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A IGREJA DE FILADÉLFIA, UM MODELO PARA OS NOSSOS DIAS
LIÇÃO 12 – 23 DE JUNHO DE 2019

TEXTO ÁUREO
“E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7)

VERDADE APLICADA
As qualidades da igreja de Filadélfia servem de modelo para nós, membros da Igreja de hoje: compromisso, fidelidade e perseverança.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·         Descrever os aspectos históricos, culturais e políticos da cidade e da igreja de Filadélfia; 
·         Mostrar como Cristo se apresenta a esta igreja; 
·         Enaltecer e incentivar as qualidades desta igreja;

TEXTO DE REFERÊNCIA
Ap 3.8 Eu sei as tuas obras; eis que diante de te pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. 
Ap 3.11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. 
Ap 3.12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. 
Ap 3.13 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos sobre a Igreja que estava na cidade de Filadélfia.
Por intermédio de João, o discípulo que estava preso na Ilha de Patmos, Jesus profere palavras sobre a atuação das sete igrejas que estavam no continente asiático, dentre elas: Éfeso (Apocalipse 2:1-7); Esmirna (Apocalipse 2:8-11); Pérgamo (Apocalipse 2:12-17);Tiatira (Apocalipse 2:18-29); Sárdes (Apocalipse 3:1-6); Filadélfia (Apocalipse 3:7-13) e Laodiceia (Apocalipse 3:14-22).
Cada uma destas igrejas vivenciava situações específicas e, por isto, o Senhor aconselha seus anjos (pastores) sobre o que deveriam fazer.
É importante salientarmos que nas cartas que foram endereçadas a estas igrejas, o Senhor começa o assunto se apresentando através de alguma característica e EM TODAS, Ele diz que conhece as obras daquela igreja, ou seja, o Senhor sabia exatamente o que estava acontecendo e o que cada um dos pastores destas igrejas estavam vivendo. Logo após esta introdução, lhes foi dada um conselho e uma orientação sobre a perseverança.
Dentre as sete igrejas, somente duas não sofreram repreensões, a que estava na cidade de Esmirna e a que estava em Filadélfia.
Para compreendermos o Livro do Apocalipse é importante destacarmos que existem algumas maneiras de interpretá-lo que foram amplamente discutidas ao longo de quase dois mil anos de história, vejamos alguns deles:
O ponto de vista preterista: Esse ponto de vista dá a entender que todas as ocorrências aludidas no livro de Apocalipse tiveram lugar no império romano, no primeiro século de nossa era, embora talvez haja acontecimentos referentes ao segundo século. Os eruditos liberais normalmente tomam esse ponto de vista em geral, porquanto supõem que o livro não pode ser uma profecia genuína, mas tão-somente um escrito simbólico e uma avaliação mística dos acontecimentos daquela porção do mundo para onde o livro foi originalmente enviado.
O Ponto de vista histórico: Os intérpretes que assumem essa posição procuram encaixar todos os acontecimentos previstos no Apocalipse em várias épocas da história humana.
O ponto de vista futurista: Há os futuristas extremos, que pensam que o livro inteiro é preditivo, incluindo os capítulos dois e três (as cartas às sete igrejas), que representariam sucessivos estágios da história eclesiástica, até à vinda de Cristo. Mas há os futuristas moderados, que admitem que os capítulos dois e três referem-se ao passado (ou ao presente); mas que a começar no quarto capítulo temos o futuro, o que deverá ocorrer imediatamente antes do segundo advento de Cristo.
A interpretação simbólica ou mística: Alguns eruditos creem que o livro de Apocalipse não é essencialmente profético e nem histórico, mas é um a vívida coletânea de símbolos místicos, que visam ensinar lições espirituais e morais. Isso significa que não esperemos qualquer cronologia de acontecimentos passados ou futuros nesse livro.
Este que vos escreve, bem como a quase totalidade das denominações pentecostais, acredita e aceita o ponto de vista futurista, adotando a postura moderada.
Vejamos o que o ponto de vista futurista diz sobre as sete igrejas da Ásia:
Essas cartas são proféticas quanto a sete estágios da história da igreja, que talvez se devam arrumar como segue:
Éfeso, a igreja apostólica (século I d.C.);
Esmirna, a igreja perseguida (séculos II e III d.C.);
Pérgamo, a igreja sob favor imperial (312 a 500 d.C.); 
Tiatira, a igreja da Idade das Trevas (500 d.C. ao século XVI);
Sardes, a igreja da Reforma e da renascença (séculos XVI a X V III); 
Filadélfia, a igreja das missões modernas (séculos IX até primórdios do século XX); 
Laodiceia, a igreja do tempo do fim (meados do século XX até à vinda de Cristo —sendo essa a igreja morna).
Estudaremos sobre algumas das características desta igreja, que lutou contra o mal e permaneceu fiel.
Que o Senhor nos abençoe ricamente em Cristo Jesus.

