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Lição 06 - Desafios de ser família nos dias atuais - Comentários Adicionais (Pr. Osmar Emídio)

 DESAFIOS DE SER FAMÍLIA NOS DIAS ATUAIS

(Lição 06 – 11 de Fevereiro de 2024)


TEXTO ÁUREO

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12.2).

VERDADE APLICADA

Família cristã é aquela que crê no Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador e procura viver de acordo com os princípios da Palavra de deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

MOSTRAR os desafios da família na sociedade;

DIAGNOSTICAR os problemas que afetam o próprio lar;

EXPLICAR como lidar com os problemas familiares.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 Co 6.12 – Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.

Gl 5.16 – Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.

Cl 2.8 – Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.

INTRODUÇÃO

Esta lição objetiva mostrar as dificuldades de manter uma família estruturada, sólida e harmoniosa, conforme a Palavra de Deus, nos dias de hoje. Não é fácil viver em família, mas devemos lutar pela nossa família.

Comentário Adicional:

A instituição familiar vem sofrendo profundas mudanças em sua natureza, conceito e formação nuclear, trazendo junto com estas transformações preocupações e desafios ainda maiores e complexos. Estamos frente a frente ao desafio de defender e mantê-la estruturada, sólida e indissolúvel. Não é uma tarefa fácil, mas como cristãos, não podemos abrir mão dos princípios e valores estabelecidos pela Palavra de Deus e nem nos conformar com os conceitos e padrões estabelecidos por este mundo, onde o errado passou a ser o certo, e o certo o errado. Precisamos analisar dentro da ética e moral cristã os procedimentos a serem adotados. Fazer cumprir a Palavra de Deus na sua essência é a nossa responsabilidade. Louvo a Deus, pois o nosso Ministério, atento às mudanças ocorridas no século XXI e compreendendo a importância do tema, tem se colocado à frente nessa luta para impedir o enfraquecimento e o avanço da dissolução do matrimônio e da família, fortalecendo os currículos da Escola Bíblica Dominical com constantes lições ligadas ao assunto.

1. OS DESAFIOS DA FAMÍLIA NA SOCIEDADE

Não é fácil ser família na atualidade. As rápidas mudanças sociais, costumes e hábitos, novas leis aprovadas contra a família tradicional e outras leis em andamento; o desenvolvimento das comunicações e o avanço tecnológico nos trazem uma sensação de progresso, mas, por outro lado, um lixo venenoso que aos poucos vai adentrando os lares e destruindo toda uma formação moral a ética em que se fundamentam os valores cristãos. O homem de Deus deve fugir dos males, seguir a justiça, a piedade, o amor e combater o bom combate da fé [1 Tm 6.11-12].

Comentário Adicional:

A sociedade atual vive uma mutação em comparação com a família dos séculos passados. A autoridade patriarcal e a divisão de papéis ganharam novos significados nesse século. O desenvolvimento tecnológico, as novas leis e a pós-modernidade têm provocado mudanças na sociedade moderna trazendo como consequência seríssimos distúrbios sociais e comportamentais aos seus membros e uma multiplicidade de configurações familiares que procuram desfigurar a convencional ou tradicional. A sociedade humana muda, as leis humanas mudam, mas a Palavra de Deus é imutável. Ela não se dobra diante da cultura. Ela não é julgada pela cultura. Ela continua sendo a única norma absoluta de fé e de conduta que devemos seguir, se quisermos viver em consonância com o propósito para o qual fomos criados.

1.1. A mudança cultural pós-modernidade

A alteração cultural tão rápida nos padrões da sociedade tem preocupado muito os pais de famílias cristãs. Pois a cultura não é algo estático ou imutável, mas, sim, algo dinâmico, que se modifica de maneira constante, no meio em que vivemos e de acordo com as relações sociais. Já estamos vivendo a hipermodernidade, onde as características marcantes são a ausência de valores, regras imprecisas, individualismo, pluralidade, mistura do real a do imaginário ou virtual, relativismo exacerbado, espontaneidade e liberdade de expressão. O sistema baseado em ensinamentos humanos [Cl 2.22]. “Tempos difíceis, homens amantes de si mesmos, desobedientes, ingratos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus” [2 Tm 3.1-5].

Comentário Adicional:

A instituição familiar, por ser uma instituição flexível, tem se adaptado às mais diversas formas de influências, tanto sociais e culturais como psicológicas e biológicas. Na evolução histórica, além da família tradicional (formada pelo casamento), a introdução de novos costumes e valores, a internacionalização dos direitos humanos e a globalização, impôs o reconhecimento de novas modalidades de família formadas na união estável, no concubinato, na monoparentalidade, na homoafetividade, etc, fazendo-se alçar novas estruturas amparadas no afeto. Dentre as quais podemos destacar: a) família sem descendentes ou elementares, que antes era formada pelo casal e filhos, agora são formadas pelo marido, esposa e o cachorro e/ou o gato. Casais que não gostam de filhos, mas tratam animais de estimação como se fossem filhos; b) família arco-íris ou homoafetivos, constituído por casais homossexuais com ou sem filhos. Se com filhos em sua maioria adotados; c) família de divorciados e recasados, constituídos por homens e mulheres que já estão no segundo, terceiro ou mais casamentos e teve filhos em um ou em todos eles, gerando uma enorme confusão, pois nem eles sabem discernir o que um é do outro no grau de parentesco; d) família monoparental ou socioafetivo, composta por apenas um dos progenitores: pai ou mãe. Os motivos que possibilitam esse arranjo são diversos. Os mais comuns são morte, abandono, divórcio ou a decisão de ter um filho de forma independente; e) família contemporânea, caracterizada principalmente pela inversão de papéis e funções entre o homem e a mulher. Geralmente a mulher passa a ser “o cabeça” da família. Se antes já era um desafio manter uma família saudável, forte e equilibrada, com esses novos arranjos ficou ainda mais difícil e desafiante. Não necessito argumentar à luz da Bíblia que essas modernas e atuais configurações de famílias estão muito aquém de cumprir a sua função básica e social para a qual foi instituída. Os inúmeros problemas sociais advindos desses arranjos e uma gotinha de bom senso, já seriam suficientes para provar que o conceito e a estrutura de família ideal, continuam sendo o tradicional, onde cada membro ocupa o seu lugar, sua função e exerce seus diretos e deveres. Onde o pai é pai, mãe é mãe, filho é filho! Qualquer outra formação nuclear além deste está fora dos propósitos de quando Deus a instituiu.

1.2. A interferência do Poder Público

As novas leis aprovadas ou a serem aprovadas no parlamento mexem diretamente com a família: a “Lei da Maioridade” que impede os menores de dezoito anos de serem cobrados pelos delitos cometidos, porque precisam ser protegidos; a “Lei da Palmada” que impede os filhos de serem corrigidos e disciplinados pelos pais, possivelmente serão rebeldes; a “Lei do Trabalho Infantil” que impede os filhos de ganharem gosto pelo trabalho, não estamos falando de trabalho escravo; o aborto de forma criminosa e indiscriminado, a dessacralização da vida no ventre materno [Sl 139.16; Jr 1.5]; a sacralidade da família sendo banalizada e depravada por meio de uniões a estilos de vida que desagradam a Deus [Gn 1.27-28; 2.24; Mt 19.5; Rm 1.26-27]; legalização da prostituição; a pedofilia defendida por alguns; o incesto defendido por outros [Lv 18.6-18], e a descriminalização das drogas em estudos.

