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O perigo da crise emocional no exercício do poder - Comentário adicional

 O PERIGO DA CRISE EMOCIONAL NO EXERCÍCIO DO PODER
Lição 10 - 6 de dezembro de 2020

TEXTO ÁUREO
“A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra.” Provérbios 29:23
VERDADE APLICADA
É imprescindível que cuidemos, também, da nossa saúde emocional e deixemo-nos ser guiados pelo Espírito Santo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► COMENTAR sobre a tentação por busca de poder;
► ESTUDAR acerca do perigo da crise emocional;
► FALAR sobre a crise emocional e a inversão de valores.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Filipenses 2
5. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
6. Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
7. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
8. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
9. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
10. Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra.
INTRODUÇÃO
Vamos estudar nesta lição, que para exercitar o poder que nos é dado por Deus o crente precisa ter equilíbrio emocional e andar conforme o direcionamento do Espírito Santo, caso contrário, acabará sofrendo crise emocional por não saber lidar com o poder.

1. A TENTAÇÃO POR BUSCA DE PODER
“O significado do poder indica o direito de alguém em deliberar, decidir e mandar. A faculdade de exercer autoridade, domínio e influência sobre alguém ou sobre um povo. Este poder pode ser social, político, ideológico, econômico ou religioso.” (Pr. Douglas Baptista, CPADnews). Em todas as relações humanas haverá sempre o exercício do poder, e isso vai ocorrer no mundo secular e no mundo eclesiástico. O homem buscar o poder e a conquista por si só não é errado, mas esse desejo para ser atendido não pode ser a qualquer preço e custo. Não há problema o homem buscar uma promoção em seu trabalho, crescer em seus negócios ou almejar um cargo mais alto na igreja. O problema é que muitos no afã de conseguir atender o seu desejo de poder usa de meios inescrupulosos, como a mentira, a calúnia, a manipulação e de outros meios insidiosos. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tiago 1:14). Nesta passagem bíblica, fica evidenciado que a origem do mal e da tentação está em nosso próprio coração, somos atraídos pela nossa própria concupiscência, o combustível está em nós mesmos, basta somente uma chama externa para sermos atraídos por persuasões e ilusões enganosas. Também, não podemos esquecer que quem detém todo o poder é somente Deus, nós somos somente designados, ou seja, chamado, intitulado, qualificado, mas o poder continua sendo Dele. João respondeu, e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se não lhe for dada do céu (João 3:27).

1.1. Somente Deus é Onipotente.
De forma resumida, podemos dizer que a Onipotência de Deus significa que Ele é Todo-Poderoso e que possui controle sobre todas as coisas. "Desde os dias mais antigos eu o sou. Não há quem possa livrar alguém de minha mão. Agindo eu, quem o pode desfazer?" (Isaías 43:13). Antes que tudo o que há existisse Ele já Era, Ele tem o poder sobre todas as coisas em todos os momentos e em todos os sentidos. "Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca" (Salmo 33:6). Foi Ele quem criou tudo com o poder de sua palavra, ele determinou e tudo aconteceu conforme a Sua palavra. E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos (Daniel 2:21). Podemos ver nesta passagem bíblica que todo o poder vem de Deus que dá a quem Ele quer, quando ele quiser, e tira quando for o Seu desejo. Portanto, o poder é todo Dele e ninguém tem se ele não der.

1.2. O poder absoluto dado a Jesus.
“E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão” (Daniel7.27). Vemos nesta passagem que todo poder e autoridade universal seria concedida a Jesus, e isso se consumou após Ele ter ressuscitado ao terceiro dia.  Ele recebeu todo o poder no céu e na terra para governar sobre tudo e todos. E qual a sobre-excelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro” (Efésios 1.19,21).

1.3. Tentativa de ser como Deus: sugestão de Satanás.
Desde a queda do homem no Jardim do Éden, o diabo vem tentando o homem utilizando as suas próprias concupiscências, aproveitando dos seus desejos e vaidades para o afastar da presença de Deus. Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2 Pedro 2:13-15). Na tentativa de ser como Deus, o homem segue os seus próprios caminhos buscando atender aos desejos do seu coração, para isso esquecem os mandamentos divinos e desprezam ao seu criador, negando a autoridade de Cristo em suas vidas que tem o poder para refrear todo o mal. Infelizmente, muitos lideres atuais, em busca de honrarias e poder, e cobiçando ao dinheiro tem seguido os caminhos de Balaão, que em busca de horarias e bens materiais abandonou o povo de Deus, se vendendo para o inimigo. Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória, mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça (João 7:18). Por isso, não temos que buscar a nossa própria glória, mas buscar a glória do Senhor Jesus Cristo, que tem todo poder e merece toda honra e glória por ter morrido na cruz para nos salvar do castigo eterno.

