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 OBADIAS – O JUÍZO DIVINO VIRÁ

Lição 5 - 30 de julho de 2023

TEXTO ÁUREO
“Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte.” 1Pedro 5.6

VERDADE APLICADA
Andemos em Espirito para não sermos dominados pela soberba, revanchismo e ódio, mas revestidos de amor e bondade, confiando no Senhor.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar o cenário da mensagem de Obadias;
Destacar o pecado do povo de Edom;
Apresentar lições de Obadias para os dias de hoje.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
OBADIAS
1. Visão de Obadias: Assim diz o Senhor Jeová a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do Senhor, e foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra.
2. Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és mui desprezado.
3. A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?
4. Se te elevares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derribarei, diz o Senhor.
21. E levantar-se-ão salvadores no monte Sião, para julgarem a montanha de Esaú; e o reino será do Senhor.

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO
O livro de Obadias, um dos proféticos do Antigo Testamento, aborda a condenação de Edom pela sua arrogância e violência contra o povo de Deus. Apesar de ser o menor livro da Bíblia, sua mensagem poderosa denuncia a injustiça e oferece esperança na justiça divina. Nesta narrativa, somos lembrados da fidelidade de Deus em proteger e abençoar aqueles que confiam Nele, enquanto nos desafia a examinar nossas próprias atitudes e buscar viver em conformidade com a vontade de Deus.

1. O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA OBADIAS
Obadias previu a ruína que aguardava o povo de Edom devido à sua crueldade com Judá. Ele também profetizou a futura restauração de Sião e a importância do trabalho no templo nos últimos dias, descrevendo aqueles que participassem dele como “salvadores” (ver Obadias 1:17–21).

1.1- Conhecendo um pouco mais o profeta
As tradições judaica e cristã concordam, em sua maioria, que quem escreveu o livro de Obadias na Bíblia foi o profeta cujo nome deu o título ao livro. As primeiras palavras do livro de Obadias informam claramente que o seu conteúdo é o registro da “visão de Obadias”, ou seja, é a publicação da mensagem que o Senhor lhe falou (Obadias 1:1).

Apesar de a autoria do profetas Obadias ser amplamente aceita, pouco se sabe sobre esse profeta. Seu nome, Obadias, parece ter sido muito comum nos tempos do Antigo Testamento, e seu significado indica um adorador ou um servo do Senhor. Inclusive, no texto bíblico mais de dez pessoas são citadas com esse mesmo nome.

Mas embora não se saiba muita coisa sobre o profeta escritor do livro de Obadias, o importante é entender que o conteúdo de sua mensagem não partiu de sua própria vontade, e muito menos foi fruto de sua imaginação. Muito pelo comentário! Apesar de Obadias ser considerado um profeta um tanto quanto desconhecido em comparação a outros profetas bíblicos, sua mensagem era autoritativa e poderosa, pois ele simplesmente proclamou aquilo que o próprio Deus lhe comunicou.

1.2- A mensagem do profeta
A mensagem do profeta Obadias foi de condenação contra a nação de Edom. Edom havia se tornado um símbolo de arrogância, violência e inimizade contra o povo de Deus. Obadias denunciou a crueldade e a traição de Edom, destacando a justiça de Deus que não permite impunidade para os ímpios. Ele profetizou o juízo e a destruição que aguardavam Edom como consequência de suas ações. Além disso, Obadias ofereceu uma mensagem de esperança e consolo para o povo de Deus, proclamando a restauração da nação de Israel e a vindicação divina sobre seus inimigos. Sua mensagem enfatizava a soberania e o poder de Deus, convidando as pessoas a confiarem Nele e a viverem em retidão.

1.3- Deus comanda a história
Embora as nações estivessem indo atrás de seus próprios intentos, na verdade estavam mesmo é agindo sem saber, debaixo da orientação de Deus. Estavam sendo instrumentos nas mãos do Soberano Deus para destruir a nação de Edom. Com isto entendemos que Deus comanda a história e a faz caminhar em direção a sua vontade final.

Evidentemente, Deus não faz o mal, mas ele usa o mal praticado pelos homens, tornando-o bem e encaminhando-o na direção que Ele deseja. Esta verdade gloriosa pode ser vista em (Gn 50.20), na experiência de José: “Vós na verdade, intentaste o mal contra mim, Deus, porém, o transformou em bem [...]’, e ainda, em 45.8, ‘[...] assim não fostes vós que me enviaste para cá, e, sim, Deus [...]’.

