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O desafio atual das novas teologias e modismos - Comentários Adicionais (Pb Lindoval)


O DESAFIO ATUAL DAS NOVAS TEOLOGIAS E MODISMOS
LIÇÃO 07 – 19 DE MAIO DE 2019

TEXTO ÁUREO
Antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!” 2 Pe 3.18

VERDADE APLICADA
A Igreja contemporânea, para vencer a guerra espiritual, precisa estar informada sobre a rápidas mudança e alicerçada na Palavra de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • Mostrar novas teologias e modismos;
  • Refutar à luz da Palavra essas teologias;
  • Comparar as afirmações errôneas com a Palavra de Deus.

TEXTO DE REFERÊNCIA
At 17.10 – E logo os irmãos enviaram de noite Paulo e Silas a Vereia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus.
At 17.11 – Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
At 17.12 – De sorte que creram muitos deles, e também mulheres gregas da classe nobre, e não poucos varões.

INTRODUÇÃO
O mundo está em constante mudança. As teorias científicas mudam a passos muito rápidos, em especial a medicina, pois o que era verdade e regra há 10 anos atrás, não é mais. Em se tratando da Teologia, as mudanças não ocorrem de forma tão rápida, entretanto, quando acontecem, geralmente trazem prejuízos muito grandes. Os últimos 50 anos trouxeram algumas mudanças na Teologia, incrementando modismos; pois quase todos passaram; que contribuíram de forma negativa para a fé do povo cristão. Aprenderemos nesta lição, algumas destas mudanças e como as mesmas influenciaram e ainda influenciam o povo de Deus. A regra do povo de Deus deve ser a Palavra, ou seja, a Bíblia, e tudo aquilo que acrescenta ou reflete opiniões contrárias a ela, deve ser refutado. Algumas pessoas acreditam que as novas maneiras de interpretação pode trazer novas teologias, porém, existem regras claras na Hermenêutica (Princípios de Interpretação) que não abre pressupostos para opiniões pessoais e uma delas nos mostra que a Bíblia se auto interpreta.

1 – O PRAGMATISMO PENTECOSTAL
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa conceitua a palavra “pragmatismo” como: Doutrina que toma por critério da verdade o valor prático e se opõe ao intelectualismo. Outro conceito, apresentado pela Wikipédia, nos ensina que: “Pragmatismo é uma corrente de ideias que prega que a validade de uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático”. Tal conceito é aplicado ao movimento filosófico norte-americano baseado em ideias de Charles Sanders Peirce 1839-1914e William James 1842-1910. De forma prática, podemos afirmar que pragmatismo é um conceito que é firmado no “ver para crer”. Se der certo, está certo. Tal conceito trouxe prejuízos terríveis para o ceio da Igreja no mundo todo, pois, pessoas despreparadas teologicamente e algumas completamente desviadas do Senhor, introduziram ondas que influenciaram milhões de pessoas ao redor do mundo. A ênfase destes conceitos é: “Se der certo, Deus está conosco”, “Se está prosperando, é porque o Senhor está nos abençoando”. Você conhece alguém que tem tal pensamento e não se baseia nas Escrituras Sagradas? Que o Senhor nos dê discernimento e que busquemos o conhecimento da Palavra…