Comentário Adicional:

A desestruturação da família, como ocorre nos dias de hoje, provém do próprio poder público na aplicação de equivocadas políticas públicas, tais como, a exemplo, incentivo ao sexo liberal. Em vez de conscientizá-los sobre os perigos dessa prática, distribuem preservativos até em escolas públicas, conduta que tem causado prejuízos irreparáveis à nossa juventude. Daí, um caminho muito curto para superar os princípios primitivos da educação familiar, tomando, frente ao liberalismo, outros caminhos desastrosos, tais como, o consumo e o comércio de substâncias entorpecentes e por consequências, a prática de outros delitos de natureza grave. Não há dúvida que hoje há uma batalha travada entre os bons conceitos familiares, de como seus membros devem se comportar dentro da sociedade, e a falsa modéstia do poder público com princípios equivocados de uma duvidosa democracia onde se pode tudo e não se restringe nada. O Estado monopolizou a educação de nossos jovens, restringindo o exercício do pátrio poder por conta de casos isolados em que pais desnudos de calor humano e cristão exageraram na forma educacional de seus filhos. Não se engane! Satanás tem mobilizado os sistemas deste mundo, governos e mídias sociais para desestruturar a vida familiar. Há projetos de leis circulando nas comissões, gabinetes e plenários do Parlamento que são contra os princípios cristãos. Lamentavelmente, os mais terríveis golpes contra a família vêm sendo manipulados pelas autoridades públicas, isto é, justamente por aqueles que deveriam zelar pelo fortalecimento das famílias tradicionais (Rm 13.4). Mas apesar de tudo o que ouvimos e das crises Deus continua interessado em manter um padrão sadio e harmonioso da família. O plano que Ele programou no Jardim do Éden e que foi resgatado na cruz do calvário continua de pé até hoje! Somente a família que obedece a Palavra de Deus conseguirá triunfar sobre os desafios e as investidas de satanás.

1.3. A inversão de valores

Negação ou substituição de verdades absolutas da Palavra de Deus; mudar a essência pelo secundário. Quando não seguimos ou infligimos as ordenanças bíblicas, o resultado é desastroso. Quando o certo passa a ser errado, o positivo passa a ser negativo, o moral passa a ser imoral, o justo passa a ser injusto, o verdadeiro passa a ser falso ou vice-versa em todos os sentidos [Is 5.20]. A inversão de valores dentro das famílias, o que era proibido entre o casal está sendo liberado, o que era proibido entre os solteiros está sendo ensinado invertido, o que se gosta tomou o espaço do certo, o que não era lícito ao cristão, principalmente na área da sexualidade, tem sido ensinado por muitos escritores evangélicos a palestrantes inescrupulosos.

 Comentário Adicional:

Os princípios e valores morais contidos na Palavra de Deus são absolutos e imutáveis. O advento da sociedade pós-moderna vem trazendo consigo a quebra desses princípios e valores, tendo em vista que saímos de um modelo de família patriarcal (judaico-cristã), para um modelo de família que tem seus conceitos pluralizados, o que tem gerado um grande desconforto para as famílias tradicionais, que tentam de todo custo sustentar e manter os valores instituídos desde a sua concepção. Pelas lentes embaçadas dessa cosmovisão, o certo é errado e o errado é certo; a luz é escuridão e a escuridão é luz; o doce é amargo e o amargo é doce. Em nome do progressismo, estamos vivenciando uma verdadeira aniquilação dos princípios e valores morais e sociais da família. O pior, é não querem apenas tolerância para se praticar toda sorte de desvarios comportamentais, mas, querem também empurrar goela abaixo um estilo de vida às avessas para toda a sociedade. Militantes ferrenhos dessa inversão de valores se infiltram em todos os setores da sociedade, laborando sem pausa na desconstrução da ética judaico-cristã. Querem jogar fora todo o legado que herdamos das Escrituras e de nossos antepassados. Querem uma sociedade sem limites, rendida à ditadura do relativismo moral. A vida está de ponta-cabeça. Os valores estão invertidos. Infelizmente, o esforço para implementar essa agenda conta com o apoio de governos, parlamentos e da grande mídia, que estão de mãos dadas para tirar do mastro a bandeira da família tradicional, conforme instituída por Deus para fincar um novo estandarte, o estandarte da família permissiva, acéfala e desgovernada como uma nau sem rumo. A pergunta do salmista cruza os séculos e chega até nós, com voz retumbante: “Ora, destruídos os fundamentos, o que poderá fazer o justo?” (Sl 11.3). Só Palavra de Deus e a observância dos princípios trazidos por Ela é possível a retomada da perspectiva de uma estruturação e organização para que a mesma volte a ser a base de uma sociedade sarada.

2. OS PROBLEMAS QUE SURGEM DENTRO DO LAR

Normalmente jogamos a culpa só na sociedade, mas temos culpa no cartório, também. O individualismo, casais andando só separados; casados querendo viver a vida de solteiro; casados dormindo em quartos diferentes, por qualquer conflito; alguns vivendo até em tetos diferentes. A disciplina familiar entregue a terceiros, deixando muito a desejar. A falta de planejamento financeiro, causando dissensões na família.

Comentário Adicional:

Um dos maiores desafios da família nos dias atuais é preservar a si mesma como principal instituição da sociedade em todos os seus aspectos. Porém, estes desafios familiares não são apenas os que vem de fora para dentro, temos também de lidar com os desafios que vem de dentro para fora do ambiente familiar. A família consiste em uma instituição social na qual é influenciada e influenciável por grupos, pessoas e instituições, a qual é responsável por ações que despertam cuidado, proteção e incentiva no desenvolvimento e socialização dos membros que a compõe, diante recebimento e transmissão de princípios, valores morais e sociais, e de aspectos afetivos e físicos. O ciclo de vida de uma pessoa acontece dentro da dinâmica de vida familiar, que é o contexto primário do desenvolvimento humano, e suas intersecções vão constituir a trama da vida familiar. Devemos levar em conta que a família é como um sistema movendo-se através do tempo, não de forma linear, mas como uma espiral.

2.1. A falta de disciplina familiar

Disciplina se refere a obediência aos preceitos, as regras, respeito a uma autoridade destinada a manter a boa ordem. Hoje, estão confundindo autoridade com amizade, está faltando ensinamentos, faltando normas ou a cobrança das normas [Pv 29.17- 18]. A disciplina começa com o casal atendendo os deveres conjugais [Ef 5.22-33]. Depois passa para a família, atendendo os deveres de pais e filhos [Ef 6.1-4]. Se os pais não forem autodisciplinados, como disciplinaram os seus filhos? Antes de serem amigos, devem ser pais. Quem trata os filhos como amigos anula a frustra a responsabilidade como pais. A disciplina e educação dos filhos não podem ser transferidas para a igreja, para a escola, para a babá, para a creche, para os parentes, para os vizinhos, para a sociedade.

Comentário Adicional:

Governar a própria casa não é tarefa fácil. Corrigir os filhos é tão importante quanto alimentá-los, dar-lhes abrigo e proteção. A satisfação de todo bom pai é ver seus filhos crescerem e prosperarem em tudo o que fazem. Se de fato desejamos um mundo melhor, devemos criar filhos melhores. Criar filhos sem disciplinas, além de ser uma atitude insana, acarretará em problemas familiares para o futuro. A Bíblia diz que a correção traz recompensa no futuro: “Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma” (Pv 29.17). Essa recompensa também inclui livrar a alma do filho do inferno (Pv 23.13-14). Não é comum em nossos dias vermos famílias reunidas à mesa (Sl 128.3). Os tempos são outros, os pais trabalham demais para o sustento da família, as mães auxiliam com seus ganhos, e, por isso, quem educa os filhos são as creches e as babás eletrônicas. O resultado é claro, filhos de personalidades mescladas e de difícil comportamento perante os pais. Deus não nos deu filhos para que outros desempenhem nosso papel de pais. O seu filho é responsabilidade sua, a educação, disciplina e o respeito vem de berço, não na escola. O uso da disciplina, quando necessário, deve ser exercido com amor. O amor paterno deve ser demonstrado sempre pela disposição em corrigir os filhos, sem, contudo, irritá-los e desanimá-los (Cl 3.21). Na atualidade, muitos educadores escolares estão sofrendo com a falta de limites demonstrada pelas crianças nas escolas, isso porque os pais estão deixando seus filhos para que as escolas eduquem. A correção deve ser aplicada com amor desde cedo, enquanto a criança está em formação, nessa fase é comum que façam tolices. Mas é nessa fase que ainda há esperança. Por isso, o ensino, admoestação, exortação, a presença e o amor se fazem necessários (Pv 19.18; 22.15). Quando num relacionamento entre pais e filhos não há amizade, nem compreensão, muito ao menos diálogo saiba que a vara não surtirá efeito desejado, pelo contrário, trará mais problemas. A disciplina, o respeito, a educação, os princípios e valores são os legados mais importantes que se pode deixar aos filhos. (1 Tm 3.4).

