UM HOMEM DE FÉ E CORAGEM
Lição 2 –11 de julho
de 2021
TEXTO ÁUREO
“Então
disse: Não se chamará mais o teu nome de Jacó, mas Israel, pois, como príncipe,
lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.” Gênesis 32.28
VERDADE APLICADA
Após encontrar-se
com Deus, o homem nunca mais é o mesmo, pois, experimenta vida abundante que
somente Deus pode proporcionar.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Explicar o que motivou a rivalidade entre
Esaú e Jacó.
Mostrar como Deus mudou o caráter de Jacó.
Realçar a necessidade de um relacionamento
com Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
EZEQUIEL 37
19. E estas são as gerações de
Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou a Isaque;
20. E era Isaque da idade de quarenta
anos, quando tomou a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de
Labão, arameu, por sua mulher.
21. E Isque orou instantemente ao
Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações,
e Rebeca, sua mulher, concebeu.
22. E os filhos lutavam dentro dela;
então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E se foi perguntar ao Senhor.
23. E o Senhor lhe disse: Duas nações
há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será
mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor.
Comentário adicional
Introdução
Prezados
irmãos, nesta lição vamos abordar sobre a história de Jacó e Esaú. Ambos os
irmãos era filho de Isaque e Rebeca, netos de Abraão. Jacó teve 12 filhos que
foram os patriarcas das 12 tribos de Israel. Ele praticou muitas coisas
erradas, mas no percurso da vida, ele foi moldado e transformado por Deus. Jacó,
apesar dos erros praticados, ele foi um homem de fé e coragem que soube
valorizar a bênção de Deus em sua vida.
1. A rivalidade de Esaú e Jacó
A Bíblia
diz que antes mesmo de Esaú e Jacó nascerem, as crianças lutavam entre si no
ventre de sua mãe Rebeca. (Gn 25.22). E essa rivalidade continuou, conforme
foram crescendo, tanto é que depois do episódio da venda da primogenitura, Jacó
teve que ir embora de casa. Depois de 20 anos distantes um do outro, eles se
encontraram, houve perdão e reconciliação entre eles. “Então Esaú
correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e
beijou-o; e choraram”. (Gn 33.4). Mas ainda hoje a rivalidade continua,
seus descendentes lutam entrem si para sobrepujarem o Oriente Médio.
1.1. Uma revelação
A gravidez
de Rebeca não foi tão confortável, pois as crianças lutavam entre si e causava
um desconforto e sua gestação. Seguindo o exemplo de Isaque, seu marido que
orou durante vinte anos pedindo a Deus que Rebeca tivesse filhos, Rebeca também
buscou a Deus em oração a fim de saber o motivo de sua gravidez ser daquele
jeito. E Deus revelou a ela que a severa luta no seu ventre prefigurava o
futuro antagonismo que haveria entre duas nações que procederiam dos filhos gêmeos
(v. 23). Esaú foi o primeiro a nascer, mas Jacó nasce com a mão agarrada ao
calcanhar de seu irmão. Isaque amava mais a Esaú porque ele se tornou um perito
caçador e a caça era do seu gosto; enquanto Rebeca amava mais a Jacó, por ser
um homem simples e habitava em tendas (Gn 25,27-28). O fato de o filho mais
velho servir ao mais novo era totalmente contrário ao costume do tempo
patriarcal, pois o filho mais velho usufruía dos privilégios de precedência
entre os familiares e, por momento da morte do pai, ganhava porção dobrada da herança
e se tornava o chefe reconhecido da família (cf. Ex 22.29; Nm 8.14-1 7; Dt 21.1
7). Somente algumas afrontas graves podiam invalidar os direitos de
primogenitura (cf. Gn 35.22; 49.3-4; 1Cr 5.1) ou o direito de nascença podia
ser sacrificado ou legalmente transferido para outra pessoa da família, como
nesse exemplo (Gn 25. 29-34). Mas, aqui especificamente, Deus agiu de outra
maneira, já que sua soberania e seus soberanos propósitos não precisavam,
necessariamente, seguir os costumes (cf. Rm 9.10-14, esp. v. 12).
