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O testemunho dos Evangelhos sobre a existência de Jesus - Comentários Adicionais (Irmã Emivaneide)

                     Lição 12
O TESTEMUNHO DOS EVANGELHOS SOBRE A EXISTÊNCIA DE JESUS
Domingo, 22 de dezembro de 2019

TEXTO ÁUREO
“E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS, E VIMOS SUA GLÓRIA, COMO A GLÓRIA DO UNIGÊNITO DO PAI, CHEIO DE GRAÇA E DE VERDADE.” (Jo 1.14).

VERDADE APLICADA
Jesus foi um homem real, não um fantasma ou um simples espirito, ao ponto de conviver entre os homens.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·    Estudar o evangelho de Jesus escrito por Mateus;
·    Aprender sobre a historicidade de Jesus Cristo no evangelho de Lucas;
·    Verificar como o evangelista Marcos apresenta Jesus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mt 16.13  -  E, chegando Jesus às partes de Cesaréia e Filipo, interrogou os seus discípulos dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?
Mt 16.14 -  E eles disseram: uns, João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias ou um dos profetas.
Mt 16.15 - Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou?

Mt 16.16 - E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
Mt 16.17 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos Céus.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

INTRODUÇÃO
Essa lição traz a importância da narrativa dos evangelhos como principal testemunho da existência e ministério de Jesus.
1. MATEUS E O SEU EVANGELHO
Alguns estudiosos acreditam que o Evangelho de Mateus foi composto na parte final do primeiro século. Esse evangelho tem como característica: explicar o mistério messiânico mediante o recurso aos textos da Escritura e de interpretar a Escritura à luz de Cristo. Esta característica marcante contribui para compreender o significado do cumprimento da Lei e dos Profetas. Assim, os textos da Escritura neste Evangelho confirmam a fidelidade aos desígnios divinos e, simultaneamente, a novidade da Aliança em Cristo.

1.1.  A GENEALOGIA DE JESUS EM MATEUS
Em seu evangelho, Mateus usou o termo “Filho de Davi” 12 vezes como um testemunho de que Jesus Cristo era o herdeiro legítimo do trono do rei Davi e o cumprimento de profecias messiânicas. A genealogia de Jesus Cristo registrada por Mateus traça Sua linhagem passando por Davi, Judá e Abraão (ver Mateus 1.1-3), demonstrando o direito de Jesus de governar e Seu papel no cumprimento das promessas de Deus a Israel.

1.2.  JESUS O MESSIAS PROMETIDO NO ANTIGO TESTAMENTO
No evangelho de Mateus havia a preocupação de demonstrar de forma cabal que Jesus Cristo era o Messias esperado e que descendia da família real do rei Davi e do patriarca Abraão, portanto Mateus tem a preocupação de mostrar que todos os aspectos da vida de Jesus coincidem com as profecias acerca do Messias prometido; Mateus mostra ainda Jesus como um legítimo judeu. Além disso, o evangelho ainda mostra que Messias em hebraico e Cristo em grego possuem o mesmo significado que é “Ungido”. Em seu evangelho, Mateus usou o termo “Filho de Davi” 12 vezes como um testemunho de que Jesus Cristo era o herdeiro legítimo do trono do rei Davi e o cumprimento de profecias messiânicas. A genealogia de Jesus Cristo registrada por Mateus traça Sua linhagem passando por Davi, Judá e Abraão (ver Mateus 1.1-3), demonstrando o direito de Jesus de governar e Seu papel no cumprimento das promessas de Deus a Israel.

1.3.  JESUS É O REI DOS JUDEUS
Escrevendo entre judeus e para judeus, Mateus procura mostrar como na pessoa e na obra de Jesus se cumpriram as Escrituras, que falavam profeticamente da vinda do Messias, sua narrativa foi direcionada aos judeus com o intuito de provar que Jesus Cristo era o filho de Deus e o Messias esperado, por isso, esse evangelho é recheado de textos dos escritos sagrados dos judeus. Desde o séc. II, o Evangelho de Mateus foi considerado como o “Evangelho da Igreja”, em virtude das tradições que lhe dizem respeito e da riqueza e ordenação do seu conteúdo. Como os outros Evangelhos, o de Mateus refere a vida e os ensinamentos de Jesus, mas de um modo próprio, explicitando a cristologia primitiva: em Jesus de Nazaré cumprem-se as profecias; Ele é o Salvador esperado, o Emanuel, o “Deus connosco” (1. 23) até à consumação da História (28. 20); é o Mestre por excelência que ensina com autoridade e interpreta o que a Lei e os Profetas afirmam acerca do Reino do Céu (= Reino de Deus); é o Messias, no qual converge o passado, o presente e o futuro e que, inaugurando o Reino de Deus, investe a comunidade dos discípulos a Igreja do seu poder salvífico. Assim, no coração deste Evangelho o discípulo descobre Cristo ressuscitado, identificado com Jesus de Nazaré, o Filho de David e o Messias esperado.

2.    LUCAS E A HISTORICIDADE DE JESUS CRISTO
No relato segundo o evangelho escrito por Lucas e destinado aos gregos, o foco principal era mostrar Jesus como homem perfeito, nesse evangelho Jesus é o filho do homem.

2.1. A GENEALOGIA DE JESUS EM LUCAS
Para traçar a genealogia de Jesus Lucas volta ao primeiro homem Adão, ressaltando assim a humanidade de Jesus apresentando-o como o Filho do Homem. Diferente de Mateus, Lucas traça a linhagem de Jesus através de Natã, filho de Davi, e não de Salomão. O autor procura mostrar, sempre de forma bem documentada, que o plano de Deus em salvar a humanidade, revelado através da história, cumpriu-se cabalmente em Cristo quando Ele se deu como sacrifício expiador pelos pecadores.