2.2. O choque de gerações entre pais e filhos

O que era, não mais. Os filhos chamam os pais de quadrados obsoletos, arcaicos. Os pais não entendem os filhos. Uma geração tem que entender e respeitar a outra. Os filhos não aceitam o “não” será explicação. Não adianta proibir, há necessidade de ensinar, colocar a responsabilidade sobre eles, ensiná-los a usar a consciência, pois cada um dará conta de si mesmo [Ez 18.20; Rm 14.12]. Há falta de comunicação, ausência de diálogo entre pais e filhos. Os filhos são instruídos pelos meios de comunicação, pela Internet, na rua, na escola, pelos amigos. Os pais não influenciam mais os filhos, nem dão exemplo para os filhos seguirem. Em muitos lares os filhos que estão influenciando os pais. Chegam a dar ordem para os pais.

Comentário Adicional:

O conflito de gerações é um problema causado pelo choque de ideias de pessoas que nasceram em épocas diferentes e têm sua visão dos relacionamentos, do trabalho e da vida, fortemente influenciada pelo contexto em que viveram. No ambiente familiar, é muito importante que as pessoas possuam valores, princípios e metas em comum para que a união exista independentemente da geração em que nasceram. Choque de gerações ocorre quando, no tempo de uma geração para outra acontecem várias mudanças tecnológicas, sociais e comportamentais. Quanto mais intensas forem essas mudanças e transformações maiores serão as diferenças de uma para a outra. A geração contemporânea, por exemplo, vem sendo contemplada com uma avalanche de opções e de acesso as mais diversas informações, que permeiam os mais diversos canais de comunicação. Em outras épocas tais opções e acessos eram bem mais escassos e elitistas, o que privilegiavam a poucos. Contudo, isso tem os prós e os contras. Afinal, o saber está aí para quem o desejar ou tiver disposição, porém, temos presenciado um choque de ideias e conflitos por parte dos pais, quando eles não se deixam atualizar, para que de forma mais sadia compreendam seus filhos. Quando o esforço dos pais se torna claro, é possível redesenhar o relacionamento familiar e construir uma vida mais saudável. Através do profeta Malaquias Deus promete converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais para que vivam em paz e longe de maldições (Ml 4.6).

2.3. A má gestão financeira na família

Um dos maiores desafios para o casamento são as finanças, nem sempre o dinheiro sobra ou dá para comprar tudo aquilo que queremos. Nunca se deve gastar mais do que se ganha. Quando não se pode otimizar as entradas financeiras, corta-se as saídas de caixa. Necessário fazer o orçamento mensal e colocar por prioridade o que é essencial. O orçamento é uma ferramenta do planejamento para acompanhar as entradas e saídas de caixa. Se o orçamento está apertado, compre um bem de cada vez. Evite o consumismo, mesmo que haja dinheiro disponível. Todos os nossos recursos foram dados por Deus. Por isso, devem ser administrados da melhor maneira possível [Ec 5.19]. O diálogo entre o casal na área das finanças é de suma importância para a harmonia no casamento [Pv 15.16; 17.1].

Comentário Adicional:

O descontrole no uso do dinheiro representa um dos fatores que mais contribuem para a ocorrência de brigas, frustrações e desestabilização no meio da família. As dificuldades de gerir e planejar o futuro tem colocado muitas famílias em um ciclo interminável de problemas financeiros, emocionais e sociais, independentemente de sua renda. As crises conjugais motivadas pelo dinheiro têm aumentado cada vez mais. O crescimento da carga de trabalho para buscar mais recursos e fazer frente aos gastos excessivos têm provocado inúmeras doenças psicossomáticas, decorrentes da falta de lazer e descanso. Vivemos numa sociedade consumista, onde se compra produtos sem necessidade, só por comprar, e às vezes, por causa da moda; cuidado para não gastar mais do que se ganha, com extremos, com ostentação e coisas supérfluos sem estabelecer prioridades; cuidado com o dinheiro ilícito. A Bíblia não proíbe o homem de buscar ser rico, se essa riqueza vem como fruto da bênção de Deus e do trabalho honrado (Sl 112; Pv 10.4). Abraão e Jó eram homens ricos e também piedosos. O que a Bíblia proíbe é adquirir riquezas por meios ilícitos e para propósitos ilícitos (Am 2.6; Is 5.8). Tiago fala que os ricos que ajuntaram riqueza ilícitas enfrentarão a inevitabilidade do juízo de Deus (Tg 5.1-4).

3. A CONSCIÊNCIA DO CASAL DIANTE DOS DESAFIOS

Antes, a cultura anticristã vinha só da sociedade, dos meios de comunicação, agora alcança o seio da igreja com pensamentos liberais, favoráveis à liberdade e abolição conservadora. Liberdade total em nome do amor, da graça e da misericórdia.

Comentário Adicional:

Os desafios da família cristã não apenas dos ataques que vem de fora. Os desafios também se refere aos ataques das forças internas. Muitas famílias que se dizem cristãs estão na mesma prática das famílias não cristãs. A indisciplina e o liberalismo, que nega os princípios e valores contidos na Palavra de Deus, tem sido um grande problema. A programação televisiva, que incentiva as dissoluções no casamento, prega a liberdade sexual e mostra a desobediência dos filhos como algo natural, tem ensinado o desempoderamento dos pais e a desobediência dos filhos, que por sua vez, contribui para a formação de uma geração de rebeldes que não se submete às regras, nem as humanas, e muito menos as divinas. Outro fator, também preocupante, é o entretenimento que ocupa papel primário nas decisões familiares, e a vida devocional praticamente não existe. Uma família que é cristã deve viver como tal, não a partir de valores meramente humanos. Os cristãos não precisam se envergonhar de viverem como tais. A sociedade, respaldada em suas leis e propostas educacionais, não pode interferir no cotidiano do lar cristão. A atuação de pai, mãe e filhos, dentro do paradigma cristão, deve ser cultivado com respeito. Crianças, jovens e adultos precisam estar cientes de que vivem de modo diferente; não de acordo com o mundanismo, mas em conformidade à Palavra de Deus (Ef 5.22-33). Quando um cristão não está totalmente disposto a viver sua escolha, terá grandes dificuldades em administrar os desafios e dividir sua vida e tempo com a família.

3.1. O divórcio por incompatibilidade de gênios

Quem disse que precisa ter uma compatibilidade total das duas personalidades para que o relacionamento dê certo? Se todas as incompatibilidades de gênios levassem ao divórcio, não teríamos mais ninguém casado. As diferenças são desafios inevitáveis no casamento. A compreensão do ponto de vista um do outro e papel fundamental. As diferenças dão o colorido e a diversidade ao sabor. Já pensou se todos pensassem iguais ou tivessem os mesmos sabores e gostassem das mesmas cores; o mundo seria monótono. As diferenças são as oportunidades de crescermos uns com os outros [Ml 2.15-16; Mt 19.7-9].

Comentário Adicional:

Hoje em dia casais se divorciam alegando que a incompatibilidade de gênios foi o principal motivo que os influenciaram a se separarem. Esse tipo de justificativa só deve ser plausível por quem ignora a realidade humana e, acima de tudo, ignora Deus. Acho essa justificativa uma deslealdade, covardia e falta de maturidade. Assemelha-se com aquelas justificativas dos hebreus que repudiavam suas mulheres por qualquer motivo (Mt 5.31-32). Porquê antes, no namoro, no noivado e no início do casamento, tudo era bonito, feliz e suportável? E, agora, com o passar do tempo, somos surpreendido pelos defeitos do outro, a ponto de não suportar mais seu jeito de sentir, de dizer e de fazer as coisas? Porquê o relacionamento com o cônjuge se tornou um exercício de tolerância insuportável? Me desculpe aqui expressar! Mas, tal incompatibilidade de gênio tem muito mais a ver com intolerância, impaciência e ausência de perdão do que com diferenças de gênio. O simples fato do esposo gostar de ficar em casa e a esposa gostar de sair e ir ao Shopping, ou, ele gostar de uma comida e ela de outra completamente oposta, etc, signifique dizer que são incompatíveis. Não, são apenas diferentes, e essas diferenças fazem parte do cardápio que nos atraem mutuamente. No mundo, todos somos diferentes! Como bem disse o nosso comentarista da lição, as diferenças são desafios inevitáveis. As diferenças dão o colorido e a diversidade ao sabor. Já pensou se todos pensassem iguais ou tivessem os mesmos sabores e gostassem das mesmas cores; o mundo seria monótono. As diferenças são as oportunidades de crescermos uns com os outros (Ml 2.15-16; Mt 19.7-9). A Bíblia diz que Deus odeia o divórcio (Ml 2.16) e não dá margens para que a chamada “incompatibilidade de gênios” separe um casal. Lamento afirmar que aqueles que separam por esse motivo e casam-se novamente, encontram-se diante de Deus e de Sua Palavra em pecado (Lc 16.18-31). O que fazer então? O casal tem que viver por toda a vida infeliz? Não. Claro que não. À luz da Palavra de Deus, e mediante de graça de Cristo, o casal pode superar as crises, aprendendo a conviver de forma saudável onde o amor, o respeito, a compreensão, a resignação, o perdão, a superação, a desvalorização dos defeitos e valorização das virtudes prevalecem sobre a discórdia e a suposta falta de afinidade. Esses são ingredientes que darão ao seu casamento a durabilidade estabelecida no projeto de Deus. Uma dose de humildade é necessária para entender isto e buscar na Palavra de Deus a mediação capaz de ajudar a superar as diferenças e avançar nas semelhanças que ajudarão num casamento até que a morte os separe. Se não tivermos a capacidade de conviver com as diferenças, e as consequências dessas diferenças, é porque precisamos amadurecer um pouquinho mais.