1.2. O direito de primogenitura
A vida de Esaú
foi cheia de escolhas erradas, das quais ele deve ter se arrependido
profundamente. Ele fazia as coisas sem pensar nas consequências futuras, reagia
de acordo com a necessidade do momento, sem perceber do que estava abrindo mão
para satisfazer tal necessidade. Como pode alguém trocar sua primogenitura por
um prato de lentilhas? A primogenitura lhe daria o direito de ter porção dobrada
da herança dos pais, além de ser o chefe da família, talvez ele pensou que
aquilo não ia ter nenhuma valia, porém estava enganado e não valorizou a bênção
da primogenitura. Sua história aclaram que as falhas e os pecados têm consequências
mais duradouras do que imaginamos (Gn 25.29-34; 27.36). Mesmo que haja o
arrependimento e o perdão, mas não acabam as consequências do pecado. Esaú era
uma pessoa que queria as bênçãos de Deus, mas não queria Deus, mesmo ele lamentando
com choro o que havia feito, não teve como desfazer o erro.
1.3. A troca de papeis
Quando o
Eterno Deus faz promessa, não precisamos ficar inquietos e preocupados, pois
nosso Deus é fiel para fazer cumprir a Sua palavra. Certo dia, Isaque ficou com
vontade de comer carne de caça e pediu que Esaú lhe preparasse algo saboroso,
prometendo recompensar o filho com uma benção. Aqui Isaque já estava com 137
anos, suas vistas já estavam escurecidas e, provavelmente imaginava que sua morte
estava perto. Rebeca, ouviu a conversa e muito astuciosa, idealizou um plano para
enganar seu marido e conseguir a benção para Jacó, seu filho amado. Não
precisava de nenhuma esperteza, porque Deus havia prometido que a benção seria
de Jacó (25:23b). Esaú errou porque não soube valorizar a bênção de Deus, todavia,
Jacó também agiu de forma errada, pois queria alcançar a promessa de Deus por
meio de artimanhas. O resultado disso é que Jacó teve que sair de sua casa com
medo da ira de seu irmão e foi para Padã-Harã, onde começa uma nova fase de sua
vida. É muito triste saber que Rebeca e Jacó nunca mais se viram, pois quando
Jacó volta de Padã-Harã sua mãe já havia morrido. Precisamos confiar mais nas
promessas do Senhor. “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança;
porque fiel é o que prometeu”. Hebreus 10.23.
2. Uma nova etapa
Jacó
vivenciou muitas fases na vida, mas cada etapa foram marcadas por um encontro
pessoal com Deus. Durante sua fuga, Deus lhe apareceu no caminho, não apenas
lhe confirmando a benção, mas, também despertando nele um conhecimento pessoal
sobre si mesmo. Aqui, o patriarca Jacó inicia uma nova etapa, o nome de Jacó
significa aquele que agarra, de forma figurada: “ele engana”. Jacó vai passar
por duras provas, todavia, Deus estava transformando e mudando o seu caráter.
Durante essa etapa Jacó experimentou a vida por um outro ângulo ao ser
manipulado e enganado por Labão.
2.1. Deus está neste lugar
Deus é
gracioso e na viagem de Jacó, Ele vai ao seu encontro e em sonhos, revela que a
promessa feita a Abraão e Isaque seria repassada para ele. (veja Gn 28.13,14). Deus fez uma promessa muito confortadora e
provedora de certeza que permaneceu gravada no coração de Jacó durante sua
viagem em Harã (veja 30.25). “E eis que estou contigo, e te guardarei por
onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei,
até que haja cumprido o que te tenho falado” (Gn 28.15). A fuga de Jacó
não anulou nenhuma das promessas que Deus lhe haviam proferidas. Ele chamou o
lugar de Betel,” Casa de Deus” pois Deus estava ali. Para tornar
a experiência inesquecível, ergueu ali uma coluna de pedras para lembrar que
aquele era um local santo, um santuário onde seria sempre possível desfrutar da
íntima comunhão com Deus.