Obadias nos mostra que até o mais desregrado de seus súditos, estão inteiramente sob o seu controle, sim, que enquanto o homem age, apesar de não saber, cumpre decretos oculto do Altíssimo. Dizer que Deus é Soberano é declarar que Ele é Onipotente, possuidor de todo poder nos céus e na terra, de tal maneira que ninguém pode impedir ou frustrar os seus planos, nem contrariar os seus propósitos, nem resistir a sua vontade, (Sl 115.3).

Deus estabelece reinos, derruba impérios e determina o curso das dinastias, segundo o seu agrado. Entendo que Deus conduz a história. As nações se levantam contra Edom e não se trata meramente da vontade das nações, mas de um ato planejado por Deus. Que segurança benditas isto nos confere! Saber que Deus é soberano na história e pode deixar alarmado o pecador, mas aos santos, produz segurança e louvor.

Meu Deus é Soberano. Portanto, “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar em segurança” (Sl 4.8). Foi este senso de segurança que levou o salmista escrever: “O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do Onipotente, diz ao Senhor: Meu Refúgio e o meu Baluarte, Deus meu, em quem confio. Pois Ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa” (Sl 91).

A soberania de Deus não é uma verdade gloriosa? Este senso de segurança me faz entender que para Deus não existe crises, Ele está acima delas, porque é Soberano. Por isso o cristão deve confiar N’ele, e, viver acima das crises que atormentam os homens.

2. O PECADO DE EDOM
De acordo com o livro de Obadias, o pecado de Edom era sua soberba, orgulho e exaltação própria em relação ao povo de Israel.

No livro de Obadias, é relatado que Edom se aproveitou da situação de fraqueza e vulnerabilidade de Israel para saquear suas cidades e participar da destruição. Edom se regozijou com a queda de Jerusalém e com a desgraça do povo de Israel. Eles não apenas se alegraram com a queda de Israel, mas também agiram com violência e crueldade, entregando os israelitas aos inimigos e saqueando suas riquezas.

A principal acusação contra Edom no livro de Obadias é o seu comportamento de exaltação e orgulho, considerando-se superior a Israel e zombando da sua desgraça. Esse orgulho levou à crueldade e à falta de compaixão para com o povo de Deus.

2.1- A punição de Edom
A punição de Edom seria a sua completa destruição e humilhação. O profeta Obadias proclama a mensagem de juízo divino contra Edom, anunciando a vingança de Deus pelo pecado cometido por eles contra o povo de Israel.

No livro de Obadias, encontramos a descrição detalhada da punição que Edom receberia. Versículos 1:4, 1:6 e 1:18 afirmam que Edom seria completamente saqueada e suas riquezas seriam pilhadas por outras nações. Eles seriam traídos pelos seus aliados e abandonados à sua própria sorte.

O verso 1:8 menciona que naquele dia, ou seja, no dia do juízo de Deus, Deus destruiria os homens sábios de Edom e aniquilaria sua sabedoria. No verso 1:9, é dito que Edom seria envergonhada e exterminada.

Além disso, o verso 1:10-16 fala sobre a punição específica para o pecado de Edom, que é a sua participação na captura de Jerusalém e no tratamento cruel do povo de Israel. Deus promete que, assim como Edom se alegrava com o sofrimento de Israel, também seria julgada e experimentaria o mesmo sofrimento.

No geral, a punição de Edom, conforme descrita no livro de Obadias, consistia em sua completa destruição, perda de riquezas, humilhação, vergonha e aniquilação.

2.2- A violência agrava os conflitos
Os edomitas se negaram a ajudar o povo de Israel em momentos de necessidade. Durante o Êxodo, quando os israelitas estavam em sua jornada do Egito para a Terra Prometida, eles enviaram mensageiros a Edom, solicitando passagem pacífica pelo território edomita. No entanto, os edomitas recusaram e até mesmo se posicionaram contra os israelitas.

Essa recusa em ajudar os israelitas é mencionada no livro de Números, capítulo 20, versículos 14 a 21. Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom com o seguinte pedido:

“Assim diz teu irmão Israel: Sabes todo o trabalho que nos sobreveio, como nossos pais desceram ao Egito, e como aqui habitamos muito tempo. E os egípcios nos maltrataram, e a nossos pais, e clamamos ao SENHOR, e ele ouviu a nossa voz, e enviou um anjo, e nos tirou do Egito; e eis que estamos em Cades, cidade no extremo de teus termos. Rogamos-te que nos concedas passagem pela tua terra; não passaremos por campos, nem por vinhedos, nem beberemos água de poços; iremos pela estrada real, não nos desviaremos para a direita nem para a esquerda, até que passemos os teus termos” (Números 20:14-17).

