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Avivamento e Missões na Historia da Igreja - Comentários Adicionais (Pb Lindoval)


AVIVAMENTO E MISSÕES NA HISTÓRIA DA IGREJA
LIÇÃO 05 – 05 DE MAIO DE 2019


TEXTO ÁUREO
“Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia”. (Hc 3.2)

VERDADE APLICADA
Quando somos confrontados pela Palavra e nos arrependemos dos nossos pecados, Deus opera renovação pelo Espírito Santo e nos traz o avivamento.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·         Explicar que somos confrontados através da Palavra; 
·         Mostrar que os grandes avivamentos nasceram após um retorno à Palavra; 
·     Esclarecer que, após vivenciar o avivamento, a igreja volta ao ideal da grande comissão.

TEXTO DE REFERÊNCIA
2 Cr 7.12 - E o SENHOR apareceu de noite a Salomão e disse-lhe: Ouvi tua oração e escolhi para mim este lugar para casa de sacrifício. 
2 Cr 7.13 - Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; 
2 Cr 7.14 - e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. 
2 Cr 7.15 - Agora, estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar. 

INTRODUÇÃO
Para o público cristão brasileiro, em especial para os pentecostais, a palavra avivamento é utilizada fora do contexto, trazendo incompreensão e muitas vezes confusão. Tal palavra não está escrita na Bíblia em nenhuma das traduções para o português, porém, o texto utilizado pelo escritor da revista, encontrado no livro do profeta Habacuque, utiliza a expressão “aviva a tua obra” e o mesmo pode ser utilizado para exemplificar o que o Senhor pode trazer através da Sua Palavra, que é trazer vida àquilo que estava inerte ou sem vida.
Habacuque foi profeta para a nação do Sul, Judá, que tinha como capital a cidade de Jerusalém. O reino do norte profetizado por ele, faz menção da Babilônia que futuramente destruiria a cidade e levaria o povo cativo. A nação vivia um tempo de frieza e apostasia espiritual sem medida e o profeta pergunta para o Senhor se Ele não interveria na situação e recebe de Deus a mensagem de que sim, Ele interveria, trazendo juízo do Norte. Não é nossa tarefa falar sobre este juízo, mas sim, sobre a oração que Habacuque fez quando se deu conta do terrível juízo de Deus sobre o povo de Judá. Tal oração serve de modelo para cada um de nós, pois traz uma expressão muito marcante, solicitando a Deus que torne a dar vida àqueles que já haviam experimentado suas maravilhas, mas que naquele momento estavam em declínio espiritual. O Pr. Russell Shedd escreveu: “Avivamento tem suas raízes no arrependimento. Onde não há arrependimento, não haverá avivamento”. Nos dias atuais, as igrejas estão cheias de pessoas que já tiveram experiências grandiosas com Deus, tendo experimentado milagres e ações maravilhosas, porém, mesmo tendo vivenciado tais experiências, encontram-se perdidos, sem vida, necessitados da ação do Senhor. Veremos nos próximos tópicos qual é o significado da palavra avivamento e como podemos experimentar tal acontecimento.