2.2. Servir por amor
Ao chegar a
Padã-Arã, Jacó foi levado a um poço no campo onde os pastores da região de Harã
cuidavam de seus rebanhos. Ali Deus já tinha preparado os acontecimentos para que
Raquel chegasse justamente quando Jacó falava com os pastores. Ao avistar
Raquel e atentar para beleza e sabendo pelos pastores que era sua prima, Jacó
beijou a Raquel e erguendo a voz, chorou. (Gn 28.11). O Choro não era de
tristeza, mas de alegria em saber que o Senhor tinha prosperado o seu caminho.
Pelo amor que sentia por Raquel, ele trabalhou de graça para Labão durante sete
anos. Quando fazemos algo com amor quer seja na obra de Deus ou em outros
trabalhos, tudo será feito com alegria e contentamento de coração.
2.3. A lei da semeadura
A lei da
semeadura é simples de entender, significa que toda “semente” que você lançar
na terra um dia retornará para você em forma de “colheita”. Mas ao falarmos de
semeadura não estamos falando da plantação agrícola, porém as sementes que
espalhamos na terra, são as nossas atitudes. Devemos observar que todas as
nossas atitudes podem resultar numa colheita boa ou ruim, dependendo do que
semeamos. Tudo que a pessoa semear sempre regressa como colheita e foi
justamente o que aconteceu com Jacó. Depois de trabalhar arduamente sete anos por
Raquel a filha mais nova, Jacó foi enganado por Labão e levado a se casar com
Lia. Depois das festividades do casamento de Lia, Jacó casou-se com Raquel, sua
irmã mais nova, todavia, teve de trabalhar mais sete anos em pagamento.
Certamente, Jacó ficou irritado quando soube que Labão o enganara. O enganador
de Esaú e de Isaque seu pai agora é enganado. Como é natural nos chatearmos com
a injustiça cometida contra nós, enquanto fechamos os olhos as injustiças que
cometemos contra outros! Isso é que chamamos lei da semeadura, o que prantamos
iremos de alguma forma colher.
3. O surgimento de uma nação
Já havia
bastante tempo que Jacó tinha saído de casa, tinha muitos filhos e tinha
adquirido muitos bens. Porém, nem os todos os dias são notáveis, mesmo na vida
dos melhores e maiores servos de Deus. A convivência com seu sogro Labão e seus
filhos já não era mais a mesma. Então, mais uma vez Deus fala com Jacó: “E
disse o SENHOR a Jacó: Toma a terra dos teus pais e à tua parentela. e eu serei
contigo”. (Gn 31.3). Obediente a voz de Deus, chegou a hora de retornar
a sua terra.
3.1. Gileade, lugar de testemunho
Quando Labão
ficou sabendo da fuga de Jacó, ele chamou seus homens e saiu-lhe no encalço,
por sete dias de jornada. No caminho Labão recebeu uma mensagem de Deus, era
uma ordem de abster-se de fazer qualquer pressão contra Jacó. Não devia falar
bem nem mal, isto é, não devia dizer nada. (Gn 31.24). Então Labão e Jacó resolveram
fazer uma aliança, na verdade, não era um pacto entre amigos pedindo proteção
ao Senhor, enquanto estivessem separados. Tratava-se de um acordo entre dois trapaceiros
pedindo a Deus a garantia de que ambos agiriam corretamente quando estivessem
longe um do outro! Foi um pacto de não agressão, mas, também obrigava Jacó a não
maltratar as filhas de Labão, nem tomar outras esposas. Labão denominou aquele montão
de pedras de Jegar-Saaduta, expressão aramaica; mas Jacó lhe chamou Galeede.
Ambos os nomes significam “montão de testemunha”. Nenhum dos dois deveria
ultrapassar a fronteira daquele montão para atacar o outro. É importante sempre
obedecer a voz do Senhor, pois a obediência nos livra de muitos perigos em
nossa caminhada.
