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Um chamado à adoração e um alerta - Comentários adicionais (Pr José Carlos)


 UM CHAMADO À ADORAÇÃO E UM ALERTA
Lição 9 – Domingo, 31 de maio de 2020

TEXTO ÁUREO
Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” Salmo 95.6

VERDADE APLICADA
A adoração envolve cânticos, alegria, reverencia proclamação, mas, também, obediência.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
MOSTRAR que o Salmo 95 é um convite à adoração.
ENTENDER o que é a adoração verdadeira.
ALERTAR que é preciso estar atento à Palavra de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
SALMO 95
1 – Vinde, cantemos ao SENHOR; jubilemos à rocha da nossa salvação.
2 – Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos.
3 – Porque o Senhor é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses.
8 –
Não endureçais os vossos corações, como em Meribá e como no dia da tentação no deserto;
9 – Quando vossos pais me tentaram, provaram-me, e viram a minha obra.
10 – Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos.

INTRODUÇÃO
Este Salmo é um convite a todos para adorar a Deus pela Sua grandeza e por tudo que tem feito por nós. O Salmo 89 chama Israel para adorar, o Salmo 96 chama todas as nações da Terra para adorar o Deus de Israel (96.1, 3,7,10, 13). Ao conclamar o povo de Deus para celebrar o Senhor, o salmista apresenta três admoestações que devem ser obedecidas. O salmista diz como louvar a Deus (vv. 1, 2) e por que louvá-lo (vv. 3-5). Trata-se de um louvor em comunidade, não individual, apesar de ambos serem importantes.
Nosso louvor deve ser cheio de alegria e entusiasmo e deve ser completamente voltado ao Senhor. Louvamos ao Senhor Porque ele é grande e está acima dos falsos deuses deste mundo, Ele é nosso “Grande Deus e Salvador” (Tt 2.13) e devemos ter prazer em louvá-lo. Deus é o Criador do Universo e controla todas as coisas.

1. UM CONVITE A ADORAÇÃO
“E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo” (1 Coríntios 10:4). O apóstolo Pedro em sua primeira carta aos cristãos da dispersão deixou registrado que os profetas inquiriam e trataram diligentemente sobre a salvação que profetizavam e em que tempo a salvação se daria. Embora os profetas de Deus não soubessem os tempos em que a salvação de Deus havia de se manifestar, foi-lhes revelado que não profetizavam para eles mesmos (1Pe 1:10 -12).
Considerando que os salmos são profecias acerca do Cristo, o Filho de Davi (1Cr 25:1 -3; At 2:30), é fácil admitir que com o salmo 95 não seria diferente, pois o salmista profetizou acerca da salvação em Cristo. VINDE, cantemos ao SENHOR; jubilemos à rocha da nossa salvação. Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos”. O salmista Davi faz um convite: ‘Vinde, cantemos ao Senhor!’. O convite é para cantar com alegria à rocha que é salvação. O convite do salmista vai além da ideia de cânticos litúrgicos. Para cantar, jubilar é necessário reconhecer, crer e confessar que o Senhor é a rocha da salvação (v.1; Hb 4:7).

Vinde e cantemos
É um convite para cantamos juntos sem contenda sem inveja sem ser melhor do que ninguém mais na mesma comunhão em espírito e o louvor subindo até aos céus e Deus derramando a sua graça. É um convite solene aos remidos para se apresentarem à rocha da salvação com louvores, celebrando com salmos. Por que os louvores devem ser celebrados com salmos? Porque os salmos são profecias, ou seja, testemunho de Deus acerca de Si mesmo.

1.2. Ele está acima de todos os deuses
No dicionário da língua portuguesa, a palavra soberania está explicada como “autoridade suprema que detém o poder sem restrições”. Teologicamente, “soberania” significa controle e domínio absoluto de Deus sobre tudo e sobre todos. Assim, Deus é e está além e acima de toda força ou poder ou autoridade. Nossa mente não consegue entender muito bem os atributos de Deus. Ele é um Ser Todo-Poderoso, Todo-Bom, Todo-Conhecedor, Todo-Sábio. Mas, se não compreendermos o poder absoluto e total de Deus, como poderemos aprender a descansar nEle? Se não entendermos a soberania do Pai, não conseguiremos entregar nossas ansiedades, problemas e preocupações, que ocupam tanto o nosso coração. Por isso, quanto mais próximos estivermos dessa compreensão, mais seguros e confiantes viveremos no Senhor. É a Palavra que nos ensina sobre a soberania de Deus e nós devemos tomar posse dessa verdade. Vamos ver alguns exemplos.   Deus é antes de todas as coisas – Col 1:17 e Salmo 90:2 – Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus.

