O CATIVEIRO BABILÔNICO
(Lição 11 – 09 de Setembro de
2018)
TEXTO
ÁUREO
“Caiu
a coroa da nossa cabeça; ai de nós, porque pecamos.” (Lm 5.16).
VERDADE APLICADA
VERDADE APLICADA
Deus
é poderoso para usar as circunstâncias no cumprimento de Seus propósitos na
vida do Seu povo.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
► MOSTRAR que a transgressão aos mandamentos de Deus
trouxe sérias consequências;
► INFORMAR questões históricas do cativeiro;
► EVIDENCIAR que o cativeiro babilônico, apesar da
humilhação da nação, teve o seu valor pedagógico.
TEXTOS
DE REFERÊNCIA
2
Cr 36.15 – E o Senhor Deus de seus pais, lhes enviou a sua palavra pelos mensageiros,
madrugando e enviando-lhos, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação
2
Cr 36.16 – Porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as
suas palavras, e mofaram dos seus profetas, até que o furor do Senhor subiu tanto,
contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve.
2
Cr 36.17 – Porque fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou
os seus mancebos à espada, na casa do seu santuário; e não teve piedade nem dos
mancebos, nem das donzelas, nem dos velhos, nem dos decrépitos; a todos os deu na
sua mão.
INTRODUÇÃO
Vimos na última lição, como Israel se desenvolveu tendo sob a
sua liderança um rei. Eles preferiram ser governados por um homem (monarquia) a
despeito de serem governados por Deus (teocracia). O rei posto no trono deveria
estar sujeito as leis do Rei dos Reis, porém o que se viu, foram sucessivos
tropeços e por fim o abandono da fé nAquele que os tirara do Egito. A tão
sonhada monarquia pretendida por Israel se mostrou um verdadeiro desastre (Sl 33.12).
Devemos lembrar que neste período, Israel estava dividida em
Reino do Norte e Reino do Sul (visto na lição passada) e que primeiramente o
Reino do Norte, por certo, devido as sucessivas atitudes de impiedade dos 19
reis que se assentaram no trono, foram enviados para o cativeiro assírio (722
a.C.) antes do Reino de Judá ser enviado para o cativeiro Babilônico. Judá ou o
Reino do Sul, permaneceu soberano por cerca de 136 anos após o cativeiro do
Reino do Norte, mas os seus pecados eram prevalecentes. Deus enviou profetas a
fim de alertar o povo para que abandonassem os maus caminhos, as atitudes
incorretas, a idolatria e se convertessem ao Senhor e a Sua Lei novamente, mas
não deram ouvidos e assim provocaram a ira do Criador (Jr 7.13,23-26; 11.6-7;
25.3-7). Jeremias é posto como o principal profeta a anunciar derradeiramente e
com voz de extrema advertência quanto a rebeldia de Judá e as consequências da
sua desobediência. A mensagem de Jeremias foi a última tentativa de reconciliar
um povo insubmisso a vontade de Deus, porém sem sucesso. O castigo divino
iniciaria e teria duração de 70 anos (Jr 25.11).
1.1. A
primeira invasão
Depois da morte do piedoso rei Josias, o Reino de Judá
declinou-se moralmente e espiritualmente de forma rápida. Eugene Merrill aponta
que a morte de Josias deve ter abalado as aspirações dos piedosos de Judá, que
esperavam a continuidade da paz, prosperidade e devoção religiosa que haviam
sido introduzidas. Mas esta preocupação era o triste reflexo da superficialidade
com que o povo guardava a aliança. De fato, não tardou para que a nação se
envolvesse com a iniquidade. Em 25 anos, após a morte de Josias, quatro reis
governaram a nação até a sua completa queda: Jeocaz; Jeoaquim, Joaquim e
Zedequias. O mundo político daquela época estava fervilhando. Quando Jeremias
começou seu ministério, a potência dominante do Oriente era a Assíria e não a
Babilônia, e sem dúvida muitos dos especialistas políticos acharam que Jeremias
era um tolo por se preocupar com a Babilônia ao norte (Jr 1.13). Norman
Champlin esclarece que outros adversários vinham de outras direções, mas era do
Norte que vinha a devastação (Jr 1.14). O território de Judá ficava entre o
Egito (ao Sul) e a Assíria e Babilônia (ao Norte). A temida Assíria (a quem já
havia levado o reino do Norte cativo (Israel por volta de 721 ou 722 a.C. – 2Re
17), perdeu o seu domínio para a Babilônia e foi destruída por Nabucodonosor. O Egito, sete anos depois, também fora humilhado pelos
Babilônicos na famosa batalha de Carquemis (Jr 46.2). Desta forma o domínio
Egípcio em Judá foi substituído pelo da Babilônia. Jerusalém do rei Jeoaquim,
foi tomada de assalto, o que resultou na primeira invasão da cidade pela
Babilônia (Dn 1.1). A primeira vez que Jerusalém submeteu-se ao poderio de
Babilônia foi no ano 609 a.C., o marco inicial para a contagem dos setenta anos
preditos pelo profeta Jeremias. Um período encerrado com a queda e rendição da
cidade de Babilônia por vota de 539 a.C. Lembrado a cronologia bíblica deste tempo
é um terreno difícil de palmilhar, pois as datas podem variar um pouco de
estudo para estudo. Ainda em 609 a.C. vieram as primeiras invasões. Alguns
prisioneiros judeus foram deportados, incluindo os nobres; indivíduos
selecionados a dedo para compor a corte babilônica (Dn 1.4). Entre eles, aquele
que se destacaria como profeta e estadista, Daniel e seus três amigos fieis a
Deus, Hananias, Misael e Azarias (Dn 1.6). Champlin explica que Jeoaquim não
ofereceu resistência e permitiu que Judá se tornasse vassalo da Babilônia, sem
luta. Esse ato, por algum tempo, preservou Jerusalém da destruição. Mas a
futura rebelião desse rei de Judá garantiu o cumprimento de todas as profecias
de condenação contra o lugar (2Re 24.1). O cativeiro babilônico logo ocorreria.