1.1 – Pragmatismo religioso e discipulado
Como estamos escrevendo para crentes pentecostais, começaremos este tópico abordando um assunto que nos causa repulsa. De alguns anos para cá, vários homens que se intitulam pregadores pentecostais tem se tornado verdadeiros animadores de plateia, desejando que a glória de Deus seja “sentida” pela igreja e utilizando os mais diversos artifícios para tal. Paulo nos ensina que existiriam homens amantes de si mesmo, leiamos o texto: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.(2 Tm 3.1-5 – grifo nosso). Você conhece alguém que se enquadra nesta descrição? Infelizmente em nosso meio existem homens que já perderam a visão do que é certo e estão cauterizados, desejando mais a aprovação dos homens do que a de Deus. A Bíblia nos mostra que Jesus censurou os fariseus por orarem nas esquinas das sinagogas, com as mãos altas, para que aqueles que passagem os visse e dissessem, aqueles são homens de Deus, vejamos este texto: “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão”.(Mt 6.5 – ARC). Os fariseus foram chamados de “hipócritas”, ou seja, homens que usavam máscaras e não mostravam o que realmente eram. Tais homens eram verdadeiros atores e o Senhor disse que apesar de teoricamente estarem fazendo as coisas certas (orando), sua oração não havia sido ouvida por Deus, pois o que eles queriam era ser reconhecidos pelas pessoas que estavam passando pelas ruas, desta forma, Jesus lhes dá a sentença: “Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão”. O galardão ou recompensa daqueles homens era serem reconhecidos pelos que estavam passando, somente… Existem pregadores que querem ser aplaudidos pelos homens, apesar de isto não estar aparente, ou seja, não estar claro para quem não possui discernimento e quando o povo os aplaude, a recompensa já lhes foi entregue. Existem alguns que insistem em pedir e em alguns casos, exigir que o povo glorifique a Deus, porém, o ato de glorificar a Deus é pessoal e associado a um sentimento de reconhecimento que Deus é poderoso e merece nossa adoração. Leiamos um texto sobre este assunto: “Por isso nós também, sem cessar, damos graças a Deus, porquanto vós, havendo recebido a palavra de Deus que de nós ouvistes, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo ela é na verdade) como palavra de Deus, a qual também opera em vós que credes”.(1 Ts 2.13 – ARA). Glorificar a Deus é algo natural quando Ele se faz presente. Precisamos compreender que a Bíblia é simples e nos mostra como devemos proceder em todas as coisas, em especial nas espirituais. Precisamos urgentemente voltar às mensagens bíblicas e cristocêntricas, ou seja, mensagens onde o centro é Cristo, pois, muitos estão se perdendo por causa do pragmatismo que envolve a igreja. A linha que divide o que é espiritual e o que é emocional é tênue e só pode ser fielmente discernido pelo Senhor e pela Sua Palavra, vejamos: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”.(Hb 4.12 – ARC). Vejamos o que o Teólogo americano Normam Champlin comenta sobre este texto:“apta para discernir: O «homem interior», o «homem essencial», a «alma», é desnudado perante os olhos perscrutadores de Deus, mediante a instrumentalidade da Palavra. Não se trata meramente ’de um livro, de algumas declarações, de uma vibração de ondas sonoras. Aquilo que Deus diz em seu livro, através dos seus profetas, por meio de Cristo, no evangelho cristão, é ativado pelo Espírito, de modo a revelar, condenar e julgar, ou então dar promessa e abençoar, dependendo das condições espirituais do indivíduo. Desse modo a hipocrisia se desfaz, o engano é desmascarado. Algumas vezes o indivíduo nem compreende claramente seus motivos e intenções. Ficou auto iludido; pensa que é algo, quando ainda não é nada; imagina-se espiritual, quando ainda é carnal. A história abaixo ilustra o ponto. Certo homem foi hipnotizado; e, nesse estado, foi-lhe dito que ao despertar tomaria um vaso de flores da janela, o colocaria em um sofá e se prostraria perante o mesmo por três vezes. Era um ato totalmente irracional. Ao despertar, segundo ele mesmo contou, eis o que sucedeu: «Ao despertar, vi o vaso de flores ali; pensei que fazia frio e que seria bom que o vaso fosse esquentado para que a plantinha não morresse. Portanto, embrulhei-o em um pano. Como o sofá estava perto da lareira, coloquei ali o vaso. E me inclinei porque fiquei satisfeito comigo mesmo, por ter tido tão brilhante ideia. Isso mostra como um homem geralmente racionaliza os seus motivos, ocultando-os até mesmo de si próprio, embora esses é que façam dele o que é e o que pratica. A Palavra de Deus pode dar-nos real discernimento sobre os nossos motivos”. Enquanto existirem tais “pregadores” fazendo discípulos, a Igreja estará sujeita aos mais diversos tipos de heresias, modismos e afins. Como professores de EBD, precisamos ensinar aos alunos o que é certo, sem emocionalismos.

1.2 – O profeta bíblico
De forma bíblica, profeta é aquele que traz Deus ao povo, ao contrário de sacerdote que é aquele que leva o povo a Deus. Nos idos do A.T. os profetas prediziam o futuro, proclamavam bênçãos, castigos e condenações de Deus e estavam diretamente ligados ao povo de Israel. Nos dias hodiernos, não existem mais profetas como havia nos tempos do A.T., pois a Bíblia nos mostra que Deus deu aos homens os dons espirituais, descritos por Paulo na sua primeira carta aos Coríntios, no capítulo 12 e 14. Temos homens e mulheres que receberam de Deus o maravilhoso dom da profecia e, se lermos a Bíblia, verificaremos que o objetivo da mesma é claríssimo, leiamos: “Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também intérprete, para que a igreja receba edificação”. (1 Co 14.1-5 – ARC – grifo nosso). Fica claro que a profecia tem a função de edificação, exortar e consolar. Será que as “profecias” que alguns homens e mulheres estão “lançando” para os cristãos tem estas funções? Se a resposta for não, o que foi dito não é uma profecia e pode ser a voz do homem ou mulher que a disse ou até mesmo do diabo. O profeta bíblico nos dias atuais é aquele que recebeu de Deus o dom da profecia e faz uso do mesmo para edificar, exortar e consolar aquele (s) que ouvirão a profecia. Concluindo este tópico, deixemos claro que um número altíssimo de pessoas são ludibriadas ou enganadas por supostos profetas, por não estarem firmados na Palavra de Deus.

