A AUTORIDADE E O PODER
DEMONSTRADOS POR JESUS
Lição 5 – 4 de Agosto de 2019
TEXTO ÁUREO
“E veio espanto sobre todos, e falavam entre si uns aos
outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com
autoridade e poder, e eles saem.” (Lc 4.36)
VERDADE APLICADA
Que nosso relacionamento com o Senhor Jesus não esteja
limitado apenas em receber e vivenciar o Seu poder, mas, também, a Sua
autoridade sobre nós.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► MOSTRAR
os aspectos da autoridade de Jesus;
► APRESENTAR
a autoridade demonstrada por Jesus;
► REVELAR
o alcance da autoridade de Jesus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Lc 4.32 – E admiravam a sua doutrina, porque a sua palavra era com
autoridade.
Lc 4.36 – E
veio espanto sobre todos, e falavam entre si uns aos outros, dizendo: Que
palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e
eles saem?
Lc 7.7 – E,
por isso, nem ainda me juguei digno de ir ter contigo; dize, porém, uma
palavra, e o meu criado ficará são.
Lc 7.8 – Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e
tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: vai ele vai; e a outro: vem; e
ele vem; e ao meu servo: faze isto; e ele o faz.
INTRODUÇÃO
A autoridade divina de Jesus
constitui-se em um tema que o caracteriza dentro de Lucas, mas também nos
outros evangelhos, sendo que Lucas dar um pouco mais de ênfase a essa
autoridade. Autoridade que criou a primeira impressão sobre a sua identidade no
povo presente na sinagoga (Lc 4.20,22). Ali, explorando Isaías 61, Ele declara
que está em si próprio, o cumprimento desse texto de Isaías e causa admiração
pela autoridade com que Ele faz essa afirmação.
1. ASPECTOS DA AUTORIDADE DE
JESUS
Impactante e inovadora foi a autoridade de Jesus em seus
dias aqui na terra, apesar dEle ter, pela primeira vez demonstrado sua
autoridade, quando estava com doze anos, causando impacto e admiração nos
religiosos da época. Ao explanar Isaias 61 já adulto, dentro de uma Sinagoga,
afirmou que o que lá estava escrito a ele se referia, mas falou com autoridade,
e saiu dali deixando as autoridades boquiabertas, Jesus
iniciou o seu ministério de curas e ensinos somente quando foi batizado e
ungido pelo Espírito Santo. Ele foi levado pelo Espírito cheio do Espírito ao
deserto e foi tentado por quarenta dias (Lc 4:1-2). Passado a tentação, Jesus
voltou no poder do Espírito. À medida que passamos pelas provações, Deus
derrama mais autoridade e poder sobre nossas vidas. Se não passarmos pela
prova, repetimos e fazemos de novo, igual na escola. Porque Deus dará mais
autoridade conforme a capacidade de cada um (Mt 25:14-30). Deus não
dará algo para alguém que não tem estrutura para suportar (Mt 9:14-17). As
pessoas se admiraram com o seu ensino, porque Jesus falava com autoridade (Lc
4:32). Ele vivia a palavra que pregava. Deus deu ao Seu Filho amado o
direito de manifestar o Reino com autoridade e poder.
1.1
- O que é autoridade
A Bíblia nos ensina que Jesus teve toda “exousîa” ou
“eksousia” que admite vários sentidos relacionados à autoridade e liberdade na
realização sobre todas as coisas, tanto cósmica quanto histórica, autoridade
para ensinar (Mt 7.29; Mc 11.28; Mt 9.8; Lc 4.36), para curar (Mt 9.1-13), para
expulsar demônios (Mc 3.15), para perdoar pecados (Mt 9.6; Mc 2.10) e para
ordenar (Lc 7.1-10). Assim demonstrava na sua pessoa que o reinado de Deus
prometido desde a antiguidade estava finalmente presente, um momento inédito em
que o próprio Deus, encarnado em seu filho homem, atrairia as pessoas para Si
ao reconhecerem tal autoridade.
1.2 - Fonte da autoridade de Jesus
A origem da autoridade de
Jesus está na sua relação única com Deus que, já no Templo o chama de Pai (Lc 2,49).