1.3. Nas suas mãos estão as profundezas da terra  
Pois o SENHOR é o grande Deus, o magnífico Rei acima de todos os deuses! Em suas mãos estão às profundezas da terra; são seus, os cumes dos montes. Dele é o mar – foi Ele quem o criou – e a terra firme, que suas mãos formaram.… Deu tem o controle em suas mãos, pois ele criou todas as coisas. Deus criou todas as coisas – Col 1:16 “pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele”.

2. ENTENDENDO O QUE E ADORAÇÃO
Antes de falar o que é adoração, quero definir o significado de adoração na Bíblia. Adoração na Bíblia, no AT, aparece através da palavra heb. shaha (mais de 100 vezes), que significa “curvar-se diante”“prostrar-se”“veneração”“inclinar-se perante”. No NT a ideia está expressa pela palavra gr. proskuneo (59 vezes), que significa “prostrar-se”“venerar”“beijar a mão”“prestar homenagem a alguém”“fazer reverência a”“adorar”.

2.1. Conceitos de adoração
A adoração é o ato de amar de modo intenso, podendo ter ou não conotação religiosa. Está relacionado a respeito, reverência, forte admiração ou devoção em relação à determinada pessoa, lugar ou coisa. Na arte, o termo costuma se referir a uma pintura que represente a adoração dos Reis Magos ao menino Jesus. Adoração (do termo latino adoratione) é o ato de amar de modo intenso, podendo ter ou não conotação religiosa. Está relacionado a respeito, reverência, forte admiração ou devoção em relação a determinada pessoa, lugar ou coisa. Na arte, o termo costuma se referir a uma pintura que represente a Jesus.

2.2. A forma da adoração         
O apóstolo Paulo descreve perfeitamente a verdadeira adoração em Romanos 12: 1-2: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". “Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.

2.3. Atitudes para uma verdadeira adoração 
O apóstolo Paulo descreve perfeitamente a verdadeira adoração em Romanos 12: 1-2: "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

