a
VERDADE APLICADA
O
relacionamento com Deus deve refletir em um viver de adoração integral,
atentando às diretrizes da Palavra de Deus.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Falar sobre o santuário no meio do povo.
Explicar a visão do novo Templo.
Apresentar os avisos e ensinos para a Igreja.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ezequiel 43
1. Então, me levou à porta, à porta que olha para o
caminho do oriente.
2. E eis que a glória do Deus de Israel vinha do
caminho do oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra resplandeceu
por causa da sua glória.
3. E o aspecto da visão que vi era como o da visão
que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vi
junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto.
4. E a glória do Senhor entrou no templo pelo
caminho da porta, cuja face está para o lado do oriente.
10. Tu, pois, ó filho do homem, mostra à casa de
Israel esta casa, para que se envergonhe das suas maldades; sirva-lhe ela de
modelo.
Introdução
Desde o início
da história Deus sempre buscou se relacionar com a sua criação, o ser humano. Por
isso Ele mandou que Moisés construísse um tabernáculo para habitar no meio de
seu povo, mas os israelitas viraram as costas para Ele, culminando com o
cativeiro descrito em Ezequiel. No entanto, mesmo após a desobediência de Seu
povo Deus promete restaurar o Templo e o Culto com promessas de boas novas para
os israelitas.
1. Um santuário no meio do povo
O tabernáculo,
também chamado santuário foi o lugar que Deus mandou Moisés construir para
manifestar a Sua Glória no meio do povo escolhido, tendo o propósito de ser um
lugar onde Ele trataria com os israelitas. “E me farão um santuário, e
habitarei no meio deles (Ex 25.8). Também era o lugar
onde a Arca da Aliança era guardada, e demonstrava a autoridade divina que Deus
possuía sobre o Seu povo. Durante a peregrinação o Santuário era móvel, mas
após a construção do Templo por Salomão em Jerusalém, não houve mais a
necessidade de transportar o Tabernáculo. O Templo passou ser o santuário de
Deus e guardava em seu interior a Arca do Concerto.
1.1. A ordem divina para fazer um
santuário
Como já dito
anteriormente, foi o próprio Deus quem mandou construir o Santuário, para isso Ele
passou todos os detalhes de como deveria ser feito, os tamanhos, os materiais,
cores, nenhum de detalhe foi deixado de lado. Do capítulo 25 ao 27 de Êxodo
Deus descreve detalhadamente como deveria ser construído o Santuário. Tudo foi
feito para que Ele pudesse habitar no meio de Seu povo, porque Ele queria estar
no meio deles. Seria o lugar onde o homem se encontraria e adoraria ao Seu Deus,
por isso era um lugar santo ou sagrado. Vejamos: sempre é Deus quem procura o
homem, quem determina como devemos encontrá-lo e adorá-lo, não foi Abraão ou
Moisés que criaram uma maneira de encontrar Deus, Ele próprio os escolheu para
servir o Seu propósito de salvar o homem. “E andarei no meio de vós e eu vos
serei por Deus, e vós me sereis por povo” (Lv 26.12). O nosso Deus é um
Deus de relacionando por isso Ele sempre buscou estar no meio de Seu povo.
1.2. O Templo construído por Salomão
Por determinação
de Deus o rei Salomão, filho de Davi, constrói o Templo do Senhor conforme a
vontade Dele. Agora Deus tinha um lugar fixo de adoração conhecido por todos,
não mais uma tenda móvel que sempre estava sendo mudada lugar. O templo do Deus
Vivo foi construído na terra prometida aos seus filhos, Israel. O local do Templo
havia escolhido há muito séculos atrás e tinha vários objetivos como: ser um
lugar central destinado a adoração do povo de Israel a Deus, servi para a
unidade nacional e ser um lugar correto onde Deus ensinaria o seu povo. Da
mesma maneira, que aconteceu com o Tabernáculo quando Moisés orou também ocorreu
com o Templo quando o rei Salomão orou, a glória do Senhor desceu sobre o lugar
confirmando a aprovação de Deus. E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do
céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a
casa (2 Cr 7.1).
1.3. A destruição do Templo
Deus avisou
aos israelitas quando confirmou o Templo como um lugar de adoração, que se o
seu povo se desviasse dos seus caminhos os tirariam da terra prometida e
destruiria o Templo. No entanto, as Escrituras mostram que os líderes
juntamente com o povo se desviaram dos caminhos do Senhor e fizeram o que era
mau aos olhos de Deus. Apesar de Deus enviar vários profetas, como o profeta Jeremias,
não deram ouvidos aos avisos vindos do céu. No capítulo 25 do livro de Jeremias,
Deus fala sobre a rebelião de Judá e faz um resumo sobre a atual situação de
seu povo que haviam se desviados dos seus caminhos e faziam tudo o que o Senhor
reprovava, e ainda lembra de todos os profetas enviados para adverti-los. “E
não andeis após deuses alheios para os servirdes e para vos inclinardes diante
deles, nem me provoqueis à ira com a obra de vossas mãos, para que vos não faça
mal” (Jr 25.6). O Templo havia se tornado um lugar de idolatria, porque o
povo acreditava que devido o nome de Deus estar escrito lá não seria destruído,
pensavam que o Senhor protegeria tudo que estava em volta, inclusive a nação. Visto
que, o povo se esqueceu das promessas de Deus sobre a desobediência e Ele destruiu
o Templo. “E queimaram a Casa de Deus, e derribaram os muros de Jerusalém, e
todos os seus palácios queimaram, destruindo também todos os seus preciosos
objetos” (2 Cr 36.19).
