ALCANÇANDO A CURA DOS RESSENTIMENTOS
Lição 11 - 13 de dezembro de 2020
TEXTO ÁUREO
“Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos
desconjuntados.” Hebreus 12.12.
VERDADE APLICADA
Pelo
poder do Espírito Santo, o discípulo de Cristo pode perdoar e não permitir que seja
dominado por mágoa, ira e ódio.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► CONHECER mais
a respeito do ressentimento.
► APRESENTAR o
ressentimento como um problema.
► APONTAR os passos para a curas do ressentimento.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Hebreus 12
13. E fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que
manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.
14. Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,
15. Tendo cuidado de que ninguém
se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos
perturbe, e por ela muitos se contaminem.
16. E ninguém seja fornicador, ou profano, como Esaú, que, por um
manjar, vendeu o seu direito de primogenitura.
17. Porque bem sabeis que,
querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou
lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou.
INTRODUÇÃO
Na
continuidade dos estudos sobre a restauração e manutenção do bem-estar do ser
humano, é indispensável trazermos o tema “ressentimentos” e aprendermos sobre
suas causas e resultados e os passos para superarmos este problema.
1.
CONHECENDO O RESSENTIMENTO
A
palavra ressentimento significa mágoa que se guarda de uma ofensa ou mal que
recebeu. Normalmente este sentimento encontra guarida em nossos corações de
pessoas mais próximas de nossa convivência, como família, irmãos da igreja,
amigos e colegas de trabalhos. A convivência diária nos leva a comunicação
constante e, isto posto, está sujeito ocorrer divergências de opiniões e
pensamentos e logo surgir um atrito. E se isto não for resolvido poderá descer
para o coração e dar lugar à mágoa.
1.1.
O ressentimento é o maior inimigo dos relacionamentos
Em
Gênesis 27.41 temos uma demonstração do que o ressentimento é capaz de fazer.
Esaú se sentiu injustiçado por aquilo que Jacó fez ao receber a bênção da
primogenitura em seu lugar, embora não tenha levado em conta que a havia
desprezado [Gn 25.29-34]. O ressentimento de Esaú gerou nele o desejo de matar
seu irmão, Jacó, que precisou fugir e durante um longo período viveu sem nenhum
contato com seu irmão Esaú. O relacionamento entre os dois irmãos foi
interrompido por causa daquela situação.
1.2.
O ressentimento causa sensação de vazio
Este sentimento
leva à cegueira, pois muitos não abrem mão da razão. Quantos cônjuges, pais e
filhos, amigos e irmãos contaminados por este mal! Com este sentimento abrigado
no coração, a sensação sempre será de vazio e de frustação. É preciso atentar
para recomendação bíblica de Hebreus 12.15, pois muitos estão se privando da
graça de Deus por viverem assim, até suas orações são feitas com desejo de
vingança e com uma visão distorcida chegam a afirmar “coloquei na mão de Deus”,
como se Deus fosse tomar partido nesta situação que Ele não aprova.
1.3.
Os aspectos do ressentimento
O
ressentimento pode ser manifesto ou oculto. Às vezes não admitimos. A Palavra
de Deus mostra que este sentimento faz parte das obras da carne. Gálatas
5.19-21 diz: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são:
prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já
antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”.
O cristão não foi chamado para viver estas obras, tem que haver mudança.
2. O
PROBLEMA DO RESSENTIMENTO
Quando
somos feridos pelas pessoas, a reação normal é de ressentimento. Isto parece
ser natural, normal. Contudo, será saudável se não perseverarmos nesta reação.
Isto tende a crescer e se tornar uma raiz de amargura, levando a pessoa a se
fechar e ao isolamento. Onde não quer mais se relacionar com ninguém, acreditando
que todos querem lhe fazer mal.
2.1.
O ressentimento é inútil
Jó 5.2 está
escrito: “Porque a ira destrói o louco; e o zelo mata o tolo”. Logo ficar
ressentido não leva a nada. Não vale a pena. Eclesiastes 7 .9 diz: “Não te
apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos”.
Não podemos mudar o passado ou aquela situação que ocorreu. O ressentimento não
conserta nada, não muda nada. Por isso, não se pode viver o presente
preso às mágoas do passado. Isto é tolice, é andar para trás sem enxergar o
hoje como um presente de Deus. Então por que ficar ressentido? Por que abrigar mágoa
no coração? Isso não adianta. Não faz sentido.