3. É PRECISO ESTAR ATENTO À PALAVRA DE DEUS                        
Essa passagem contém todos os elementos da verdadeira adoração. Primeiro, há a motivação para adoração: "as misericórdias de Deus." As misericórdias de Deus são tudo o que Ele tem nos dado que nós não merecemos: o amor eterno, a graça eterna, o Espírito Santo, a paz eterna, a alegria eterna, a fé salvadora, conforto, força, sabedoria, esperança, paciência, bondade, honra, glória, justiça, segurança, vida eterna, perdão, reconciliação, justificação, santificação, liberdade, intercessão e muito mais. O conhecimento e a compreensão desses presentes incríveis nos motivam a demonstrar louvor e ação de graças - em outras palavras, adoração! Também na passagem encontra-se uma descrição da forma da nossa adoração: "apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo e santo". Apresentar os nossos corpos significa dar a Deus tudo de nós mesmos.          A referência aos nossos corpos, aqui, significa todas as nossas faculdades humanas, tudo da nossa humanidade - nossos corações, mentes, mãos, pensamentos, atitudes - deve ser apresentado a Deus. Em outras palavras, estamos abrindo mão do controle dessas coisas e entregando-o a Ele, assim como um sacrifício literal foi entregue totalmente a Deus no altar. Mas como alcançar isso? Mais uma vez, a passagem é clara: "pela renovação da sua mente". Renovamos as nossas mentes diariamente ao limpá-las da "sabedoria" do mundo e substituindo-as com a verdadeira sabedoria que vem de Deus. Nós o adoramos com nossas mentes renovadas e limpas, não com nossas emoções. As emoções são coisas maravilhosas, mas a menos que sejam formadas por uma mente saturada na Verdade, elas podem ser forças destrutivas e fora de controle. Onde a mente vai, a vontade segue, e assim fazem as emoções. Primeiro Coríntios 2:16 nos diz que temos "a mente de Cristo", e não as emoções de Cristo.
Há apenas uma maneira de renovar as nossas mentes – através da Palavra de Deus. É conhecer e compreender a verdade da Palavra de Deus que renova nossas mentes. Conhecer a verdade, crer na verdade, manter convicções sobre a verdade e amar a verdade naturalmente resultarão em uma verdadeira adoração espiritual. É convicção seguida de afeto, afeto que é uma resposta à verdade, e não a quaisquer estímulos externos, incluindo a música. A música, como tal, não tem nada a ver com a adoração.                A música não pode produzir adoração, embora certamente possa produzir emoção. A música não é a origem da adoração, mas pode ser uma expressão da mesma. Não espere que a música induza a sua adoração; busque nela apenas uma forma de expressar o que se encontra em um coração encantado pelas misericórdias de Deus e obediente aos Seus mandamentos. 
A verdadeira adoração é centrada em Deus. As pessoas tendem a se distrair com onde deve adorar, qual música devem cantar na adoração e como outras pessoas enxergam o seu louvor. Focalizar-se nessas coisas atrapalha enxergar o ponto principal. Jesus diz-nos que os verdadeiros adoradores hão de adorar a Deus em espírito e em verdade (João 4:24). Isso significa que adoramos a partir do coração, essa é a maneira que Deus projetou. A adoração pode incluir orar, ler a Palavra de Deus com o coração aberto, cantar, participar em comunhão e servir aos outros. Ela não se limita a um ato, mas é feita corretamente quando o coração e atitude da pessoa estão no lugar certo.                  
Também é importante saber que a adoração é reservada somente para Deus. Só Ele é digno e não qualquer um dos Seus servos (Apocalipse 19:10). Não devemos adorar santos, profetas, anjos, estátuas, quaisquer falsos deuses ou Maria, a Mãe de Jesus. Também não devemos adorar com a expectativa de receber algo em troca, como uma cura milagrosa. A adoração é feita para Deus - porque Ele merece - e para o Seu prazer apenas. A adoração pode ser louvor público a Deus (Salmo 22:22; 35:18) em um ambiente congregacional, onde podemos proclamar através da oração e louvor a nossa adoração e gratidão a Ele e o que tem feito por nós. 
A verdadeira adoração é sentida interiormente e então expressa através de nossas ações. "Adorar" por obrigação desagrada a Deus e é completamente em vão. Ele pode ver através de toda a hipocrisia, a qual Ele odeia. Ele demonstra isso em Amós 5:21-24 ao falar sobre a vinda de julgamento. Outro exemplo é a história de Caim e Abel, os primeiros filhos de Adão e Eva. Ambos trouxeram ofertas ao Senhor, mas Deus só se agradou com Abel. Caim trouxe a oferta por obrigação; Abel trouxe os melhores cordeiros do seu rebanho. Ele trouxe o que trouxe por fé e admiração por Deus. 
A verdadeira adoração não se limita ao que fazemos na igreja ou em adoração aberta (embora sejam coisas boas e que a Bíblia nos encoraja a fazer). A verdadeira adoração é o reconhecimento de Deus e todo o Seu poder e glória em tudo o que fazemos. A forma mais elevada de louvor e adoração é a obediência a Ele e à Sua Palavra. Para fazer isso, devemos conhecer a Deus; não podemos ser ignorantes dEle (Atos 17:23). A adoração serve para glorificar e exaltar a Deus - para mostrar a nossa lealdade e admiração ao nosso Pai.

