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Lição 12 - O verdadeiro discípulo promove o crescimento de outros discípulos (Comentário: Presbítero Dênis)

O VERDADEIRO DISCÍPULO PROMOVE O CRESCIMENTO DE OUTROS DISCÍPULOS

Lição 12 – 17 de Dezembro de 2023

TEXTO ÁUREO
E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 2 Timóteo 2.2

VERDADE APLICADA
Não apenas a liderança, mas cada discípulo de Cristo é chamado ao contínuo aperfeiçoamento, crescimento e amadurecimento até que Cristo venha.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Mostrar as credenciais para um discípulo forte.
2. Ressaltar a importância da maturidade espiritual
3. Destacar o compromisso com crescimento da Igreja.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 TIMÓTEO 1
15. Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.
16. Mas por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer nele para a vida eterna.
17. Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.
18. Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

INTRODUÇÃO
Recomendar, segundo o dicionário, significa indicar alguém ou algo como bom ou por sua qualidade. Em sua carta pastoral a Timóteo, Paulo elenca as qualidades de um bom discípulo de Cristo para exercer um ministério recomendável.
Ter uma Fé Verdadeira: Confie em Jesus de coração, não só de boca para fora.
Mudança de Vida de Verdade: Quando errar, admita e busque ser uma pessoa melhor.
Viver Conforme a Bíblia, na Real: Não só leia, mas coloque em prática o que a Bíblia ensina.
Amar Gente pra Caramba: Ajude os outros, seja compreensivo e faça o bem sem olhar a quem.
Conversa Frequentemente com Deus: Não precisa ser um discurso formal, pode ser uma conversa sincera mesmo.
Aprender com os Mais Experientes: Se aproxime de gente que já tem uma caminhada na fé, peça conselhos, compartilhe suas dúvidas.
Contagiar os Outros com a Alegria da Fé: Fale sobre Jesus com naturalidade, mostre como Ele faz diferença na sua vida.
Ser uma Pessoa Bacana, de Verdade: Desenvolva características boas, como ser amoroso, alegre, ter paz, ser paciente, ser legal com os outros, ser fiel, ser manso e ter autocontrole (não é fácil, mas a gente tenta!).
Lembrando que a ideia é buscar ser cada dia mais parecido com Jesus, não porque queremos ganhar pontos, mas porque acreditamos que isso transforma nossa vida e a vida dos outros ao nosso redor.

1. CREDENCIAIS BÍBLICAS DO DISCÍPULO CRISTÃO
Paulo sabia da necessidade de formar discípulos fortes, assim como ele acaba se tornando, a ponto de ter evangelizado parte da Ásia (chamada de Ásia Menor) e da Europa. Paulo deixou de ser um religioso para assumir o papel do apóstolo dos gentios [Rm 11.13], viajando em missão para ministrar a Palavra de Deus e implantar igreja a fim de cumprir a missão que recebera de Jesus. O apóstolo escreveu cartas pastorais com credenciais para a formação de outros discípulos, fortes saudáveis espiritualmente.

1.1. Confiar nas Escrituras
Confiança nas Escrituras é tipo acreditar que a Bíblia é mais que um livro comum. É entender que ali tem uma mistura de histórias, conselhos e verdades que podem guiar a nossa vida de uma forma única. Pode ser como confiar num mapa quando estamos meio perdidos. A gente lê as histórias, absorve os ensinamentos, e acredita que ali tem algo que nos aponta o caminho certo.

Não é só decorar versículos, mas confiar que, nas palavras ali, a gente encontra algo que nos faz entender melhor a vida, a fé e a jornada que a gente tá trilhando. E claro, não é só ler, é viver o que a gente aprende ali. É meio como confiar na bússola que aponta para o verdadeiro Norte na nossa jornada.

1.2.  Depende de Deus
Depender de Deus é tipo ter um grande amigo por perto. Sabe quando a vida fica meia bagunçada? Então, é aí que a gente percebe que não dá pra fazer tudo sozinho.

É admitir que, mesmo que a gente queira controlar tudo, tem coisas que escapam do nosso domínio. É tipo aceitar que tá tudo bem e não ter todas as respostas, porque Deus tá cuidando dos detalhes que a gente nem imagina.

Depender de Deus é como ter um GPS da vida. Quando a gente fica meio perdido, Ele dá a direção certa. Não é sinal de fraqueza, mas de saber que, com Ele, a gente tá mais seguro.

E não é só quando as coisas estão difíceis, não. Também é nos momentos bons, tipo agradecer por aquele dia incrível. É uma parceria, uma amizade que faz a caminhada da vida ser mais maneira.

1.3. Torna- se forte
Depender de Deus é mais do que uma simples crença; é uma postura de confiança e entrega, uma abertura para uma força maior que transcende nossa compreensão. Em um mundo muitas vezes tumultuado e imprevisível, muitas pessoas buscam na fé uma âncora, uma fonte de orientação e significado.

A dependência de Deus frequentemente se manifesta através da prática da oração, um ato de comunicação com o divino. Nesses momentos de diálogo espiritual, as pessoas expressam gratidão, pedem orientação, buscam conforto e compartilham suas alegrias e desafios. A oração torna-se uma maneira de se conectar com o transcendente, de sentir a presença de Deus na vida cotidiana.

A fé, componente central da dependência de Deus, implica acreditar em algo além do visível e tangível. É a convicção de que Deus está ativo no mundo e tem um propósito maior para cada indivíduo. Essa fé muitas vezes se traduz em aceitar que as coisas nem sempre acontecem como desejamos, mas confiar que há um plano divino em ação.

A dependência de Deus também influencia a ética e a moral. A crença em um poder superior muitas vezes serve como base para um sistema de valores que orienta as escolhas e ações de uma pessoa. Os ensinamentos religiosos fornecem um quadro ético que molda a maneira como as pessoas interagem com os outros e enfrentam dilemas morais.

Nos momentos de adversidade, a dependência de Deus pode ser uma fonte de consolo e força. A fé oferece uma perspectiva que vai além das circunstâncias imediatas, proporcionando esperança e conforto em meio às dificuldades. Para muitos, a ideia de que Deus está presente nos desafios e que há um propósito maior para o sofrimento oferece um consolo profundo.