2.2.
O ressentimento é autodestrutível
Quando
você se permite ficar ressentido, você estará se machucando mais do que o outro
com quem você está magoado. Ele pode ter esquecido o fato e o fardo permanece
só com você. Usar o ressentimento, como arma para ferir alguém, é como apontar
a arma para você mesmo, o sofrimento só irá aumentar com isso. Sempre vai ferir
você mais do que alguém. Enquanto você estiver com rancor, irado, chateado,
isso tudo se volta contra você. É como uma bola de tênis; quando é arremessada
para o oponente, ela volta com uma força muito maior para quem a lançou. Tenha
em mente que as pessoas que foram instrumentos de ferida no seu passado não
podem mais interferir na sua vida, é necessário seguir adiante sem este peso.
2.3.
O ressentimento atrai desgraça
Não se
pode ser feliz e infeliz ao mesmo tempo, abrigar o ressentimento é atrair a
desgraça e o mal. Muitos até têm uma condição de vida favorável, que pode
demonstrar que são felizes. No entanto, se há problemas nos relacionamentos e
situações mal resolvidas pela mágoa, isto não lhe trará alegria. Quantas
pessoas enfermas por falta de abrir mão do ressentimento, quantas partem desta
vida com o coração ferido. Outras nunca provaram de um só momento de alegria e
conquistas na família ou na igreja. É preciso lançar fora este sentimento
perverso e maligno. Ficar se privando de momentos de alegria, aniversários,
casamentos e passeios na base do “Se o Fulano for, eu não vou”, ou “Se ela for,
não conte comigo”, é ser acorrentado pela infelicidade.
3. A
CURA DO RESSENTIMENTO
Todo
paciente ao entrar em um consultório precisa falar ao médico sobre sua dor. É necessário
admiti-la e contar o que levou a procurá-lo. Assim precisamos fazer com Deus,
ser honesto e admitir que está doendo e onde dói. Confesse francamente a Ele e
diga: “Está doendo, Senhor!” [Jó 10.1].
3.1.
Abra o seu coração sobre sua dor
O
ponto de partida para tratamento e cura é admitir que existe a dor, o segundo
passo é submeter-se ao tratamento para alcançar a cura, é ser paciente e se
entregar totalmente aos cuidados do médico da alma em excelência que é Jesus
Cristo, nosso Senhor. Não tem como cortar caminho, este é o único meio para o
coração sarar.
3.2.
Libere e perdoe o seu ofensor
Os
amigos de Jó lhe machucaram, lhe feriram, eles o deixaram. Foram indiferentes à
sua dor, não foram compreensivos. Não há nada que doa mais do que ser
mal-entendido ou acusado falsamente. Jó era inocente. O que mais precisava
naquele momento era de palavras de afeto, compreensão e apoio. Deus havia permitido
o inimigo agir na vida de Jó sem aviso prévio.
3.3.
Redirecione sua vida
Por
certo, em algum momento de sua vida, você tomou uma direção errada e percebeu
que caminhar naquela direção não estava produzindo nada, então deu aquela marcha
ré, redirecionou seus passos e passou a ser bem-sucedido. Devemos fazer assim
também com nossos sentimentos e emoções, redirecionando para o perdão e
superação. Para Deus fazer e trazer algo realmente “novo” para sua vida, você
precisa dar este passo de redirecionamento da sua
vida. O salmista redirecionou seu foco [Sl 73.16-17; 77.10-14]. Perdoe, libere,
não alimente o sentimento de vingança. Assim se faz a coisa certa. Deixe-os ir
sem cobrá-los e os perdoe. O perdão é liberado primeiro com a razão, e depois com
a emoção.
CONCLUSÃO
O
ressentimento nunca deve permanecer abrigado em nossas vidas, é uma bagagem
desnecessária, um peso que em nada acrescenta na nossa caminhada. O caminho
mais excelente é o do perdão e reconciliação. Sigamos o exemplo de Jesus, que a
todos perdoou e ainda perdoa.
COMENTÁRIO - Lição da revista
Dc.
Carlos Eduardo
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