2. O PERIGO DA CRISE EMOCIONAL
Assim como os reis da Babilônia e o rei de Tiro, muitos ao chegarem ao poder se esquecem para que foram chamados, começam a se preocupar somente com os seus negócios e se corrompem, se desviando dos caminhos do Senhor. Estes, se esquecem que foi Deus quem os colocou naquele posto e que tem o poder de os tirar de lá. Este é o grande perigo no exercício do poder na obra de Deus, se esquecer da missão que lhe foi outorgada por Deus, que é pregar o evangelho e buscar salvar as almas dos perdidos, e conduzir os servos do Deus vivo nos caminhos santos. Portanto, se dedicam aos seus comércios e deixam de buscar a justiça e trazer alívio a todos aqueles que estão perdidos neste mundo.

2.1. A síndrome em torno das lideranças.
"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. Toda árvore que não produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês os reconhecerão" (Mateus 7:15-20). Nesta passagem bíblica Jesus nos alerta sobre os falsos profetas, que viriam com aparência de cristãos piedoso, mas que não passam de impostores, e nos ensina a observar os seus frutos, pois somente uma boa árvore pode dar frutos bons. Conforme Cristo ensinou, esta advertência tem se cumprido atualmente em nosso meio, temos vistos os mercadores da palavra de Cristo por todos os lados, vendendo todos os tipos de milagres e recompensas desde que sigamos cegamente os que eles falam. Por isso, precisamos dar muita importância ao estudo da palavra de Deus, para não sermos enganado por falsos profetas que buscam atender suas ambições e projetos de poder. Esses falsos profetas têm desviado a muitos, inclusive muitos crentes, e causado muitos conflitos e confusão no meio do povo, envenenando a muitos. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos. Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente (Marcos 13:22-23).

2.2. O caso de Saul.
Conforme está escrito no livro 1 Samuel, Saul foi escolhido por Deus para ser o primeiro rei de Israel, atendendo a vontade dos israelitas. De acordo com as Escrituras, ele atendia os vários requisitos para ser rei, conforme a expectativa do povo. No início ele foi humilde, chegando até mesmo a ser esconder em meio a bagagens, talvez na esperança de que escolhessem outro para ser rei, pois sabia que os desafios de governar Israel seriam muitos. O Rei Saul no início do seu reinado foi bem, pois sob orientação do profeta Samuel agia conforme a vontade do Deus de Israel. Em 1 Samuel 11, Saul saiu a guerra contra os amonitas e foi vitorioso, confirmando para todo o povo que ele era digno de ser rei. O exemplo de Saul serve para todos nós, que mesmo não nos julgando capaz de fazer a obra, Deus nos escolhe e nos capacita a cumprir com o Seu chamado. No entanto, precisamos dar ouvido aos seus mandamentos e obedecer a Sua palavra, recebendo de bom grado os conselhos dos profetas, como Samuel, além de ouvir a voz do Espírito Santo de Deus.

2.3. Características emocionais que fizeram Saul tropeçar.
Saul recebeu a unção de Deus, assumiu a posição de rei e tinha potencial para se tornar um grande líder. Porém, ainda que não tivesse nenhum limite externo que bloqueasse a sua liderança, ainda havia limites internos em Saul, que tampava a sua visão. São eles: o medo, a impaciência, a negação, a falsidade, o ciúme e a ira. Todas as fraquezas de caráter, que eram camuflados por sua larga arrogância” (Jhon Maxwell em seu livro, 21 Minutos de Poder na Vida de um líder). Conforme o escritor Jhon Maxwell, Saul tinha vários conflitos internos que o fizeram tropeçar, ele não soube dar ouvidos aos conselhos que o profeta Samuel lhe dava, por várias vezes tomou decisões totalmente contrária as orientações de Deus. Nos registros bíblicos sobre o rei Saul, fica evidente que ele não se arrependia de seus erros, mesmo sendo advertido continuamente por Samuel continuava em frente, demonstrando ser uma pessoa obstinada. O rei Saul foi um homem escolhido por Deus, mas devido as suas desobediências foi rejeitado por Deus, que escolheu a Davi para ocupar o seu lugar. Por isso, devemos aprender com os erros de Saul, mesmo sendo escolhido por Deus para assumir uma liderança em sua obra se não obedecermos podemos ser rejeitados por Deus, Ele sempre terá outro para cumprir os seus propósitos. Podemos até não começar muito bem, mas devemos procurar terminar bem. “Eis que é melhor obedecer do que sacrificar” (1 Samuel 15:22,23). Temos que ouvir o conselho do profeta Samuel que é melhor obedecer.

3. A CRISE EMOCIONAL E A INVERSÃO DE VALORES
Uma liderança muito focada em atingir metas ao invés de se preocupar com as ovelhas do Senhor, acabará se afastando do objetivo do chamado de Deus e terá muitas crises em seu ministério, e causará muitos problemas entres os irmãos. O propósito que nos foi dado por Jesus Cristo é ir a todas as nações e pregar o evangelho, batizando em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, qualquer objetivo fora disso é secundário.  