1 – A RELEVÂNCIA DOS AVIVAMENTOS
Todas as grandes atuações de Deus na Bíblia aconteceram após um interesse genuíno dos homens pela Palavra de Deus e TODOS foram seguidos de um quebrantamento extraordinário. Vejamos alguns exemplos: “E sucedeu que, no terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá. Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias. E fez o que era reto aos olhos do SENHOR, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai. Este tirou os altos, e quebrou as estátuas, e deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera, porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã. No SENHOR, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. Porque se chegou ao SENHOR, não se apartou de após ele e guardou os mandamentos que o SENHOR tinha dado a Moisés. Assim, foi o SENHOR com ele; para onde quer que saía, se conduzia com prudência; e se revoltou contra o rei da Assíria e não o serviu. (2 Rs 18.1-7 – grifo nosso). Este texto nos mostra a história do rei Ezequias, que começou a reinar com apenas 25 anos e viveu dias de grandes milagres do Senhor. É nesta história que o Senhor envia um anjo que destrói 185 mil soldados assírios (2 Rs 19.35), por causa da oração que Ezequias fez, seguido de um admirável quebrantamento. Outro texto marcante no A.T. nos conta a história do Rei Josias, vejamos: “Tinha Josias oito anos de idade quando começou a reinar e reinou trinta e um anos em Jerusalém; e era o nome de sua mãe, Jedida, filha de Adaías, de Bozcate. E fez o que era reto aos olhos do SENHOR; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda. Sucedeu, pois, que, no ano décimo oitavo do rei Josias, o rei mandou o escrivão Safã, filho de Azalias, filho de Mesulão, à Casa do SENHOR, dizendo: Sobe a Hilquias, o sumo sacerdote, para que tome o dinheiro que se trouxe à Casa do SENHOR, o qual os guardas do umbral da porta ajuntaram do povo. E que o dêem na mão dos que têm o cargo da obra e estão encarregados da Casa do SENHOR; para que o dêem àqueles que fazem a obra que há na Casa do SENHOR, para repararem as fendas da casa: aos carpinteiros, e aos edificadores, e aos pedreiros; e para comprar madeira e pedras lavradas, para repararem a casa. Porém com eles se não fez conta do dinheiro que se lhes entregara nas suas mãos, porquanto procediam com fidelidade. Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da Lei na Casa do SENHOR. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu. Então, o escrivão Safã veio ao rei, e referiu ao rei a resposta, e disse: Teus servos ajuntaram o dinheiro que se achou na casa e o entregaram na mão dos que têm o cargo da obra, que estão encarregados da Casa do SENHOR. Também Safã, o escrivão, fez saber ao rei dizendo: O sacerdote Hilquias me deu um livro. E Safã o leu diante do rei. Sucedeu, pois, que, ouvindo o rei as palavras do livro da Lei, rasgou as suas vestes”. (2 Rs 22.1.-11 – grifo nosso). O jovem rei Josias trilhou um caminho de fidelidade ao Senhor e experimentou algo maravilhoso. Josias mandou reparar a Casa do Senhor que não estava recebendo o cuidado que lhe era devido, pois o povo havia se esquecido de Deus por diversas vezes.  Ao reparar o Templo, o profeta Hilquias encontrou uma cópia da Lei do Senhor guardada em seu interior e isto foi motivo de tremenda alegria, porém, ao levá-lo ao conhecimento do rei, acontece algo marcante, porém, comum a um servo verdadeiro. Josias fica extremamente preocupado, pois tudo aquilo que o Senhor havia proibido seu povo de fazer, eles haviam feito. Desta forma, Josias se enchendo de arrependimento pelo povo, rasgou suas vestes. O ato de rasgar as vestes era um sinal máximo de humilhação, bem como, o de vestir roupas feitas de pano de saco e colocar cinzas na cabeça. Josias estava contrito pois conhecia o Senhor e sabia que a nação precisava se voltar para Ele. O mais importante em nosso raciocínio é mostrar que tudo isto aconteceu por causa da Palavra e do que ela dizia. Leiamos o que o Teólogo Americano Norman Champlin diz sobre o assunto: “Quando a Bíblia é redescoberta por um indivíduo ou por uma nação, as coisas mudam. O divino entra no humano. Coisas inesperadas acontecem. Essa é uma das lições do texto que temos à frente. A grande reforma de Josias foi edificada sobre a redescoberta de uma porção da Bíblia. Tinha sido um livro perdido, e as coisas estavam ficando cada vez piores. As nuvens da tempestade estavam juntando-se. Periodicamente a Bíblia tem sido redescoberta, como se deu no caso de Wycliffe (a Bíblia inglesa) e de Lutero (a Bíblia alemã), ou mesmo no decreto do papa Paulo VI, que encorajou os católicos romanos a ler a Bíblia, revertendo assim a norma da Igreja Católica Romana, que antes até queimou muitas Bíblias e dizia que a leitura das Escrituras deveria ser vedada aos leigos”. O texto tomado como base para este estudo (Hb 3.2) nos mostra que o profeta havia ouvido a voz do Senhor e estava com profundo temor e, logo após isto, ora e pedi que Deus avive a Sua obra. Os avivamentos na Bíblia estão ligados ao interesse pela Palavra e isto nos ensina que se os homens estiverem interessados em ouvir aquilo que Deus fala, as coisas mudarão. Estudaremos o conceito de avivamento no tópico abaixo.