2. A visão do novo Templo
Nos capítulos de
40 a 44 do livro de Ezequiel, Deus mostra uma visão para o profeta que descreve
com riquezas de detalhes a estrutura do novo Templo e a volta de toda sua
glória. Nessa revelação, são descritos o Templo ideal, o culto ideal e a nação
ideal. Existem, entretanto, várias interpretações para esta revelação, sendo
que alguns acreditam sendo como uma visão literal, ou seja, se cumpriria ao
final do cativeiro, e outra futurística, se cumprindo no milênio. Mas nesta lição, será enfatizado o templo perfeito
de adoração ao Senhor e a adoração ideal que Deus deseja dos seus servos.
2.1. Um novo tempo é vislumbrado
Essa nova
visão que Deus mostra a Ezequiel tem o objetivo de dizer ao povo que a sua
nação e o seu Templo seriam restaurados. Assim, Deus lembra o Seu povo
escolhido que apesar de sua desobediência e de estarem como cativo em uma terra
estranha, o Senhor os levariam de volta sua terra e restauraria o Templo e a
adoração. A Visão dada ao profeta era um alento ao seu povo e uma lembrança de
sua promessa de restauração e celebração. “E farei com eles um concerto de
paz; e será um concerto perpétuo; e os estabelecerei, e os multiplicarei, e
porei o meu santuário no meio deles para sempre” (Ez 37.26). Nesse versículo
Deus fala a Israel de um novo tempo em que haveria o novo concerto após cumprido
a sentença de 70 anos de cativeiro. Assim sendo, com a queda do império
babilônico passa a governar Ciro o Rei da pérsia, este permite que os
israelitas retornem a sua terra, e sob a liderança de Esdras, o Templo passa a
ser reconstruído.
2.2. A lei do Templo
Na visão dada
a Ezequiel Deus convoca o Seu povo a ser santo porque Ele é Santo, e que o local
de adoração seria construído em lugar separado para a santificação e seu povo.
Deus exorta os israelitas a se lembrarem dos seus pecados e ser envergonharem, e
que a partir dali todos deveriam conhecer as Suas leis e estatutos para os cumprirem.
“E esta é a lei do templo: todo o alto do monte onde está o templo é santo.
Sim, esta é a lei do templo” (Ez 43.12). A orientação era que após o retorno
a sua terra os israelitas não cometessem os mesmos pecados para provocar a ira
do Seu Deus, para isso eles deveriam se santificarem e serem separados das
nações pagãs e de suas abominações. “Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém
me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e
faremos nele morada” (Jo 14.23). Hoje, após o sacrifício vicário de Jesus
Cristo na cruz, o Templo somos nós, por isso devemos guardar a Sua palavra e
buscarmos ser santos para que Deus venha fazer morada em nós.
2.3. Revelações sobre o exercício
sacerdotal no Templo
A partir dos
capítulos de Ezequiel 43.13, Deus passa as devidas instruções de como deveriam
ser os trabalhos no Templo, relembrando as determinações registradas em suas Escrituras
e Leis. Sendo importante frisar que os levitas em geral foram rebaixados de
suas funções em servir no Templo devido terem se transviados, adorando outros
ídolos, sendo relegados a funções menos importantes. Por isso, foram designados
para servirem diante de Deus os levíticos da linhagem de Zadoque, porque se
mantiverem fiéis e honrados, mantendo a sua integridade para com o Senhor. Os sacerdotes
deveriam pautar as suas vidas em santificação e primarem pelo princípio da
santidade nos serviços sacerdotais diante de Deus. “Mas, como é santo aquele
que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver,
porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.15,16). Como
nós somos o Templo do Deus vivo devemos buscar sermos santos porque Ele é
Santo.
3. Avisos e ensino para a Igreja
Vemos no livro
de Ezequiel que Deus em sua infinita misericórdia avisou, orientou e lembrou o
Seu povo das bênçãos e castigos prometidos a seus filhos. Os antigos conheciam
as bênçãos e os castigos prometidos em Deuteronômio 28, no entanto, em nosso
estudo vimos que o povo foi rebelde, não dando ouvidos aos profetas enviados e
por isso sobreveio sobre os judeus os castigos determinados por Deus. Do mesmo
modo, hoje precisamos dar ouvidos aos avisos de nosso Senhor Jesus Cristo, para
que não venhamos ser a pegos desapercebidos e sofrermos o castigo eterno
prometidos aos desobedientes. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e
aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos
idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e
enxofre, o que é a segunda morte (Ap 21.8).