3.2. Os ataques vêm de todos os lados para desconstruir os valores cristãos

Ataques da sociedade organizada; ataques dos congressistas com leis esdrúxulas; ataques da justiça [Is 64.6]; ataques do inimigo de nossas almas [1Pe 5.8]. Devemos vigiar e orar, porque os ataques são frequentes e o mundo jaz no maligno [1 Jo 5.19]. Precisamos de igrejas fortes [1Tm 3.15]; para serem guardiãs dos princípios éticos e morais fundamentais, contra os ataques a família.

Comentário Adicional:

A família vem sofrendo ataques de maneira sistemática e insidiosa. Em todos os tempos, esses ataques têm sido real, porém nunca como nos dias presentes. Satanás tem conseguido mobilizar governos, sistemas judiciários, escolas, faculdades e as mídias sociais, para minar as bases da instituição familiar. Há uma orquestração perversa contra essa instituição divina, com o propósito de desconstruir seus valores. Só em Cristo a família pode resistir às investidas satânicas. Forças opressivas trabalham, insidiosamente, para destruírem as famílias, dia após dia, minando o poder que a instituição representa no amplo contexto deste país. A crise que atinge a família já se espalhou pelo mundo e, infelizmente, também no Brasil, a deterioração moral e a espiritual desenvolvem-se numa velocidade alarmante. A falta de discernimento leva pessoas a se renderem às forças diabólicas que, por fim, transformam a sociedade e arruínam as famílias.

3.3. Meios para contornar os problemas conjugais

a) Precisamos tolerar as diferenças; b) Precisamos pensar para falar e agir; c) Precisamos saber que “toda ação gera uma reação”; d) Precisamos de acordo [Am 3.3]; e) Precisamos entender que nem todos os nossos sonhos serão realizados; f) Precisamos compreender que nem tudo será do nosso gosto ou jeito; g) Precisamos nos conscientizar que nem tudo acontece no nosso tempo, mas no tempo de Deus [Ec 3.1]; h) Precisamos tratar dos assuntos diários sem atacar física, moral e psicologicamente a pessoa amada ou a sua família. Ser treinados e capacitados em palestras e encontros de casais não terá nenhum valor se não colocarmos em prática o aprendizado.

Comentário Adicional:

Diante dos ataques externos e internos que a família cristã sofre, faz-se necessário que esta se mostre preparada para enfrentar os ataques do inimigo. Para tanto, devemos estar revestidos de toda a armadura de Deus (Ef 6.11) e fortalecidos no Senhor e na força do seu poder (Ef 6.10), para enfrentarmos as astutas ciladas de Satanás (Ef 6.13-18). Uma família protegida contra os ataques do inimigo cinge os lombos com a verdade e, não, com a mentira que Satanás tenta propagar, usando inclusive a mídia televisiva. Para apagar os dardos inflamados do Maligno, utiliza-se o escudo da fé (Ef 6.16). A família cristã recorre ainda ao capacete da salvação e à espada do Espírito (Ef 6.17). Enquanto o mundo caminha para a perdição, a esperança do lar cristão é a vida eterna, a salvação plena em Cristo Jesus (Rm 5.5). A espada do Espírito é a Palavra de Deus, poderosa para confrontar os ataques de Satanás (He 4.12; Ap 1.16; 2.12).

CONCLUSÃO

Os desafios são evidentes e enormes, mas recai sobre cada um de nós a responsabilidade de fazer a nossa parte, para proteger a família e dar uma resposta adequada a sociedade, dentro dos princípios da Palavra de Deus. Precisamos enfrentar os desafios de cabeça erguida, perseverando em nossas crenças e valores a buscando a ajuda e direção do Espírito Santo.

Comentário Adicional:

A família é o nosso melhor e maior tesouro que temos aqui na terra, e, por isso, deve ser preservado contra toda e qualquer possibilidade de enfraquecimento e dissolução. Se você é casado e percebeu através do estudo desta lição que não está cumprindo o seu papel no casamento e na sua família, ainda é tempo de mudar. Reconheça seu erro, busque o perdão de Deus, do seu cônjuge e dos seus filhos, e recomece com oração e fé em Deus, firmando nas promessas da sua Palavra. O Senhor Jesus lhe dará graça e força. O propósito original de Deus é que tanto você quanto sua família viva uma vida feliz e vitoriosa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Revista BETEL DOMINICAL: Jovens e Adultos. FAMÍLIA, PROJETO DE DEUS. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2024. Ano 34 n° 130. Lição 06 – Desafios de ser família nos dias atuais.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Casamento e Família, projetos de Deus para o bem-estar da sociedade. Rio de Janeiro: Editora Betel – 1º Trimestre de 2016. Ano 26 n° 98. Lição 01 – O cristão e a família do século XXI.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Família Cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 3º Trimestre de 2013. Ano 23 n° 88.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Relacionamento Cristão. Rio de Janeiro: Editora Betel – 3º Trimestre de 2010. Ano 20 n° 76.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Família, Igreja e Sociedade. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2010. Ano 20 n° 75.

LIÇÕES BÍBLICAS – Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: Editora CPAD. 2º Trimestre de 2013. A Família Cristã no Século XXI.

LIÇÕES BÍBLICAS – Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: Editora CPAD. 2º Trimestre de 2004. Família Cristã.

LIÇÕES BÍBLICAS. Maturidade Cristã nº 11 - Jovens e Adultos. Rio de Janeiro: Editora CPAD. 3º Trimestre de 1987. A Família e o Lar.

LINKS:

https://estudosdabiblia.net/bd16_12.htm – Acesso em 30.01.2024

https://voltemosaoevangelho.com/blog/2022/01/inversao-de-valores-a-vida-de-ponta-cabeca/ Acesso em 01.02.2024.

https://pib7joinville.com.br/estudos/entendendo-e-vivendo/3578-ataques-constantes-contra-a-familia.html Ententendo e Vivendo - Acesso em 01.02.2024.

https://estudosdabiblia.net/200236.htm – Acesso em 01.02.2024.

Bíblia de estudo nova versão internacional. Português. Tradução das Notas de Gordon Chown – Editora Vida. 2001.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Pr. Osmar Emídio de Sousa - Servidor Público Federal; Bacharel em Direito; em Missiologia e em Teologia Pastoral, pela FATAD - Faculdade de Teologia das Assembleias de Deus de Brasília. Atualmente Superintendente da EBD, na ADTAG316 Samambaia Sul/DF.

Lição 5 - A importância da família para a sociedade

 LIÇÃO 5 – A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA PARA A SOCIEDADE

4 de fevereiro de 2024

TEXTO ÁUREO
Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.” Filipenses 2:15

VERDADE APLICADA
A família é o suporte que a sociedade precisa; uma família forte forma cidadãos fortes e sociedade equilibrada.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Explicar que a família traz bem-estar para a sociedade.
2. Expor que muitos vivem em crise por não ter uma família.
3. Mostrar que a família cuida da saúde de seus membros.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESIS 12
1. Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
3. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.

GÊNESIS 22
18. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. 