1.1 – O que é avivamento?
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa conceitua a palavra avivamento da seguinte forma: Dar vivacidade a; Tornar mais vivo; Fazer reviver, renovar; Ornar com vivos; Animar, excitar; Apressar; Realçar; Reanimar-se.  O conceito é exatamente aquele proposto pelo profeta Habacuque que queria que o Senhor, através da Sua Palavra visitasse o povo judeu e transformasse a vida dos mesmos, pois, apesar de estarem vivos fisicamente, espiritualmente estavam mortos. Tal transformação faria com que o povo reconhecesse que sem o Senhor não poderiam fazer nada e mudassem de direção, ou seja, se voltassem para Deus. Esta palavra não existe na Bíblia, conforme já mencionamos, mas existem palavras tanto no hebraico como no grego que estão intimamente associadas ao significado que estamos estudando. Vejamos algumas:
1 – Anakainoó: ana-“para trás” ou “de novo”, e kainos-“novo”, não recente mas diferente), “renovar”, é usado na voz passiva em 2 Co 4.16, acerca da renovação diária do “homem interior” (em contraste com a estrutura física), isto é, a renovação do poder espiritual; em Cl 3.10. do “novo homem” (em contraste com a velha natureza não regenerada), o qual se renova para o conhecimento” (cf. o n° 3 em Ef 4.23), isto é, para o verdadeiro conhecimento em Cristo, ao invés dos ensinos heréticos.
2 – Ananeoó: “renovar, tomar jovem” (formado de ana como no n° 1, e neos- “recente”, não diferente), é usado em Ef 4.23. “vos renoveis no espírito do vosso sentido (mente)”. A “renovação” aqui mencionada não é a da mente em si em suas faculdades naturais da memória, julgamento e percepção, mas ‘o espírito da mente”, que, sob o poder controlador do permanente Espírito Santo, orienta sua inclinação e energias em direção a Deus no prazer da “comunhão com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1 Jo 1.3), e da realização da vontade de Deus.
Como falamos na introdução, existe muita confusão envolvida com a palavra avivamento, pois as pessoas acreditam que algumas “manifestações espirituais” são o que conhecemos como avivamento, porém, precisamos deixar claro que não o são. É patente que TODOS os avivamentos produziram um arrependimento em massa, envolvendo confissão de pecados, reconhecimento do estado de miséria e aceitação da total dependência do Senhor. Desta forma eu lhes pergunto: O que as pessoas chamam de avivamento está relacionado a este conceito? Após as supostas manifestações de Deus que acontecem em algumas igrejas, há um quebrantamento geral? As pessoas sentem uma profunda necessidade de se “derreter” na presença do Senhor? Hábitos como a fofoca, maledicência, mentira, mesquinharia, avareza, dentre outros, são abandonados? Se a resposta for negativa, esqueça, não é avivamento, mas simplesmente uma manifestação que não sabemos sequer se é de Deus, do homem ou do diabo. É importante reforçarmos que falar em línguas, profetizar, pular, dançar ou qualquer outra coisa aparentemente espiritual, pode até estar presente em um avivamento espiritual, mas são apenas sinais e não o avivamento em si. Precisamos abrir os nossos olhos, enxergar e aceitar que NÃO ESTAMOS VIVENDO AVIVAMENTOS EM NOSSAS IGREJAS, pois se estivéssemos, existiram dezenas, centenas ou milhares de almas se rendendo aos pés de Jesus.

1.2 – Os avivamentos da Bíblia
Conforme já mostramos, existiram grandes avivamentos descritos na Bíblia Sagrada e neste tópico iremos mencionar mais um. A Bíblia nos mostra no N.T. mas especificamente no Livro dos Atos dos Apóstolos um dos maiores avivamentos que já existiram, leiamos: “Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar. E com muitas outras palavras isto testificava e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. (At 2.37-47 – ARC – grifo nosso). O texto acima nos mostra o que aconteceu após o derramamento do Espírito Santo profetizado por Joel (Jl 2) e pelo Cristo (Lc 24.49). Após o acontecimento descrito em At 2, Pedro, que por pouco não naufragou na fé, agora cheio do Espírito Santo começa a pregar a Palavra de Deus, mostrando a todos aqueles que estavam em Jerusalém por ocasião da Festa de Pentecostes, que era necessário arrependerem-se de seus pecados, reconhecer Jesus como sendo o Cristo e ter a vida transformada pelo Espírito do Senhor. A Bíblia nos mostra que após a pregação da Palavra, aqueles que ouviram disseram para Pedro: “Que faremos varões irmãos?” Vejamos o que o Teólogo Polonês, Werner de Boor comenta sobre este acontecimento: “Foi observado que os discursos de Pedro em Atos dos Apóstolos são estruturados todos da mesma maneira. Isso se deve à causa defendida. E apesar disso, num ponto essencial o sermão de Pentecostes se destaca dos discursos posteriores: ele não contém nenhuma oferta de graça, nenhum convite à ação dirigido aos ouvintes, nenhum apelo ao coração e aos sentimentos. Apesar disso, pelo impacto de seus fatos, atinge certeiramente o “coração” dos ouvintes. “Ouvindo eles estas coisas, seu coração foi perfurado”. Diante desse sermão os ouvintes não estão nem “entusiasmados” nem “edificados”. Todas as categorias com que costumamos descrever os efeitos de uma pregação fracassam aqui. O tiro foi certeiro, e o projétil parou no meio do coração. É óbvio que com isso o desfecho da questão ainda não estava decidido. Sempre que a palavra nos atinge, revelando nossa culpa, acontece algo que divide as águas. Será que agora nos curvaremos sob nossa culpa e nos quebrantaremos intimamente, ou será que nos insurgiremos e justamente, como “golpeados”, golpearemos o mensageiro que nos vulnerou assim com a palavra? (grifo nosso). A palavra “compungiram-se” tem a conotação de desespero e é traduzida na tradução NVI como “aflição” e na KJA como “agoniados”. Trazendo para nossa realidade, é como se os ouvintes de Pedro tivessem demonstrado que o peso de seus pecados era desesperador e que sabiam que morreriam. Assim, de forma aflita e agoniante, perguntaram para Pedro o que eles deveriam fazer, e Pedro, tremendamente usado pelo Espírito Santo disse: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Cristo, para perdão dos vossos pecados…” O propósito principal da ministração da Palavra é a salvação de almas e, da mesma forma, o foco do avivamento também o é.