No entanto, o rei de Edom recusou a solicitação e mobilizou um exército contra os israelitas, impedindo sua passagem. Isso demonstrou uma atitude hostil e uma falta de compaixão por parte dos edomitas em relação aos seus irmãos israelitas, considerando que ambos os povos eram descendentes de Abraão. Essa recusa em ajudar os israelitas é considerada um pecado de Edom, conforme retratado nas Escrituras.

2.3- Judá será restaurada
O livro de Obadias realmente menciona a restauração de Judá. O livro é curto e trata principalmente do julgamento de Edom, que se alegrava com a destruição de Jerusalém e a opressão do povo de Judá. No entanto, no verso 17, Obadias profetiza sobre a restauração de Judá:

“Mas no monte Sião haverá livramento; ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.” (Obadias 1:17)

Essa passagem indica que, apesar da adversidade enfrentada por Judá, haverá salvação e restauração para o povo no monte Sião. Embora Obadias não forneça detalhes específicos sobre como essa restauração ocorrerá, a profecia indica a promessa de livramento e posse das terras por parte do povo de Judá.

3. OBADIAS PARA HOJE
O livro de Obadias, na Bíblia, é um livro profético do Antigo Testamento. Embora seja um livro curto, contém mensagens importantes e aplicáveis para a vida diária. Aqui estão algumas aplicações práticas que você pode considerar ao estudar o livro de Obadias:

O cuidado com a soberba: O livro de Obadias trata da queda de Edom, um reino que se tornou orgulhoso e arrogante. Uma aplicação importante é a necessidade de nos guardarmos contra a soberba e o orgulho, lembrando-nos de que toda a nossa segurança e sucesso vêm de Deus.

A importância da justiça e compaixão: Obadias condena Edom por sua falta de misericórdia e por aproveitar das desgraças de Judá. Podemos aplicar essa mensagem ao nosso próprio comportamento, lembrando-nos de buscar a justiça e demonstrar compaixão para com os outros.

A confiança em Deus nas adversidades: O livro de Obadias enfatiza que Deus é o Soberano sobre todas as nações. Mesmo quando enfrentamos dificuldades e oposição, podemos confiar em Deus e saber que Ele está no controle. Podemos aplicar essa mensagem em nossa vida, confiando em Deus em todas as circunstâncias.

A importância de buscar reconciliação: Obadias profetiza sobre a restauração de Judá e a derrota de Edom. Podemos aplicar essa mensagem buscando a reconciliação em nossos relacionamentos, buscando resolver conflitos e promovendo a paz.

A fidelidade de Deus às suas promessas: O livro de Obadias fala sobre a restauração de Judá e a vinda do Reino de Deus. Podemos aplicar essa mensagem em nossa vida, lembrando-nos da fidelidade de Deus às suas promessas e confiando em Sua provisão e cuidado em todas as áreas de nossa vida.

3.1- A lei da semeadura e retribuição
A Bíblia contém várias referências à lei da semeadura e retribuição, que é um princípio espiritual que descreve como nossas ações e escolhas têm consequências. Embora a expressão "lei da semeadura e retribuição" não seja mencionada exatamente dessa maneira na Bíblia, os princípios relacionados podem ser encontrados em vários versículos.

Um versículo frequentemente citado em relação a esse princípio é Gálatas 6:7, que diz: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” Essa passagem indica que colhemos aquilo que plantamos, ou seja, nossas ações têm consequências.

Outro versículo relacionado é Provérbios 11:18: “O perverso recebe um salário enganoso, mas quem semeia a justiça colherá verdadeiro galardão". Aqui, a ideia é que aqueles que praticam o mal colhem resultados negativos, enquanto aqueles que praticam a justiça são recompensados.

Esses versículos, juntamente com outros na Bíblia, destacam a importância de nossas escolhas e ações. Eles nos incentivam a semear coisas boas, como amor, generosidade e justiça, sabendo que, eventualmente, colheremos os frutos dessas sementes plantadas. Por outro lado, alertam-nos sobre os efeitos negativos de semear coisas más, como ódio, egoísmo e injustiça.

No geral, a lei da semeadura e retribuição nos lembra que nossas ações têm consequências, tanto nesta vida quanto na vida após a morte, e nos encoraja a tomar decisões sábias e éticas.

3.2- O Dia do Senhor
No versículo 15 do livro de Obadias, encontramos a menção direta a esse termo. A passagem diz o seguinte (Obadias 1:15, na tradução Almeida Revista e Corrigida):

“Pois o dia do Senhor está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua recompensa voltará sobre a tua cabeça."