1 – ASPECTOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS
A igreja da cidade de Filadélfia compunha as sete que receberam cartas enviadas por João, quando estava preso na Ilha de Patmos.
Conforme mencionamos, a esta igreja não recebeu repreensões da parte do Senhor, mas sim, recomendações para que permanecesse fiel.
Vejamos no mapa abaixo onde estavam localizadas tais igrejas.

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1.1 – A cidade de Filadélfia
A história nos mostra algumas particularidades sobre a Igreja que estava na cidade de Filadélfia, vejamos:
Filadélfia era a mais jovem das sete cidades e fora fundada por colonos provenientes de Pérgamo sob o reinado de Átalo II nos anos de 159 a 138 a. C. A cidade estava situada num lugar estratégico, na principal rota do Correio Imperial de Roma para o Oriente e era chamada “A porta do Oriente”. Também era chamada de pequena Atenas, por ter muitos templos dedicados aos deuses. A cidade estava cercada de muitas oportunidades.
John Stott comenta que era também chamada a cidade dos terremotos. Tremores de terra eram frequentes e tinham levado muitos antigos habitantes a deixar a cidade em busca de lugar mais seguro. O violento terremoto que devastou Sardes no ano 17 d.C., quase destruiu completamente Filadélfia.
Átalo amava tanto a seu irmão Eumenes que o apelidou de “philadelphos”, o que ama a seu irmão. Daí vem o nome da cidade.
Filadélfia fica num vale aos pés de um platô montanhoso. Os reis de Pérgamo fundaram Filadélfia como um posto avançado do seu reino no século II a.C. A cidade estava localizada ao longo de uma importante estrada de viagem que ligava Pérgamo ao norte com Laodiceia ao sul. Nos tempos do Novo Testamento, Filadélfia fazia parte da província Romana da Ásia. Filadélfia foi reconstruída com ajuda do imperador Tibério.
A antiga cidade de Filadélfia é hoje ocupada pela cidade turca Alaşehir, situada a 130 km ao leste de Esmirna.