1.3 – Os avivamentos na história da Igreja
A história prova que o avivamento que alcançou as almas, logo após a descida do Espírito Santo, também marcou outras épocas. Homens como Finney, Wesley, Edwards, Whitfield e outros foram profundamente usados por Deus para a manifestação do que chamados de avivamento. Deus sempre trabalhou de tempos em tempos para que a Igreja vivesse de acordo com Sua vontade. Vejamos algumas histórias marcantes: Jonathans Edwards (1703 – 1758). Pastor congregacional avivalista, missionário aos índios, escritor, primeiro presidente de Princeton e, na estimativa de alguns, primeiro e maior filósofo-teólogo americano. Em 1741, pregou seu famoso sermão: “Pecadores na mão de um Deus irado”, espalhando o avivamento pelas 13 colônias e até na Inglaterra. Formou-se precocemente em Yale (1720) aos 17 anos, tornando-se pastor em Nortampton, no Oeste de Massachussetts. Apesar de ter o hábito de ler seus sermões, sua vida de oração teve grande impacto sobre seu povo. Costumava ficar até 13 horas por dia orando e estudando. Era muito comum entrar na floresta para orar e ali ficar durante duas ou três horas com o rosto em terra, clamando a Deus. Seu referido sermão, que teve tanto impacto sobre o primeiro grande avivamento americano do século XX, foi precedido por três dias de oração e jejum. Um de seus biógrafos disse: “Em todo o mundo onde se fala o inglês era considerado o maior erudito desde os dias de Paulo e Agostinho”. Faleceu em 1758, em Princeton, vítima da febre resultante da vacina contra a varíola.
Charles Grandison Finney (1792-1875). Convertido aos 29 anos, seu nome está ligado, como nenhum outro, ao movimento avivalista. Durante dez anos, de 1824 a 1834, trabalhou incansavelmente pelo avivamento da Igreja. Depois disso, caiu enfermo, devido aos grandes esforços, tendo de entrar em repouso. Foi nesse período que publicou seu livro Conferências sobre avivamento”. Em 1835, tornou-se professor de teologia no Oberlin College, do qual se tornou presidente mais tarde. Posteriormente, escreveu também extensa obra sobre Teologia Sistemática. Sua vida foi repleta de milagres. Conta-se que, certa vez, ao entrar em uma fábrica, uma mulher começou a caçoar dele. Diante disso, olhou nos olhos dela e saiu. Após algum tempo, ela estava chorando com o desejo de entregar-se a Cristo. Em outra ocasião, ele apenas passou por um vilarejo em um trem e as pessoas que estavam nos bares, diri­giram-se às igrejas, sentindo agonia pelo seu pecado. Um repórter que investigava a sua vida para saber o seu segredo espantou-se ao vê-lo entrar na floresta para orar e passar horas prostrado diante de Deus. Algumas estatísticas demonstraram que cerca de 85% dos convertidos de Finney perseveraram em servir a Deus, enquanto a média dos demais pregadores era de 30%.
O AVIVAMENTO DA RUA AZUZA – Willian Joseph Seymour (1906). O pentecostalismo surgiu com o norte-americano Charles Fox Parham. Foi ele quem, pela primeira vez, elaborou essa definição teológica para o movimento que sublinhava o vínculo entre o “falar em línguas” e o “batismo com o Espírito Santo”. A glossolalia, fenômeno caracterizado por falar em línguas desconhecidas espontaneamente, tornou-se, então, a evidência inicial do batismo com o Espírito Santo. Em 1900, Parham alugou a “Mansão de Pedra”, como era conhecida em Topeka, Kansas, para constituir uma escola bíblica chamada Betel. Cerca de 40 estudantes, motivados pelo movimento, ingressaram na escola para o primeiro e único ano de curso plenamente relacionado às doutrinas que envolviam a pessoa do Espírito Santo. Em janeiro de 1901, os alunos de Parham se reuniram para orar e, neste dia, foram batizados com o Espírito Santo e passaram a emitir palavras desconhecidas. Esse foi o estopim para o movimento da rua Azuza. Poucos eventos afetaram a história da igreja contemporânea tão profundamente quanto o avivamento da rua Azuza, cuja explosão é explicada por meio de uma renovação espiritual mundial calcada em princípios pentecostais. O personagem histórico central desse evento foi o pastor William Joseph Seymour, discípulo de Parham. O movimento desenvolveu-se a partir de um pequeno armazém em Los Angeles naquela rua, número 312, justificando assim seu nome. A contribuição do pregador Seymour foi essencial, pois, se não fosse por ele, talvez o pentecostalismo de Parham não tivesse passado de boatos. Daí para frente, Seymour se tornou o grande anunciador do movimento pentecostal. Em 1906, seus ensinos sobre as práticas de falar palavras desconhecidas trouxe grande quantidade de adeptos ao pentecostalismo e, dois anos mais tarde, sua igreja já mandava missionários para 25 países. O advento da rua Azuza, de fato, estava exercendo profunda força, tanto centrípeta como centrífuga, no mundo protestante. Funcionava como um potente imã, atraindo líderes de diversos segmentos do protestantismo que desejavam conhecer o que estava ocorrendo ali. E também como centro irradiador da mensagem pentecostal, enviando grupos para diversas localidades do país e do mundo.
O pentecostalismo chegou ao Brasil trazido por operários imigrantes. Primeiro em 1910, pelo italiano Louis Francescon, fundador da Congregação Cristã no Brasil, e, Logo em seguida, em 1911, pelos suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg, fundadores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus. Foi expressiva também a contribuição da missionária Aimee Semple McPherson, fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular, iniciada no Brasil em 1951 pelo pastor Harold Edwin Willians. Todos eles, sem distinção, foram influenciados pelo avivamento da rua Azuza. Enquanto isso, Seymour Continuou seu pastorado na rua Azuza até sua morte, em 28 de setembro de 1922. O edifício da igreja onde tudo começou foi destruído poucos anos mais tarde. Todavia, quando isso ocorreu, a chama pentecostal já havia atravessado fronteiras.