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO
Na Bíblia Sagrada, a família é considerada uma instituição fundamental criada por Deus. Ela é geralmente compreendida como um núcleo formado por um homem e uma mulher unidos pelo casamento, juntamente com seus filhos. A Bíblia destaca a importância da família como um ambiente onde os valores morais, espirituais e sociais devem ser transmitidos. Versículos como "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (Gênesis 2:24) refletem a ênfase na união marital e na formação da família como parte do plano divino. A Bíblia também fornece orientações sobre papéis familiares, responsabilidades e amor mútuo entre os membros da família.

1. A FAMÍLIA TRAZ BEM-ESTAR PARA A SOCIEDADE
Uma família saudável fornece um ambiente onde os membros podem encontrar apoio emocional, afetivo e prático. Isso pode ter impactos positivos na saúde mental e emocional das pessoas, bem como na sua estabilidade financeira e social.

Além disso, a família desempenha um papel crucial na transmissão de valores, ética e normas sociais para as gerações futuras. Crianças criadas em um ambiente familiar estável muitas vezes têm maior probabilidade de desenvolver habilidades sociais, emocionais e cognitivas saudáveis.

1.1- A sociedade é agraciada com uma família disciplinada
Uma família disciplinada pode trazer benefícios significativos para a sociedade. A disciplina dentro de uma família envolve a aplicação consistente de regras, limites e valores éticos. Quando uma família é disciplinada, isso pode ter impactos positivos em várias áreas:

Estabilidade Social: Famílias disciplinadas muitas vezes contribuem para a estabilidade social ao ensinar valores morais, éticos e responsabilidades aos seus membros. Isso pode resultar em cidadãos mais conscientes e respeitosos.

Educação: A disciplina em casa pode se refletir na educação formal. Crianças disciplinadas muitas vezes têm hábitos de estudo melhores, o que pode levar a um desempenho acadêmico mais sólido.

Desenvolvimento Pessoal: A disciplina auxilia no desenvolvimento pessoal, ensinando habilidades como responsabilidade, resiliência e autocontrole. Essas habilidades são fundamentais para enfrentar os desafios da vida e contribuir para a sociedade de maneira positiva. 

Relações Sociais: Membros de famílias disciplinadas tendem a desenvolver habilidades sociais saudáveis, promovendo relações interpessoais positivas e respeitosas na comunidade.

Prevenção de Comportamentos de Problema: Uma família disciplinada pode ajudar a prevenir comportamentos problemáticos, como criminalidade e abuso, contribuindo assim para a segurança e bem-estar da sociedade.

No entanto, é importante notar que a disciplina deve ser equilibrada e baseada em princípios justos. O excesso de rigidez ou métodos disciplinares prejudiciais podem ter efeitos negativos. Além disso, a compreensão da diversidade e o respeito pelas diferentes formas de família também são aspectos essenciais para promover uma sociedade inclusiva e saudável.

1.2- Alguns aspectos que evidenciam a importância da família
A importância da família é evidenciada por diversos aspectos que permeiam a vida social, emocional e individual. Alguns desses aspectos incluem:

Apoio Emocional: A família é uma fonte fundamental de apoio emocional. Membros da família muitas vezes oferecem conforto, compreensão e encorajamento nos momentos de alegria, tristeza e desafios.

Desenvolvimento Pessoal: A família desempenha um papel crucial no desenvolvimento pessoal dos indivíduos. É dentro do ambiente familiar que as crianças aprendem valores, normas sociais e habilidades essenciais para a vida.

Segurança e Proteção: A família é geralmente vista como um refúgio seguro. Ela proporciona proteção física e emocional, criando um ambiente onde os membros se sentem seguros e amados.

Transmissão de Valores: A família é responsável por transmitir valores culturais, éticos e morais de geração em geração. Esses valores ajudam a moldar a identidade e a visão de mundo dos indivíduos.

Suporte Financeiro: Em muitas culturas, a família é uma unidade econômica que fornece suporte financeiro. Membros da família frequentemente colaboram para enfrentar desafios financeiros e garantir o bem-estar econômico coletivo.

Estabilidade Social: Famílias estáveis contribuem para a estabilidade social. Relações familiares saudáveis promovem um ambiente social mais coeso, com implicações positivas para a comunidade em geral. 

Saúde Mental e Bem-Estar: A qualidade das relações familiares está associada ao bem-estar emocional e à saúde mental. Um ambiente familiar solidário e positivo pode ter impactos positivos na saúde mental dos seus membros.

Educação e Socialização: A família é o primeiro ambiente de aprendizado e socialização. Ela desempenha um papel crucial na preparação das crianças para interações sociais mais amplas e no estímulo à busca de conhecimento.

Cuidado nos Momentos de Doença: Em períodos de enfermidade, a família muitas vezes desempenha um papel fundamental no cuidado e apoio aos membros doentes.

Conexão Intergeracional: A família é uma fonte importante de conexão entre diferentes gerações. Isso fortalece os laços familiares, transmite tradições e proporciona um senso de continuidade.

Esses aspectos evidenciam a importância da família em diversos aspectos da vida, destacando-a como uma instituição central na formação e sustentação de sociedades saudáveis e equilibradas.

1.3- Famílias estruturadas prestam contribuição aos governos
Famílias estruturadas contribuem para governos ao promoverem estabilidade social, educação, participação cívica e prevenção de problemas sociais. Elas reduzem a dependência de serviços sociais, promovem saúde e bem-estar, e fornecem suporte em situações de crise, ajudando a construir uma sociedade mais resiliente e sustentável.

2. VIVENDO EM CRISE POR NÃO TER UMA FAMÍLIA
Na perspectiva cristã, a vivência de crises por não ter uma família pode ser compreendida à luz dos princípios cristãos de compaixão, solidariedade e amor ao próximo. A Bíblia destaca a importância de cuidar dos órfãos e dos que enfrentam dificuldades. Em textos como Tiago 1:27, é mencionado que "a religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações."

Assim, na visão cristã, aqueles que enfrentam crises devido à ausência de uma família podem buscar consolo na comunidade cristã, que é incentivada a desempenhar um papel ativo no apoio aos necessitados. A igreja e os membros da comunidade são vistos como uma extensão da família espiritual, oferecendo amor, ajuda prática e suporte emocional.

É importante ressaltar que diferentes denominações e interpretações dentro do Cristianismo podem oferecer abordagens diversas para lidar com questões relacionadas à família e ao apoio social. No entanto, o princípio geral é o de buscar ajudar e amparar aqueles que enfrentam crises, refletindo os ensinamentos de compaixão e serviço encontrados na Bíblia.

2.1- Quem tem uma casa não quer dizer que tem um lar
Na perspectiva cristã, o ditado "quem tem uma casa não quer dizer que tem um lar" pode ser interpretado à luz dos valores espirituais e éticos ensinados na Bíblia. A fé cristã enfatiza a importância das relações, da compaixão e do amor ao próximo. Ter uma casa é visto como algo material, enquanto um lar é mais abrangente, envolvendo a construção de um ambiente familiar saudável e espiritualmente edificante.

Os ensinamentos cristãos destacam a importância de cultivar relações baseadas no amor, na generosidade e na compaixão. O lar, na visão cristã, é mais do que um espaço físico; é um lugar onde os princípios cristãos são vivenciados e onde a fé é praticada. Isso envolve o cuidado uns pelos outros, a prática da justiça, a compaixão pelos necessitados e a promoção de um ambiente espiritualmente enriquecedor.

Assim, na visão cristã, o conceito de lar vai além da propriedade material e se concentra nos aspectos espirituais e relacionais que tornam um ambiente verdadeiramente acolhedor e alinhado com os princípios cristãos.

2.2- A família ajuda a vencer a crises na sociedade
A família, ao proporcionar apoio emocional e estrutura coesa, desempenha um papel fundamental na resiliência social. Durante crises, a solidariedade entre os membros familiares fortalece a capacidade de adaptação e enfrentamento. A transmissão de valores éticos e morais contribui para a orientação moral em meio a desafios. Além disso, famílias saudáveis atuam como agentes de prevenção, reduzindo impactos sociais negativos e promovendo a estabilidade em níveis individuais e comunitários. Essa dinâmica reforça a importância da família como um pilar essencial na construção de sociedades resiliente.

2.3- Quem vive com as pessoas que ama melhora a qualidade de vida
Na perspectiva bíblica, o princípio de viver com as pessoas que ama reflete o valor fundamental do amor, comunhão e apoio mútuo. A Bíblia destaca a importância das relações interpessoais e da união familiar. Versículos como "Melhor é serem dois do que um" (Eclesiastes 4:9, NVI) enfatizam a ideia de que a vida é enriquecida quando compartilhada com aqueles que amamos.