Jeoaquim tornou-se prisioneiro na Babilônia (2 Cr 36.6) e quando morto, foi
enterrado sem honras alguma conforme se lê em Jeremias 22.18-19. A Bíblia
afirma que foi também nesta primeira invasão que os babilônicos, liderados por
Nabucodonosor entraram no Templo erigido por Salomão e o saqueou parcialmente,
porém não o destruiu (2Cr 36.7; Dn 1.2). Parte dos utensílios pertencentes ao
culto de adoração e sacrifícios ao Senhor, foram levados e depositados diante
do seu deus Bel, o deus maior da Babilônia, conforme podemos ler em Daniel 4.8
(deus de Nabucodonosor), ou ainda, Marduque, o deus da cidade da Babilônia,
cabeça do panteão babilônico da época. O significado desta atitude era humilhar
não somente a nação conquistada, mas também o Deus que ela servia e
representava. Sabemos que o Senhor não é vaidoso e que tais ofensas em nada lhe
atinge, pois Ele contempla algo muito maior, a disciplina e a correção do seu
povo, mas precisamos também citar que ao tempo certo, e do mesmo modo que os
filisteus inseriram a arca da aliança do templo de Dagom a fim de blasfemarem
do Deus de Israel, e assim sofreram a sua punição (1Sm 5.2-12), a Babilônia
também seria punida por profanar os utensílios sagrados de culto ao verdadeiro
Deus (Dn 5). A causa principal da invasão, além da idolatria e apostasia
espiritual do povo foram os terríveis pecados praticados pelo rei Manasses, o
sangue inocente que este derramou em Jerusalém (2Re 24.3-4). Este é por muitos
considerado um dos piores homens que já existiu na terra, em face de ter
queimado os próprios filhos em sacrifício a Moloque no vale de Hinom (2Cr
33.6), praticou feitiçaria, idolatria e tudo quanto aborrece ao Senhor! Elicot
explica que “Os pecados de Manasses foram considerados o clímax no longo
curso de provações de Judá. Agora, o seu cálice estava cheio. O julgamento
tinha de sobrevir. Fora apenas suspenso por algum tempo, e não revogado,
durante o reinado do bom rei Josias. O sangue inocente, derramado por Manasses,
clamava ao céu pedindo vingança, e a ruina do reino foi a resposta do Juiz
Todo-justo”. A sentença sobre o povo veio, porque a Sua repreensão até pode ser
desprezada pelo homem, porém a execução da sua ira não! A desobediência de
Israel que culminou em sua apostasia foi duramente cobrada por Deus com uma
severa punição – o cativeiro! Ressaltamos que Judá não caiu, ela foi entregue.
Nabucodonosor não prendeu o rei, Deus o entregou. A panela fervente do primeiro
capítulo do livro de Jeremias (Jr 1.13), tornou-se uma dura realidade no último
capítulo do seu livro – Judá foi levado ao cativeiro da Babilônia (Jr 52.27). Não
ignoremos a forma como o Senhor trabalha para ajustar os caminhos daqueles a
quem escolheu, pois, a sua correção está sob aqueles a quem ama (Jr 6.8; Hb
12.6).
1.2. A
segunda invasão
Cerca de nove anos após a primeira invasão em Jerusalém imposta
por Nabucodonosor, ocorre a segunda investida. O rei é Joaquim de apenas 18
anos e reinou por rápidos 3 meses em Jerusalém (2Re 24.8). Não havia clima
político, social e religioso para se reinar, pois Deus balançava todas as
estruturas de Judá. Note que mesmo sob a pressão babilônica, Joaquim andou no
mesmo caminho de perversidade do seu pai. Não havia arrependimento! Percebemos
que o cativeiro babilônico ocorreu em ondas, e não em um único golpe. Mais uma
leva de judeus; outra parte da elite da nação é conduzida para a Babilônia
junto com a família real; seus oficiais civis e militares foram com ele, como
também qualquer homem rico, poderoso ou influente de Judá. Jeremias foi deixado
para sofrer com os maltrapilhos de Judá. Ezequiel foi deportado para a
Babilônia para ali, profetizar palavras de consolo a nação cativa em terra
estranha (Ez 1.1-3). Nesta segunda investida, o rei da Babilônia e seu exército
abominável saquearam a cidade de Jerusalém, começando pelos tesouros do templo
e do palácio real, levando o restante dos utensílios de ouro que estavam no
Templo. Champlin nos informa que os objetos feitos de ouro foram cortados em
pedaços de maneira que não tinham mais nenhuma significação espiritual. Para os
babilônios eram apenas dinheiro. As grandes contribuições e a glória de Salomão
foram reduzidas a nada. A palavra de Deus teve cumprimento (1Re 9.6-9). O povo
de Judá ficou essencialmente desamparado! Após 37 anos de cativeiro, Joaquim
foi tirado da prisão e vestido de vestes reais e passou a comer pão na mesa do
rei da Babilônia até o fim dos seus dias (2Re 25.27-30).