2 – A HISTÓRIA DA IGREJA E MISSÕES
Não existiria Igreja se Jesus não tivesse sido enviado ao mundo (Jo 3.16). A vinda de Jesus em carne colocou os planos de Deus para salvar o homem a todo vapor. (Jo 1). Jesus ensinou 12 homens que, juntamente com Paulo, “incendiaram” as nações conhecidas e fizeram com que o evangelho chegasse até nós. O Senhor deixou claro que a tarefa da Igreja era pregar o evangelho, ensinando as pessoas a guardar tudo o que Ele havia dito (Mc 16.15; Mt 29.19,20), até que tudo estivesse consumado. Desta forma, a história da Igreja está intimamente ligada com a grande comissão, que foi criada para que o nome de Jesus fosse conhecido nos quatro cantos da terra e os cristãos de uma forma geral, utilizam o temo “missões” para explicar a tarefa da Igreja.

2.1 – A igreja primitiva e missões
Biblicamente, a Igreja não se preocupou com outro assunto a não ser com a Palavra de Deus (pregação e ensino) até que começaram as discussões sobre quem estava certo ou errado sobre os mais diferentes assuntos. Os primeiros concílios foram de extrema importância, pois como não existiam consensos sobre o que era correto e sobre o que os ensinamentos dos apóstolos queriam dizer, porém, a partir do momento em que a política, o dinheiro e outras coisas adentraram ao seio da Igreja, o foco foi se perdendo. Na época dos apóstolos, o Senhor mostrou a Pedro que era importante pregar o evangelho a todas as pessoas, ou seja, fazer missões, vejamos: “E, no dia seguinte, indo eles seu caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta. E, tendo fome, quis comer; e, enquanto lhe preparavam, sobreveio-lhe um arrebatamento de sentidos, e viu o céu aberto e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, vindo para a terra, no qual havia de todos os animais quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou. E aconteceu isto por três vezes; e o vaso tornou a recolher-se no céu. E, estando Pedro duvidando entre si acerca do que seria aquela visão que tinha visto, eis que os varões que foram enviados por Cornélio pararam à porta, perguntando pela casa de Simão. E, chamando, perguntaram se Simão, que tinha por sobrenome Pedro, morava ali. E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três varões te buscam. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu os enviei. E, descendo Pedro para junto dos varões que lhe foram enviados por Cornélio, disse: Sou eu a quem procurais; qual é a causa por que estais aqui? E eles disseram: Cornélio, o centurião, varão justo e temente a Deus e que tem bom testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que te chamasse a sua casa e ouvisse as tuas palavras”. (At 10.9-22 – ARC). O desejo do Senhor sempre foi alcançar o mundo que se havia perdido. A Bíblia nos informa que Jesus veio para os seus (Judeus – Jo 1.11), mas estes o rejeitaram e a todos os que o aceitaram (Jesus), deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.12). O evangelho foi apresentado aos gentios por Pedro, mas foi Paulo quem foi o responsável por apresentá-lo aos gentios pelo mundo. Como estudamos na lição de número 4, após os apóstolos, os responsáveis pelo trabalho foram chamados “Pais da Igreja” e, ao final deste período os problemas estavam insuportáveis, porém a missão não poderia parar, pois quem é o responsável está preparando a noiva (Igreja) para encontrar-se com o Senhor nos ares (Ap 21.2).

2.2 – Missões da igreja pós reforma
Todos os acontecimentos que foram ou são pautados na Palavra de Deus têm o potencial de mudar gerações. O que Deus começou a fazer em Jerusalém no dia do batismo das quase 120 pessoas iniciou algo que não poderá ser parado. Como estudamos no tópico anterior, o Senhor levantou ao longo dos anos, pessoas dispostas a fazer a diferença, sendo fiel ao que Ele nos deixou escrito. A Palavra de Deus é responsável por mudar o coração do ser humano, fazendo-o desejar estar na presença do Pai e a partir daí, pode começar algo extraordinário. Martinho Lutero, conhecido como o Reformador da Igreja era um padre católico que foi profundamente impactado pela Palavra ao ler que o justo viverá pela fé e ao ser “confrontado” pela mesma começa um dos maiores movimentos de transformação que a história já experimentou. Porém, precisamos entender que o tempo era outro, a Igreja estava afundada em problemas de todas as etiologias possíveis e eram aliadas do sistema governamental e, ainda que Deus estivesse agindo, as mudanças aconteceram gradativamente. As principais mudanças foram realizadas na área do conhecimento bíblico, o que outrora havia sido bloqueado pelo papa e seus seguidores, após a reforma foi objeto de desejo de milhares de pessoas. Estudar a Bíblia de forma sistemática passou a ser algo comum aos jovens e isto fez com que as universidades cristãs crescessem vertiginosamente. As grandes universidades que existiam na Inglaterra (Oxford e Cambridge) fizeram grandes conhecedores da Bíblia e isto influenciou os colonizadores das Américas. O que hoje é conhecido como EUA (Estados Unidos da América) foi colonizado pelos britânicos em 1606 e a primeira universidade cristã nestas terras foi Harvard, criada em 1636 com o propósito de formar pastores puritanos. Desta forma, as missões pós reforma alcançaram milhares de pessoas através da educação e formação bíblica.