Além disso, a dependência de Deus não implica passividade. Em muitas tradições religiosas, a fé é vista como um catalisador para a ação positiva no mundo. Os valores espirituais podem inspirar a busca pela justiça social, a promoção da compaixão e a prática da benevolência.

Em resumo, depender de Deus é um modo de vida enraizado na fé e na confiança em um poder divino. Envolve uma busca contínua por significado, uma conexão espiritual através da oração, uma orientação ética e moral, e uma fonte de consolo e força nos momentos difíceis. É uma jornada espiritual que molda a perspectiva e as ações de muitos em sua busca por um propósito maior na existência.

2. REVELA MATURIDADE ESPIRITUAL
A maturidade espiritual cristã refere-se ao desenvolvimento e crescimento na fé cristã, envolvendo uma compreensão mais profunda dos princípios e ensinamentos de Cristo, bem como uma aplicação prática desses princípios na vida diária. A maturidade espiritual não é medida apenas pela quantidade de conhecimento teórico sobre a fé, mas também pela maneira como os indivíduos vivem de acordo com esses ensinamentos.

Vale ressaltar que a maturidade espiritual é um processo contínuo e individual. Cada pessoa percorre seu próprio caminho de crescimento espiritual, e a jornada pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo experiências de vida, aprendizado contínuo e a busca constante por uma relação mais profunda com Deus.

2.1 Na caminhada com Cristo
Na caminhada com Cristo, refere-se à jornada espiritual e prática de seguir os ensinamentos de Jesus Cristo no cristianismo. Essa expressão destaca a ideia de que a fé cristã não é apenas uma crença teórica, mas uma experiência de vida contínua, moldada pelos princípios ensinados por Cristo. Durante essa caminhada, os fiéis buscam crescer em maturidade espiritual, aplicando os valores cristãos em suas vidas cotidianas. Isso inclui o desenvolvimento de um relacionamento pessoal com Deus por meio da oração, o estudo das Escrituras, a prática do amor ao próximo e a busca constante por uma vida em conformidade com os ensinamentos de Jesus. A caminhada com Cristo é considerada uma jornada de transformação interior, visando uma vida mais alinhada com os princípios cristãos e um testemunho visível da fé em ação. (18Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém. 2 Pedro 3:18)

2.2. No relacionamento com as ovelhas
No relacionamento com as ovelhas, os líderes cristãos são chamados a pastorear e cuidar do rebanho, seguindo o exemplo de Jesus, o Bom Pastor. Isso envolve orientação, proteção e nutrição espiritual. A Bíblia destaca em João 10:11 que Jesus é o bom pastor que dá a vida pelas ovelhas, ilustrando o compromisso sacrificial e amoroso esperado nos relacionamentos pastorais. Os líderes são chamados a imitar essa compaixão, guiando as ovelhas no caminho da fé e garantindo seu bem-estar espiritual.

Imitar o Bom Pastor: Como cristão, você pode buscar imitar o exemplo de Jesus como o Bom Pastor, demonstrando amor, sacrifício e cuidado pelos outros.

Servir e Orientar: Esteja disposto a servir e orientar aqueles ao seu redor, oferecendo suporte espiritual e ajuda prática quando necessário.

Compartilhar a Palavra de Deus: Seja ativo na partilha da Palavra de Deus, seja por meio do testemunho pessoal ou do ensino das Escrituras, contribuindo para o crescimento espiritual dos outros.

Praticar a Compaixão e o Perdão: Demonstre compaixão e prontidão para perdoar, seguindo o exemplo de Cristo, que nos ensinou a amar e perdoar uns aos outros.

2.3. Na condução da igreja
Na condução da igreja, é crucial seguir princípios bíblicos e liderar com sabedoria e compaixão. Alguns pontos importantes incluem:

Liderança Servidora: Modelar a liderança servidora conforme ensinado por Jesus em Marcos 10:42-45, priorizando o serviço aos outros.

Discipulado e Ensino: Focar na edificação espiritual da congregação por meio do discipulado e ensino sólido da Palavra de Deus (Mateus 28:19-20).

Buscar a Vontade de Deus: Tomar decisões em oração e busca pela vontade de Deus, conforme exemplificado na vida de Jesus no Getsêmani (Mateus 26:39).

Cuidado Pastoral: Demonstrando cuidado e compaixão pelo rebanho, como um pastor atencioso, conforme descrito em 1 Pedro 5:2-4.

Unidade e Amor fraternal: Fomentar a unidade e o amor fraternal dentro da igreja, seguindo as exortações de Paulo em Efésios 4:1-3.

Equidade e Justiça: Agir com equidade e justiça em todas as decisões, seguindo princípios bíblicos de imparcialidade (Provérbios 21:3).

Transparência e Prestação de Contas: Manter transparência e prestar contas na gestão dos recursos da igreja, cultivando a confiança da congregação.

Desenvolvimento de Líderes: Investir no desenvolvimento e mentoria de líderes dentro da igreja para garantir uma liderança contínua e saudável.

Liderar uma igreja é uma responsabilidade séria, e é essencial buscar orientação divina e depender do Espírito Santo para tomar decisões sábias e impactar positivamente a comunidade cristã.

3. COMPROMETE-SE COM O CRESCIMENTO
Compromete-se com o crescimento espiritual dos cristãos" expressa a dedicação em fomentar o desenvolvimento espiritual dos seguidores da fé cristã. Isso envolve providenciar apoio, orientação e recursos para fortalecer a relação individual com a espiritualidade, promovendo o amadurecimento na fé e aprimorando a vida espiritual. Essa abordagem busca estimular a busca por valores e práticas que consolidem a conexão pessoal com a espiritualidade cristã, promovendo um enriquecimento significativo nessa jornada espiritual.

3.1. Sendo exemplo
Ser exemplo de cristão significa viver de acordo com os ensinamentos de Cristo, manifestando amor, compaixão, ética e humildade em todas as áreas da vida. Isso envolve praticar valores cristãos, como perdão, generosidade e serviço ao próximo, para inspirar e influenciar positivamente aqueles ao redor, refletindo a luz da fé cristã em ações diárias.