1.3 – A procura por profecias
Outro ponto muito importante relacionado a estes últimos tópicos é que, infelizmente, alguns cristãos associam as supostas manifestações espirituais (nem sempre são) como falar em línguas, “profetizar”, interpretação de línguas a uma pessoa espiritual e isto nem sempre é verdade. Existem homens e mulheres que falam supostas línguas e não produzem frutos e a Bíblia diz que os falsos profetas seriam conhecidos pelos frutos que produzissem, você sabia? Leiamos o texto bíblico que fala sobre este assunto:“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. (Mt 7.15-20 – ARC). Vejamos o que o Teólogo Alemão, Fritz Rienecker nos ensina sobre isto: “Mencionam-se profetas! São pessoas que falam em nome de Deus. Assim também esses profetas se apresentam no meio da comunidade de Cristo como quem usa palavras santas e fala em nome de Deus. Não obstante, o que dizem e o que fazem não é de Deus, porque sua motivação íntima é sombria e sacrílega. Por isso se comparam a lobos vorazes que andam sob a veste de ovelhas e, como piores inimigos do rebanho, dividem a comunidade do Senhor.
Como seria bem mais fácil viver seguindo a Jesus, andar no caminho estreito, se não irrompessem sempre de novo na própria comunidade de Jesus a ânsia de poder e de vantagem pessoal, a necessidade de prestígio e as discórdias. Desse modo, cada um precisa acautelar-se diante do outro e cuidar de si próprio e do “rebanho”. O sinal de reconhecimento para discernir quem é lobo e quem é ovelha é definido por Jesus nos termos: Pelos seus frutos os conhecereis! Quando a comunidade do Senhor for fiel na oração e na vigilância, em breve se revelará quais foram os poderes ocultos e sombrios e as motivações dos “lobos em peles de ovelha”. Promoveram a sua própria obra e não a obra de Deus. Será descoberto se tinham o Espírito de Deus ou o espírito de baixo, se produziram fé ou descrença, se levaram à paz ou à discórdia, se buscaram a santificação ou não, se aproximaram de Deus ou fixaram as pessoas a si próprios, se defenderam com toda a clareza a vontade de Deus ou perseguiram alvos egoístas. Efeitos e frutos do Espírito Santo somente podem crescer sobre o chão do Espírito Santo, não sobre a areia desértica do espírito anticristão. Para tornar isso mais uma vez palpável o Senhor lança mão de outra dupla de parábolas, das sebes de espinhos e das árvores imprestáveis em combinação com os seus frutos”. Este que vos escreve teve uma experiência marcante há muitos anos: “Um certo pastor e sua esposa resolveram abrir um ponto de culto e escolheram uma construção abandonada para tal. Desta forma, começaram a convidar pessoas para receber orações e as “profecias” começaram. Era receba daqui, receba de lá, Deus vai lhe dar, a porta vai se abrir, sempre as mesmas coisas. Com o passar do tempo, descobri que estas pessoas haviam saído em rebeldia de sua igreja por não concordarem com as opiniões do pastor, e não tinham autorização para utilizar aquele lugar.

2 – NOVAS TEOLOGIAS E MODISMOS
Com o intuito de obterem aprovação para suas teorias, vários líderes religiosos ao longo da história da Igreja, utilizaram textos bíblicos. Porém, a interpretação que os mesmos fizeram e fazem dos textos é fraca, não passa nas regras da hermenêutica e claramente é forçada. Nos dias hodiernos, a Igreja sofre com o triunfalismo, que coloca o homem acima de todas as situações possíveis, tornando-os presunçosos e arrogantes, usando a determinação como regra de fé, bem como a Teoria da Prosperidade (não vejo como chamar este ensino de teologia) e também a confissão positiva. O erro destas teorias é que NENHUMA DELAS é bíblica, pois ensinam que o sucesso está intimamente ligado à intimidade com Deus, negando o que Paulo escreveu aos Romanos no capítulo 5, vejamos: “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”. (Rm 5.3-5 – ARC). Os triunfalistas, teóricos da prosperidade e adeptos da confissão positiva também se esquecem do que Jesus nos ensina em João 16.33, leiamos: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Os maiores representantes deste movimento no Brasil estão ligados às denominações neopentecostais tais como: IURD, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Mundial do Poder de Deus, dentre outras. Estudaremos cada um destes assuntos de forma separada.