Essa passagem fala sobre o julgamento de Deus sobre as nações, incluindo Edom, por suas ações contra Israel. Ela indica que o "dia do Senhor" está próximo, quando Deus trará retribuição e justiça sobre essas nações.

O conceito do "dia do Senhor" é discutido em outros livros proféticos da Bíblia, como Isaías, Joel, Amós, Sofonias, Malaquias, 1 Tessalonicenses, 2 Pedro, entre outros. Nessas passagens, são apresentadas diferentes perspectivas e descrições sobre o "dia do Senhor" e seus eventos associados.

3.3- O alerta de Obadias
O livro de Obadias contém uma profecia direcionada a Edom, uma nação que se opôs a Israel. O alerta de Obadias é uma mensagem de juízo divino e condenação contra Edom devido à sua arrogância, violência e falta de compaixão para com o povo de Israel.

Obadias adverte Edom sobre a punição que virá sobre eles por causa de suas más ações. Ele revela que Edom será saqueada, seus aliados os trairão, e eles enfrentarão a ira de Deus. A mensagem central é que Deus é o juiz justo e punirá aqueles que se levantarem contra o Seu povo escolhido.

Esse alerta de Obadias serve como um lembrete de que a justiça de Deus prevalecerá e que todas as nações serão responsabilizadas por suas ações diante d'Ele.

Embora o livro de Obadias seja específico em sua condenação a Edom, a mensagem mais ampla é sobre a soberania de Deus, Sua fidelidade a Israel e Seu compromisso de trazer justiça ao mundo.

CONCLUSÃO
A conclusão do livro de Obadias é uma poderosa mensagem de esperança, justiça e redenção, destacando a fidelidade de Deus em cumprir suas promessas. Embora seja um livro curto, Obadias apresenta uma narrativa profética que traz uma importante lição para todas as gerações.

Ao ler o livro, vemos a descrição do julgamento e da punição iminente contra Edom, uma nação inimiga de Israel. Edom havia se alegrado com a queda de Jerusalém e participado da opressão contra o povo de Deus. No entanto, Deus revela por meio do profeta Obadias que Ele não permitiria que a injustiça prevalecesse.

A mensagem central do livro é que, embora as nações possam se orgulhar temporariamente de sua força e poder, é Deus quem tem o controle último sobre a história e sobre os destinos das nações. Ele é o Juiz justo que trará justiça e retribuição aos opressores. A mensagem de Obadias é uma lembrança poderosa de que ninguém pode escapar da justiça divina.

Além disso, o livro também destaca o amor e a proteção de Deus por seu povo. Mesmo diante da opressão e do exílio, Deus promete que haverá um remanescente que retornará a Jerusalém e recuperará a terra que lhes foi tirada. Essa promessa de restauração demonstra o compromisso inabalável de Deus em cuidar e abençoar seu povo, mesmo nas situações mais difíceis.

No geral, a conclusão do livro de Obadias nos ensina sobre a justiça de Deus, Sua fidelidade em cumprir Suas promessas e Seu cuidado constante por Seu povo. A mensagem de esperança e redenção encontrada em Obadias nos encoraja a confiar em Deus em meio às adversidades, sabendo que Ele está no controle e que Sua justiça prevalecerá.

Referências bibliográficas
Bíblia de Estudo Almeida. Edição Revista e Atualizada, Tradução João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SSB, 2010.
Revista Betel Dominical, adultos, 3º Trimestre de 2023, ano 33, nº 128. Profetas menores - do Antigo Testamento – Proclamando o arrependimento, justiça e fidelidade a Deus. Anunciando a esperança da salvação através do Messias. Lição 5 – Obadias – o juízo divino virá.

Links pesquisados:

Comentário adicional – Presbítero Dênis da Silva Barboza - Servo do Senhor Jesus Cristo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 AMÓS – É TEMPO DE BUSCAR AO SENHOR DE TODO O CORAÇÃO

Lição 4 – 23 de julho de 2023

TEXTO ÁUREO
“Porque assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me, e vivei.” Amós 5.4

VERDADE APLICADA
Como discípulos de Cristo somos chamados a um viver coerente com a fé e os valores bíblicos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Amós;
Destacar a essência da mensagem do profeta Amós;
Identificar lições do livro de Amós para os dias de hoje.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
AMÓS 7
7- Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo, e tinha um prumo na sua mão.
8. E o Senhor me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo. Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.
9- Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão.
14- E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros.
15- Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel.