3.2. Ensinado a Palavra
Ensinar a Palavra de Deus, com a Bíblia Sagrada como única regra de fé, consiste em transmitir os princípios e ensinamentos contidos nas Escrituras. A abordagem é guiada exclusivamente pelo texto bíblico como autoridade máxima, envolvendo a interpretação, explicação e aplicação cuidadosa dos ensinamentos para orientar a fé e prática dos crentes de maneira fiel e consistente.

3.3. Apontando o Cristo
Apontar o Cristo verdadeiro das Escrituras é revelar a personificação das profecias e ensinamentos bíblicos sobre o Salvador. Através da análise criteriosa das Escrituras, identificamos em Cristo a plenitude das promessas divinas, o Messias esperado e a encarnação do amor redentor. Ele é a expressão máxima da graça e verdade, cumprindo as Escrituras e oferecendo salvação aos que creem. Desvendar o Cristo verdadeiro nas Escrituras é reconhecer Nele a luz que ilumina o caminho da reconciliação e da vida eterna.

CONCLUSÃO
Concluindo, a lição ressalta a importância de ser um discípulo comprometido com o crescimento espiritual, seguindo os princípios apresentados por Paulo a Timóteo. A citação do texto áureo destaca a responsabilidade de compartilhar os ensinamentos com outros discípulos, gerando um ciclo contínuo de aprendizado e amadurecimento na fé. Os objetivos da lição enfatizam a necessidade de credenciais sólidas para um discípulo forte, a importância da maturidade espiritual e o compromisso com o crescimento da igreja. Os textos de referência destacam a centralidade de Cristo e a necessidade de confiança nas Escrituras. Em adição, a abordagem prática, apresentada nos comentários adicionais, oferece orientações tangíveis para fortalecer a jornada espiritual, desde a confiança nas Escrituras até a prática do amor ao próximo. Em resumo, a lição destaca a responsabilidade de cada discípulo em promover o crescimento espiritual, contribuindo assim para o fortalecimento da igreja e o testemunho efetivo da fé cristã.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Almeida. Edição Revista e Atualizada, Tradução João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SSB, 2010.

Revista Betel Dominical: Jovens e Adultos. Terceira epístola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 129. Lição 12 – O verdadeiro discípulo promove o crescimento de outros discípulos

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Comentarista adicional:
Presbítero Dênis Barbosa da Silva – Soldado de Deus Eterno.

ADTAG 316 Samambaia Sul - DF.

 

 

 

 


Lição 11- O verdadeiro discípulo é uma referência no serviço cristão

 O VERDADEIRO DISCÍPULO É UMA REFERÊNCIA NO SERVIÇO CRISTÃO

Lição 11 - 10 de dezembro de 2023

TEXTO ÁUREO
Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro. 3 João 12

VERDADE APLICADA
O bom testemunho de um verdadeiro discípulo é alcançado ao longo de uma trajetória que segue o exemplo do ministério de Jesus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Expor a importância do testemunho;
Ensinar como obter uma vida transformada;
Ressaltar aspectos da prática do bem.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 PEDRO 3
8. E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis.
9. Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que por herança alcanceis a bênção.
10. Porque Quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano.
11. Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.
12. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é contra os que fazem males.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

INTRODUÇÃO
Um testemunho cristão verdadeiro é uma expressão pessoal de fé e experiência com Deus, destacando como o crente encontrou significado e transformação por meio de Jesus Cristo. Envolve a narrativa de como a fé influenciou positivamente a vida do crente, guiando suas decisões, proporcionando esperança e promovendo mudanças positivas. Esse testemunho geralmente reflete a jornada espiritual única de cada crente, enfatizando a relação pessoal com Deus e o impacto prático da fé no dia a dia. O testemunho autêntico ressoa com sinceridade e evidencia a realidade da presença de Deus na vida do crente.

1. CREDENCIAIS DO BOM TESTEMUNHO
As credenciais do bom testemunho do crente, segundo a Bíblia, incluem uma vida caracterizada pelo amor, bondade, paciência e fidelidade aos ensinamentos de Jesus Cristo. O crente deve refletir os frutos do Espírito, demonstrando humildade e serviço aos outros. O testemunho autêntico é fundamentado na verdade bíblica e na prática coerente dos princípios cristãos.

1.1 Compaixão e amor
O cristianismo bíblico, a compaixão e o amor são conceitos fundamentais. A compaixão envolve sentir empatia pelos outros, especialmente pelos necessitados, e agir para aliviar seu sofrimento. O amor, como ensinado na Bíblia, é altruísta e sacrificial, refletindo o amor divino exemplificado por Jesus. Os cristãos são chamados a amar uns aos outros como a si mesmos, buscando o bem-estar dos outros e demonstrando compaixão prática. Esses princípios são centralizados na mensagem do Novo Testamento, destacando a importância de viver uma vida orientada pelo amor e compaixão cristãos.

1.2. Mansidão
A mansidão, como um dos frutos do Espírito Santo, é um conceito central na ética cristã. Ela vai além da mera calma exterior e reflete uma atitude interna de humildade e submissão a Deus. Jesus Cristo é frequentemente apresentado como o exemplo supremo de mansidão, demonstrando paciência, compaixão e domínio próprio, mesmo em situações desafiadoras. A mansidão não implica fraqueza, mas sim força controlada em conformidade com a vontade divina.

A Bíblia destaca a importância da mansidão em várias passagens, como quando Jesus proclamou: "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra" (Mateus 5:5). Isso sugere que a mansidão está intrinsecamente ligada à herança espiritual prometida aos crentes.

Na prática cristã, a mansidão se manifesta no trato com os outros, mesmo em meio a conflitos. Ela impulsiona a busca pela reconciliação e a capacidade de suportar dificuldades sem perder a paz interior. Cultivar a mansidão é um processo contínuo, guiado pela presença do Espírito Santo na vida do crente, resultando em uma transformação interior que reflete a natureza de Cristo. Portanto, a mansidão não é apenas uma virtude, mas uma expressão visível da obra do Espírito na vida daqueles que seguem a fé cristã.