O amor ao próximo e o cuidado pelas relações familiares são princípios fundamentais nas Escrituras. A Bíblia destaca a importância de amar uns aos outros, suportar as cargas uns dos outros e buscar a unidade familiar. A visão bíblica encoraja a construção de laços familiares fortes, baseados no amor, respeito e apoio mútuo.

Em resumo, na visão bíblica, viver com as pessoas que ama não apenas melhora a qualidade de vida, mas também reflete a importância dada às relações familiares e ao amor ao próximo como aspectos centrais da fé cristã.

3. A FAMÍLIA CUIDA DA SAÚDE DE SEUS MEMBROS
A família é essencial no cuidado da saúde ao oferecer suporte emocional, promover hábitos de vida saudáveis e facilitar o acesso a cuidados médicos. Além de influenciar a prevenção de doenças, ela desempenha um papel ativo na gestão de condições crônicas, cria um ambiente doméstico saudável e intervém em momentos de crise. A educação sobre saúde e a transmissão de conhecimento contribuem para a promoção do bem-estar global dos membros da família.  

3.1- Os cuidados com a saúde física
Como cristão, ao lidar com pessoas cuja saúde física está abalada, é importante exercer compaixão, suporte emocional e prático. Algumas formas de cuidado incluem:

Oração: Ofereça orações pelas pessoas enfermas, buscando conforto, cura e força espiritual.

Presença e Companhia: Esteja presente para as pessoas afetadas, seja fisicamente ou através de mensagens de apoio. A solidão pode ser desafiadora durante períodos de doença.

Ajuda Prática: Ofereça assistência prática, como ajudar nas tarefas diárias, fornecer refeições ou auxiliar em deslocamentos, dependendo das necessidades da pessoa.

Incentivo: Forneça encorajamento e palavras de esperança. Mostre empatia e compreensão em relação aos desafios que enfrentam.

Respeito pela Dignidade: Mantenha o respeito pela dignidade da pessoa doente, reconhecendo suas necessidades e limitações, e evitando atitudes piedosas ou invasivas.

Promoção de Um Ambiente Positivo: Crie um ambiente que promova pensamentos positivos e emoções. Isso pode incluir compartilhar mensagens inspiradoras da Bíblia ou de encorajamento.

Participação em Atividades na igreja: Se a pessoa estiver aberta a isso, ofereça participação em atividades na casa de Deus, como oração em grupo, cultos ou estudos bíblicos.

Respeito às Escolhas Individuais: Respeite as escolhas da pessoa em relação ao tratamento médico e suas decisões sobre a fé durante esse período.

Lembrando sempre que cada pessoa é única, e as necessidades podem variar. Seja sensível, pergunte como você pode ajudar e adapte seus cuidados de acordo com a situação específica de cada pessoa.

3.2- Os cuidados com a saúde mental
Na perspectiva bíblica, os cuidados com a saúde mental na família podem ser relacionados aos princípios cristãos de amor, compaixão, paciência e suporte mútuo. A Bíblia incentiva a comunhão, destacando a importância da bondade, da paciência e do encorajamento entre os membros da família. Versículos como Colossenses 3:12-14 (NVI) ressaltam a necessidade de vestir-se de compaixão, bondade e humildade, promovendo a harmonia nas relações familiares.

A busca por ajuda, a promoção de ambientes de paz e a confiança em Deus em meio aos desafios são temas presentes na perspectiva bíblica. Em Filipenses 4:6-7 (NVI), é destacada a importância da oração e da confiança em Deus para lidar com a ansiedade.

A Bíblia também encoraja a prática de virtudes como a paciência (Provérbios 14:29) e o apoio uns aos outros em momentos difíceis (Gálatas 6:2). O cuidado com a saúde mental na visão cristã é fundamentado na busca pela paz, compaixão e confiança em Deus, refletindo uma abordagem holística para o bem-estar da família.

3.3- Os cuidados com a saúde espiritual
Os cuidados com a saúde espiritual, baseados na Bíblia Sagrada, incluem práticas que fortalecem a relação de uma pessoa com Deus e promovem um crescimento espiritual saudável. Alguns princípios destacados nas Escrituras incluem:

Oração: A Bíblia incentiva a oração como uma maneira de se comunicar com Deus, buscar orientação e expressar gratidão (Filipenses 4:6-7).

Leitura da Bíblia: A Palavra de Deus é considerada uma fonte vital para o crescimento espiritual. Meditar nas Escrituras ajuda a compreender a vontade de Deus e a fortalecer a fé (2 Timóteo 3:16-17).

Comunhão com Outros Cristãos: Participar de comunidades de fé e compartilhar a jornada espiritual com outros crentes é encorajado na Bíblia (Hebreus 10:25).

Adoração: A adoração a Deus, seja individual ou em comunidade, é vista como uma expressão fundamental da fé (João 4:23-24).

Confissão e Arrependimento: A Bíblia incentiva a prática da confissão dos pecados e o arrependimento como meios de restauração espiritual (1 João 1:9).

Serviço e Caridade: O serviço aos outros, baseado no amor e na compaixão, é enfatizado nas Escrituras como uma expressão prática da fé (Gálatas 5:13).

Gratidão: Cultivar uma atitude de gratidão é mencionado como um aspecto importante da vida espiritual (1 Tessalonicenses 5:16-18).

Fé e Confiança em Deus: A confiança em Deus, mesmo em tempos difíceis, é um tema recorrente na Bíblia. A fé é vista como uma fonte de força espiritual (Provérbios 3:5-6).

Autocontrole e Frutos do Espírito: O desenvolvimento de qualidades como paciência, bondade e domínio próprio, conhecidos como os "Frutos do Espírito," é destacado como parte da vida espiritual (Gálatas 5:22-23).

Busca Pela Santidade: A Bíblia chama os crentes a buscar a santidade, esforçando-se para viver de acordo com os princípios divinos (1 Pedro 1:15-16).

Esses princípios bíblicos formam uma base para os cuidados com a saúde espiritual, promovendo uma relação vibrante com Deus e um crescimento espiritual equilibrado.

CONCLUSÃO
A família, segundo os princípios destacados na Bíblia Sagrada, emerge como um alicerce essencial para a estabilidade e bem-estar da sociedade. Nas Escrituras, a família é descrita como uma instituição divinamente ordenada, com a responsabilidade de transmitir valores morais, éticos e espirituais de geração em geração. A Bíblia ressalta a importância da união, do amor e do respeito entre os membros familiares como elementos fundamentais para a construção de uma sociedade saudável.

Versículos como Provérbios 22:6 enfatizam a responsabilidade dos pais na educação moral de seus filhos, indicando que "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele."

A família, ao praticar princípios como o perdão, a compaixão e a justiça, contribui para a formação de cidadãos responsáveis e compassivos. Ao seguir os ensinamentos bíblicos sobre o amor ao próximo e o cuidado mútuo, a família torna-se um agente transformador na sociedade, promovendo valores que fortalecem os laços sociais e contribuem para a construção de comunidades mais justas e solidárias. Assim, a família, ancorada nos princípios bíblicos, é não apenas uma célula fundamental da sociedade, mas também um agente de influência positiva que pode moldar o caráter e a moralidade da comunidade em que está inserida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
Bíblia de estudo – Nova Almeida Atualizada, Sociedade bíblica do Brasil, 2017 – Barueri, São Paulo.
Revista Betel Dominical, adultos, 1º Trimestre de 2024, ano 34, nº 130. FAMILIA, UM PROJETO DE DEUS - moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado de valores segundo a Bíblia Sagrada. Lição 5 – A importância da família para a sociedade.

Fontes pesquisadas

COMENTÁRIO ADICIONAL – Presbítero Dênis Barboza – Soldado de Cristo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

Lição 4 - Vida conjugal - espelho do relacionamento Cristo - Igreja

 VIDA CONJUGAL – ESPELHO DO RELACIONAMENTO CRISTO – IGREJA

Lição 4 – 28 de janeiro de 2024

TEXTO ÁUREO
“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo Amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” Efésios 5.25

VERDADE APLICADA
A Igreja e a família são instituições estabelecidas pelo Senhor Deus, visando o desenvolvimento de Seu plano para a humanidade.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Apresentar a simbologia da vida conjugal;
2. Falar sobre a criação das duas instituições;
3. Mostrar como levar a família a adorar a Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Efésios 5
24. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25. Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26. Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
27. Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
29. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja.