1.2 – Uma igreja perseguida
O início da Igreja foi marcada por terríveis perseguições e, até o ano 70 d.C., as coisas não foram fáceis para os cristãos.
O Imperador Nero Claudius Cesar Augustus Germanicus (Nero), provou ser um grande perseguidor a ponto de acusá-los de ter colocado fogo na cidade de Roma e, por causa disto, foram massacrados.
Leiamos um dos pontos marcantes desta história:
O senador e historiador Romano Públio Cornélio Tácito relata que, depois do incêndio, a população buscou um bode expiatório e começaram a circular rumores de que Nero era o responsável. Para afastar as culpas, Nero acusou os cristãos e ordenou que alguns fossem jogados aos cães, enquanto outros fossem queimados vivos e crucificados.
Tácito descreve-o assim: Contudo, nem por indústria humana, nem por larguezas do imperador, nem por sacrifícios aos deuses, foi conseguido afastar a má fama de que o incêndio tinha sido mandado. Assim pois, com o fim de extirpar o rumor, Nero inventou uns culpáveis, e executou com refinadíssimos tormentos os que, aborrecidos pelas suas infâmias, chamava o vulgo cristãos. O autor deste nome, Cristo, foi mandado executar com o último suplício pelo procurador Pôncio Pilatos durante o Império de Tibério e, reprimida a perniciosa superstição, irrompeu de novo não somente por Judeia, origem deste mal, senão pela urbe própria, aonde conflui e se celebra quanto de atroz e vergonhoso houver por onde quer. Assim, começou-se por deter os que confessavam a sua fé; depois pelas indicações que estes deram, toda uma ingente multidão ficaram convictos, não tanto do crime de incêndio, quanto de ódio ao gênero humano. A sua execução foi acompanhada por escárnios, e assim uns, cobertos de peles de animais, eram rasgados pelos dentes dos cães; outros, cravados em cruzes eram queimados ao cair o dia como se fossem luminárias noturnas. Para este espetáculo, Nero cedera os seus próprios jardins e celebrou uns jogos no circo, misturado em vestimenta de auriga entre a plebe ou guiando ele próprio o seu carro. Daí que, ainda castigando os culpáveis e merecedores dos últimos suplícios, tinham-lhes lástima, pois acreditavam que o castigo não era por utilidade pública, mas para satisfazer a crueldade dele próprio.
Os imperadores romanos exigiam que seus súditos os adorassem como deuses e por isso, surgiu o conhecido “culto ao imperador”.
Como só devemos adorar ao Senhor, os cristãos foram perseguidos vorazmente.
Apesar de existir uma certa “Teoria da Prosperidade”, que afirma que o cristão fiel não vive situações difíceis, a Bíblia nos garante o contrário, leiamos:
“Eu falei tudo isso para que tenham a paz no coração e na alma. Aqui na terra vocês terão muitos sofrimentos e tristezas; mas tenham ânimo, porque Eu venci o mundo”. (Jo 16.33 – BV)
Vale a pena comentarmos que o Brasil, apesar das diversas confusões envolvendo algumas denominações, vive em paz e liberdade, pois podemos servir ao Senhor sem nenhuma reprimenda, mas, às vezes, eu me pergunto se esta liberdade não nos tornou negligentes e acomodados.

1.3 – Uma igreja que ama
O nome Filadélfia vem de duas palavras gregas e significa “amor fraternal”, composto de φίλος, “amado” e ἀδελφός, “irmão”.
Certo pastor dizia que o amor é o combustível do cristão e de certa forma ele tinha razão, pois, a Bíblia nos mostra que o relacionamento de Deus para com os homens é baseado em amor.
O capítulo 13 da primeira carta de Paulo aos Coríntios traz um compêndio sobre o que é o amor, leiamos alguns versículos:
“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará”. (1 Co 13.1-8 – NVI)
A igreja que estava na cidade de Filadélfia possuía o nome de amor fraternal, porém, não temos como afirmar que esta igreja exercia tal amor pelo simples fato de estar em uma cidade cujo nome era este, porém, Jesus afirma que apesar das fraquezas daquele povo, ou seja, daquela igreja, eles haviam decidido perseverar e, para perseverar, o cristão deve exercitar o amor em Cristo Jesus.

2 – A APRESENTAÇÃO DE JESUS
Como aquele que sabe de tudo e de todas as coisas, o Senhor Jesus se apresenta de uma forma diferente para cada uma das igrejas e tais apresentações sempre estão relacionadas com a situação desta igreja. Para a que estava na cidade de Filadélfia, o Senhor se apresenta da seguinte forma:
Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre. (Ap 3.7)
Estudaremos separadamente cada um destes adjetivos.