1.3. Bendizer e abençoar
No Novo Testamento, "bendizer" e "abençoar" são termos que frequentemente expressam a ação de invocar bênçãos divinas sobre pessoas ou circunstâncias. Jesus frequentemente abençoava pessoas em seus ensinamentos e milagres, demonstrando a generosidade e a graça de Deus. Os cristãos são incentivados a abençoar uns aos outros, conforme instruído em passagens como "Bendizei aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis" (Romanos 12:14). Esses termos destacam a importância de reconhecer e desejar o favor de Deus sobre outros, promovendo a bondade, a gratidão e a solidariedade na comunidade cristã.

2. TER UMA VIDA TRANSFORMADA
Ter uma vida transformada pela Palavra de Deus implica em incorporar os ensinamentos bíblicos no modo de viver. Ao meditar e aplicar os princípios divinos, experimentamos mudanças profundas em nossas atitudes, valores e comportamentos. A Palavra de Deus, ao penetrar em nossos corações, molda nossa perspectiva, inspira amor, perdão e compaixão. Essa transformação não só afeta nossa relação com Deus, mas também nossa interação com os outros, resultando em uma vida mais alinhada com os propósitos divinos e permeada pela busca da santidade e justiça.

2.1. Pelo poder do Evangelho
O poder do Evangelho, conforme ensinado na Bíblia, reside na capacidade transformadora de Deus na vida daqueles que creem. O apóstolo Paulo, em Romanos 1:16, proclama: "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê." O Evangelho revela a mensagem redentora de Jesus Cristo, oferecendo perdão, reconciliação com Deus e uma nova vida em Seu amor. O poder do Evangelho não apenas salva, mas também renova a mente e transforma o caráter dos crentes. Em 2 Coríntios 5:17, Paulo destaca: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." A mensagem do Evangelho capacita os crentes a viverem vidas santas, cheias de propósito e esperança, à medida que são capacitados pelo Espírito Santo.

2.2. Pelo testemunho cristão
O testemunho cristão, fundamentado no poder do Evangelho, é uma expressão viva da transformação que ocorre na vida daqueles que aceitam Jesus Cristo como Senhor e Salvador. O testemunho não é apenas verbal, mas também evidenciado por uma mudança visível de comportamento, valores e perspectivas. O poder do Evangelho capacita os crentes a superar desafios, vencer vícios e viver uma vida que reflita a graça de Deus.

O testemunho cristão não apenas proclama a redenção pessoal, mas também compartilha a esperança e o amor encontrados em Cristo. Isso influencia positivamente aqueles ao redor, inspirando outros a buscar a verdade e a transformação espiritual. Assim, o testemunho cristão, impulsionado pelo poder do Evangelho, não apenas impacta individualmente, mas também desempenha um papel vital na missão de compartilhar a mensagem redentora de Cristo com o mundo.

2.3. Pelo poder do Espirito Santo
Pelo poder do Espírito Santo, os cristãos recebem capacitação divina para viver uma vida transformada e cumprir o propósito de Deus. O Espírito Santo, mencionado ao longo da Bíblia, fortalece, guia e consola os crentes. Em Atos 1:8, Jesus promete o poder do Espírito para serem testemunhas eficazes. É o Espírito Santo que concede dons espirituais, como amor, alegria e paz, conforme descrito em Gálatas 5:22-23, moldando o caráter cristão. O poder do Espírito não apenas capacita para a vida cristã, mas também impulsiona a missão de compartilhar o Evangelho, transformando vidas e comunidades através do amor e da verdade divina.

3. VIVENDO PARA FAZER O BEM
Viver para fazer o bem, conforme ensinado na Bíblia Sagrada, é um princípio central na ética cristã. Em Gálatas 6:10, a Escritura exorta os crentes dizendo: "Assim, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé." Esse ensinamento destaca a importância de agir com bondade, compaixão e generosidade em todas as circunstâncias.

Jesus Cristo, o modelo supremo para os cristãos, exemplificou o fazer o bem em seus ensinamentos e ações, enfatizando o amor ao próximo. O apóstolo Paulo, em Efésios 2:10, ressalta que fomos criados em Cristo Jesus para realizar boas obras, que Deus preparou de antemão para que andássemos nelas.

Portanto, viver para fazer o bem é mais do que uma prática ocasional; é uma expressão constante do amor cristão no dia a dia. Isso inclui ajudar os necessitados, perdoar, encorajar e ser um agente positivo na vida daqueles ao nosso redor. Essa abordagem reflete a mensagem central da Bíblia, que destaca a importância de viver uma vida alinhada com os princípios divinos, sendo luz e sal no mundo.

3.1. Apartar-se do mal
A Bíblia enfatiza a importância de se apartar do mal como um princípio fundamental na vida do crente. Em Provérbios 3:7, está escrito: "Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal." Este versículo destaca a sabedoria de reconhecer a autoridade de Deus e evitar o mal em todas as suas formas.

Outras passagens, como 1 Tessalonicenses 5:22, exortam os cristãos a "abstiver-se de toda forma de mal". Isso inclui não apenas ações prejudiciais, mas também pensamentos e atitudes que estão em desacordo com os princípios bíblicos.

O afastamento do mal não é apenas uma prática moral, mas uma expressão da busca da santidade e obediência a Deus. Essa atitude visa proteger a integridade espiritual do crente e cultivar uma vida alinhada com os valores divinos, promovendo a paz e a comunhão com Deus.

3.2. Buscar a paz
Buscar a paz é um princípio central na Bíblia, que exorta os crentes a cultivarem relacionamentos harmoniosos e a promoverem a reconciliação. Em Mateus 5:9, Jesus declara: "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus." Essa passagem destaca a importância de trabalhar ativamente pela paz e concórdia.

Romanos 12:18 incentiva os cristãos a "se, possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens." Essa busca pela paz não apenas envolve relacionamentos interpessoais, mas também a paz interior que provém da confiança em Deus.