INTRODUÇÃO
A vida conjugal, conforme ensinada na Bíblia Sagrada, é como uma dança divina entre duas pessoas que se unem em um compromisso especial. É um laço sagrado, onde o amor, o respeito e a fidelidade são os passos que conduzem essa jornada. A Bíblia destaca que o casamento é mais do que uma simples união; é um vínculo abençoado por Deus, onde cada parceiro desempenha papéis únicos e essenciais. A ênfase recai na unicidade da relação, cultivando uma união indissolúvel, onde o apoio mútuo e o crescimento espiritual são valores fundamentais.

1. O SIMBOLISMO DA VIDA CONJUGAL
O simbolismo da vida conjugal na Bíblia destaca a união entre um homem e uma mulher como algo muito especial, semelhante a uma aliança sagrada. A ideia é que o casamento reflita o relacionamento profundo e significativo entre Cristo e a igreja. Isso significa que o casamento não é apenas um contrato, mas uma expressão de amor genuíno, comprometimento, respeito e fidelidade. A Bíblia enfatiza que, dentro do casamento, é importante que o casal cuide um do outro, esteja lá um para o outro nos bons e maus momentos, e que enfrentem juntos os desafios da vida. Há também uma ênfase na importância da submissão mútua, não como um sinal de inferioridade, mas como um gesto de amor e respeito, buscando a harmonia e o fortalecimento mútuo.

1.1- O modelo está posto para ser seguido
O modelo de casamento baseado na Bíblia, centrado em Cristo, enfatiza uma aliança de amor, respeito e fidelidade entre o homem e a mulher. Inspirado na relação entre Cristo e a igreja, destaca-se a submissão mútua, não como inferioridade, mas como expressão de cuidado. A união é caracterizada por um comprometimento duradouro, enfrentando juntos os desafios da vida. O amor sacrificial é a base, onde cada parceiro busca ativamente o bem-estar do outro, construindo uma parceria sólida e edificante, enraizada nos princípios cristãos.

1.2- O amor e o respeito firmam o casamento
Na base do casamento segundo a Bíblia, o amor é considerado um comprometimento ativo e contínuo, transcendendo sentimentos momentâneos. Inspirado no amor sacrificial de Cristo, esse amor busca o bem-estar do parceiro, mesmo em momentos desafiadores. O respeito, por sua vez, é visto como uma expressão de valor mútuo, envolvendo a apreciação das diferenças e reconhecimento das contribuições únicas de cada cônjuge.

A submissão mútua, frequentemente mencionada nas Escrituras, não sugere hierarquia, mas sim uma disposição voluntária de se apoiarem e se respeitarem mutuamente. Esses princípios, quando praticados, promovem uma parceria onde ambos os parceiros se sentem valorizados, compreendidos e encorajados em seu crescimento pessoal e espiritual.

O casamento, assim fundamentado, é visto como mais do que uma simples união legal, tornando-se uma jornada conjunta de crescimento, onde o amor e o respeito são não apenas alicerce, mas também a força motriz que sustenta a relação ao longo do tempo.

1.3- A sujeição se estabelece no temor do Senhor
A ideia de "sujeição" no contexto do casamento, conforme mencionado na Bíblia, refere-se à submissão mútua entre os cônjuges. O termo é muitas vezes abordado em textos como Efésios 5:22-33, onde se destaca o papel do marido e da esposa na relação. É crucial notar que a Bíblia fala sobre uma submissão mútua, não unilateral.

A submissão, nesse contexto, não implica inferioridade, opressão ou subjugação de um cônjuge pelo outro. Pelo contrário, ela é apresentada como um gesto voluntário de respeito e cuidado mútuo. Maridos são chamados a amar suas esposas da mesma forma que Cristo amou a igreja, ou seja, com um amor sacrificial. Esposas são incentivadas a se submeterem a seus maridos, mas isso é contextualizado no amor e respeito mútuos. Portanto, a "sujeição" na perspectiva bíblica busca criar uma parceria equitativa, onde ambos os parceiros se apoiam, respeitam e se submetem um ao outro em amor, visando a edificação mútua e a construção de um relacionamento sólido.

2. A CRIAÇÃO DAS DUAS INSTITUIÇÕES
Na Bíblia, há uma analogia poderosa entre a relação de Cristo com a Igreja e a relação entre um marido e uma esposa. Essa analogia é frequentemente mencionada nas Escrituras, especialmente no Novo Testamento. Aqui estão alguns pontos de paralelo entre a Igreja e o casamento:

Cristo e a Igreja como Noivo e Noiva:
A metáfora mais proeminente é a descrição de Cristo como o Noivo e a igreja como a Noiva. Isso é evidenciado em passagens como Efésios 5:22-33 e Apocalipse 19:7-9. Assim como um marido ama e se sacrifica por sua esposa, Cristo ama e se sacrificou pela igreja.

Amor e Submissão:
O apóstolo Paulo usa a relação entre marido e esposa como um reflexo do amor sacrificial de Cristo pela igreja. Ele instrui os maridos a amarem suas esposas da mesma maneira que Cristo amou a igreja, dando-se por ela. Ao mesmo tempo, as esposas são exortadas a se submeterem a seus maridos, não em submissão servil, mas em uma relação de respeito e cooperação (Efésios 5:22-33).

Unidade e Intimidade:
O conceito de "uma só carne", que descreve a união profunda entre marido e esposa, também é usado para ilustrar a união de Cristo com a igreja. Essa união representa não apenas uma relação legal, mas uma conexão espiritual e íntima (Efésios 5:31-32).

Fidelidade e Aliança:
A fidelidade no casamento espelha a fidelidade de Cristo à sua igreja. A aliança entre Cristo e a igreja é comparada a um casamento, enfatizando o compromisso inabalável de Deus com Seu povo (Jeremias 31:32).

Essas analogias destacam a profunda relação de amor, sacrifício, submissão mútua, unidade e fidelidade que Deus deseja tanto na instituição do casamento quanto na relação entre Cristo e Sua igreja.

2.2- A igreja como defensora da família
A igreja desempenha frequentemente o papel de defensora da família, baseando-se em princípios bíblicos que enfatizam a importância da instituição familiar. Aqui estão dois aspectos pelos quais a igreja pode ser vista como defensora da família:

Ensino Bíblico sobre a Família:
A igreja, ao se basear nas Escrituras, ensina princípios que promovem relacionamentos saudáveis e uma base sólida para a família. Isso inclui conceitos como amor, respeito, sacrifício, perdão e a importância de valores morais e éticos. O ensino bíblico oferece orientação sobre o papel de cada membro da família e a maneira como os relacionamentos devem ser conduzidos.

Apoio Pastoral e Comunitário:
Muitas igrejas oferecem apoio pastoral e comunitário às famílias, proporcionando aconselhamento, ministério de casais, programas educacionais e grupos de apoio. Isso cria um ambiente onde os membros da família podem encontrar orientação espiritual e apoio prático, fortalecendo os laços familiares.

Ao advogar por princípios bíblicos e oferecer suporte prático, a igreja busca ser uma influência positiva na formação e manutenção de famílias saudáveis. Ela procura inspirar os membros a aplicarem os valores cristãos em seus lares, contribuindo para a construção de comunidades mais fortes e coesas.

2.3- A família como promotora da igreja
A família pode desempenhar um papel fundamental na promoção da igreja de várias maneiras. Aqui estão dois aspectos pelos quais a família pode ser uma promotora da igreja:

Testemunho e Evangelização:
A vida familiar pode servir como um poderoso testemunho do impacto do Evangelho. Quando uma família vive de acordo com os princípios cristãos, demonstrando amor, respeito, perdão e compaixão, isso pode atrair outras pessoas para a fé. A família, como unidade, tem a oportunidade de compartilhar sua experiência de fé, convidando outros para participarem da comunidade da igreja.

Participação Ativa na Vida da Igreja:
Quando as famílias são ativas na vida da igreja, participando de cultos, eventos, grupos de estudo bíblico e serviços comunitários, elas contribuem para o fortalecimento e vitalidade da comunidade eclesiástica. Além disso, a participação ativa dos membros da família em diferentes ministérios e atividades da igreja ajuda a criar um ambiente acolhedor e inclusivo.