2.1 – O triunfalismo
O Dicionário Priberam conceitua a palavra “triunfalismo” da seguinte forma: Atitude de quem se mostra excessivamente triunfante. Se levarmos este conceito ao pé da letra, associaríamos esta teoria ao próprio diabo, pois, apesar de saber que já foi derrotado, continua trabalhando incansavelmente. O triunfalismo leva os evangélicos a achar que é errado ter incertezas e dúvidas, que é feio admitir a ignorância, que o questionamento é sinal de falta de fé. O cristão precário está sempre disposto a ouvir vozes discordantes, a aprender com quem pensa diferentemente, inclusive com os incrédulos. Podem-se aprender lições preciosas das pessoas mais incultas, bem como dos maiores pecadores e hereges, pois todos têm alguma lição a dar, e ninguém, além de Deus, é dono da verdade (1Co 8.1-3)[1]. É muito importante que saibamos que o triunfalismo é um braço importante da teoria da prosperidade. De acordo com o Dicionário Informal, há duas realidades concernentes ao triunfalismo que precisam ser destacadas. A primeira, de caráter sociológico, diz respeito ao atual contexto sócio financeiro do povo brasileiro e ao espírito consumista alimentado pela mídia. Os líderes triunfalistas abusam dessa realidade social a ponto de não prometerem apenas o necessário, mais o luxo, o sobressalente, o espetacular. A segunda está relacionada à teologia e a falsa concepção de espiritualidade. Ensinam os homens a se aproximarem de Deus pelo que Ele concede e não pelo que Ele é. A bênção, para eles, é muito mais importante do que o Abençoador. O período em que vivemos deflagrou cantores, escritores e pregadores que levam milhões de pessoas às mais extasiantes emoções, afirmando que TODOS serão ricos, fartos, extremamente saudáveis (livres de doenças) e famosos. Utilizam a expressão “O diabo está debaixo de nossos pés” como chavão máximo de sua proposta, com o intuito de mostrar que os cristãos têm poder para determinar o que quiserem. Um dos textos que utilizam de forma incorreta está em João 15, vejamos: “Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda”.(Jo 15.16 – ARC). A interpretação é claríssima e nos mostra que foi o Senhor que nos escolheu e nomeou para que produzíssemos fruto (expressão do caráter cristão). Aqueles que o Senhor escolheu e nomeou, vivem a vontade de Deus para suas vidas e, por causa disto, estão em conexão com Ele. Desta forma, a oração que fazem está direcionada para a vontade de Deus e, por isto, é respondida. Se observarmos o contexto deste texto, em especial o versículo 7, veremos que está claro que aqueles que tem as suas orações respondidas estão no Senhor e o Senhor está neles.
Como dissemos, os textos são utilizados parcialmente para atender aos desejos dos adeptos do triunfalismo. Infelizmente as igrejas pentecostais já foram invadidas por este grupo que tem ocupado os púlpitos e produzido estragos gigantescos, pois encontram pessoas que só querem o famoso “vem a nós”, porém, o “vosso reino” não. É triste e estarrecedor ver os conjuntos de jovens cantando músicas que tem como refrão “sua vitória tem sabor de mel” e que mostra em sua letra expressões triunfalistas como “aquele que te viu chorando, vai te ver sorrindo”…, porém, o mais triste é não ver uma reação de repulsa por parte dos líderes.

2.2 – A teologia da prosperidade
Conforme mencionamos, a conhecida teologia da prosperidade não deve levar este nome, pois de teologia não tem nada, o que mais se adequa aos seus ensinamentos é “teoria da prosperidade”. Uma teoria é algo que não possui provas, estudos, pesquisas e trabalhos conclusivos suficientes para se sustentar, pois, se houvesse, seria uma tese. A teoria da prosperidade afirma que o cristão pode ter tudo o que quiser, especialmente as bênçãos materiais e para isto, basta crer, determinar e receber. Um dos versículos mais utilizados pelos que acreditam nesta falácia (engano) está em Filipenses, 4.13, leiamos: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Lendo este versículo de forma isolada, poderíamos acreditar que as ideias da teoria da prosperidade estão corretas, porém, vejamos o que o contexto nos mostra: “Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade. Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Observemos o perigo existente em uma interpretação feita de maneira errônea. O que Paulo escreveu é que independentemente da situação em que estivesse vivendo (fartura ou fome, abundância ou falta), ele estava convicto de que poderia enfrentar e vencer, pois quem o fortalecia é Jesus. Paulo, inspirado por Deus proferiu as seguintes palavras sobre o que aconteceria no futuro: “O Espírito Santo afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns se desviarão da fé e darão ouvidos a espíritos enganadores e à doutrina de demônios, sob a influência da hipocrisia de pessoas mentirosas, que têm a consciência cauterizada”.(1 Tm 4.1,2 – KJA). Estamos vivendo o cabal cumprimento deste texto. Outro ponto da teoria da prosperidade que precisamos comentar é o que afirma que se alguém está vivenciando lutas, doenças ou dificuldades é porque está em pecado ou tem falta de fé. As pessoas utilizam tais ensinos para respaldar sua crença e não permitir que aqueles que não foram atendidos em suas orações, possam questioná-los.