3.1. As consequências são inevitáveis.
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos (Salmos 126:6). De acordo com esta passagem bíblica, esta deve ser a missão de todos os cristãos e líderes, levar a palavra de Deus com muito esforço e perseverança pregando o evangelho a todos, pedindo perdão pelos seus pecados e clamando a Deus por força e misericórdia. Esse líder compromissado com a palavra de Deus terá ao seu tempo a devida recompensa que virá do Senhor pelo esforço despendidos e lágrimas derramadas. Ao contrário, tem aqueles que procuram somente a sua satisfação pessoal, não cuida da obra que Deus entregou em suas mãos, estes receberão a devida recompensa pelo que deixaram de fazer. Precisamos entender que a Lei da Semeadura é inevitável em nossas vidas, todos um dia receberemos o salário daquilo que plantamos, colheremos tudo o que fizermos, seja bem ou mal. Portanto, tudo o que fizermos hoje terá impacto em nossas vidas no futuro, e isso vale em nossa vida financeira, familiar e eclesiástica. “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gálatas 6:9). Outra coisa, às vezes nós nos esforçamos muito em uma obra, mas parece que o resultado daquilo que plantamos nunca chega, devemos, no entanto, continuar, pois o resultado chegará ao seu tempo, se pararmos perderemos tudo o que fizemos.

3.2. Os efeitos da crise emocional na liderança geram sequelas.
“Se alguém ensina alguma outra doutrina e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas”, (1 Timóteo 6:3,4). O apostolo Paulo ao escrever a Timóteo o adverte a tomar cuidado com aqueles que corrompem a sã doutrina de Cristo, pois estes sujeitam os ensinamentos a disputas, provocando debates e controvérsias. Vemos muitos problemas nas igrejas atuais provocado por líderes orgulhosos, que rejeitam as opiniões e conselhos dos seus liderados e companheiros de trabalho na obra do Senhor. Por isso, acabam tomando caminhos que não estão corretos aos olhos de Deus, sendo soberbos e contenciosos, nada sabendo e consequentemente causando muito danos a igreja. Nesse sentido, todos precisamos conhecer a nós mesmos para que saibamos lidar com os desafios que surgem durante a caminhada na obra de Jesus Cristo, temos que deixar o Senhor trabalhar em nossas vidas através do Espírito Santo. “Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância”; (Tito 1:7). Em Tito, está descrito como deve agir o líder da igreja para não causar danos a obra do Senhor. Este não deve ser amante de si mesmo, não egocêntrico, não ter temperamento precipitado, não ser raivoso, e, não cobiçoso, não ser preocupado somente com o dinheiro, além disso, precisa de outras qualidades é claro.

3.3. Falta de saúde e equilíbrio emocional prejudica o vocacionado.
Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pedro 5:2,3). Em nossa caminhada na vida cristã nos deparamos com líderes que vemos o seu chamado para a obra de Cristo, mas as suas atitudes diante dos desafios que se apresentam são desastradas. Muitos, quando contrariados em suas decisões agem como verdadeiros ditadores como se os irmãos fossem seus empregados. Desse modo, esses líderes agem impulsivamente, muitas vezes de forma arrogante, sem demonstrar amor e respeito pelos servos do Senhor, agindo como se fossem dono das ovelhas de Deus, trazendo grande prejuízo ao seu ministério. “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós. Rogamo-vos também, irmãos, que admoesteis os desordeiros, consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos e sejais pacientes para com todos” (1 Tessalonicenses 5:12-14). Todos nós, como irmão ou líder na casa do Senhor devemos respeitar e amar aos nossos superiores e irmãos, sendo obediente e paciente para com todos, exortando uns aos outros procurando o bem estar e o conforto de todos, também admoestando publicamente ou reservadamente, aqueles que comentam algum erro, mas com amor para que todos possam aprender junto no Senhor.

CONCLUSÃO
Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas, agora, tendes voltado ao Pastor e Bispo da vossa alma” (1 Pedro 2:25). Irmãos, independente da posição que tenhamos hoje na igreja, no passado éramos ovelhas desgarradas e fomos resgatados pela misericórdia de Deus. Por isso, também temos o dever amar e cuidar de nossos irmãos em Cristo, sendo pacientes e dispostos a ajudar e ensinar, agindo com temperança e equilíbrio, não sendo dominadores e não fazendo negócio com a lã das ovelhas, mas sendo exemplo como o Senhor Jesus Cristo é para todos que o seguem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Matthew Henry. Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, Central Gospel, 2014;
Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida. 1995.
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COMENTÁRIO ADICIONAL
Dc. Carlos Cezar ADTAG 316 Samambaia Sul-DF.

 

 

 

 

 

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