1.3.
A
terceira invasão
Quando Nabucodonosor conduziu o rei Joaquim e sua família para a
Babilônia, empossou em seu lugar, o seu tio Matanias, a quem o rei da Babilônia
mudou o nome para Zedequias (2Re 24.17). Este haveria de ser o último rei de
Judá, empossado por um rei pagão e a serviço de uma nação ímpia. Que triste fim
para um povo que foi feito para triunfar e desfrutar do leite e mel de uma
terra próspera (Êx 3.8). Judá está enfraquecida e em frangalhos, como um ébrio
cambaleante pronto a cair a qualquer momento. A nação está sob juramento de
obediência não ao seu Senhor, mas a Nabucodonosor, a quem o Deus do céu constituiu
como seu servo e a vara disciplinadora do seu povo (Jr 27.6; Hb 1.6,11). Em
pouco tempo, Zedequias, iludido pelas promessas egípcias e encorajado por
falsos profetas (Jr 28.2.4), rebelou-se. Jeremias preveniu o rei Zedequias e o
povo contra as consequências catastróficas da sua política e aconselhou
submissão a Babilônia, cujo domínio seria momentâneo e determinado pela vontade
de Deus que é Soberano (Sl 22.8; 103.19; Jr 27.5-6), no entanto, Jeremias foi
denunciado como traidor, aprisionado e ameaçado de morte (Jr 37.16). O fim não
podia estar muito longe! Warren Wiersbe afirma que o cerco a Jerusalém começou
em 15 de janeiro de 588 a.C. e se estendeu até 18 de julho de 586 a.C., quando
a fome era tão grande que o povo começou a cozinhar e a comer os próprios
filhos (Lm 4:9,10). Os invasores penetraram os muros e tomaram a cidade,
saqueando e destruindo as casas e ateando fogo à cidade e ao templo em 14 de
agosto de 586 a.C. Quando os soldados babilônios finalmente entraram na cidade,
o rei Zedequias fugiu com sua família e seus oficiais, mas foram interceptados
nas campinas de Jericó e levados presos. A profecia de Jeremias se cumpriu (Jr
34:1-7; ver também caps. 39 e 52). Zedequias foi confrontado por Nabucodonosor
em seu quartel-general em Ribla, onde foi declarado culpado de rebelião e
sentenciado ao exílio na Babilônia. Antes, porém, para dar ao rei uma última
memória torturante, os babilônios obrigaram-no a assistir enquanto matavam seus
filhos degolados e, por fim, vazaram seus dois olhos (2Re 25.7)! No exílio,
Ezequiel havia profetizado que o rei tentaria escapar, seria capturado e levado
para a Babilônia, mas que não veria a cidade (Ez 12.1-13). Como seria possível
Zedequias ver o rei da Babilônia (Jr 34.2), mas não ver a cidade da Babilônia?
Simples: depois de ter visto o rei, Zedequias foi cegado por seus inimigos (2Re
25.7). O rabino Isidore Epstein afirma que após um desesperador cerco de dois
anos, em 586 a.C. Nabucodonosor ocupou Jerusalém e arrasou-a. O Templo, a casa
do rei, a casa dos nobres, e toda a cidade foram incinerados (2Re 25.9). Do que
sobrou do Templo, foi saqueado pela terceira vez (2Re 25.13-17) e Judá foi
reduzida a condição de colônia. Muitos dos seus habitantes foram deportados, só
ficando atrás um punhado de “vinhateiros e lavradores” (2Re 25.12). Gedalias,
antigo mordomo do palácio real, foi nomeado governador da colônia de Judá (2Re
25.22). Ele, porém, foi assassinado por sobreviventes descontentes da dinastia
de Davi e tal ação levou a um maior despovoamento do país pelos babilônicos,
enquanto grande número de habitantes fugiu e se refugiou no Egito (2Re
25.25-26). Este foi o triste fim de uma nação que já tinha sido grandiosa nos
reinados de Davi e Salomão, chamando-nos a atenção para o fato de que
precisamos ter constância espiritual e que submeter-se a vontade do Senhor será
sempre de grande prudência.
2.