2.3 – A confissão positiva
Você já ouviu a expressão “Eu tomo posse”? Este é o jargão da confissão positiva. Este ensino afirma que as palavras têm poder e que tudo o que declararmos na terra será confirmado no céu. Quanta ignorância bíblica… Os positivistas por confissão também utilizam textos isolados para validar seus ensinamentos. Leiamos o texto mais utilizado por eles: “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus”.(Mt 18.19,19 – ARC). Mais uma vez, se lermos o contexto, aprenderemos que o Senhor estava falando sobre a autoridade da Igreja em cuidar das pessoas colocando-as novamente em comunhão com Deus após algum tipo de problema, bem como, sobre a autoridade que a Igreja tem de corrigir aqueles que pecaram e discipliná-los se necessário for. Desta forma, aquilo que a Igreja fizer na terra será ecoado no céu. Expressões como “está ligado”, “eu concordo”, “está feito” são utilizadas pelos adeptos desta teoria. É evidente que precisamos crer que o Senhor está cuidando de nós e que tudo está em Seu controle (Rm 8.28), porém, em nenhuma parte da Bíblia está escrito para colocarmos as mãos sobre um carro e determinar que será nosso. Imaginemos um homem que recebe um salário mínimo pelo seu trabalho mensal, por não possuir capacitação para ganhar um melhor salário se deparar com um Mercedes Benz de meio milhão de reais e colocar suas mãos sobre o veículo dizendo: “Eu tomo posse e será meu”. Tal situação nos mostra o quão consumistas e materialistas são as pessoas que praticam a confissão positiva. Para estas pessoas a fé é um instrumento para a realização do que se deseja, porém, ao contrário da suposta confissão positiva, a fé é a sólida prova das coisas existentes e colocadas por Deus à disposição individual de cada crente. A fé é a ponte que nos leva ao alcance das coisas geograficamente longe e atuais; e a espera das coisas existentes no futuro (Hb 11.1). Portanto, não é a fé que produz o objeto, ou na linguagem carismática, a bênção; é o Deus da fé que o produz e o sustém (Lc 5.5). Pedro tinha lançado a rede no lado errado, porém, Jesus o observou, pedindo que a lançasse no outro lado — “Sobre a tua Palavra”, ou seja, não existe fé fora da Palavra de Deus. Obviamente, lá já estavam os peixes que o Deus da fé tinha providenciado (Lucas 5.5). Leiamos o que o Rev. Hernandes Dias Lopes escreve sobre este texto: “Pedro oscila entre a realidade desanimadora da experiência frustrante e a fé vitoriosa; entre a improbabilidade do esforço humano e a manifestação do poder de Jesus. Ao mesmo tempo que diz que a pescaria já havia sido feita sem nenhum resultado, dispõe-se a agir novamente sob a ordem de Jesus. O mesmo Pedro que já estava lavando as redes para guardá-las até o dia seguinte, toma-as de novo e volta para o mar, debaixo da ordem expressa de Jesus. Pedro é esse homem que, como um pêndulo, vai de um extremo ao outro. A palavra que Pedro usa para “Mestre”, e que só aparece aqui em Lucas, é “epistátes”, que significa “chefe, superior”. A autoridade superior dá uma ordem ao subordinado. Aqui Jesus não “pede”, como aconteceu no versículo 3b, mas ordena. A resposta de Pedro é a obediência, pois o Mestre tem debaixo de seu controle até os peixes do mar”. Esta é a fé produzida pela Palavra de Jesus e não uma fé meramente interesseira. Vale a pena reforçar que existem dois motivos para o acontecimento deste texto. O primeiro é para alicerçar em Cristo a fé dos discípulos e mostrar a Ele que a confiança deveria ser posta Nele e o segundo para suprir a necessidade que eles tinham.

3 – EXPERIÊNCIA PENTECOSTAL E A PALAVRA
O extremismo sempre foi prejudicial em qualquer área. Como cristãos, precisamos buscar o equilíbrio em tudo o que fazemos. Se buscarmos o conhecimento em detrimento da graça de Deus, correremos um grande perigo de nos tornarmos legalistas, por outro lado, se buscarmos somente a graça e deixarmos o conhecimento de lado, correremos o risco de nos tornarmos fanáticos. Nenhum dos extremos é positivo. Ao longo da história da Igreja, verificamos que por diversas vezes os extremos foram prejudiciais e nos dias atuais, precisamos compreender que cristãos maduros são guiados pelo Espírito Santo, tendo por base as Sagradas Escrituras. Uma igreja que não tem discernimento a respeito do que é certo, incorrerá em vários erros doutrinários, estando sujeita a doutrinas de demônios. Da mesma forma, uma igreja que não busca a plenitude do Espírito Santo, incorrerá em absurdos teológicos, isentos de amor. Estudaremos separadamente cada um destes temas.