2.1 – O Santo
Para a igreja que estava sofrendo, pois tinha uma “sinagoga de satanás” (grupo de pessoas que manifestavam obras terríveis), em sua cercania, o Senhor revela-se como o Santo.
A essência da santidade está no Senhor e TODA manifestação de santidade que o homem tem é advinda Dele.
Leiamos o que o Teólogo Americano Norman Champlin escreve:
Esse é um título que pertence a Deus, mas que o vidente João não hesitou em aplicar ao «Filho». Essa é uma prática comum no Apocalipse, a saber, a transferência de títulos e descrições divinos ao Filho, Jesus Cristo, embora, normalmente, pertençam a Deus Pai; e isso, incidentalmente, demonstra a divindade essencial do Filho. 
Em suas circunstâncias originais, provavelmente esse título também era uma afirmação da missão messiânica de Jesus, porquanto os judeus tinham fomentado uma rebelião contra Jesus, o Cristo, na qual ele foi considerado maligno, homem extremamente mau, usurpador de uma autoridade que não lhe pertencia. 
Na qualidade de Verbo eterno, tal como se dá com o próprio Deus Pai. Cristo possui santidade absoluta em si mesmo.

2.2 – O verdadeiro
Diferentemente do homem, que mente, tem duas palavras, age de acordo com a conveniência e é inconstante e enganoso, o Senhor é VERDADEIRO.
Vejamos o que João escreve sobre este assunto: 
“Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (Jo 8.31,32 – ARC)
Este versículo nos ensina que a verdade emanada de Jesus tem a capacidade de libertar o homem, ou seja, libertá-lo da condenação do inferno e do poder do pecado. Nada nem ninguém que já tenha existido tem tal poder.
Desta forma, o Senhor é a essência da verdade e toda verdade emana dele.
O mesmo evangelista João escreve que Jesus é o caminho, a verdade e a vida.
Notemos que está escrito que Ele é A VERDADE e não uma das verdades.
É importante reforçarmos que em um mundo onde tudo parece ser relativo, nunca se fez tão necessário ter um exemplo a seguir.
Ao longo da história muitos homens tornaram-se exemplos a ser seguidos, porém o ÚNICO que se manifesta como sendo a própria verdade é Jesus.
Alguém já lhe prometeu algo que você tomou como verdade, mas que não foi cumprido? Jesus nunca fará isto.
Leiamos um texto sobre este assunto:
“Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria”? (Nm 23.19 – ACF)
O texto é do A.T., porém o Deus é Eterno…
Somente Jesus tem poder de desfazer as obras do inimigo, que é o pai da mentira (Jo 8.44), somente Ele tem o poder de transformar aquilo que estava sob a influência da mentira.
O que roubava, ao se converter, deixa de roubar, o que mentia, ao se converter, deixa de mentir, o que tinha vícios terríveis, ao se converter, deixa os mesmos.
Glória a Deus.

2.3 – O que tem a chave de Davi
É inegável o fato de que Davi foi o mais importante rei de Israel, apesar de seus problemas pessoais.
A nação de Israel o tem como aquele que mudou, através da ação de Deus, o rumo de todo o povo.
A bandeira de Israel traz a estrela de Davi estampada em sua flâmula.
Porém, acima de Davi está o Senhor Jesus Cristo.
Vejamos o que Champlin nos diz sobre este título:
A alusão é ao trecho de Is. 22:22, uma predição sobre a subida de Eliaquim ao ofício de governador do palácio. A «chave de Davi» era símbolo do poder e da autoridade de seu ofício monárquico. Há certa autoridade, própria do palácio real, que é dada a Cristo, por ele brandir a chave de Davi.
Alguns intérpretes também veem o uso das chaves reais para finalidade de ser aberto o tesouro real, pois Eliaquim era o mordomo principal da casa real. Aquele que possui a chave de Davi, pois, tem na ponta dos dedos as riquezas do reino. O Rei benévolo dará essa riqueza aos fiéis. 
O vidente João sem dúvida nos faz uma promessa escatológica: a) O Cristo, que tem as chaves, dará ao mundo os benefícios do seu evangelho, e tornará os homens seus súditos; b) aqueles que lhe estiverem sujeitos receberão acesso ao reino de Deus, bem como aos mundos eternos. 
Davi é tipo simbólico de Cristo, o governante supremo do reino dos céus. A casa de Davi é a designação típica do reino de Jesus Cristo. O fato que Cristo brande as chaves, símbolo de autoridade, mostra que esse ê um direito que lhe cabe, por ser Senhor do reino e da Igreja de Deus. Ele admite e exclui conforme quer.
Vejamos o que o evangelista Mateus escreve sobre Jesus nesta posição: 
“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16.18,19 – ARC)
Como dono e criador da Igreja, Jesus tem a autoridade sobre ela, como Deus, assim como o Pai, Jesus tem autoridade para abrir os céus para quem desejar, pois as “chaves” (linguagem metafórica) estão com Ele.