A
VIDA NO CATIVEIRO BABILÔNICO
O texto de Daniel 1.3 esclarece que dentre os filhos de Israel,
fossem escolhidos “alguns israelitas da família real e da nobreza, jovens
que fossem saudáveis e de boa aparência, inteligentes e de boa formação, de
potencial para cargos de liderança no governo — gente de elite! — e lhes
ensinasse a língua e a cultura da Babilônia”. Entre estes se acharam Daniel, Hananias,
Mizael e Azarias que ganharam destaque em terra estranha. Quanto aos demais, o
jugo babilônico fora demasiadamente pesado, não poupando jovens, mulheres,
inclusive, os idosos (2Cr 36.12; Is 47.6). Fausset afirma que mesmo os caducos
e esclerosados entre os judeus foram desconsiderados pelos caldeus, que
trataram a todos com idêntica crueldade (Lm 4.16; 5.12). Champlin elucida
dizendo que Judá foi entregue nas mãos cruéis da Babilônia, a fim de sofrer
coletivamente, em vingança divina contra a apostasia. A nação de Judá foi assim
profanada, apesar de ser a herança do Senhor (Conferir Dt 4.20; Zc 1.15 e Is
43.28). Cada ato de barbaridade dos caldeus criou mais dívidas morais que
tiveram de ser punidas pelo mesmo Deus que entregou Judá nas mãos dos
babilônios. Eles também iriam pagar adiante pelo que fazia naquele instante (Jr
50; Hb 2).
2.1.
Conhecendo
um pouco da Babilônia
A palavra Babilônia vem do sumeriano “Kadingir”, do grego
“Babylon” e do hebraico “Babel”. Cidade muito antiga, ao sul da Mesopotâmia,
para onde Judá foi deportado no ano 586 a.C. A cidade de Babilônia situava-se
na planície do Sinar e seu nome estava relacionado com o de Babel. Era a
capital da antiga Caldeia, banhada pelas águas do rio Eufrates que atravessava
a cidade. Segundo alguns historiadores, era cercada por muros com setenta
quilômetros de circunferência. A altura deles parece exagerada, pois alguns
historiadores afirmam possuir várias dezenas de metros. Quanto a largura,
calcula-se que tinham aproximadamente 25 metros, o suficiente para neles
circularem carros de qualquer parte. Sua muralha e confirmada por Jeremias que
lá esteve exilado; ele faz referências aos muros, na profecia contra a cidade
(Jr 51.44). A defesa da cidade era completada por um fosso que rodeava os
muros, impedindo que os inimigos se aproximassem. Babilônia tinha a forma
quadrangular. Em cada um dos quatro lados havia vinte e cinco portais de
bronze, dos quais saiam largas avenidas que iam até os portais do lado oposto. O
pastor César Pereira Roza de Melo destaca 8 portões principais que davam acesso
a cidade, onde cada um deles possuía um nome que fazia alusão, referência e
honrava alguma divindade caldeia. A idolatria sempre permeou o lugar, mesmo
desde Abraão. A tríade suprema está composta de Anu (céu), Enlil (vento
tempestuoso) e Enki (deus da terra). Outra tríade astral é Samas (Sol), Sin
(Lua) e Istar (deidade sincrética que representa Vênus, a guerra e o amor,
sendo seus emblemas, segundo os casos, a estrela, o leão e a pomba). Os deuses
da natureza, protetores da fertilidade e da fecundidade sempre tiveram uma
ampla aceitação nas religiões do antigo Oriente. Contudo, a grandeza de
Babilônia está ligada a Marduk, o deus estatal a partir da primeira
dinastia. O Antigo Testamento menciona os seguintes deuses babilônico assírios:
Bel, Marduk, Nebo, Nergal, Sin, Samas, Tammuz (o mesmo que levou muitos crentes
aos cinemas para assistirem o filme da Marvel “Guerra Infinita”, onde o deus
babilônico Tammuz prevalece sobre o bem, matando os heróis). O luxo e a
grandeza alcançaram maior expressão no palácio de Nabucodonosor, nome muitas
vezes mencionado no livro de Daniel. O palácio real tinha cerca de nove
quilômetros de circunferência, cercado de muralhas nas quais foram construídos
os jardins suspensos, em atenção a esposa de Nabucodonosor, a rainha Semiranis,
que sentia saudades das montanhas de sua terra natal. Tais jardins foram
conhecidos como uma das sete maravilhas do mundo antigo. Além dos famosos
jardins, com flores e plantas trazidas das montanhas, Nabucodonosor levou para
a cidade os sábios, os astrólogos e os astrônomos de toda a Caldeia, concedendo
ao reinado um grau de esplendor jamais igualado por outro monarca babilônico. Parece-nos
que não há exagero nos comentários dos historiadores acerca da grandeza e do
esplendor da antiga Babilônia. O profeta Daniel, em seu livro, faz referência a
Nabucodonosor: “Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa
real, com a força do meu poder, para glória da minha magnificência?” (Dn
4.30). Em nossos dias, Babilônia tem o sentido de confusão, de desordem, e de
tudo quanto esteja embaraçado. Isso se explica pelo fato de haver terminado em
confusão o projeto dos homens primitivos em construir a torre de Babel, cujo
topo deveria tocar o céu (Gn 11.1-9).
2.2.
A
vida social do povo na Babilônia
O povo judeu era predominantemente lavrador da terra e pastor.