O livro de Isaías profetiza sobre o Príncipe da Paz, referindo-se a Jesus Cristo como aquele que traz uma paz duradoura e transformadora. Assim, buscar a paz, segundo a Bíblia, envolve não apenas a ausência de conflito, mas a presença da justiça, amor e reconciliação, refletindo a natureza divina na vida dos crentes.

3.3. Amar a justiça
A Bíblia frequentemente exorta os crentes a amarem a justiça como um aspecto fundamental da vida piedosa. Em Amós 5:24, por exemplo, está escrito: "Corra a justiça como as águas, e a retidão como um rio perene.” O salmista expressa o amor pela justiça em Salmos 33:5, declarando que "a justiça e o juízo são a base do seu trono." Esse princípio está intrinsecamente ligado à natureza divina, pois Deus é descrito como justo e imparcial. Para os cristãos, amar a justiça implica em agir com integridade, buscar a equidade e se opor a qualquer forma de injustiça. Jesus, como modelo supremo, destacou a importância da justiça em seus ensinamentos, promovendo uma abordagem de vida fundamentada nos princípios divinos. Portanto, amar a justiça, à luz da Bíblia, é abraçar e praticar valores que refletem a natureza justa e santa de Deus.

CONCLUSÃO
A lição extraída desses princípios bíblicos ressalta a importância de viver uma vida fundamentada na fé cristã. Buscar a paz, amar a justiça, apartar-se do mal e viver para fazer o bem são orientações que refletem não apenas uma ética pessoal, mas também uma resposta aos ensinamentos divinos. Ao seguir esses princípios, os crentes são chamados a serem agentes de transformação, promovendo não apenas a harmonia nas relações interpessoais, mas também contribuindo para a construção de uma sociedade justa e compassiva. Esses valores transcendem as circunstâncias e desafios, refletindo a essência da mensagem cristã de amor, paz e justiça, conforme exemplificado por Jesus Cristo. Assim, a aplicação desses ensinamentos na vida cotidiana não apenas fortalece a jornada espiritual individual, mas também inspira um impacto positivo no mundo ao redor.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Almeida. Edição Revista e Atualizada, Tradução João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SSB, 2010.
Os Dons e o Fruto do Espírito 1 Co 13: 1-13 Rev. Augustus Nicodemos
Revista Betel Dominical: Jovens e Adultos. Terceira epístola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 129. Lição 11 – O verdadeiro discípulo é uma referência no serviço cristão.

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Comentarista adicional:
Presbítero Dênis Barbosa da Silva - Soldado do Senhor Jesus.
ADTAG 316 Samambaia Sul - DF.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lição 10 - O verdadeiro discípulo glorifica a Deus

 O VERDADEIRO DISCÍPULO GLORIFICA A DEUS

Lição 10 – 3 de dezembro de 2023

TEXTO ÁUREO
“E o que a si mesmo se exaltar, será humilhado, e o que a si mesmo se humilhar, será exaltado.” Mateus 23.12

VERDADE APLICADA
O discípulo de Cristo deve ser exemplo, para o rebanho, de um viver coerente com os princípios bíblicos, para a glória de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar sobre o poder do discipulado;
Expor critérios para verdadeiros discípulos que exercem liderança;
Revelar erros do falso poder.

TEXTOS DE REFERÈNCIA
MATEUS 23
6. E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas,
7. E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens – Rabi, Rabi.
8. Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
9. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus.
10. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
11. Porém o maior dentre vós será vosso servo. 
12. E o que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar, será exaltado. 

LIÇÃO E COMENTÁRIOS ADICIONAIS 

INTRODUÇÃO
Ser Todo-poderoso é a natureza de Deus, chamada de onipotência; ao homem resta reconhecê-la e se submeter a ela. Não é errado um discipulador ter poder, desde que ele venha de Deus e sirva para Sua glória e Seu propósito.

Comentário adicional:
Em Gn 17.1, quando Deus aparece a Abraão Ele diz: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito”. Nesse versículo Ele afirma a seu servo que todo poder pertence a Ele e nada Lhe é impossível, que Seu poder é total. Por outro lado, nosso poder é limitado, delegado, e tudo o que formos fazer depende Dele, que sem Ele nada podemos fazer. Por isso, devemos reconhecer o Seu poder e fazermos tudo para Sua glória e louvor, conforme a Sua vontade. Ao reconhecermos o Seu poder nos tornaremos mais humildes e dependentes, sendo assim capazes de cumprir o Seu chamado e amar o nosso próximo.

1- A ONIPOTÊNCIA DIVINA
O termo onipotente vem do latim omni, “todo, completo” mais potens, “aquele que pode, potente”. O nome de Deus em hebraico é El Shaddai, que significa Deus Todo-Poderoso. Foi assim que Ele se apresentou a Abraão [Gn 17.1]. Conhecer esse atributo divino é fundamental para que o ser humano se coloque na dependência do Deus que tudo pode [Jó 42.2]. Engana-se quem pensa que conhece Deus, mas se acha poderoso [Jo 15.5]. Jesus destacou o poder de Deus em contraste com o humano [Mt 19.26].

Comentário adicional:
Conforme visto anteriormente o poder de Deus é infinito, Ele tem o poder sobre todas as coisas, em todos os momentos e em todos os sentidos. Todos os Seus propósitos são realizados e nada pode impedi-Lo. O maior exemplo do poder de Deus foi na criação, onde tudo o que existe foi criado pelo poder de Sua Palavra. Ele falava haja e o que não existia passava a existência (Gn 1, 3, 6, 9, ...). Assim, o firmamento, os céus e a vida como conhecemos foram criados e continuam sendo sustentado por Ele. "Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca" (Sl 33:6). Portanto irmãos, como Jó precisamos reconhecer a onipotência de Deus e reconhecermos que dependemos Dele, que o nosso propósito aqui na terra é trabalharmos em união em prol do crescimento do reino.