3.1 – O poder do Espírito
A partir do momento em que nos convertemos, o Espírito de Deus passa a viver em nós, pois nos tornamos Templos do Espírito. “Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos”?(1 Co 6.19 – ARC). Deste momento em diante, o Senhor nos guia, aconselha, orienta e direciona através da Sua atuação em nós. O ser humano é dotado de espírito, alma e corpo, de acordo com Paulo (1 Ts 5.23), sendo assim, o Espírito Santo habita em nosso espírito e isto é a causa de sermos transformados em novas criaturas. Leiamos o que Paulo escreve aos Romanos: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”.(Rm 8.14-16 – ARC). O Espírito Santo é o único capaz de transformar o caráter do ser humano, fazendo-o semelhantes a Deus, de acordo com sua imagem e semelhança. Após a conversão, o cristão deve buscar a Deus pela plenitude do Espírito, ou seja, pelo batismo no Espírito Santo, pois através deste, seremos preenchidos com o poder de Deus, que nos capacitará a sermos testemunhas vivas do Senhor. A Bíblia nos ensina que a manifestação do Espírito é dada a cada um de nós para o que for útil, vejamos: “Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”.(1 Co 12.4-11 – ARC). Este texto nos mostra que o poder do Espírito Santo é manifesto através dos dons espirituais e nós devemos buscar tais dons da melhor maneira possível, leiamos:“Contudo, buscai com zelo os melhores dons…”(1 Co 12.31). Um cristão abençoado vivem na plenitude de Deus, buscando com excelência a presença de tais dons. É muito importante nos lembrarmos que algumas igrejas, denominadas “cessacionistas”, acreditam que os dons espirituais cessaram após o derramamento do Espírito Santo em At 2, porém, a Bíblia deixa claro que o derramamento foi a porta de entrada de tais dons. Este assunto é tão importante que Paulo escreve que seu desejo era que os cristãos de Corinto não fossem ignorantes (sem conhecimento) a respeito dos dons, vejamos: “A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que tenhais desconhecimento. Sabeis que, quando éreis pagãos, de uma maneira ou outra, fostes fortemente atraídos para os ídolos mudos. Portanto, eu vos afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus, pode dizer: “Maldito seja Jesus!” Da mesma forma, ninguém pode declarar: “Jesus é Senhor!”, a não ser pelo Espírito Santo. Existem diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Existem várias formas de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversas maneiras de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, contudo, é concedida a manifestação do Espírito, com a finalidade de que todos sejam beneficiados”.(1 Co 12.1-7 – KJA). O versículo 1 nos mostra que Paulo queria que os crentes de Corinto tivessem conhecimento sobre os dons, bem como sobre seu uso correto, leiamos o que Champlin escreve sobre o versículo 1: “Essa fórmula paulina indica os assuntos que merecem nossa cautelosa atenção. Porém, também pode estar subentendido que a despeito de todo o seu pretenso conhecimento, bem como da posse de tais dons, devido ao seu abuso, faltava-lhes o conhecimento essencial a respeito desses dons e de seu propósito. Aqueles coríntios vinham usando os dons espirituais para sua própria exaltação, como parte de suas facções e de sua adoração a «heróis», ao invés de fazerem-no para a glória de Cristo. Ora, isso era uma «ignorância» essencial sobre a questão da natureza e do uso dos dons espirituais”. Concluindo este tópico, precisamos ter conhecimento sobre a existência dos dons e também os buscar para nossa vida.

3.2 – Malversação dos dons
A palavra “malversação”, de acordo com o Dicionário Priberam, tem o seguinte significado: Má administração. Desgoverno. Conforme citamos no tópico anterior, a igreja que estava na cidade de Corinto se vangloriava por ter muitos dons dentre os membros, porém, fica evidente que aquelas pessoas não tinham sabedoria para utilizar aquilo que o Senhor havia lhes dado. O primeiro ensino que Paulo traz a respeito deste tema é que TODOS os membros, independentemente de ter diferentes dons, são membros do mesmo corpo, que é a Igreja. Outro ensino é que, como corpo, eles precisavam uns dos outros, pois nenhum corpo podia viver sem os membros. Ainda outro é que cada dom tem seu propósito, como por exemplo o dom de línguas que deveria ser utilizado para falar com Deus e, se fosse utilizado na igreja, que houvesse intérprete, vejamos: “Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também intérprete, para que a igreja receba edificação. E, agora, irmãos, se eu for ter convosco falando línguas estranhas, que vos aproveitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina? Da mesma sorte, se as coisas inanimadas que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, também vós, se, com a língua, não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar”. (1 Co 14.2-9 – ARC). Fica evidente nos dias atuais a confusão envolvendo os dons espirituais, em primeiro lugar ao associá-los a pessoas altamente santas e em segundo, ao utilizá-los de forma incorreta. Algumas pessoas acreditam que por falarem em línguas estranhas são mais santas que as outras e isto não é nem de longe verdade, pois os dons são dados por Deus para a edificação da Igreja, e não estão associados ao caráter. Quando abordamos o assunto caráter, precisamos deixar claro que a mudança é feita pelo Espírito Santo, através da Palavra de Deus, produzindo em nós o que a Bíblia chama de FRUTO DO ESPÍRITO (Fruto e não frutos), leiamos: “Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gl 5.22 – ARC). Paulo ensina que se não houvesse intérpretes para as línguas estranhas, deveríamos utilizá-las individualmente para falar ao Senhor. Você já pensou nisto? Já foi ensinado sobre isto? Já observou a “bagunça” que acontece quando todos querem falar línguas estranhas? Este desafio é tremendo no cenário pentecostal, pois como falamos, existe uma associação entre espiritualidade e dons espirituais.