Relação presente também em sua identidade como Messias que possui o seu
Espírito (Lc 4,18a) e como seu Filho bem-amado (Lc 3,22b). Assim sendo, o seu
poder de agir e o seu modo de se expressar são próprios do Messias e Filho de
Deus. Segundo sua própria declaração em Mateus 28.18, é uma autoridade
universal: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”. Em outras
palavras, sua autoridade se estende sobre a totalidade da criação e sobre todos
os aspectos da vida humana. Não há nada nem ninguém que esteja fora da órbita
da autoridade de Jesus Cristo. Ele tem autoridade não apenas sobre a igreja,
mas também sobre o mundo. O ponto culminante da discussão sobre a autoridade de
Jesus no Evangelho de Lucas está em (Lc 19,28–21,38) a qual trata
especificamente sobre o seu ministério em Jerusalém. Aqui, os representantes do
Sinédrio, ou seja, os chefes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos,
indispostos à mudança de mentalidade, questionam Jesus no Templo sobre a
autoridade de suas ações (cf. At 4,1-22; esp. 5-7). Eles fazem duas perguntas
com a intenção de saber sobre a proveniência de sua autoridade (20,2). Jesus já
lhes tinha dado a resposta (cf. 4,18a; 5,24; 3,22), e invés de responder-lhes
diretamente, lhes faz outra pergunta (20,3-4). Indispostos a mudar de vida,
eles não quiseram responder (vv.5-7), sendo que Jesus também não se dispõe a
esclarecer-lhes sobre a origem de sua autoridade (v.8). No fundo eles sabiam a
resposta e se tivessem respondido acertadamente à pergunta de Jesus, com
certeza teriam a confirmação da questão colocada. Contudo, na parábola dos
vinhateiros homicidas, narrada logo em seguida (20,9-19), Jesus explica-lhes
que a indisposição em mudar de vida lhes impossibilitou de aceitar a sua
autoridade divina, e por isso o expulsam para fora da vinha e o matam (20,15;
cf. 4,28-29).
1.3 - Jesus tem toda autoridade
A autoridade de Jesus era evidente. Não há nenhuma evidência
de esforço próprio por Jesus no exercício da sua autoridade. Isto é muito
importante porque demonstra que autoridade sempre é derivada de outra fonte,
salvo a fonte final, o próprio Deus, que exubera autoridade. Jesus ensinava com
tranquilidade e total segurança. Perdoava pecados sem cerimônias e expulsava
demônios na rapidez dum espirro. Entretanto, Jesus não exercia autoridade sem
critério. Surge uma dúvida: se Jesus exercia autoridade de modo tranquilo,
significa que não havia impedimentos para este exercício? E a resposta é um
surpreendente “sim!”. Havia impedimentos, sim... O exercício da autoridade de
Jesus era limitado pela incredulidade da sua audiência. Nem todas as pessoas
reconheciam e, portanto, experimentavam a autoridade de Jesus. E não falo
apenas dos fariseus (Mt 21.23-27), dos escribas, e das pessoas onde Jesus foi
criado. Entre estes, Jesus não realizava milagres. Mas além deste, falo também
de você e de mim. Não basta ter alguém autoridade. A autoridade precisa também
ser reconhecida e afirmada.
2 – A AUTORIDADE DEMONSTRADA POR
JESUS
Jesus, quando ainda criança, demonstrou
sua autoridade discutindo com os doutores presentes no templo (2,39-52),
causando grande admiração entre os doutores da Lei que se encontravam no
Templo. Depois, no início de seu ministério, Jesus entra sozinho na sinagoga e
revela com autoridade sua identidade (4,18a; cf. Is 61,1), ensinando que é o
cumprimento da Escritura (4,21), os seus o testemunham e admiram de suas
palavras. O fato de que Jesus passa no meio dos seus adversários e segue seu
caminho (4,30) depois de convocar os seus a deixar de querer privilégios
(4,28-29), também, realça a sua autoridade. A origem da autoridade de Jesus
está na sua relação única com Deus que, já no Templo o chama de Pai (2,49).
Relação presente também em sua identidade como Messias que possui o seu
Espírito (4,18a) e como seu Filho bem-amado (3,22b). Assim sendo, o seu poder
de agir e o seu modo de se expressar são próprios do Messias e Filho de Deus. A autoridade de Jesus frequentemente demonstrada ao
longo do Evangelho de Lucas, de forma mais acentuada do que nos outros evangelhos,
mostrou que ele tem autoridade para ensinar, autoridade para
perdoar pecados e autoridade sobre a natureza.