Herança adquirida desde o patriarca Abraão. O cativeiro babilônico provocou uma
mudança radical na forma que a maioria deles faziam negócios, pois longe da
terra pátria deveriam se ajustar aos meios econômicos dispostos no novo país. A
forma como os babilônicos trataram seus vencidos foi muito diferente da dos
assírios. Os assírios espalhavam os cativos por terras estrangeiras, fazendo-os
perder sua identidade; os babilônicos por sua vez, conduziram seus cativos para
a capital do império e permitiram-lhes morar em colônias e gozar de certa
liberdade tanto política como religiosa. Muitos judeus, no exílio dedicaram ao
comércio, à agricultura, tornando-se ricos e prósperos. Alguns alcançaram
prestígio e alta posição política (Dn 2.8,49; 6.1-3). Emílio Conde nos ajuda a
compreender melhor a vida dos judeus na Babilônia, pelo que diz: “É
natural que no início eles fossem tratados como prisioneiros. No entanto, logo
começaram a gozar de uma liberdade vigiada. Jeremias, em uma carta que lhes
enviou, aconselha os cativos a construir casas e plantar hortas, para comer
tranquilamente de seus frutos (Jr 29.5)”. A liberdade religiosa permitida na
Babilônia diz muito do que significa o movimento ecumênico, onde todos podem
comungar a sua fé e acreditar em um deus universal ou globalizado, isto é, um
deus comum a todos, onde todas as crenças se unem em prol da unidade da fé,
mesmo que esta fé aponte para dogmas contrapostos. A Babilônia possuía no seu
panteão inúmeros deuses, e o Deus de Israel era somente mais um entre os
tantos. O “respeito” dos babilônicos a fé judaica, exigia que eles também se
curvassem ante aquilo que constituíam como divindades (Dn 3.5,12; 6.7); Porém
o Senhor não é mais um, Ele não é mais um “deus” entre os tantos, Ele é o Único
Senhor (Dt 6.4; IS 43.11; Jo 14.6); Ele é aquele a quem Paulo, no areópago o
identificou como o “Deus Desconhecido” (At 17.23). Este Deus uma vez conhecido
pelo homem, passa a ocupar o lugar de primazia e centro de nossas vidas, não
concedendo espaço a qualquer outra suposta divindade que outrora servíamos,
pois Ele tem ciúmes dos seus (Tg 4.5). Não temos ou servimos um Deus para
suprir nossas necessidades ou para justificar uma fé seja lá no que for; temos
um Senhor, um Salvador, um Deus que o servimos pelo que é, pelo que já fez e
não por aquilo que ainda fará!
2.3.
Os
exilados e sua vida religiosa
Mesmo no cativeiro, os profetas desempenhavam função
importantíssima para que as medidas disciplinares do cativeiro obtivessem êxito
e a restauração fosse possível. Postos no seio e no berço do politeísmo
mundial, os judeus aprenderiam a servir somente ao Senhor. Parece contraditória
a pedagogia utilizada por Deus em querer ensinar monoteísmo inserindo o seu
povo em uma cultura totalmente pagã, mas não. Uma vez servindo exclusivamente
ao Senhor em um ambiente tão hostil, os judeus estariam prontos a servi-lo em
qualquer outro lugar e sob qualquer outra tensão! O profeta Ezequiel foi
vocacionado para exercer o ministério profético antes da queda definitiva de
Jerusalém. Sua mensagem, inicialmente, foi idêntica à que Jeremias havia
anunciado: a destruição inevitável do reino do Sul (Jr 15.1,2; Ez 14.14,20). Após
a destruição de Jerusalém, Ezequiel foi levado ao cativeiro e voltou sua
atenção para as esperanças do futuro. Uma de suas mais comoventes mensagens de
restauração foi a visão do vale de ossos secos (Ez 37.1-14). Ezequiel não
hesitou em anunciar que, assim que os judeus compreendessem o que havia
ocorrido e se submetessem à vontade de Deus, o milagre da restauração se
concretizaria (Ez 43.7-9).