1.1. Designa destinos
Homens não são capazes de designar o destino das pessoas. Só Deus tem esse poder [Pv 21.1] e usa para Sua glória e propósito [Fp 2.13]. A maior mudança de destino foi quando Deus enviou Seu Filho para salvar o homem do inferno [Jo 3.16], portanto, vinculada à eternidade. Homens com sede de poder estão com seu coração nas coisas desta terra [Mt 6.21], como Diótrefes, que procurava ardentemente ser reconhecido como a pessoa mais importante naquela igreja local.

Comentário adicional:
Quando Deus em Sua infinita misericórdia enviou o Seu filho amado ao mundo, Ele designou a todos os que creriam no Santo Evangelho a salvação eterna. Somente Ele através de Seu Filho, Jesus Cristo, pode através de Seu poder fazer isso. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). No entanto, conforme esse versículo o ser humano tem o livre arbítrio da escolha, Deus é soberano, mas respeita a decisão nossa. Assim, precisamos fazer as escolhas certas conforme a vontade Dele, para que as nossas vidas sejam dirigidas por Ele e o Seu plano seja realizado em nós, conforme os Seus propósitos. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações(Tg 4.8). Aqueles que se achegam a Deus recebe o Espírito Santo em suas vidas, sendo transformados em sua maneira de viver, tornando um discípulo submisso a vontade Dele, agindo para que o Seu Santo Nome seja glorificado. Ao contrário de Diótrefes, precisamos entender que quem é mais importante na igreja é Jesus Cristo que é o cabeça da igreja.

1.2. Promove a santidade
A santidade é um atributo comunicável de Deus. O atributo comunicável é aquele que Deus compartilha com o homem: amor, bondade, santidade entre outros, parte deles elencado por Paulo em Gálatas 5.22, como fruto do Espírito. A santidade, ou seja, a separação do pecado, é exigida por Deus [Lv 11.44]. Não se deve confundir santidade com religiosidade, sendo essa um esforço meramente humano e vão para alcançar o sagrado. Por meio do sangue de Jesus todos são santificados [1Co 6.11] e devem se manter em santidade e não ser dominados pelo pecado [1 Jo 1.8-9]. Por ser Santo, Deus é a Fonte da santidade. Apesar de ser um profeta do Senhor, Isaías só caiu em si sobre esse caráter de Deus quando teve a visão do Seu trono, onde os serafins clamavam “Santo, Santo, Santo” [Is 6.3]. Ali, reconheceu que era um homem impuro e precisava ser tocado pela santidade divina em seu ministério. E Deus o tocou nos lábios [Is 6.7].

Comentário adicional:
Irmãos santidade é um requisito que Deus exige de Seus filhos, porque como Ele é santo, é necessário que todos que desejam estar na presença Dele busquem a santidade (Lv 19.2). Conforme está escrito em 1Co 6.11, ao aceitarmos a Jesus Cristo como nosso suficiente Salvador, nossos pecados são perdoados e apagados, e assim somos purificados no sangue Dele. Ao aceitarmos a Cristo somos participantes de Suas promessas de Salvação, por isso, devemos nos purificar de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus (2Co 7.1). Como Deus é a fonte de Santidade e temos o Espírito Santo Dele, devemos refletir a santidade em nossas vidas, buscando sempre ajuda de Jesus, através do Espirito Santo, para lutarmos contra o pecado e vivermos de maneira diferente do mundo. “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1 Pe 1.15).

1.3. Tem poder para exaltar
Exaltar no original grego é hupsoo, que significa “elevar às alturas; elevar ao extremo da opulência e prosperidade; elevar a dignidade, honra e felicidade”. É uma ação divina que afeta a vida natural e espiritual. Só é alvo dessa bênção, quem reconhece o poder de Deus e se humilha perante Ele [Mt 23.12]. Deus resiste aos soberbos como Diótrefes [1 Pe 5.5].

Comentário adicional:
Deus se alegra com o humilde, mas rejeita o orgulhoso. Quando nos humilhamos na sua presença e nos rendemos a Ele, reconhecendo-O como o Deus todo poderoso, e que é imensamente superior em nossas vidas em todos os quesitos, Ele nos perdoa e somos justificados em nossas falhas. Assim, quem se humilha diante Dele não age com altivez diante Dele e nem diante de seus irmãos. O publicano que orava de longe e nem ousava olhar para o céu, se humilhou diante de Deus e voltou para casa exaltado porque teve os seus pecados perdoados (Lc 18.9-17).  “Por isso irmãos, não façamos nada por ambição egoísta ou por vaidade, sendo humildes e considerando os outros superiores a nós mesmos, porque naquele grande dia seremos exaltados por Aquele que sabe de todas as coisas” (Fp 2.).

2- O VERDADEIRO PODER
Jesus veio mostrar o verdadeiro poder. Na contramão do mundo, esse poder está associado a um coração dedicado e incorruptível, a atitudes generosas sem esperar nada em troca e à solidariedade junto aos que sofrem. Paulo resumiu o verdadeiro poder de um discípulo na figura de Jesus, que sendo Deus “esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” [Fp 2.7]. Por cumprir sua missão, Deus o exaltou soberanamente [Fp 2.9].

Comentário adicional:
O verdadeiro poder do cristão está em amar a Deus e temê-Lo, procurando diligentemente obedecer a Sua Palavra. Quem assim procede vai buscar servir a Deus e ao seu próximo com humildade, buscando o bem comum de todos, se entregando em prol dos outros como Jesus ensinou. O apóstolo Paulo ensina que devemos ter amor e compaixão uns pelos outros, tendo o mesmo modo de pensar sendo assim unidos de mente e alma. Não devemos considerar somente os nossos próprios interesses, mas considerar também os dos outros, considerando os outros superiores a nós mesmos (Fl 2. 1-4). Jesus Cristo é o nosso maior exemplo, que mesmo sendo Deus, se entregou para salvar todos nós pecadores (Fl 2.8).

2.1. Revela inteireza de coração
O coração do discipulador deve estar inteiramente voltado para o seu chamado, que é cuidar do rebanho de Deus [1 Pe 5.2]. Os religiosos estavam presos ao status de seus cargos, que faziam questão de exibir – e o pior é que o amor deles estava nisso [Mt 23.6]. João serviu com amor [Jo 21.20] e alertou que “aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” [1 Jo 4.8]. Deus busca líderes segundo o Seu coração [1 Sm 13.14].