2.3 – A Bíblia e missões
Se enxergarmos que o significado da palavra “missões” está intimamente ligado ao que Jesus deixou como ordem aos seus discípulos, constituindo a Grande Comissão, teremos facilidade para entender que é necessário que cada cristão seja um missionário de alguma forma. C. H. Spurgeon escreveu: “Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor”. A Bíblia deixa claro que devemos propagar as verdades do evangelho de Cristo ministrando a Sua Palavra. Leiamos um texto de Paulo aos Romanos: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Mas digo: Porventura, não ouviram? Sim, por certo, pois por toda a terra saiu a voz deles, e as suas palavras até aos confins do mundo”. (Rm 10.13-18 – ARC). A única forma do mundo conhecer a Cristo é através da ministração da Palavra. Você já pensou sobre isto? Já pensou na responsabilidade que tem como professor de EBD? Vale a pena lembrarmos, antes de adentrarmos ao tópico 3, que falará sobre o movimento pentecostal, que o propósito principal do batismo no Espírito Santo é fazer testemunhas de Cristo que falem Dele aos quatro cantos da terra.

3 – O MOVIMENTO PENTECOSTAL
O Movimento Pentecostal recebeu este nome por estar associado à pregação da Palavra seguida de maravilhosas manifestações espirituais. No tópico 1.3, falamos sobre Willian Joseph Seymour que ficou mundialmente conhecido por tornar-se responsável pelo trabalho iniciado por Charles Fox Parham nos EUA. Parham montou uma escola de estudos bíblicos e Seymour foi um de seus alunos. Seymour foi um dos grandes propagadores dos dons espirituais e os fundadores das maiores igrejas pentecostais que existem no mundo, tais como Assembleia de Deus, Congregação Cristã e Igreja do Evangelho Quadrangular iniciaram sua história pentecostal com Seymour.

3.1 – O batismo com o Espírito Santo
A doutrina do batismo com o Espírito Santo ficou adormecida durante muitos anos, mas através dos vários períodos de avivamento que o mundo experimentou, o Senhor nunca deixou o “fogo se apagar”. O que começou em Atos não terminará até que Cristo volte para buscar a Igreja. Assim como a revista nos mostra, o batismo é algo posterior à salvação, pois TODOS os textos bíblicos nos mostram que o derramar do Espírito aconteceu sobre aqueles que já haviam crido em Jesus. Leiamos alguns textos:  “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo”. (At 8.14-17 – ARC). “E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam”. (At 19.1-6 – ARC). Os dois textos nos mostram que primeiro as pessoas creram (se converteram) e depois receberam o que conhecemos como “Plenitude do Espírito”, ou seja, um preenchimento de maior magnitude de Deus. Pela terceira vez reforçaremos que o propósito principal do batismo é tornar os cristãos poderosos propagadores do evangelho. Vejamos o que o texto de At 1.8 nos diz, em uma tradução de mais fácil compreensão: “Mas quando o Espírito Santo descer sobre vocês, então receberão poder para testemunhar com grande efeito ao povo de Jerusalém, de toda a Judéia, de Samaria, e até dos confins da terra, a respeito da minha morte e ressurreição”. (BV). As igrejas precisam voltar a ensinar e a estimular os cristãos a buscar o batismo no Espírito Santo e, como professores, temos o dever de ensinar os alunos sobre tal necessidade.