2.1 - Para ensinar
Podemos constatar a alusão à autoridade de Jesus em Lucas, mesmo antes da questão (4,16-30). Quando Jesus tinha apenas doze anos seus pais vão a Jerusalém para a festa da Páscoa, o que faziam todos os anos (2,41-52). Uma vez tendo subido a Jerusalém, o menino Jesus se perde e é encontrado entre os doutores ouvindo-os e interrogando-os (2.43.46), os quais ficam extasiados com a sua inteligência e as suas respostas (v.47). A resposta de Jesus aos seus pais que o procuravam aflitos (v.48) nos faz constatar uma autoridade não apenas humana, mas também de caráter sobrenatural: “por que me procuráveis? Não sabeis que devo cuidar dos negócios de meu Pai?” (2,49). Em seguida, a autoridade de Jesus se mostra durante o seu ensinamento na inauguração de seu ministério público. Segundo Lucas, Jesus começa o mesmo voltando para a Galiléia, sendo impulsionado pelo Espírito Santo, e sua fama se espalha por toda a região circunvizinha (4,14). Neste seu peregrinar ele ensinava nas sinagogas e era louvado por todos (v.15). Logo após, Lucas insere em sua narrativa a seguinte questão (4,16-30), quando é caracterizada pela presença e manifestação da autoridade de Jesus durante seu ensinamento, seja quando ele é acolhido com fé pelos seus, seja quando é rejeitado pela indisposição dos mesmos em mudar de mentalidade. Em Lucas, de um modo geral, os termos “ensinamento” e “autoridade” são reservados somente para Jesus. Os seus discípulos, uma vez enviados, também agem com autoridade. Uma vez que em nosso texto o ensinamento com autoridade de Jesus indica um caráter programático, de agora em diante seu ensinamento será sempre realizado com “autoridade ou poder”. Mas se a sua ação de ensinar com autoridade provoca a admiração do povo, a mesma revela ao longo de seu ministério um imenso conflito com seus adversários. Jesus, ao contrário dos profetas do AT, introduz sua mensagem dizendo: em verdade eu vos digo. Trata-se de uma declaração solene que indica uma linguagem cristológica implícita proferida com autoridade. O mandamento de Jesus a ouvir ou escutar seu ensinamento também indica sua autoridade (cf 8,8). Assim sendo, o ensinamento e discurso de Jesus são marcados pela sua autoridade divina que inicialmente é motivo de admiração para muitos: o povo presente na sinagoga (4,22; 5,26); as multidões fora (8,4); os discípulos em particular (18,26) ou os que se encontram dentro do Templo (19,48).
Podemos constatar a alusão à autoridade de Jesus em Lucas, mesmo antes da questão (4,16-30). Quando Jesus tinha apenas doze anos seus pais vão a Jerusalém para a festa da Páscoa, o que faziam todos os anos (2,41-52). Uma vez tendo subido a Jerusalém, o menino Jesus se perde e é encontrado entre os doutores ouvindo-os e interrogando-os (2.43.46), os quais ficam extasiados com a sua inteligência e as suas respostas (v.47). A resposta de Jesus aos seus pais que o procuravam aflitos (v.48) nos faz constatar uma autoridade não apenas humana, mas também de caráter sobrenatural: “por que me procuráveis? Não sabeis que devo cuidar dos negócios de meu Pai?” (2,49). Em seguida, a autoridade de Jesus se mostra durante o seu ensinamento na inauguração de seu ministério público. Segundo Lucas, Jesus começa o mesmo voltando para a Galiléia, sendo impulsionado pelo Espírito Santo, e sua fama se espalha por toda a região circunvizinha (4,14). Neste seu peregrinar ele ensinava nas sinagogas e era louvado por todos (v.15). Logo após, Lucas insere em sua narrativa a seguinte questão (4,16-30), quando é caracterizada pela presença e manifestação da autoridade de Jesus durante seu ensinamento, seja quando ele é acolhido com fé pelos seus, seja quando é rejeitado pela indisposição dos mesmos em mudar de mentalidade. Em Lucas, de um modo geral, os termos “ensinamento” e “autoridade” são reservados somente para Jesus. Os seus discípulos, uma vez enviados, também agem com autoridade. Uma vez que em nosso texto o ensinamento com autoridade de Jesus indica um caráter programático, de agora em diante seu ensinamento será sempre realizado com “autoridade ou poder”. Mas se a sua ação de ensinar com autoridade provoca a admiração do povo, a mesma revela ao longo de seu ministério um imenso conflito com seus adversários. Jesus, ao contrário dos profetas do AT, introduz sua mensagem dizendo: em verdade eu vos digo. Trata-se de uma declaração solene que indica uma linguagem cristológica implícita proferida com autoridade. O mandamento de Jesus a ouvir ou escutar seu ensinamento também indica sua autoridade (cf 8,8). Assim sendo, o ensinamento e discurso de Jesus são marcados pela sua autoridade divina que inicialmente é motivo de admiração para muitos: o povo presente na sinagoga (4,22; 5,26); as multidões fora (8,4); os discípulos em particular (18,26) ou os que se encontram dentro do Templo (19,48).