COMENTÁRIO ADICIONAL 

INTRODUÇÃO
Amós denunciou a injustiça e a corrupção e, por isso, precisou enfrentar tudo que se opunha à sua mensagem profética. Sua vida nos mostra que realizar a vontade de Deus não isenta ninguém de enfrentar obstáculos.

Comentário:
Ao estudarmos sobre a vida e o ministério do profeta Amós confirmamos o que já sabemos, que quem faz a obra do Senhor sempre sofrerá perseguição. Foi assim com Amós, com o Senhor Jesus Cristo e com todos os apóstolos. Todos os que denunciam a maldade, a injustiça, a corrupção e a degradação moral do povo serão perseguidos por causa da divulgação da palavra do Senhor. Jesus disse: “O servo não é maior do que seu senhor. Se perseguiram a mim, também perseguirão vocês...” (Jo 15.20).

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA AMÓS
O livro de Amós revela um cenário onde a religiosidade era intensa. No entanto, o povo estava distante da presença de Deus. Era uma vida espiritual de aparências. Embora continuassem a praticar os rituais exigidos pela lei e, em alguns casos, se excedessem na observância da lei, os corações estavam afastados do Senhor.

Comentário:
Apesar da religiosidade do povo em Israel eles estavam afastados dos caminhos que o Senhor havia dado, faziam o que era mal aos olhos de Deus. O povo liderado pelo rei, pelos sacerdotes e os falsos profetas estavam tão idólatras e pagãos quanto as nações vizinhas, e estavam mais preocupados com os seus próprios interesses.

Os ricos e poderosos adulteravam a justiça e oprimiam os pobres, ficando cada vez mais ricos, enquanto os menos favorecidos empobreciam. Nesse contexto, Amós prega o julgamento de Deus, o terrível dia do Senhor, que viria sobre a nação de Israel, e igualmente sobre as nações vizinhas.

1.1- Sobre o profeta Amós
Amós era um homem de Deus, que trabalhava no campo com gado e com a agricultura, em uma pequena cidade no interior da Judéia chamada Tecoa [Am 1.1; 7.14-15]. Seu nome significa “carregado”, no sentido de carregar peso. O profeta não era membro de uma família sacerdotal, como os profetas Jeremias e Ezequiel, ou um profeta palaciano, como os profetas Isaías e Daniel. No entanto, Amós foi um servo de Deus humilde, corajoso e obediente. Ele, corajosamente, entregava o recado de Deus aos poderosos do povo, cumprindo as ordens do Senhor.

Comentário:
Nesse tópico aprendemos que Amós era um pastor e agricultor nascido no reino de Judá, mas que foi escolhido por Deus para levar a mensagem Dele ao reino de Israel. Também, é o único profeta do Antigo Testamento que descreve a sua ocupação antes do chamado divino. Em seu livro fica bem claro que ele não pertencia a família sacerdotal e tampouco era um profeta profissional igual aos que existiam em Israel.

Vemos então, que Deus em sua imensa graça e soberania vai chamar um simples homem do campo para levar a Sua mensagem ao povo e aos poderosos de Israel, entretanto pela forma como escreveu aparentava ser um homem instruído. Aqui, conforme o apóstolo Paulo escreveu “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as coisas que são Forte” (1 Co 1.27).
Vemos então um grande exemplo que o profeta Amós deixou para ser seguido por nós, devemos ser obedientes como ele e pregarmos o Evangelho da graça e misericórdia de Jesus Cristo, sem nos preocuparmos se vamos ser ouvido ou se vamos ser perseguidos.

1.2- A rejeição sofrida por Amós
Diante daquele cenário de intensa religiosidade, injustiça, corrupção e opressão, o profeta Amós enfrentou forte oposição quando transmitiu a mensagem de Deus. Um sacerdote de Betel, chamado Amazias, tentou expulsar Amós do país quando ouviu as palavras que confrontavam o povo e seus pecados. Amazias se utilizou de falsos subterfúgios para calar e intimidar o profeta: a) recorreu ao rei Jeroboão, mentindo para obter a aprovação do rei e sucesso em seus intentos contra Amós [Am 7.10]; b) usou o povo contra Amós [Am 7.11]; c) desdenhou sobre a origem do profeta, usando-a como argumento para desacreditar sua mensagem [Am 7.12]; d) com a autoridade que possuía, tentou se proteger citando o santuário do rei e não o templo do Senhor [Am 7.13].

Comentário:
Quando Amós começa a levar a mensagem de advertência determinada por Deus a Israel, a nação passava por uma certa prosperidade, tudo parecia estar muito bem para os ricos e poderosos. Entretanto, Israel estava padecendo de uma grande decadência moral, havia grande corrupção, o povo estava envolvido em uma falsa adoração, perseguiam os profetas e oprimiam os pobres.