3.2 – O revestimento de poder
Vejamos o conceito de revestimento de acordo com o Dicionário Priberam: Ato ou efeito de revestir. O que reveste ou serve para revestir; envoltório; cobertura. Observando este conceito, verificamos que o revestimento de poder conhecido pela Igreja é uma cobertura realizada pelo Espírito Santo sobre os cristãos. De forma simples, nós que somos vasos de Deus, somos cheios do Espírito Santo através do batismo e passamos a estar revestidos de seu poder. Um dos principais ensinos das denominações pentecostais é o batismo com o Espírito Santo. É extremamente importante deixarmos claro que o fato de um cristão não ser batizado com o Espírito Santo não interfere em sua salvação como alguns insistem em afirmar, pois a salvação é para TODOS os que creem em Jesus. Vejamos o que Paulo escreve aos Efésios: “Devido à Sua bondade é que vocês foram salvos, mediante a confiança em Cristo e até a própria fé em Jesus não vem de vocês mesmos; é uma dádiva de Deus também. A salvação não é uma recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode obter qualquer mérito por isto. Foi o próprio Deus quem fez de nós o que somos e nos deu uma vida nova da parte de Cristo Jesus; e muitos séculos atrás, Ele planejou que gastássemos essa vida em auxiliar aos outros”. (Ef 2.8-10 – BV) . TODOS aqueles que aceitam Jesus como Senhor e Salvador experimentam no ato da conversão a presença do Espírito Santo de Deus, que a partir daquele momento passa a habitar nos mesmos, desta forma, conversão e batismo com o Espírito Santo são coisas distintas. A história nos mostra que as primeiras pregações de Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundadores da Assembleia de Deus dizia que Jesus cura, salva e batiza com o Espírito Santo. Aqueles homens que haviam experimentado algo sobrenatural vieram para o Brasil para ensinar o povo sobre o revestimento de poder.

3.3 – As Assembleias de Deus
A maior denominação evangélica do Brasil, conhecida como Assembleia de Deus, conforme mencionamos no tópico anterior, começou com os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, que vieram dos EUA para o Brasil, cumprindo a ordem do Senhor, que havia dito a eles que deveriam ir para um lugar conhecido como Belém. Ao chegar no Brasil, sendo membros da Igreja Batista, foram recebidos no Pará e começaram a cultuar naquele lugar, porém, Deus tinha algo diferente para eles. A partir do momento que começaram a pregar sobre o batismo, foram expulsos da Igreja Batista e fundaram uma igreja conhecida como Missão da Fé Apostólica, que tornaria a tão conhecida Assembleia de Deus. Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do Batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. As igrejas existentes na época – Batista de Belém do Pará, Presbiteriana, Anglicana e Metodista – ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. A irmã Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 18 de junho de 1911, foi a primeira crente a receber o batismo no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos. O clima ficou tenso naquela comunidade, pois um número cada vez maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de oração. Resultado: eles e mais dezenove irmãos acabaram sendo desligados da Igreja Batista. Convictos e resolvidos a se organizar, fundaram a Missão de Fé Apostólica em 18 de junho de 1911, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembleia de Deus. Em poucas décadas, a Assembleia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante. Nos dias hodiernos, existem milhares de igrejas Assembleia de Deus ao redor do mundo divididas em convenções, porém, os maiores ministérios no Brasil são Madureira e Missão. O último censo realizado pelo IBGE separou as igrejas pela forma de administração ou governo e, desta forma, os números das Assembleias de Deus no Brasil foram os seguintes:  Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil 6.000.000 membros (em 2018). Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil 4.000.000 membros (2018).

CONCLUSÃO
Para concluir, reforçamos que a razão do crescimento da igreja no mundo sempre estará associada ao interesse pela Palavra de Deus.  É a Palavra que produz em nós a fé necessária para a salvação, bem como o conhecimento sobre a vontade de Deus para nossas vidas. Oremos para que o Brasil, em especial, as Assembleias de Deus, tenham como regra de fé SOMENTE A PALAVRA, para que o avivamento nos alcance mais uma vez.

Pb. Lindoval Santana

8 comentários:

Mendes disse...

Existem diferentes opiniões no ambiente evangélico brasileiro quanto ao avivamento. Na obra de Luis Roberto França de Matos, "JONATHAN EDWARDS E O AVIVAMENTO BRASILEIRO", editora Cultura Cristã,toma como base para definir, a avaliação pelas nas conclusões de Edwards (avivamento de 1735 e obras correlatas).
São evidências de um verdadeiro avivamento segundo o autor:
1)Profunda convicção do pecado;
2)Um anseio especial pela Palavra de Deus;
3)Mudança de natureza em vez de só manifestações externas;
4)Transformações sociais através da manifestação do reino de Deus;
5)[Este me chamou a atenção] Os dons e manifestações extraordinários não têm em si mesmos qualquer garantia de uma operação salvadora do Espírito. Por outro lado, a PRESENÇA DE UMA NOVA NATUREZA É UMA SINAL SEGURO DE QUE DEUS AGIU...

A ênfase do avivamento brasileiro têm se concentrado em fenômenos exteriores. Cair no Espírito, milagres, sessões de exorcismo e o batismo com o Espírito Santo expressada por línguas, têm sido a marca do chamado 'avivamento brasileiro'.
Todavia, pouco se tem procurado saber se essas experiências espetaculares têm produzido mudanças interiores efetivas.

lembram da Igreja de Corinto???? Provavelmente a de maior manifestações de dons...e a mais carnal segundo Paulo afirmou. Imoralidade, egoísta e avarenta, falta de amor e heresias, diante de visões, revelações, milagres, línguas, profecias, ajuntamento de massas, nada diferente dos dias de hoje.