2.2 - Para
perdoar pecados
A partir de agora passamos a refletir
sobre um dos mais importantes aspectos da autoridade messiânica de Jesus, o
qual se dá na sua missão de perdoar os pecados. O contexto propício para
constatar a mesma é aquele da cura do paralítico (5,17-26). Lucas narra pelos menos cinco histórias de
conflitos entre Jesus e seus adversários (5,17–6,11). A que trata sobre a cura
do paralítico é a primeira dentre estas e indica que o conflito está para
iniciar apesar da admiração de seus adversários diante do perdão dado e cura
realizada por Jesus (cf. 5,26). Em tais histórias de conflitos se constata a
autoridade de Jesus, bem como a indisposição inicial dos líderes judaicos em
mudar de vida (cf. 4,28-29). Achando-se em uma casa em Cafarnaum Jesus viu
quatro homens que, após terem retirado as telhas do teto, descem um paralítico
em um catre colocando-o diante dele, pois não encontraram outra forma de
fazê-lo por causa multidão. E é a fé deles que chama a atenção de Jesus e
provoca sua declaração: “homem, teus pecados ti estão perdoados” (5,21). A
autoridade de Jesus ao pronunciar tal declaração é evidente. Essa autoridade
nos faz lembrar-se da ação de perdoar pecados cumpridos no passado por Deus,
agora atualizados por meio de seu Ungido. Ação essa que, de acordo com o tempo
verbal (perfeito), tem um valor duradouro. Assim sendo, o perdão de Deus
concedido por meio de seu Filho consiste num fato sempre atual. Contudo, os
fariseus e doutores da Lei, vindos de todas as aldeias da Galiléia, da Judéia e
de Jerusalém que se achavam ali sentados (cf. 5,17), presenciando o fato
começam a questionar a autoridade de perdoar pecados de Jesus (5,21; cf.
11,15). Eles acusam-no de blasfêmia por lançar mão de uma prerrogativa
exclusiva de Deus no passado, de acordo com a tradição judaica, cuja pena é o
apedrejamento (cf. Lv 24,15ss). Entretanto, o que eles questionavam entre si é
percebido imediatamente por Jesus. A sua resposta é dada de maneira categórica
e com autoridade: “para que saibais que o Filho do Homem tem o poder de perdoar
pecados na terra” (5,24). Podemos notar um contraste entre os termos poder
(v.21) e autoridade (v.24). O mesmo indica que o Filho do Homem não tem somente
o poder, mas também a autoridade de perdoar pecados. Neste sentido, Jesus
estabelece uma relação entre céu e terra ao dizer que o único que tem poder de
perdoar pecados nos céus, está presente por meio de seu Messias e Filho para
perdoar pecados na terra (v.24). Jesus, usando de sua autoridade divina,
comanda em seguida ao paralítico: eu te ordeno, levanta-te, toma teu leito e
vai para tua casa (5,24). Ele não somente tem o poder de perdoar os pecados do
paralítico, o que faz em primeiro lugar, mas também de curá-lo, o que faz para
demonstrar sua autoridade messiânica e divina. Neste sentido é no ato da cura
do paralítico que se verifica o poder de perdoar pecados.