3.1 ouvir a voz de Deus                                         
Você pode ouvir a voz de Deus principalmente através da Bíblia. Existem também várias outras formas de ouvir a voz de Deus, mas é preciso ficar atento. Deus quer falar com você! A maneira mais segura de ouvir a voz de Deus é lendo a Bíblia. A Bíblia é a palavra de Deus, logo, quando você a estuda, você ouve a voz de Deus. Na Bíblia você vai encontrar todos os ensinamentos de Deus que você precisa conhecer (2 Timóteo 3:16-17). E mais, a Bíblia é sua referência para saber se você realmente ouviu a voz de Deus. Uma mensagem de Deus nunca vai contradizer a Bíblia, nem vai criar novos ensinamentos que não estão na Bíblia.         
Mesmo se parecer que veio de Deus, se a mensagem não está de acordo com a Bíblia, é errada e deve ser rejeitada (Gálatas 1:8). Estude a Bíblia e reflita nela ao longo do dia. Quanto mais a palavra de Deus estiver em seu coração, mais você ouvirá Sua voz. A Bíblia ajuda a reconhecer a voz de Deus quando Ele fala de outras formas. Orar é conversar com Deus. Você pode falar com e também pode ouvir Sua voz. Orar é um diálogo, não um monólogo (Salmos 3:4; Jeremias 33:3). Por isso, é bom tirar tempo para orar e ficar em silêncio, procurando ouvir as respostas de Deus. Refletir na palavra de Deus durante a oração pode ajudar nessa parte de escutar.

3.2. Não endurecer o coração                                   
A Bíblia nos exorta a não deixar que nossos corações se endureçam. Hebreus 3.7-8 (Salmo 95.7-8): “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação.” Fisicamente, mesmo se apenas uma pequena parte do coração de uma pessoa enrijecer, ela está correndo um grave risco de ter um derrame fatal. De igual forma, o endurecimento espiritual do coração é mortalmente perigoso. Podemos ouvir a voz de Deus pela meditação nas Escrituras e por sua voz mansa que sussurra em nosso espírito e consciência (1 Reis 19.12; Romanos 8.16; 9.1).
Precisamos guardar nosso coração de todo o mal, não permitindo que se torne duro ou frio. Um coração flexível ouvirá e absorverá as “ondas sonoras” espirituais da voz do Senhor. Essas mesmas ondas de voz, todavia, serão rebatidas por um coração endurecido. A voz do Senhor, quando a recebermos e de fato nos submetermos a ela, será irradiada em nosso interior como uma “micro-onda” espiritual, amolecendo e aquecendo nosso coração em amor.

3.3. Relação com o salmo
Os Salmos que conhecemos consistem em uma espécie de misto entre oração e poesia, destinados a fortalecer os laços espirituais entre a humanidade e o mundo celeste. A história de todos os salmos têm ligações com as histórias do Rei Salomão e do Rei David, formando um total aproximado de 150 salmos diferentes, onde cada um deles procura inspirar a humanidade com um significado particular. Conheça aqui o significado dos Salmos da Bíblia. Cada Salmo possui um importante auxílio a todos os que necessitam de alguma ajuda, seja ela para alcançar alguma cura, atingir conquistas ou se defender de males. Os Salmos representam algumas das orações mais poderosas já escritas pelas mãos dos homens, portanto devem ser usado apenas em momentos de necessidade e com uma fé sólida. 
A origem da palavra Salmos vem do hebraico “PSALMUS” que, em tradução livre significa algo como “louvores”, o que simboliza muita bem a construção destes versos em aclamação ao mundo celestial. O poder e o significado dos Salmos é tão forte que seu uso e simbologia ultrapassam os limites da fé cristã, sendo encontrados em outras crenças e religiões como uma forma de alcançar o equilíbrio através de entonações rítmicas. A forma correta de se entoar os Salmos, aliás, é de maneira cantada, seguido um ritmo harmonioso e bem colocado.

CONCLUSÃO
Salmos não são apenas hinos de adoração, mais também instruções e advertências para o povo de Deus não desprezar a importância da palavra de Deus ter uma vida de confiança e obediência ao senhor.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
► Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.
► Revista do professor: Adultos. Salmos. Uma referência para a vida de adoração e oração do cristão. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2020. Ano 30 n° 115. Lição 9 - Um chamado de adoração e um alerta.
► MacDonald, William. Comentário Bíblico Popular Antigo e Novo Testamento: São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
► WIESBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. Antigo Testamento, Volume III, Poéticos. Santo André, SP: Editora Geográfica, 2006.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS 
Pr. Jose Carlos R. Silva. Servo do Senhor Jesus.



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