Richard Owen Roberts, em sua obra "AVIVAMENTO, A AÇÃO EXTRAORDINÁRIA DO ESPÍRITO SANTO", editora SHEED, apontam as evidências da condição apóstata. Isso pelo fato de ter usado a apostasia de Israel expressa em Jeremias 2 e 3, a fim de sabermos quando o avivamento é necessário. São eles (evidências da condição apóstata):
A oração deixa de fazer parte da vida cristã

A busca da verdade Bíblica cessa (dessinteresse em se aprofundar e ler)

Conhecimento bíblico não é aplicado a própria pessoa

Os esportes as recreações e os entretenimento são grande e necessário em nossas vidas a ponto de deixarmos a dedicação a Deus

Pecados do corpo e da mente são praticados sem perturbação da consciência

Desejo de ser santo como Jesus deixa de predominar em sua vida

Quando a aquisição de dinheiro e bens se torna parte dominante do seu pensamento, você tem uma clara confirmação de apostasia e outros

Bom, avivar o que está morto, não pode continuar morto.
Avaliemos após um determinado tempo as pessoas. Há indignação ao pecado? transformação de vida depois do louvorzão línguas e curas?????????????????

Mendes disse...

Em tempo,Subitem 3.3.
Nos faz refletir trecho do autor nesse subitem, a saber:
"[...]concentrou todos os seus recursos na evangelização de um país cujo território é várias vezes maior que a Europa Ocidental..."

Pergunto:
Se a arrecadação que sobra não destina-se HOJE para evangelização, ou se o que é destinado HOJE não é suficiente, deduzimos num primeiro momento:

A prioridade tem sido a troca de cerâmica por porcelanato?
A prioridade tem sido a troca de bancos de plástico por de madeiras caríssimas envernizadas?
A prioridade tem sido esquadrilhas de alumínio tremendamente caras nas janelas?
A prioridade tem sido mármores brilhosos nas sedes?
Em outras palavras, revestimento e luxos no ambiente tem sido prioridades (nada contra um banheiro salubre - condições de higiene, uma reparação de circuito elétrico para adequada iluminação ou um portão que pendula para cair)?

O veículo custeado ou combustível de líderes tem sido em motores de potência de mais de 75 cavalos, ou seja, o transporte realizado em frotas de 2.0?

Necessitamos de pagar cachês tão elevados para "missionários, evangelistas" que pregam em nossas igrejas? e cantores?

"A fim de não pesar à igreja", Paulo de fato NÃO EXTORQUIA OS MEMBROS...membros já sofridos

Quanto custa um missionário fora do país enquanto no interior do Ceará por exemplo, donde sabemos que existem municípios cuja igreja mais próxima, deslocando de ônibus, é cerca de uma hora e meia a duas horas de um curioso (não digo nem membro)? Sem contar que a frequência acarretará comprometimento da renda da pessoa interessada... existem missionários nestes locais mesmo???

Quando teremos a transparências das contas fixadas no mural da igreja anexada notas fiscais e demais recibos do destino da arrecadação?

Salários eclesiásticos altíssimos são por vezes um embaraço a obra realmente de quem ao menos se sujeita ao frio e escárnio durante a pregação de rua e interiores.

Vc dizima, oferta, traz mantimento, faz doações...e vozes silenciosos lamentam o desgaste sem amparo na propagação do evangelho. Não construímos impérios, ou pelo menos não deveríamos. A Igreja não precisa chamar a atenção estando adornada como uma bela catedral, afinal, prostitutas e drogados não se impressionaram com isso mas sim a genuína palavra de Deus penetrante.

ancelmo disse...

Paz do Senhor meu amigo Alexandre. Obrigado pelos comentários, tem sido muito útil para nossa reflexão. Que Deus continue te abençoando sempre mais.

Anônimo disse...

E os comentários da lição 06 quando será publicado?

ancelmo disse...

Boa noite, a paz do Senhor a todos amigos que acompanham nossos comentários.

Pedimos perdão por não ter publicado o comentário da lição 06 - "A Igreja atual e alguns desafios". Houve um imprevisto, mas tomaremos as providências necessárias a fim de evitar que esse fato aconteça novamente. Perdão a todos!

thiagocruvinel26@gmail.com disse...

Que dia deve sair os comentários adicionais da lição 7

Mendes disse...

Poxa que triste,
já estamos na lição 7 e nem a seis foi postada e comentada.
Acredito que a data do dia das mães tenha redirecionado atenção e esforços para os comentários tardiarem. A falta de prioridade na igreja junto ao ensino é retrato da pós modernidade. Reunião de Cristãos, no mínimo, glorificaríamos o nome de Deus já que o 'amor' de mãe não é um segundo amor registrado na Bíblia.
Muitas ebd deixaram de ministrar por conta de um evento como este, transferem de data ou até mesmo cancelam a lição. Na minha humilde opinião, particular deveria ser tal comemoração, em casa, com cada família.
A igreja só tem que trazer mensagens sobre pecado (e a mãe não está fora disto), Cristo e eternidade seguido de santificação.
Sem conversão, o amor de mãe aborta filho...
ebd316 já foi referência...

Unknown disse...

Olá...ja edtamos na lição de numero 8
Terá comentario p nos auxiliar??