2.3 - Autoridade sobre a
natureza
O milagre em que Jesus acalmou a tempestade
revela duas preciosas verdades sobre a pessoa de Cristo. Em primeiro lugar, o
episódio em que Jesus acalma a tempestade nos fala sobre sua completa
humanidade. Jesus homem! Algumas pessoas se perguntam se Jesus realmente estava
dormindo na hora da tempestade. Em algumas pregações há até quem se aventure
dizer que Jesus estava apenas testando seus discípulos. Mas isto está errado! O
texto é muito claro em dizer que Jesus estava dormindo. Já era tarde e seu
corpo estava abatido com o cansaço de um dia movimentado. O fato de que Jesus
esteve dormindo enquanto a tempestade assolava a embarcação, revela sua
humanidade. Sim! Ali estava o Cristo plenamente homem, o Verbo perfeitamente
encarnado e sujeito a todas as limitações físicas comuns a qualquer ser humano.
A fadiga tinha lhe abatido de tal forma que nem mesmo a tempestade foi capaz de
lhe acordar do sono profundo. Em segundo lugar, ao acalmar a tempestade Jesus
revela ser genuinamente Deus. Se por um lado à plena humanidade de Cristo foi
revelada no fato de Ele ter se cansado e dormido no barco, por outro lado sua
plena divindade foi revelada quando Ele soberanamente acalmou a tempestade.
Podemos até imaginar o Mestre sendo despertado pelos gritos dos discípulos.
Então com um semblante de sono comum a quem acabou de acordar, Ele olhou a
tempestade ao seu redor e simplesmente disse: “Cala-te! Aquieta-te!” (Marcos 4:39). Ao som de
sua voz a tempestade se tornou bonança. Tudo ficou tranquilo novamente. Que
homem é capaz de submeter a sua autoridade as forças da natureza? Daí vem à
pergunta dos discípulos: “Quem
é este que até o vento e o mar lhe obedecem?”. A resposta não pode
ser outra a não ser: É o Cristo, o Filho de Deus! Sendo plenamente homem, Ele
dormiu no barco; mas sendo plenamente Deus, Ele acalmou a tempestade.
3 - O CENTURIÃO E A AUTORIDADE
DE JESUS
Vejam o
exemplo do oficial romano. A passagem de Lucas 7.1-10, não disse que ele orou
muito, jejuou, fez sacrifícios ou promessas... Nada disto. Apenas este oficial
afirmou o que ele sabe... Veja bem, que ele sabe como funciona autoridade. E
não era por nenhuma formação espiritual... Nenhuma. Apenas ouviu falar que tudo
que Jesus falava e fazia era com muita autoridade e, pela autoridade de Jesus e
sua formação militar, falou uma das maiores expressões de fé descrita no Novo
Testamento, a ponto de causar admiração do próprio Cristo. Ele sabia como
funcionava autoridade e simplesmente reconhecia que Jesus tinha tal autoridade.
Isto era suficiente, não precisava de mais nada. E você acha que Jesus o
corrigia pela sua falta de espiritualidade. Nada disto. Pelo contrário, Jesus
associava o reconhecimento militar de autoridade com a fé! E não qualquer fé,
mas a fé maior do que existe em todo o Israel, isto é, no estabelecimento
religioso.
3.1 - A fé vem
pelo ouvir
Isso é algo que me chama a atenção: um gentio que, na
teoria, desconhecia o poder de Deus manifestado em Jesus, não tinha qualquer
dúvida sobre a capacidade sobrenatural do Senhor em realizar milagres,
simplesmente por ter ouvido falar das grandes obras realizada por Jesus, ao
passo que muitos dos religiosos judaicos, até presenciaram alguma demonstração
do Poder e autoridade de Jesus e não creram, vejam o tanto que a religião cega
certas pessoas. Por sinal, uma coisa que os fariseus (“santos”) os “mestres da
Lei” viviam tentando desacreditar e distorcer: o poder sobrenatural de Jesus.
Infelizmente, esse é o tipo de coisa que ainda vemos acontecer: crentes
duvidando do poder de Deus, de Ele realizar um milagre em nossas vidas,
enquanto pessoas que não professam a mesma fé que nós, e não conhecem o Senhor
como nós conhecemos, não duvidam que Ele possa realizar algo miraculoso e mudar
o quadro de suas vidas. Essa é uma dura lição que nós, cristãos, aprendemos com
o centurião: confiar mais no Senhor e crer que o milagre vai acontecer. E você,
faz como o centurião e também crê que o impossível Ele pode fazer em sua vida?