Toda a nação tinha se tornado materialistas, gananciosos e hipócritas, a corrupção era generalizada. Nesse contexto, o profeta começa a exortar o povo a consertarem os seus caminhos tortuosos e a voltarem ao caminho de Deus e restabelecerem a justiça, mas a sua palavra é rejeitada. Para Israel tudo parecia bem, havia prosperidade e a situação parecia confortável, para eles Amós era só mais o profeta alarmista que estava querendo intimidar o povo.

Ao invés de ouvirem questionaram quem era aquele homem, que não era da linhagem dos profetas, que não era sacerdote, nem mesmo era de Israel. Por que deveriam escutá-lo? Como estavam enganados. Assim, vivemos os dias de hoje, a grande maioria da população está buscando o seu conforto, a sua satisfação pessoal, enfim precisam ser felizes. Mas, cabe a nós povo do Deus altíssimo continuarmos a pregar o Santo Evangelho, mesmo que não nos ouçam.

1.3- A resposta do profeta Amós
Embora não faltassem esforços do sacerdote Amazias para impedir que Amós continuasse com sua mensagem da parte de Deus, o profeta se manteve fiel ao cumprimento de sua missão e argumentou em sua defesa: a) Amós era oriundo do campo, não pertencia a elite religiosa ou civil do seu povo: “Eu não era profeta, nem filho de profeta” [Am 7.14]; b) Amós tinha consciência de que a única autorização necessária para cumprir seu ministério era o chamado de Deus [Am 7.15]; c) O profeta não se escondeu, não se calou ou mesmo se intimidou diante das ameaças sofridas pelo sacerdote, alguém que supostamente, deveria apoiá-lo [Am 7.16-17].

Comentário:
Como já visto, Amós não era um profeta profissional e de acordo com a tradição ele não tinha as credenciais para exercer tal oficio, mas ele tinha o principal, era um homem piedoso e temente ao seu Deus. Por isso ele não se intimidou, largando toda a sua vida secular atendendo imediatamente ao chamado de Seu Senhor, passando a propagar a mensagem de Deus ao povo de Israel.

Vemos que o sumo sacerdote Amazias vai tentar impedi-lo de falar, proferindo ameaças e questionando as suas qualificações de profeta, entretanto, ele conhecia muito bem quem o tinha qualificado e habilitado para cumprir a difícil e nobre missão. Mas o Senhor me tirou de seguir o rebanho, e o Senhor me disse: Vai, e profetiza ao meu povo Israel (Am 7.15).

Assim também, devemos a exemplo de Amós buscar a qualificação através de Jesus Cristo que com a intervenção do Espirito Santo nos habilita para cumprir a Sua boa obra. Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2).

2. A ESSÊNCIA DA MENSAGEM
O livro de Amós pode ser dividido nos seguintes temas: nos capítulos 1 e 2, o profeta prega para o povo de Deus, especialmente o reino do Norte, Israel. Já nos capítulos de 3 a 6, as mensagens de Amós são proferidas diretamente para Israel e seus líderes. Nos últimos capítulos, de 7 a 9, Amós relata suas visões a respeito do juízo de Deus, o Dia do Senhor.

Comentário:
No início do livro Amós vemos o profeta entregando várias mensagens a várias nações vizinhas a Israel e Judá, mostrando que ninguém escapa dos olhos e da justiça de Deus. Nisso, fica evidente que todos os que praticam o mal responderão de acordo com as consequências de suas ações.

Assim, Amós é incumbido de levar a mensagem a todas aquelas nações da região, principalmente a Israel e Judá que eram o povo de Deus. Em seguida, ele concentra as suas mensagens a todo Israel, primeiramente aos líderes e também ao povo. Nos últimos capítulos a mensagem fala do castigo vindouro sobre a nação impenitente, mas também traz uma mensagem de esperança, ânimo e salvação.

2.1- A justiça de Deus
Entre o povo de Deus, a sensibilidade e o amor ao próximo eram coisas tão distantes que pessoas honestas eram vendidas como escravos, caso não pudessem pagar suas dívidas. O pecado estava tão enraizado e normatizado que os pais e os filhos se relacionavam sexualmente com a mesma mulher, profanando a santidade e o nome de Deus. Nesse estilo de vida tão contrário aos ensinamentos de Deus, era comum comer comidas oferecidas aos ídolos; a injustiça imperava entre a liderança religiosa que se escondia atrás de uma falsa moralidade e uma espiritualidade vazia, oferecendo cultos que não agradavam mais ao Senhor [Am 2.6-8; 4.5; 5.12, 21-22].