3 – QUALIDADES DA IGREJA DE FILADÉLFIA
Existe um ditado que expressa a seguinte verdade: “O que você faz fala tão alto, que não consigo ouvir a sua voz”. 
A igreja de Filadélfia tinha um bom testemunho e, como já estudamos, apesar de todas as situações adversas, ela permaneceu fiel ao Senhor e, por isto, não foi repreendida por Ele.
Precisamos vigiar e trabalhar para que não sejamos achados em falta quando Ele voltar para buscar Sua Igreja.
Estudaremos algumas das características que marcaram a história da igreja que estava em Filadélfia.

3.1 – Compromisso com a Palavra
A igreja de Filadélfia era pequena (tendo pouca força), era bombardeada por ensinos satânicos, mas resolveram guardar os ensinamentos de Jesus.
Não importa o que achamos que é certo ou errado, pois existe uma regra a ser seguida e tal regra é a Palavra de Deus.
Na época em que foi escrita a carta às sete igrejas da Ásia, os problemas eram diversos, mas a Igreja permaneceu firme naquilo que o Senhor havia ensinado a ela.
Vejamos um versículo sobre este assunto:
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”. (Mt 24.35 – ARC)
As palavras de Jesus são eternas e jamais passarão, mas aquilo que não são palavras Dele, passarão rapidamente.
Existe um versículo que expressa como deve ser o comportamento do cristão, leiamos:
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”. (Fp 4.8 – ARC).
Estes aspectos são imutáveis, pois fazem parte daquilo que o Senhor nos deixou como exemplo próprio, que devem ser praticados por todos nós.
É importante reforçarmos que o compromisso deve ser com a Palavra de Deus e não com a convenção da igreja, pois, dependendo de como estiver o estado espiritual daqueles que criarem tais convenções, haverá prejuízos.

3.2 – Fidelidade
Apesar de haver discussões, a palavra grega para fidelidade é “pistis” que também pode ser utilizada para fé.
Fidelidade é o estado de não se alterar, independentemente das circunstâncias.
Nos dias hodiernos usamos uma palavra conhecida como “resiliência” que em física, é a capacidade de um corpo manter-se inalterado, independentemente da pressão que sofre.
A igreja de Filadélfia tinha vários motivos para fraquejar, mas escolheu manter-se fiel ao Senhor Jesus, pois Ele a segurava.
Uma das partes do fruto do Espírito é fidelidade. Vejamos o que Paulo nos ensina sobre o fruto do Espírito:
“Mas quando o Espírito Santo controlar as nossas vidas, Ele produzirá em nós esta espécie de fruto: amor, alegria, paz, paciência, bondade, retidão, fidelidade, mansidão e domínio próprio; e aqui não há conflito algum com as leis judaicas”. (Gl 5.22,23 – BV – grifo nosso)
Em outra tradução:
“Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei”. (ARC – grifo nosso)
Todos os seres humanos na face da Terra vivenciam experiências boas e ruins e isto é imutável. Salomão disse que o Sol nasce para bons e maus para justos e injustos (Ec 9.2) e Jesus ratificou tal ensino (Mt 5.45) e, não é pelo fato de sermos cristãos que estaremos livres de passar por situações ruins. Jesus deixou isto claro, vejamos:
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. (Jo 16.33 – ARC)
A diferença entre aquele que é cristão e o que não é, está na atitude. O cristão crê que o Senhor está no controle de TODAS as coisas e que tudo coopera para seu bem (Rom 8.28) e, por isto não se desespera, mas as pessoas que não são cristãs, não tem tal fé e confiança.
É difícil fazer esta pergunta, mas será que estamos servindo ao Senhor com tamanha fidelidade?
A igreja brasileira não vive sob perseguições, mas existem locais em que é proibido citar o nome Jesus, mas, mesmo assim, existem cristãos fiéis.