3.3 – Aprofundamento na Palavra
Vamos responder uma simples pergunta para começarmos a comentar sobre este tópico? Você já leu a Bíblia toda? Ao responder tal pergunta poderemos falar sobre aprofundamento bíblico, que é um dos problemas que a Igreja vivencia nesta era. Nunca foi tão fácil adquirir Bíblias e livros no Brasil, quer seja física ou em PDF. A desculpa de que comprar livros era algo caro, que estava disponível para uma pequena parcela, caiu por terra, pois nos está disponível uma infinidade de volumes de forma gratuita, através dos Dps. Se na época anterior à Reforma Protestante as pessoas não conseguiam ter acesso à Palavra de Deus, pois os volumes estavam em Latim e poucas pessoas dominava tal língua, nos dias atuais, praticamente todas as pessoas no Brasil podem ter acesso a um exemplar da Bíblia. Vamos fazer outra pergunta: “Você já fez um curso básico de Teologia? Pode parecer um absurdo sem medidas, mas alguns pastores ainda acreditam que o estudo afasta o homem de Deus… Você se lembra do que Paulo escreveu a Timóteo, antes de ser entregue à morte? Leiamos: “Fiz o melhor que pude na corrida, cheguei até o fim, conservei a fé. E agora está me esperando o prêmio da vitória, que é dado para quem vive uma vida correta, o prêmio que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos os que esperam, com amor, a sua vinda. Venha me ver logo que puder. Pois Demas se apaixonou por este mundo, me abandonou e foi para a cidade de Tessalônica. Crescente foi para a província da Galácia, e Tito, para a região da Dalmácia. Somente Lucas está aqui comigo. Procure Marcos e traga-o com você porque ele pode me ajudar no trabalho. Eu mandei Tíquico para a cidade de Éfeso. Quando você vier, traga a minha capa que deixei na cidade de Trôade, na casa de Carpo. Traga os livros também, principalmente os de couro”.(2 Tm 4.7-13 NTLH – grifo nosso). Que livros eram estes? Vejamos o que o Teólogo Suíço, Hans Burki escreve sobre este assunto: “O termo se refere a folhas de papiro para anotações e para copiar livros. Folhas de pergaminho são muito caras e são usadas somente para documentos de valor. Provavelmente se trata aqui de cópias de livros do AT e talvez até mesmo de uma coleção de ditos do Senhor. Como será que esse pedido, que na realidade pressupõe que Paulo ainda pensa em ler, estudar e escrever, combina com o tom anterior e subsequente, que expressa a certeza do chamado iminente para comparecer diante de Deus? Paulo estava prestes a morrer, mas mesmo assim, precisava estudar… Este desafio é tremendo, em especial no meio pentecostal e aqueles que estão imbuídos na árdua tarefa do ensino bíblico, precisam aprofundar-se no conhecimento da Palavra de Deus. Não podemos no contentar com as “águas rasas” do conhecimento, precisamos mergulhar fundo.

CONCLUSÃO
Existem inúmeros desafios que a Igreja na pós modernidade vivencia, mas, independentemente de quão grandes sejam, nunca poderemos deixar de combatê-los, ensinando ao povo, o caminho que devemos andar. Que o Senhor tenha misericórdia de nós e que sejamos amantes e praticantes da Palavra.

Pb. Lindoval Santana

6 comentários:

Aldo Fagundes disse...


Em primeiro lugar parabéns pelos comentários feitos à lição 07.

Como sou profundo admirador do seu trabalho, e desejo que Deus o faça progredir mais e mais, tomo a liberdade de discordar do irmão em duas colocações feitas no seu comentário

PRIMEIRA - Tenho uma visão diferente da sua colocação quento escreve: "...haviam saído em rebeldia de sua igreja por não concordarem com as opiniões do pastor...".

Sem entrar na discussão do tema rebeldia, (por ser muito profundo) quero apenas me deter nas "...opiniões do pastor..." creio que nem todas as opiniões dos pastores têm que serem aceitas, principalmente aquelas que não têm base bíblica. Paulo repreendeu a Pedro na presença de todos num momento em que ele agiu de maneira errada e ainda publicou isso numa de suas cartas: “Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” Gl. 2:14 (ARC). Ambos eram respeitados nas igrejas por suas lideranças, mas Paulo contradisse, repreendeu e condenou a atitude de Pedro em amor.