Comentário:
Neste tópico, vemos o quanto o povo escolhido por Deus estava afastado de Seu caminho sagrado, agiam contra tudo o que Deus havia determinado. Profanavam a santidade de Deus, prestavam culto aos deuses estranhos e principalmente oprimiam os mais pobres e desprotegidos.

Também, a imoralidade sexual imperava e havia se tornado uma prática normal. “Esmagam no pó da terra a cabeça dos pobres e pervertem o caminho dos necessitados...” (Am 2.7). Os ricos e poderosos de Israel mantinham uma vida cheia de riquezas e luxo enquanto os pobres e necessitados eram terrivelmente oprimidos, não existia mais o respeito pela vida humana e tampouco pela justiça de Deus. Por isso, Deus envia o seu profeta escolhido para denunciar todas essas mazelas da sociedade e anunciar o castigo iminente, pois Deus não suporta a injustiça. 

Precisamos buscar ter uma vida pautada na justiça divina, fazendo o que é reto e agradável ao Senhor, lembrando sempre em ajudar os mais pobres e necessitados, pois assim nos ensina a palavra do Senhor. “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é Santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: Sejam santos, porque eu sou santo" (1 Pd 1.14-16).

2.2- Deus exige retidão e justiça do Seu povo
Retidão é a conduta correta, especialmente nos lugares onde a justiça deve alcançar todas as pessoas independente de sua classe social: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Não existe retidão onde não há justiça e a justiça sem a retidão não passa de um engano. A falta de retidão era sentida nas três esferas da vida pública no tempo do profeta Amós: nos tribunais, nas classes sociais mais favorecidas e no culto a Deus. Cabe ao povo de Deus ser exemplo de retidão e justiça, amar a Deus e o próximo de forma prática e não apenas com discursos evasivos e vazios, especialmente os menos favorecidos, isto é, os menos amados na prática.

Comentário:
Conforme estamos vendo nesta lição, o povo que levava o nome de Deus havia se corrompido totalmente, não havia mais fidelidade a Palavra do Deus que eles julgavam seguir. A Sua justiça era falsa, os pobres e necessitados eram oprimidos e o culto também era falso.

“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim...” (Is 29.13). Essa palavra proferida pelo profeta Isaías vai transmitir a mesma mensagem que Amós, o seu povo escolhido não agia com retidão diante Dele, na aparência eram religiosos, mas como Jesus disse aos fariseus por dentro não passavam de sepulcros caiados.

A nação de Israel negligenciava os preceitos mais importantes da lei que eram: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. O interessante é que o tempo passa, o povo muda, mas as práticas continuam as mesmas, hoje infelizmente as coisas continuam do mesmo jeito. Nós precisamos aprender com esses ensinamentos deixados nas Escrituras para não cometermos os mesmos erros e buscarmos andar em justiça e retidão diante de Deus.

2.3- A necessidade do verdadeiro arrependimento
Amós devia visitar os lugares onde estavam os templos para os outros deuses, Betel e Gilgal. Sua missão era profetizar contra a idolatria com as estátuas, que o rei Roboão tinha feito. Era preciso trazer à memória do povo as palavras que Deus tinha dito a Moisés, quando Josué renovou a Aliança no Monte Ebal [Js 8.32], O povo estava mergulhado na idolatria e Deus alertou sobre as sérias consequências para esse tipo de atitude [Dt 30.15-20]. Então, o profeta Amós age como mediador suplicando a misericórdia de Deus. O profeta não justifica ou compactua com o erro de seus compatriotas, ele sabe que a ira do Senhor é pertinente. O povo pecou e por causa disso Amós pede perdão [Am 7.2].

Comentário:
Deus em visão vai mostrar ao profeta Amós os vários julgamentos que traria sobre o seu povo desobediente (Cp 7,8 e 9). Deus em sua longanimidade havia suportado a desobediência de seu povo, mas eles haviam passado dos limites, não havia mais esperanças e o julgamento seria inevitável.

Vemos um Deus misericordioso que apesar do povo continuamente fazer o que era mal aos seus olhos santos, ainda continuava a abençoá-los. Antes que todo mal despencasse sobre a cabeça do povo desobediente Ele envia profetas para avisá-los de suas promessas de bençãos e maldições (Dt 27 e 28) e espera que eles se arrependam. Por duas vezes vemos o profeta intercedendo pelo povo merecedores do castigo divino e o Deus amoroso desiste de castigá-los, mas chega a um ponto que o próprio profeta vê que não há mais esperança e o castigo e inevitável.