Ao viver os princípios cristãos em casa e ao participar ativamente nas atividades da igreja, a família não apenas fortalece seu próprio relacionamento com Deus, mas também contribui para o testemunho e crescimento da comunidade de fé. Essa interação positiva entre família e igreja cria uma dinâmica de apoio mútuo, promovendo uma comunidade vibrante e centrada em Cristo.

3. LEVANDO A FAMÍLIA A ADORAR A DEUS
Levar a família a adorar a Deus é uma prática significativa e edificante. Aqui estão algumas sugestões que podem ajudar nesse processo:

Crie um Ambiente de Adoração em Casa:
Dedique um espaço em sua casa para a adoração, seja uma sala de oração, um canto especial ou um local onde a família possa se reunir para louvor e oração. Isso cria um ambiente propício para momentos de adoração em família.

Estabeleça Cultos em Casa:
Desenvolva tradições familiares que envolvam a adoração a Deus. Isso pode incluir a leitura regular da Bíblia em conjunto, a prática de orações em família antes das refeições ou antes de dormir, e a participação em rituais que enfatizem valores espirituais.

Participe de Serviços da igreja Juntos:
Frequentar serviços da igreja local em conjunto como família é uma maneira poderosa de adorar a Deus. Isso não apenas fortalece os laços familiares, mas também cria uma conexão mais profunda com a comunidade da igreja.

Incentive a Participação Ativa:
Encoraje cada membro da família a participar ativamente na adoração. Isso pode envolver cantar louvores, compartilhar testemunhos, orar em conjunto e envolver os filhos em atividades religiosas apropriadas para a idade.

Ensine e Explique a Palavra de Deus:
Reserve tempo para estudar a Bíblia em família. Discuta passagens bíblicas, ensine os princípios cristãos e explique como aplicar esses ensinamentos na vida cotidiana. Isso ajuda a construir uma compreensão sólida da fé.

Seja um Exemplo:
Lembre-se de que os pais desempenham um papel crucial como modelos de fé para os filhos. Viva de maneira coerente com os valores cristãos que você ensina, demonstrando amor, compaixão, perdão e serviço aos outros.

Ao incorporar práticas de adoração em sua vida familiar, você não apenas fortalece os laços espirituais entre os membros da família, mas também cultiva uma atmosfera de reverência e gratidão em sua casa.

3.1- A igreja é um ambiente para aliviar as tensões da vida
A igreja muitas vezes é considerada um ambiente propício para aliviar as tensões da vida. Aqui estão algumas razões pelas quais a igreja pode oferecer um refúgio de paz e suporte emocional:

Comunidade de Apoio:
A igreja proporciona um espaço onde as pessoas podem se conectar com uma comunidade de apoio. A presença de outros membros da igreja que compartilham valores semelhantes pode criar um ambiente de solidariedade e compreensão, ajudando a aliviar o fardo emocional.

Oportunidade para Compartilhar e Orar:
A igreja oferece oportunidades para as pessoas compartilharem suas preocupações e orarem umas pelas outras. Grupos de oração, sessões de aconselhamento pastoral e momentos de comunhão proporcionam um espaço para expressar as tensões e buscar apoio espiritual.

Mensagens de Esperança e Conforto:
As mensagens pregadas na igreja muitas vezes abordam temas de esperança, fé e conforto. As Escrituras oferecem orientação e encorajamento, proporcionando uma perspectiva espiritual que pode ajudar a lidar com as dificuldades da vida.

Cultos de Adoração e Reflexão:
Participar de cultos de adoração, como cânticos, orações e celebrações, pode criar um ambiente que promove a reflexão e a tranquilidade. Esses momentos oferecem uma pausa nas pressões da vida cotidiana.

Envolvimento em Atividades Beneficentes:
Muitas igrejas estão envolvidas em atividades beneficentes e de serviço à comunidade. Participar dessas iniciativas pode proporcionar uma sensação de propósito e contribuir para o alívio do estresse, ao focar em servir aos outros.

Foco na Espiritualidade:
O ambiente espiritual da igreja convida as pessoas a focarem em sua fé, o que pode trazer conforto e tranquilidade em meio às tensões da vida diária.

Embora a experiência varie para cada indivíduo, muitas pessoas encontram na igreja um refúgio espiritual e emocional, onde podem buscar apoio, consolo e renovar suas forças para enfrentar os desafios da vida.

3.2- A igreja proporciona ambientes de união, comunhão e unidade
A igreja frequentemente proporciona ambientes de união, comunhão e unidade.

Culto Coletivo:
Os serviços de adoração e culto na igreja oferecem oportunidades para os membros se reunirem, louvarem a Deus juntos e compartilharem uma experiência espiritual comum. Esses momentos fortalecem o senso de união e pertencimento.

Comunhão e Confraternização:
Muitas igrejas realizam eventos de comunhão e confraternização, como refeições em grupo, festivais e atividades sociais. Esses eventos proporcionam um ambiente descontraído para os membros se conhecerem melhor e fortalecerem os laços de amizade.

Grupos Pequenos:
A formação de grupos pequenos dentro da igreja, como grupos de estudo bíblico, grupos de oração ou ministérios específicos, cria oportunidades para interações mais íntimas. Isso permite que os membros compartilhem suas vidas, orem uns pelos outros e se apoiem mutuamente em um ambiente mais personalizado.

Celebrações e Eventos especiais:
Celebrações especiais, como aniversários da igreja, batismos e outras cerimônias, oferecem momentos de alegria e celebração compartilhada. Esses eventos promovem um senso de unidade e identidade coletiva.

Envolvimento em Missões e Evangelismo:
Participar de atividades missionárias e evangelísticas como uma igreja unifica os membros em torno do propósito comum de compartilhar a mensagem do Evangelho. Isso cria uma sensação de unidade na missão da igreja.

Esses aspectos contribuem para a construção de uma comunidade coesa, onde os membros se sentem conectados uns com os outros, compartilham experiências espirituais e se apoiam mutuamente ao longo da jornada de fé.

3.3- A igreja é promotora da paz e de instrução para santidade
Na jornada da vida, a igreja procura ser um farol de paz e um guia na busca pela santidade, conforme destacado na Bíblia. Em suas mensagens e ensinamentos, a igreja ressalta a importância da paz nos relacionamentos e inspira a busca contínua pela santidade, uma trajetória de integridade, amor e dedicação aos princípios sagrados. A ênfase está não apenas em proclamar esses ideais, mas também em vivenciá-los, promovendo reconciliação, perdão e a prática de virtudes que refletem a santidade, conforme orientada pela Palavra de Deus. A união em oração, o serviço à comunidade e o esforço em viver de acordo com esses princípios bíblicos não apenas oferecem instrução, mas também buscam ser um porto seguro de paz e sabedoria para todos que buscam a presença divina na jornada da santificação.

CONCLUSÃO
Em resumo, a igreja, à luz das Escrituras, desempenha um papel vital ao proporcionar um ambiente que cultiva paz e orientação para a santidade, valores que também são fundamentais para a instituição da família. Suas mensagens e ensinamentos, inspirados na Palavra de Deus, destacam a importância não apenas de buscar a paz e santidade individualmente, mas também de nutrir esses princípios nos relacionamentos familiares. Ao enfatizar valores bíblicos como reconciliação, amor e integridade, a igreja não apenas proclama, mas busca viver esses ideais, servindo como um farol de esperança e instrução para seus membros e suas famílias. A união em oração, o serviço à comunidade e o compromisso com a busca da santidade, conforme orientada pelas Escrituras, são expressões tangíveis do compromisso da igreja em ser um refúgio de paz e sabedoria, oferecendo suporte espiritual não apenas aos indivíduos, mas também às famílias em sua jornada de fé.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
Bíblia de estudo – Nova Almeida Atualizada, Sociedade bíblica do Brasil, 2017 – Barueri, São Paulo.
Revista Betel Dominical, adultos, 1º Trimestre de 2024, ano 34, nº 130. FAMILIA, UM PROJETO DE DEUS - moldando lares estruturados, saudáveis e estabelecendo um legado de valores segundo a Bíblia Sagrada. Lição 4 - Vida conjugal – espelho do relacionamento Cristo – Igreja

Fontes pesquisadas

COMENTÁRIO ADICIONAL – Presbítero Dênis Barboza - Soldado de Cristo