SEGUNDA - "...O cristão precário está sempre disposto a ouvir vozes discordantes, a aprender com quem pensa diferentemente, inclusive com os incrédulos..." Paulo nos aconselha: "Examinai tudo. Retende o bem." 1 Ts. 5.21 e até mesmo dentro da igreja devemos colocar esse princípio em prática: "Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." 1 Jo. 4.1 (ARC)

Em Cristo,

Aldo Fagundes

Mendes disse...

"...pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, NEM ADULTERANDO A PALAVRA DE DEUS..." 2 Co 4.2

"...até minha chegada, aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino" 1 Tm 4.13

"Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvará tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes" 1 Tm 4.16

"...exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" Jd 3

"também, movidos pela ganância, e com palavras fingidas, eles farão de vós negócio; a condenação dos quais já de largo tempo não tarda e a sua destruição não dormita".
2 Pedro 2.3

"Assim como, no passado, surgiram falsos profetas entre o povo, da mesma forma, haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras...". 2 Pe 2.1

A obrigação de lutar por mensagens coerentes com as Escrituras, refutação de erros de uma revista de escola bíblica, verificar campanhas de cunho teológico perigoso, seminários com ensinos da teologia liberal, tudo isso depende sim de intervenção de pessoas conclamadas biblicamente para tal.

Mendes disse...

Recaptulemos alguns pontos da revista Betel do 2º trimestre de 2013.

ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 5 - Revista da Editora Betel
AS AUTORIDADES SÃO CONSTITUÍDAS POR DEUS
Data: 05 de Maio de 2013.

1.QUEM RESISTE À AUTORIDADE RESISTE À ORDENAÇÃO DE DEUS.

“E os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação” (Rm 13.1-7). A autoridade foi dada por Deus para ordenação, controle e respeito na sociedade como um todo. Toda instituição precisa ter liderança, porque evita que todos mandem, que a desordem se instale e a instituição vire bagunça.

Observação minha: Rm 13 refere-se à autoridade governamental e não eclesiástica;

Continuando...

3.3 As más autoridades terão que prestar contas da sua administração a Deus.

Não se preocupe com as autoridades desonestas, relapsas, negligentes, corruptas, imorais, maldosas e arrogantes, pois Deus tratará com elas. Haverá mais severidade para quem O representa (Lc 12.48; Tg 3.1-4). A responsabilidade de um líder espiritual vai além do que pensamos, pois ele prestará contas das ovelhas colocadas sob seu pastoreio (Hb 13.17a). Deus diz: “A fraca não fortalecestes, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornaste a trazer e a perdida não buscastes, mas dominais sobre elas com rigor e dureza... Eu requererei as minhas ovelhas das suas mãos” (Ez 34.1-10,16).

CONCLUSÃO (da revista)



Quem não concorda e briga, discute, desafia, murmura, fala mal dos superiores do próprio ministério deveria procurar um lugar onde servisse a Deus com alegria, não é bom adorar a Deus descontente. Precisamos tirar todos os impedimentos de ir para o céu, porque ficar do jeito que está é duvidoso. Os que não concordam com nada devem mostrar dignidade, ser coerentes e entregar as chaves.

Minha observação de novo.
Acautelar dos falsos mestres, combater heresias são imperativos bíblicos, obrigação de todo cristão. Sabem quando é discutido em outras denominações a confissão positiva e a famigerada teologia da prosperidade? na década de noventa!!!!!!!!!!!!!!!!
Se evitou falar por conta dessa pressão eclesiástica.
Como várias neo pentencostais não deram exemplo e somente passaram o testemunho de exploradores da fé é que veio a surgir necessidade de se comentar.
Mas antes de apontar o dedo, dê uma olhada na programação "tarde da vitória" e das campanhas. Pense um pouco se a barganha não continua em sua igreja...

MOSTRAR A TEOLOGIA CORRETA, DISCURÇÕES TEOLÓGICAS SÃO SADIAS!
DIFERENTE DO SILÊNCIO CEGO. MOSTRAR COM ARGUMENTOS BÍBLICOS ERROS NÃO SIGNIFICA QUE É AFRONTA!
NINGUÉM VAI AMALDIÇOAR SE VC SE ACAUTELA E COMBATE ERROS DOUTRINÁRIOS E MENSAGENS HERÉTICAS!

Denis disse...

Mateus no capítulo 23 nunca foi tão atual .. Hoje a maioria das liderança estão igual a igreja romana... conhecem a verdade mas por ganância ficam calados em meios a tantas heresias... Lideranças que não passam de mercenários. ...escapam muitos poucos ...

Pb. Lindoval Santana disse...

Caro irmão Aldo Fagundes,

Obrigado por discordar de alguns pontos do meu comentário, isso serve para o nosso crescimento e maturidade, que bom que você lê com atenção os nossos comentários.
Deus continue lhe abençoando e que a cada dia o Espírito Santo lhe conceda discernimento para com as escrituras sagradas.

Anônimo disse...

E a lição 8?