Como dissemos, os babilônicos davam certa liberdade para que os
povos conquistados adorassem ao seu “deus”, mas Israel estava triste demais
para isto fazer. O salmo 137 é o perfeito retrato de como se achava o coração
do povo exilado na Babilônia. Este salmo é uma lamentação coletiva dos judeus
exilados na Babilônia e é conhecido como o “O cântico do exilado”. Sobre
esse Salmo, Champlin diz que os exilados judeus, até agora distantes das terras
pátrias, estavam assentados na postura de lamentação, pois, até onde podiam ver
as coisas, Judá, seu templo e tudo quanto era importante para eles, estava
morto. Ademais, eles eram pouco mais do que cadáveres vivos, cortados de tudo
quanto lhes tinha sido importante. Assim sendo, eles choravam quando se
lembravam de Sião, símbolo de sua fé e de seu país. As margens dos rios eram
consideradas lugares bons para a oração, porquanto esses rios fluíam com a água
da vida e representavam o fluxo eterno da vida e da existência. Alguns dos
judeus viam nas correntes de águas da Babilônia, um símbolo de suas lágrimas
incessantes (Lm 2.18; 3.48). Suas habitações eram normalmente próximas a rios
(Ez 3.15). Daniel se viu em visão junto ao rio Ulai na Babilônia (Dn 8.2) e
Ezequiel teve algumas visões as margens do rio Quebar, também na Babilônia (Ez
1.1). É comum cantarmos quando estamos alegres, mas no caso daquele povo, não
havia motivo de alegrias (estavam como escravos), e consequentemente não podiam
cantar. As “harpas” seriam tangidas para acompanhar as alegres canções de Sião,
mas agora elas jaziam penduradas, porquanto nada havia para os judeus
celebrarem. A alegria tinha desaparecido. As pessoas no exílio não têm o
coração voltado para a música. O homem tinha trabalhado arduamente o dia todo
como escravo de seus captores, e à noite teria sido natural aliviar a tensão
com a música, mas se não havia música no coração, de que adiantava tocar e
cantar? As harpas são os instrumentos de acompanhamento da música jubilosa (Gn
31.27; 2Sm 6.5). Mas estavam longe da sua pátria, Sião, onde Deus revela Sua
presença, e, por conseguinte, distantes de toda alegria (Is 24.8; Jó 30.31; Ap
18.22).
3.
A
IMPORTÂNCIA DO CATIVEIRO PARA ISRAEL
Cativo vem do hebraico “asir” e do grego “aichmalotos” (de
“aichme”, ponta, lança, batalha e “haliskomai”, ser colhido), significando
prisioneiro de guerra, levado para a terra do povo vencedor. Este era o segundo
cativeiro experimentado pelo povo de Deus. O primeiro foi imposto por Faraó no
Egito (Êx 1.9-14). Neste segundo cativeiro, o babilônico, os estudiosos
conjecturam que o número de deportados é calculado em 50.000, não havendo
exatidão nas cifras apresentadas pela história dos hebreus, registrada na
Bíblia. Debaixo da aflição de estarem distantes de sua capital e do Templo,
tiveram 70 anos para meditarem sob os fatores que os fizeram ser conduzidos com
cadeias de bronze e se submeterem a outra cultura e outra nação contra a sua
vontade. Vejamos alguns dos delitos cometidos e os quais foram pontos de
meditação no cativeiro: Idolatria (Jr 7.18; 9.13); Exploração (Jr 9.2, 4); Não pagar
salário (Jr 33.13); Desprezo pelos órfãos e viúvas (Jr 7.6; 22.3); Mentira (Jr
8.10); Assassinato de inocentes (Jr 22.17); Sacrifício de crianças e falsos deuses (Jr 19.4; 7.31; 22.3); Além
da falha espiritual, pesou contra o povo judeu a quebra deliberada dos
princípios divinos lavrados em Levítico 25.3-5; 26.14,33-35 e 2 Crônicas 36.21,
em que Deus determinou a observância de um ano sabático, isto é, ano de
descanso, quando a terra após produzir sete anos, deveria descansar um. Durante
os quase 500 anos que vão do início da monarquia de Israel ao seu cativeiro
eles não cumpriram este preceito do Senhor. Resultado: Deus mesmo fez a terra
repousar, mantendo seus maus “inquilinos” fora, por 70 anos; tempo
correspondente ao descanso que a terra deveria ter passado! Deus escolheu a
Babilônia, lugar distante para que o seu povo considerasse cada transgressão,
cada pecado, cada ato de impiedade por cada vez que deram de ombros contra a
Lei do Senhor e assim pudessem se arrepender e se voltarem novamente para Deus.
Como exemplo de que o remédio amargo prescrito por Deus a Judá fazia o efeito
desejado, temos três exemplos grandiosos no livro de Daniel em que no exílio, e
sob forte pressão, não cederam as contaminações que pairavam no ar daquela
terra pagã.
1 – Daniel e seus três amigos (Ananias, Misael e Azarias) se
recusaram a ingerir do alimento que a eles fora oferecido, por terem
consciência que os mesmos eram antes, oferecidos aos deuses babilônicos (Dn
1.8);
2 – Ananias, Misael e Azarias também se recusaram a se dobrar
diante da estátua construída por Nabucodonosor, a qual, fazia menção e adoração
de si mesmo. A fidelidade ao Deus de Israel, os levou ao interior de uma
fornalha aquecida (Dn 3);
3 – Daniel, deliberou em seu coração, não alterar a sua agenda de
oração ao verdadeiro Deus, e mesmo sob ameaça de morte, manteve-se fiel e por
consequência, foi lançado dentro de uma cova repleta de leões famintos (Dn 6).
3.1.