3.2 - Ele
reconheceu a autoridade de Jesus
A história
sobre o oficial romano nos ensina uma lição valiosa: é necessária autoridade
para reconhecer autoridade, e isto é exatamente à lição da história sobre a
cura do empregado do oficial romano (veja a parábola das dez moedas de ouro em
Lc 19.11-27). A pergunta é simples: Desejas a manifestação da autoridade de
Jesus na sua vida? Desejamos a demonstração da autoridade de Jesus na nossa
igreja? Então você precisa exercer autoridade e nós, como povo de Deus,
precisamos exercer autoridade. Isto não significa que precisamos saber apenas
como mandar. Significa que precisamos aprender a nos colocar debaixo de
autoridade. Você poderá responder: sim, precisamos aprender a nos colocar
debaixo da autoridade de Jesus. E isto não tem dúvida. Entretanto, nunca aprendemos
a nos colocar debaixo da autoridade de Jesus antes que aprendemos nos colocar
debaixo da autoridade humana. Obviamente há mil qualificações que precisamos
fazer em relação a esta afirmação. Entretanto as qualificações só têm
significado se reconhecemos autoridade e o campo de aprendizagem é nos
relacionamentos humanos (principalmente na igreja).
3.3 - Receber poder e
reconhecer a autoridade
A força de um militar abalada pela
doença mortal em um servo bom e fiel formou pilares estruturais para Jesus
ensinar a humanidade, mais uma de suas maravilhosas lições. Mediante o ato de fé e reconhecimento do
poder e autoridade que Jesus tem, por parte do Centurião, Jesus ficou
maravilhado e nem ao menos liberou a palavra de cura, pois se ateve a ensinar a
nós a lição da convicção: o milagre é automático quando a fé é canalizada no
destino certo. O versículo 10 diz. “E, voltando para casa os que foram
enviados, acharam CURADO o servo enfermo” (Lucas 7.10). Aquele homem
era essencialmente bom, apesar de súdito de um sistema cruel, mesmo assim
exalava bondade, foi ele quem construiu o templo para os Judeus naquela região.
E era estimado pelo Mestre. Precisamos olhar mais para dentro de nós e
estabelecer convicções, fundamentar nossa vida em valores, pois o princípio
correto gerará automaticamente milagres em nossa vida. Você acredita no que
faz? Está convicta que o caminho estreito de Deus é a única opção de vitória em
sua vida? Se suas convicções não são reais você vive de aparências e engano,
não é por ser crente, sua posição, seus bons relacionamentos, dinheiro,
influências, que irão fazer de sua vida admirável aos olhos de Deus, mas é um
coração firmado. Reflita sob seus valores, não se mova por interesses, seja
como o centurião romano, ande na contramão do sistema, e milagres seguirão
você.
CONCLUSÃO
O Evangelho, segundo escreveu São Lucas, está recheado de demonstrações do Poder e Autoridade de Jesus, sobre todos os aspectos que permeiam nossas vidas e são modelos de fé e prática para nós nos dias de hoje, o mais importante é termos a convicção da autoridade dele, assim como foi convicto o Centurião, mas também devo recordá-los o que Ele mesmo falou em João 14.12 quando promete que, em seu nome, seremos capazes de fazer as mesmas obras, e poderemos fazer maiores ainda se, crendo, o fizermos em seu nome. Permita que Jesus exerça autoridade em sua vida e te defenda quando sua autoridade for questionada como a Dele foi. Não duvide do poder de Deus. Obedeça, reconhecendo o senhorio de Cristo sobre seu viver. Use a autoridade que Deus te deu para anunciar o evangelho.
FONTES
BIBLIOGRÁFICAS:
Revista
DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL do professor: Adultos. LUCAS, uma experiência bíblica e
cristocêntrica do Evangelho, da misericórdia e do amor de Deus pela humanidade,
através da vida e obra de Jesus, o filho do Homem. Rio de Janeiro: Editora Betel – 3º Trimestre de 2019. Ano 29 n° 112. Lição 5 – A autoridade e o poder demonstrados por
Jesus.
Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida,
Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida com referências e algumas
variantes. Edição 1995.
Links:
COMENTARISTA ADICIONAL:
PR. ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA - Servo do Senhor Jesus Cristo,
administrador de empresas públicas e privadas, Bacharel em Teologia pela FATAD,
pós-graduado em administração de cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo
de crédito no Canadá, Estados Unidos e Espanha.
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