3.2. Vau de Jaboque, lugar de mudança
Jaboque é um
córrego de c. 100 km de extensão a leste do Jordao, que desemboca nesse rio
entre o mar da Galileia e o mar Morto (c. 72 km ao sul do mar da Galileia). Jacó
estava prestes a se encontrar com seu irmão Esaú e temeroso desse momento, ele
passou a noite sozinho e teve uma das maiores experiências de sua vida, um
varão veio ao seu encontro e lutou com ele toda aquela noite. “Jacó, porém,
ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia. (Gn 32.24). Jacó
chamou o nome daquele lugar Peniel, ou "face de Deus" (Gn 32.30). No
decorrer da luta, o Senhor deslocou a junta da coxa de Jacó, deixando-o manco
para o resto da vida. Apesar de ter perdido a luta física, Jacó ganhou um notável
triunfo espiritual: aprendeu a triunfar sobre a derrota e a permanecer firme na
fraqueza. Reconheceu sua fraqueza e falta de capacidade e confessou que seu
nome era, de fato, Jacó, um suplantador, um “vigarista”. Assim, Deus mudou o
nome de Jacó para Israel que significa, segundo algumas
traduções: “Deus governa”, “aquele que luta com Deus” ou “príncipe de Deus”).
Segundo Oséias (Os 12.4) esse homem era o Anjo do Senhor, que também é identificado
como Deus. O nome pessoal de Jacó mudou de um significado — "agarrador de
calcanhar" ou "enganador" — para outro, ou seja, "lutador
de Deus" ou "ele luta com Deus" e com os homens. (Gn 32.28).
3.3. El-Betel, lugar de adorar a Deus
Há sempre
lugares que ficam gravada em nossa memória, seja por ter passados momentos bons
ou algumas adversidades na vida. Jacó quando saiu de casa passou neste lugar, o
nome dele era luz, depois do sonho, onde Deus se revela a ele, Jacó o chamou de
Betel, “casa de Deus” (Gn 28.20). Todavia, Deus apareceu a Jacó
em sonho e lhe fez promessas que fortaleceu sua vida, pois Deus estava com ele
nessa jornada. “E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que
fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja
cumprido o que te tenho falado”. Gênesis 28.15. Depois de tanto tempo, chegou
a hora de Jacó retornar e passar novamente naquele lugar. “E edificou ali
um altar, e chamou aquele lugar El-Betel; porquanto Deus ali se lhe tinha
manifestado, quando fugia da face de seu irmão” (Gn 35.7). Jacó não
tinha esquecido da promessa que Deus tinha feito, na primeira vez seu nome
ainda era Jacó, mas agora Jacó não era mais o mesmo, Deus havia mudado seu nome
e toda sua pessoa, agora quem volta é Israel. Ele chama o lugar de El-Betel
que quer dizer “O Deus da Casa de Deus”. Ele voltou transformado
em um outro homem e Deus cumprindo a promessa faz dele pai de uma grande nação.
Conclusão
Jacó foi um
homem que fez de tudo, tanto o certo como o errado, Ele enganou o seu próprio irmão
Esaú, e o seu pai, Isaque. Lutou com um anjo e trabalhou catorze anos para se casar
com a mulher que amava. A vida de Jacó nos mostra como um grande líder pode ser
também um servo. Também observamos como as, más ações sempre retornam contra nós.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
► Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de
Almeida CPAD, 2008.
► Bíblia de Estudo
MacArthur. Edição Revista e Atualizada, tradução de João Ferreira de Almeida, Barueri,
SP: SBB, 2013.
►
CHARLES F, Pfeiffer. Comentário Bíblico Moody. Gênesis a Apocalipse.
São Paulo: Editora Batista Regular, 2004.
►
MacDonald, William. Comentário Bíblico Popular Antigo e Novo Testamento. São
Paulo: Mundo Cristão, 2011.
► Revista do
professor: Adultos. Triunfando sobre as batalhas e adversidades da vida. Rio de
Janeiro: Editora Betel – 3º Trimestre de 2021. Ano 31 n° 120. Lição 2 – Um
homem de fé e coragem.
COMENTÁRIO ADICIONAL
Ev. Ancelmo Barros de Carvalho. Servo do Senhor
Jesus.
3 comentários:
A paz de Cristo,excelente estudo.Obrigada por compartilhar.
Obrigado meu amigo. Deus é contigo.
Deus abençoe! Evangelista Ancelmo
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