O
reverdecimento da profecia messiânica
O sentimento religioso, durante o cativeiro babilônico, foi
sensivelmente aprofundado. A busca pelo conhecimento acerca de Deus, que lhes
faltou quando tinha liberdade e isto também os levou a destruição (Os 4.6),
agora era procurada com diligência. Muitos buscam conhecer a Deus em momentos
de aperto, e foi o que ocorreu com os judeus. A calamidade foi o gatilho para
que buscassem pelo Senhor. Uma vez dedicando-se a Palavra e ao entendimento das
razões pelas quais foram parar em terra alheia como escravos, identificaram a
figura do Messias que estava esquecida na mente e coração de cada geração que
viveu pecaminosamente. O pastor César Pereira Roza de Melo destaca duas
passagens que apontam para o Messias prometido: Willian McDonald afirma que num
contraste nítido com os líderes perversos associados ao ocultismo presentes na
terra que Israel iria possuir (Dt 18.9-12), Moisés apresenta uma profecia
magnifica sobre Cristo, o verdadeiro profeta de Deus (At 3:22-23). Observe a
descrição em Deuteronômio 15.18-19:
1) “um profeta” — alguém que profere as palavras de
Deus;
2) “do meio de ti” — verdadeiramente humano;
3) “de teus irmãos” — um israelita;
4) “como eu” — no sentido de ter sido suscitado por
Deus;
5) “porei as minhas palavras na sua boca” — inspiração
plena;
6) “ele lhes falara tudo o que eu lhe ordenar” —
revelação plena;
7) “a ele ouvireis” – todos têm a responsabilidade de
lhe dar ouvidos e obedecer, pois, virá na autoridade do próprio Deus.
O povo havia esquecido de Deus e suas promessas; sua visão não
era celestial, mas terrena, porém o Senhor seguia o “script” dos acontecimentos
dentro de Sua própria “agenda”. O Messias era uma realidade e o cativeiro
também lhes serviu para considerarem esta verdade. Quantos de nós, do mesmo
modo que Judá, vive uma vida observando apenas o aspecto terreno da existência
e não atenta para a realidade do porvir onde o Messias virá outra vez com a
finalidade de buscar o seu povo. Do mesmo modo que Israel deveria esperar pela
primeira manifestação do Messias, a igreja aguarda a Sua segunda manifestação
(At 1.9-11; 1 Co 15.55; 1Ts 4.13-18) – Aleluia!
3.2.
O
surgimento das sinagogas
O Templo, era o lugar das santas convocações, lá eram oferecidos
os holocaustos, as ofertas, o culto a Deus e os estudos da Lei, porém, após a
invasão da Babilônia o Templo foi saqueado e destruído como já vimos em tópicos
anteriores. Desta forma, os que foram levados cativos para a Babilônia estavam
longe não somente de sua pátria, mas também do lugar de adoração ao Deus
verdadeiro – O TEMPLO. Para os que ficaram em Jerusalém, não houve diferença
alguma, pois, o Templo estava aniquilado e seus utensílios saqueados. O lugar
era de tamanha importância para o judeu que mesmo cativo, Daniel deu mostras
dessa verdade, pois o mesmo orava três vezes ao dia com as janelas de seu
quarto abertas em direção a Jerusalém (Dn 6.10). Uma vez o templo destruído e o
povo distante do local de adoração, a necessidade dos piedosos judeus cativos
em cultuar a Deus, os levaram a improvisar lugares para executarem os seus
cultos. Desta forma, então, acredita-se que as sinagogas que tinham uma função
similar à da igreja hoje, tenham sido criadas no exílio babilônico após a
destruição do templo em 70 d.C.; elas se tornaram muito importantes na
celebração do culto e ensino das Escrituras Sagradas. Nas traduções mais
tradicionais da Bíblia, o termo “sinagoga” é encontrado apenas no Novo
Testamento. O Dicionário Enciclopédico da Bíblia explica que a palavra grega
para “sinagoga” significa originariamente tanto o povo reunido (Ex 16,1; At
13,43; Tg 2,2) como a própria comunidade do povo (Ex 12.19; At 9.2; Ap 2.9;
3.9); nos tempos posteriores, sinagoga é também o nome do edifício em que os
judeus celebravam as suas reuniões religiosas (Mt 4.23; 6.2, etc.). O líder da
sinagoga tinha o dever de selecionar os leitores ou mestres daquele lugar,
examinar os discursos dos oradores públicos, e zelar para que todas as coisas
fossem feitas com decência e de acordo com o costume ancestral (tradição
judaica). Strong conceitua também a palavra sinagoga da seguinte maneira: Ela
vem da palavra grega “συναγωγη – sunagoge” e quer dizer:
1) Ajuntamento, recolhimento (de frutas);
2) No NT, uma assembleia de homens;
3) Sinagoga ainda seria mais detalhadamente, uma assembleia de
judeus formalmente reunidos para ofertar orações e escutar leituras e
exposições das escrituras; reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e
dias de festa; mais tarde, também no segundo e quinto dia de cada semana; nome
transferido para uma assembleia de cristãos formalmente reunidos para propósitos
religiosos.
4) ainda se referia as construções onde aquelas assembleias
judaicas solenes eram organizadas. Parece ser que as sinagogas tiveram sua
origem durante o exílio babilônico.