Comentário adicional:
Em João 10 versículo 11 Jesus declara: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. Esse é o grande exemplo deixado pelo Mestre a todos os discipuladores (pastores, presbíteros, etc.), que devem se entregar inteiramente para cuidar das ovelhas. Infelizmente as igrejas estão cheias de mercenários que não se preocupam com o bem do rebanho, mas tão somente buscam atender seus interesses egoísticos, esses fogem quando surge um perigo ou seus desejos não são satisfeitos (Jo 10. 12,13). Esses líderes estão preocupados com status e dinheiro, não amam as ovelhas e também não conhecem a Deus, porque aquele que não ama não conhece a Deus (1Jo 4.8). Precisamos ser conforme orientou o apóstolo Pedro, que devemos cuidar do rebanho do Senhor espontaneamente e de bom grado, sem ganância, não como dominadores, mas principalmente dando o exemplo a ser seguido (1Pe 5. 2,3).

2.2. É agente do bem 
A bondade é a essência de Deus [Mc 10.18], que Jesus encarnou [Jo 1.1]. Os religiosos foram repreendidos por Jesus por desejarem ter os primeiros lugares nas sinagogas [Mt 23.6], valorizando o status social do cargo que ocupavam em vez do real compromisso que deveriam ter, que era serem servos [Jo 10.11]. A liderança de Cristo era constituída em fazer o bem [At 10.38] e esse deve ser o alvo dos seus discípulos. Empatia é uma característica indispensável a um discípulo de Cristo. Colocar-se no lugar do outro revela o autêntico servo que age com amor. Jesus designou 70 discípulos para esse tipo de missão [Lc 10.1, 9]. Mas esse bem não deve ser motivo de exibicionismo [Lc 10.20].

Comentário adicional:
O verdadeiro discipulador deve procurar fazer sempre o bem, porque Jesus deu o maior exemplo do que é fazer o bem, Ele curou pessoas, expulsou demônios, libertou pessoas oprimidas e o principal deu a Sua vida por todos nós (Mt 4.23-25). “Tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.28). O verdadeiro pastor auxilia os seus liderados nos momentos de dificuldades, ensina o caminho que devem seguir, instrui na Palavra do Senhor, não tem inveja se a ovelha desenvolve um chamado específico. Nós não devemos buscar a prioridade na casa do Senhor, porque a cruz de Cristo é a nossa bandeira. Devemos buscar unidos em mente e alma cumprir com a missão que nos foi outorgada, que é pregar o evangelho a toda criatura. “Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações” (1Pe 2:1). Os verdadeiros cristãos, independentes de suas obrigações na igreja, deixam tudo de negativo citado nesse versículo e buscam fazer o bem, visando sempre a salvação de almas e o crescimento do reino de Deus.

2.3. É solidário 
O termo solidário vem do latim solidus, que significa “firme, inteiro, sólido” e está relacionado a salvus, “salvo, em boa saúde. Gaio, um líder solidário, foi reconhecido por João pela boa saúde da sua alma (3 Jo 2]. Ele não media esforços para auxiliar aqueles que o procuravam (3 Jo 5]. O espírito da Igreja Primitiva era o da solidariedade [At 2.44] e Gaio estava sob ele. O verdadeiro discípulo é generoso, não age como os fariseus que faziam para serem vistos por todos [Mt 23.5-7), nas primeiras fileiras, mas em ser reconhecido por servir solidariamente [3 Jo 6]. O mau discípulo é egoísta, como Diótrefes, e é um problema para a Igreja.

Comentário adicional:
“Portanto, não se envergonhe do testemunho de nosso Senhor, nem do seu prisioneiro, que sou eu. Pelo contrário, participe comigo dos sofrimentos a favor do evangelho, segundo o poder de Deus” (2Tm 1.8). Nessa passagem bíblica, o apóstolo Paulo orienta a Timóteo a ser solidário a ele em seu sofrimento em prol do evangelho de Cristo, pede a sua solidariedade. Em 2Tm 1.15, afirma ter sido abandonado por todos da província da Ásia, e no versículo 16 se lembra de Onesíforo, como quem não se envergonhou dele e buscou ajudá-lo em suas aflições. Vemos que o apóstolo Paulo se sentia abandonado em suas aflições e que muitos o tinham abandonado. Assim, aprendemos que o verdadeiro servo do Senhor é solidário aos seus irmãos e não os abandonam em suas dificuldades. Portanto, quem ama cuida, e se dizemos que amamos temos que cumprir esse mandamento. “Levem as cargas uns dos outros e, assim, estarão cumprindo a lei de Cristo” Gl 6.2). Não devemos fazer nada na igreja para obtermos o reconhecimento dos outros, mas sim, porque aprendemos a amar e que somos solidários aos nossos irmãos em suas necessidades.

3- DISCÍPULOS EM CRISE
Maus discípulos que têm sede de poder são pessoas com crise, que buscam impor sua autoridade, como Diótrefes fazia. A ausência de submissão fez com que este mau discípulo desrespeitasse sua liderança, não entregando as cartas escritas por João à igreja local e se recusando a recebê-lo.

Comentário adicional:
O mau discípulo só se preocupa consigo mesmo, quer somente o obter vantagem na obra do Senhor, ele busca a primazia e a sua palavra é a que conta. Diótrefes é um grande exemplo de como não devemos ser, sua história está registrada na Bíblia para que aprendamos com os erros dele. “Quem fala por si mesmo está buscando a sua própria glória; mas o que busca a glória de quem o enviou, esse é verdadeiro, e nele não há falsidade” (Jo 7.18). Devemos buscar glorificar o reino de Deus, trabalhando diligentemente na obra do Senhor em comunhão e amor, sem falsidade, não buscando a vangloria pessoal.