3.1. Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote
Ora, a suma do
que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à
destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo,
o qual o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo sumo sacerdote é constituído
para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também
tivesse alguma coisa que oferecer (Hb 8.1-3). Nesses versículos de Hebreus está descrito que Jesus Cristo é o Sacerdote
perfeito, que sua obra foi concluída na cruz, que Ele presta agora os seus
serviços tanto a Deus quanto ao homem. Diferente dos outros sacerdotes, que
precisavam oferecer sacrifícios por eles mesmos, Jesus se ofereceu a si mesmo
realizando o sacrifício perfeito que apaga todos os pecados. Por isso, agora
não precisamos mais de sacerdotes terrenos, porque temos um Sumo Sacerdote
disponível para todos aqueles que aceitam a Jesus como seu único salvador. Jesus
Cristo é o ministro do verdadeiro Tabernáculo do Céu. Portanto, Ele cuida dos
assuntos do seu povo diante de Deus intercedendo para que nossos pecados sejam
perdoados e nossos sacrifícios aceitos.
3.2. Servir com reverência e piedade
A palavra reverência
significa venerar, considerar, ter respeito, dedicar, dar importância, ter
temor, acatar, se subordinar, além de outros sinônimos, ou seja, descreve todo
o comportamento que o cristão precisar ter com relação a Trindade Divina. Como
reverência devemos ter um sentimento de amor e de profundo respeito ao culto
que prestamos a Deus, demonstrando isso quando honramos Ele através de nossa
gratidão e obediência a seus mandamentos. Ainda em reverencia, precisamos ter
temor de Deus que é a base para andarmos em Seus caminhos, para servi-lo a amarmos
a Ele. Agora, pois, ó Israel, que é o que o Senhor, teu
Deus, pede de ti, senão que temas o Senhor, teu Deus, e que andes em todos os
seus caminhos, e o ames, e sirvas ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e
com toda a tua alma, (Dt 10.12). Quem teme ao Senhor compreende o quanto Ele odeia o pecado e que
devemos temer o Seu julgamento do pecado, para que não sejamos reprovados como
os judeus foram no tempo Ezequiel.
3.3. Procurar cumprir bem o
ministério
Procura
apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar,
que maneja bem a palavra da verdade. Mas evita os falatórios profanos, porque
produzirão maior impiedade (2 Tm 2.15,16). Nesta passagem bíblica, vemos o Apóstolo Paulo dando orientações a Timóteo
de como deveria se comportar como um homem que valoriza a missão dada por Jesus
Cristo. Ele ensina que, o obreiro deve ter compromisso com o Evangelho e proclamar
a palavra da verdade, devendo para isso, estudar muito para corretamente transmitir
o que Cristo ensinou. Caso contrário, se não tivesse o devido cuidado com o
manejo da palavra acabaria trazendo prejuízo ao seu trabalho e trazendo com
isso a impiedade no meio do povo. Portanto, atualmente precisamos também ter a
mesma reponsabilidade com o ministério de Cristo para não trazermos ou
permitirmos que heresia adentre os nossos templos e venha a causar a perdição
de muitos.
Conclusão
Aprendemos que
para servir ao nosso Deus temos que ter compromisso, não podemos servi-lo de
qualquer maneira, mas seguir ao que Ele nos determinou. Entendemos que é Ele
quem decide como devemos adorá-lo porque somos os seus servos. No deserto do Sinai Deus instruiu ao seu servo
Moisés como deveria ser construído o tabernáculo para adoração, Moisés não escolheu
nada, tudo Deus ensinou para ele. Hoje para adorarmos a Deus precisamos ter fé
em Jesus Cristo e valorizar o Seu sacrifício na cruz, nos entregando totalmente
a Ele para fazer conosco o que quiser, conforme a Sua vontade. Deus é
Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.24).
Para isso, devemos adorá-lo em espírito e verdade, sendo obediente aos seus
mandamentos.
Referências bibliográficas
► Bíblia de Estudo do Expositor. Segunda Edição Revisada (2015), versão
Textual Expositora. 2011;
► Bíblia de Estudo Matthew Henry. Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução
de João Ferreira de Almeida, Central Gospel, 2014;
► Revista do professor adulto. Ezequiel – O profeta com a mensagem de
juízo, arrependimento, restauração e manifestação da glória de Deus - 1º
Trimestre de 2022. Ano 32 n° 122.
► Revista
Betel Dominical, adultos, 1º Trimestre de 2022, ano 32, nº 122. Ezequiel – O
profeta com a mensagem de juízo, arrependimento, restauração e manifestação da
glória de Deus. Lição 11 – Um novo Templo e a restauração do culto.
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Comentário adicional – Diácono Carlos Cezar.
3 comentários:
Parabéns Dc. Carlos César pelo belo comentário. Muito edificante. Deus continue te abençoando
Obrigada por este estudo abençoado, me ajudou muitíssimo!!! Deus o abençoe irmão.
Muito bom! Parabéns.
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