Na época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na
Palestina, mas também entre os gentios, se tivesse um considerável número de
habitantes judeus (mínimo 10), tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das sinagogas nas grandes cidades tinha diversas, ou
mesmo muitas. As sinagogas eram também usadas para julgamentos e punições. Conclui-se
que sinagoga então, era um lugar separado para que o povo de Deus viesse a se
reunir com o propósito de ler e explanar as Escrituras e obviamente, adorá-lo. Este
local tem uma finalidade específica e parece ter sido bem aceita por Deus, já
que o próprio Jesus as frequentava (Mt 4.23; 9.35; Mc 1.39; Lc 4.15,44; 13.10;
Jo 18.20). Os apóstolos também costumavam estar presentes nelas (At 9.2,20;
13.5,14,43; 17.10; 18.4; 22.19; 26.11). Hoje, os templos e as igrejas são as
sinagogas atuais, onde nos reunimos com o mesmo propósito do passado, cultuar a
Deus e aprender a Sua Palavra!
3.3.
A
Diáspora
Resumidamente o termo “Diáspora” pode ser interpretado como
“dispersão do povo de Israel”. Champlin explica que esse termo é usado pelos historiadores
para referir-se às colônias judaicas (forçadas ou não), que eles estabeleceram
em outras partes do mundo, fora da Palestina. A palavra é grega e significa
«dispersão». Equivale ao vocábulo hebraico “goiah”. O termo inclui os
movimentos voluntários de emigração de judeus para outras terras, mas também se
refere às colônias judaicas que resultaram de guerras, exílios e
aprisionamentos. Os descendentes dos exilados e deportados também vieram a
fazer parte da Diáspora. Champlin detalha mais afirmando que a Diáspora se
refere originalmente aos judeus dispersos fora da Palestina, durante os
períodos grego e romano. Pequenas comunidades judaicas têm existido fora da
Palestina desde que Judá e Israel tornaram-se reinos separados, após a época de
Salomão. Atualmente, alguns eruditos usam esse termo para aludir aos judeus
dispersos a partir do século IV a.C., quando eles se estabeleceram em
Alexandria, no Egito, ou em Antioquia da Síria. Por volta do século II a.C., a
diáspora já se estendia por uma vasta área, incluindo a Ásia Menor, o norte da
África e Roma. Cícero refere-se a judeus que haviam adotado a cidadania romana,
em Roma. Havia comunidades judaicas na Europa, antes mesmo do começo do
cristianismo, antes da destruição do segundo templo de Jerusalém. Prolongando-se
até os tempos modernos, a dispersão tem envolvido a maioria das nações, entre
as quais se destacam a Espanha, Portugal, a França, a Inglaterra, a Alemanha, a
Polônia, a Rússia, porções da índia e da China, e, posteriormente, muitos
lugares do hemisfério ocidental, incluindo as Américas. Na América do Norte
encontramos a maior colônia judaica do mundo, fora da Palestina. Na América do
Sul as maiores colônias judaicas acham-se, respectivamente, na Argentina e no
Brasil. Apesar de tão dispersos, o povo de Israel de algum modo, consegue
preservar um elemento distinto na cultura para onde ele emigra, mantendo a sua
própria cultura e fé religiosa. Toda essa movimentação dos judeus no mundo, conhecido
como diáspora, permitiu ou facilitou a penetração da mensagem do Evangelho,
pois os judeus conservaram a sua identidade religiosa em outras terras, isto é,
por onde foram e onde estão, a tradição judaica, seus ensinos e preceitos são
mantidos intactos, logo, a anunciação do cristianismo recebe a contribuição e o
auxilio de uma cultura tradicionalmente bíblica, onde o Deus crido pelos judeus
é o mesmo apresentado pelos cristãos.
CONCLUSÃO
O cativeiro de Judá nos traz um exemplo sério das consequências
em insistir na desobediência a Deus e principalmente que Ele é sempre severo em
sua punição, no entanto o seu amor é ainda maior. Mesmo que passemos pela vara
corretiva do Senhor, e mesmo que sentimos que Ele tenha se levantado como nosso
adversário (Lm 2.5), tenhamos em mente que a execução é para bem e não para
mal. O próprio Deus, não tem prazer ou se alegra quando seus filhos estão sob
castigo. Este será um tempo de aprendizado, desenvolvimento e crescimento no
conhecimento e obediência a Ele. É alentador saber que esses dias de correção
estão contados, e que no final deles, estaremos mais próximos de Deus do que
estivemos no princípio.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
História de Israel – Eugene H. Merrill – CPAD;
Comentário V.T. – Norman Russell Champlin – Hagnos;
Enciclopédia de Dificuldade Bíblica – Gleason Archer – Editora
Vida;
Breve história do Judaísmo – Isidore Epstein – Editora Sêfer;
Comentário Bíblico Expositivo – Warren W. Wiersbe – Central
Gospel;
Tesouro de Conhecimentos Bíblicos – Emílio Conde – CPAD;
Comentário Bíblico Popular A.T. – Willian McDonald – Mundo
Cristão;
Dicionário Enciclopédico da Bíblia – A. Van Den Born e outros –
Editora Hagnos;
Dicionário Bíblico Strong – James Strong – SBB;
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Pb.Lindoval
Santana -
Assembleia de Deus de Sobradinho – ADS Congregação Rosa de Sarom Sobradinho -
DF
2 comentários:
Muito obrigada pelo comentário adicional, o senhor não sabe como me ajuda, continue, por favor, não pare, paz do Senhor!
Excelente estudo
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