2.2.  JESUS E A PROMESSA DE UM SALVADOR
O autor é Lucas, médico, discípulo de Paulo. Lucas mostra o Filho de Deus como Salvador de todos os homens, com particular atenção aos pequeninos, pobres, pecadores e pagãos. Por isso, Lucas é o Evangelho da Salvação universal, anunciada pelo Profeta dos últimos tempos que convida discípulos profetas, aos quais envia o Espírito Santo, para que, por sua vez, sejam os profetas de todos os tempos e lugares.
  No Evangelho de Lucas, Jesus aparece como o “Filho de Deus” (Lc 1.35) e “Filho do Homem” (Lc 5.24). São expressões messiânicas que revelam a deidade de Jesus. A primeira expressão mostra Jesus como verdadeiro Deus enquanto a segunda, que ocorre 25 vezes no terceiro Evangelho, mostra-o como verdadeiro homem. Ele é o Filho do Homem, o Homem Perfeito. Ao usar o título “Filho do Homem” para si mesmo, Jesus evita ser confundido com o Messias político esperado pelos judeus. Como Homem Perfeito, Jesus era obediente a seus pais. Todavia, estava consciente de sua natureza divina (Lc 2.4-52). É como o Homem Perfeito que Jesus enfrenta, e derrota, Satanás na tentação do deserto (Lc 4.1-13).

2.3.  O ANTIGO TESTAMENTO PRÉ-ANUNCIAVA O SURGIMENTO DE JESUS CRISTO O evangelho de Lucas ressalta a humanidade de Jesus Cristo e todo o sofrimento que ele sentiu em seu corpo de homem. A arte e a sensibilidade de Lucas manifestam-se na sobriedade das suas observações, na delicadeza de atitudes, no dramatismo de certas narrações, na atmosfera de misericórdia das cenas com pecadores, mulheres e estrangeiros. Na composição do seu Evangelho, Lucas utilizou grande parte de materiais comuns a Marcos e Mateus, além dos que lhe são próprios e dos contatos com o Evangelho de João. A composição deste Evangelho é situada por volta dos anos 80-90, porque Lucas deve ter conhecido o cerco e a destruição da cidade de Jerusalém por Tito, no ano 70. O livro é dedicado a Teófilo, mas destina-se a leitores cristãos de cultura grega, como se vê pela língua, pelo cuidado em explicar a geografia e usos da Palestina, pela omissão de discussões judaicas, pela consideração que tem pelos gentios. O terceiro Evangelho é considerado a coroa dos Evangelhos sinóticos. Enquanto o Evangelho de Mateus enfoca a realeza do Messias e Marcos o poder, Lucas enfatiza o amor de Deus. Lucas é o Evangelho do Homem Perfeito.
3. A VISÃO DE MARCOS SOBRE JESUS
O Evangelho de Marcos narra o ministério de Jesus, desde Seu batismo por João Batista até Sua Ascensão. A obra concentra-se particularmente na ultima semana de Sua vida. Sua narrativa rápida retrata Jesus como um homem de ação heróica.

3.1.  JESUS COMO FILHO DO HOMEM
Um tema importante de Marcos é o Segredo Messiânico. Jesus pede silêncio sobre sua identidade messiânica aos endemoninhados que Ele cura, além de esconder sua mensagem com parabolas. Os discípulos também não conseguem entender as implicações dos milagres de Cristo.

3.2.  JESUS O SERVO SOFREDOR
O Evangelho de Marcos é muitas vezes considerado a fonte primária de informações sobre o ministério de Jesus. Marcos escreveu principalmente para um público gentio, de lingua grega e residentes do imperio romano: as tradiçoes judaicas são explicadas de forma clara visando os nao judeus, há várias palavras e frases em aramaico que são expandidas e explicadas pelo autor. Quando Marcos faz uso do Antigo Testamento, ele o faz se utilizando da versão traduzida para o grego, a Septuaginta.

3.3.  QUEM É JESUS
Marcos mostra que Jesus é o Filho de Deus, com autoridade divina para curar, ensinar, fazer milagres e perdoar pecados. Jesus era mais que um homem normal. Ele foi enviado por Deus.

CONCLUSÃO
As narrativas dos evangelhos tem uma importância histórica, pois eles são os registros mais confiáveis a respeito da vida de Jesus Cristo, os relatos apresentados nos evangelhos são os que mais se aproximam de uma apresentação confiável do "Jesus histórico" afinal foram escritos pelos seus próprios discípulos como Mateus e João, ou por pessoas muito próximas aos seus discípulos como Marcos que era discípulo de Pedro e Lucas que era amigo, médico e discípulo de Paulo. Quanto a importância doutrinária, os evangelhos são a base fundamental em que está firmada a fé cristã. Afinal, Jesus Cristo é a manifestação visível do Deus invisível e a revelação perfeita e completa do Deus Pai. Assim, por serem os relatos mais confiáveis historicamente da vida de Jesus, eles possuem um valor incalculável para a fé cristã. Além do que, eles são divinamente inspirados o que por si só já seria suficiente para determinar a sua importância doutrinária.

Comentários Adicionais:
Emivaneide Lourdes da Silva - Professora da EBD

Um comentário:

Unknown disse...

Querida irmã, os seus apontamentos sobre os evangelhos são perfeitos e estão sendo de grande valia para o meu aprendizado. Que Deus te abençoe ricamente.