3.3 – Perseverança
Outra característica marcante da igreja que estava na cidade de Filadélfia era a perseverança.
Por crerem no Senhor, conseguiram passar pelas terríveis tribulações, perseverando e permanecendo fiéis.
Leiamos um versículo:
“…orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos…” (Ef 6.18 – ARC)
Perseverança no grego é “proskarteresis”; “hupomeno” é melhor traduzido como suportar.
Vocês já perceberam que muitas pessoas pedem a Deus para lhes dar paciência? Vejamos qual é a fórmula (quase matemática) para chegarmos à paciência:
“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5.3-5 – ARC)
Para obtermos um grau de maturidade espiritual e tenhamos a paciência que estes versículos descrevem, faz-se necessário vivenciarmos tribulações, dificuldades, perseguições e qualquer situação desfavorável, pois aprenderemos a descansar, crendo que o Senhor está conosco.
No A.T. Deus estava com o povo através da Arca da Aliança, no N.T. Jesus estava com os discípulos, mas após sua morte e ressurreição, o Espírito Santo está com TODOS aqueles que confessam que Jesus é o filho de Deus, que veio buscar e salvar os que se haviam perdido (Lc 19.10).
De acordo com a Bíblia, a igreja de Filadélfia suportou as dificuldades e permaneceu fiel. Isto foi reconhecido pelo Senhor e tornou-se exemplo para os cristãos no mundo todo.
“Vocês têm obedecido à minha ordem para aguentar o sofrimento com paciência, e por isso eu os protegerei no tempo da aflição que virá sobre o mundo inteiro para pôr à prova os povos da terra”. (Ap 3.10 – NTLH)
Paulo foi um exemplo de cristão que perseverou até o fim, leiamos:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2 Tm 4.7,8 – ARC)
A história nos mostra que pouco tempo após escrever esta carta a Timóteo, Paulo foi decapitado em Roma.
Será que temos “aguentado o sofrimento” que nos sobrevêm?
Pense nisto e, se necessário for, mude seus caminhos…

CONCLUSÃO
A Igreja em Filadélfia não foi repreendida como as demais, pois suas características e comportamento agradaram ao Senhor.
Que sejamos como os membros daquela igreja, firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor.
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”. (1 Co 15.58 – ARC)

Pb. Lindoval Santana                              
ADS – QD 17 - Assembleia de Deus de Sobradinho

4 comentários:

Luciano disse...

Paz do Senhor quero aqui espor minha gratidão pelo comentário desta lição;tem me ajudado muito obg mesmo Sou professor e Ev.da ADTAG AGUAS LINDAS..

Josué Almeida disse...

Caro Presbitero Lindoval, é certo que a Palavra de Deus deve ser proclamada a tempo e fora de tempo, mas peço que ao usar o trabalho árduo de pesquisa e desenvolvimento intelectual de outra pessoa que se faça menção desse valente semeador. Esse comentário que o irmão assinou pertence ao site EBD COMENTADA assinado pelo Professor Ev Leonardo Novais.

Anônimo disse...

Deus seja louvado estudo muito bem elaborado e feito com excelência como poucos !

Anônimo disse...

Olá bom dia com graça e paz do Senhor Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador!

Então, eu gostaria de obter informação de onde ou qual passagem ou livro da bíblia que fala que Jesus Cristo promete livrar a Igreja de FILADÉLFIA da hora da grande TRIBULAÇÃO!
OBS. É SOMENTE PARA O MEU CRESCIMENTO ESPIRITUAL E PODER SER.UM MULTIPLICADOR DESSA INFORMAÇÃO!
QUE O ALTÍSSIMO PAI ETERNO OS ABENCOEM EM NOME DE JESUS CRISTO!