3.1. Desafia a autoridade 
O desejo de primazia que Diótrefes tinha o fazia desafiar a autoridade espiritual que estava sobre seu ministério, o apóstolo João. Isso mostrava sua arrogância e destemor. Jesus deixou claro que os religiosos adoravam ser chamados de Rabi [Mt 23.7], termo que designava poder para o ensino e para conduzir outros. No coração destes religiosos havia o sentimento de superioridade, mas Jesus destacou que o “maior” teria que ser “servo”, um ensinamento oposto ao que aqueles “mestres” entendiam. Esses mesmos rabis desafiaram a autoridade de Jesus inúmeras vezes [Lc 10.25], como fez o próprio diabo, porém Deus é quem tem o poder sobre tudo [Mt 4.1-11].

Comentário adicional:
O mau discipulador não aceita a autoridade eclesiástica porque não quer ter a sua conduta avaliada, ou questionada de acordo com a Palavra de Deus, por isso buscam a sua independência. Os maus lideres tendem a serem egoístas e centralizadores, desejam que as ovelhas fiquem somente à mercê deles e de suas vontades pessoais. Diótrefes era assim, ele não recebia os irmãos, na repassava as cartas do apóstolo João e, ainda, proibia que os membros da sua igreja recebessem aos irmãos, além disso, expulsava quem os recebessem. Quem não respeita a autoridade desafia o próprio Deus, porque o princípio da autoridade vem Dele. Foi a rebeldia que provocou a queda de satanás, ele tentou usurpar a autoridade de Deus e se rebelou, sendo por isso abatido e lançado por terra (Is 14.12-15). “E a arrogância do homem será humilhada, e a sua altivez se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia” (Is 2.17). Que nós não nos enganemos, todos os altivos, soberbos e rebeldes serão abatidos, só têm lugar no reino de Deus para os humildes de coração.

3.2. Ignora a fonte da autoridade 
Toda autoridade vem de Deus [Rm 13.1], por essa razão, responde a Ele sobre como a desempenha – se não der fruto, será cortada. Era assim na época de Jesus, da Igreja Primitiva e continuará [Lc 13.6-7]. Quem exerce autoridade eclesiástica sob suas próprias regras está em pecado e precisa se arrepender [1 Jo 1.9]. Ao não mostrar arrependimento por seu abuso de poder [Jr 22.17], Diótrefes mostrou sua arrogância e orgulho. O discípulo de Cristo está sempre sob a autoridade de Deus serve ao propósito dEle (CI 1.16].

Comentário adicional:
Deus é o Senhor de tudo e toda autoridade vem Dele, Ele sustenta tudo com o poder de Sua Palavra. A maior exigência que Deus faz é que obedeça a Sua palavra. "Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." (1Sm 15.22-23). Vemos aqui que o rei Saul foi rejeitado por causa da desobediência, ele deixou de reconhecer a autoridade de Deus. Diferentemente, Jesus Cristo em obediência ao Pai, veio ao mundo se tornou servo e se fez homem entre nós, se humilhou e foi obediente até a morte, morte de cruz (Fp 2. 5-8). “Por isso o Deus Pai o exaltou sobremaneira e lhe deu um nome acima de todos os nomes” (Fp 2.8). Quem rejeita o ordenamento de Deus vai de encontro ao próprio Deus, e comete o pecado de rebeldia. O discipulador (pastores, líderes em geral) que ignora a fonte da autoridade, como Diótrefes, ele se tornou independente, ou seja, deixou de ser submisso agindo assim contrário ao que Deus exige. É o Santo Evangelho que ensina ao homem ser dependente de Deus, disposto a obedecê-Lo, tornando o homem salvo e regenerado apto a servi-Lo e entrar no céu.

3.3. Não serve de exemplo
O discípulo cujas atitudes e palavras não inspiram o rebanho de Deus, não serve e é mau. Jesus disse que o discípulo deve ser julgado pelos seus frutos [Mt 7.16a]. Quem quer apenas se mostrar “santo” para a multidão não passa de religioso e Jesus disse que será humilhado [Mt 23.12]. Mas quem se humilha sob a autoridade de Deus é exaltado por Ele – e reconhecido por seus pares, como Gaio e Demétrio foram.

Comentário adicional:
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21). Jesus veio ao mundo em obediência ao Pai, ensinou o Santo Evangelho e fez apóstolos. Nada do que fez foi escondido, antes de enviar os seus discípulos Ele ensinou e deu exemplos e o Seu mandamento foi que fizessem tudo o que Ele fez. Em 1Pe 5.3 o apóstolo Pedro ensina que os presbíteros sejam o exemplo do rebanho não como dominadores da herança de Deus, mas de boa vontade. Que nós sejamos diferentes de Diótrefes, e que possamos ser reconhecidos por onde andarmos como quem serve a Deus e obedece a Sua Palavra. Que sejamos luz em meio as trevas e que a gloria de Deus seja visível em nossas vidas, através da obediência e amor aos Seus mandamentos e aos nossos irmãos.

CONCLUSÃO
Um cristão autêntico jamais será bem-sucedido biblicamente por seus próprios méritos; ao contrário, se tornará egoísta e insensível, porque o coração do homem é desesperadamente corrupto. O verdadeiro e legítimo reconhecimento que um cristão que está, ou não, em algum cargo ou função de liderança pode e deve buscar está em conhecer o Deus Todo-Poderoso, revelado em Jesus e expresso na vida de santidade.

Comentário adicional:
Aprendemos nessa lição que devemos a todo tempo trabalhar na obra do Senhor para glorificar o Seu santo nome, buscando engrandecê-Lo. Por isso, precisamos trabalhar na seara do Senhor em obediência, humildade e amor, é isso que Deus espera de seus servos autênticos. Que possamos juntos, unidos com uma mesma mente e alma, seguirmos juntos e servindo sem buscar vangloria pessoal, sem usurpar daquilo que Deus colocou em nossas mãos, cumprindo com o ide de Cristo, esperando a recompensa que nos esta proposta. “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis” (Cl 3.23,24).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;
Bíblia de Estudo Matthew Henry – 1ª Edição: marco de 2004 – Editora Central Gospel:
Revista do professor, Betel – Terceira Epistola de João – 4º Trimestre de 2023 - ano 33 – Nº129 - tema – O verdadeiro discípulo glorifica a Deus.

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