Irmãos, vemos aqui um Deus amoroso e fiel que ama e deseja sempre o bem para o seu povo e deseja a todos salvar, basta que arrependamos de nossos pecados e que obedeçamos aos seus justos mandamentos.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1.9).

3. AMÓS PARA HOJE
O fato de Amós interceder pelo povo não o tornou complacente com o pecado. Tampouco o fato de a injustiça permear todas as camadas da sociedade de sua época, especialmente os mais vulneráveis, o fez calar mediante os pecados que cometiam contra Deus. Amós não deixou de cumprir seu ministério e anunciar o iminente juízo de Deus como forma de disciplinar o povo de Israel.

Comentário:
Ao estudarmos o ministério do profeta Amós vemos que ele era um homem resiliente, ele não deixou as dificuldades, as adversidades e a oposição a sua mensagem lhe abater. Amós era um homem ocupado, ele cuidava de seu gado e se dedicava a agricultura, mas prontamente obedeceu ao chamado do seu Deus e foi levar a mensagem a um povo desobediente.

Ele tinha plena consciência da decadência moral de todo Israel, em momento algum vemos ele tentando criar qualquer justificava para livrá-los, pelo contrário, tinha consciência que o castigo era merecido.

Também, hoje, precisamos pedir forças dos céus para levarmos a palavra de salvação a toda criatura a fim de que aqueles que ouvirem sejam salvos, e aquele que desprezarem a palavra não tenha desculpas de que não tiveram oportunidades de arrependimento.

“E disse-lhes: — Vão por todo o mundo e preguem o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16.15,16).

3.1- Privilégios e responsabilidades
O fato de Israel ser o povo escolhido trazia-lhes a falsa segurança de que estavam isentos do julgamento de Deus. O profeta Amós, porém, os confrontou com tal pensamento [Am 3.2], para que entendessem que tal privilégio imputava-lhes grandes responsabilidades. O amor de Deus também se manifesta em julgamento e disciplina sobre aqueles que insistem em viver à margem dos Seus preceitos, principalmente dos que já experimentaram uma vida de devoção e comunhão com Ele. O escritor J. A. Motyer afirmou: “O destaque particular de Amós é o seguinte: quanto mais perto de Deus se encontra, mais próximo o juízo e mais certo o julgamento. Por causa do privilégio de serem salvos, mais será exigido daqueles que mais receberam; quanto maior a luz, maior o risco”.

Comentário:
Nós aprendemos nas Escrituras Sagradas que o povo de Israel foi separado exclusivamente para Deus, eles descendiam diretamente dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó) por isso eram detentores de vários privilégios. Eles eram mais abençoados que os outros povos, tinham a proteção divina que os livravam de seus inimigos, receberam das mãos de Deus uma excelente terra que outros povos já haviam trabalhado, além de várias outra bênçãos exclusivas.

Entretanto, havia sobre eles promessas de maldições caso desobedecessem ao seu Deus e seguissem aos deuses pagãos dos povos vizinhos. Isso significa que se a graça de Deus nos alcançou e que temos o privilégio da salvação, pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz, também temos maior responsabilidade devido a oportunidade e o conhecimento que nos foi revelado. A quem mais é dado mais será cobrado.

Desse modo, não podemos incorrer nos mesmos erros dos israelitas do tempo de Amós, que por acreditarem serem filhos de Deus que podiam pecar livremente achando que não seriam responsabilizados por seus pecados, que eram muitos. Portanto, devemos lutar para sermos a luz do mundo ao invés de agirmos como outros que nos cercam e que não conhecem da graça de Cristo que nos alcançou.

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.7,8).

3.2- A inutilidade do formalismo religioso
A mensagem de Amós é muito clara: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Isso significa que o formalismo religioso e o cerimonialismo nada representam diante de Deus se não estiverem acompanhados de atitudes que demonstrem o amor e o cuidado de Deus pelos homens. A indiferença da Igreja mediante as mazelas que acompanham aqueles que se encontram em situação de desamparo e abandono depõe contra ela, ainda que tenha excelentes e elaboradas programações. O ativismo do calendário não pode e não deve substituir o socorro aos aflitos e desvalidos onde quer que estejam.

Comentário:
No capitulo 5, especificamente dos versículos 18 ao 27, Deus através do profeta Amós vai transmitir uma mensagem dura contra a religiosidade do povo de Israel, havia uma aparente adoração a Deus com muitas reuniões solenes, mas que não passava de hipocrisia. Eles faziam cultos pomposos com aparente avivamento, mas eram idolatras, suas vidas não estavam santificadas, adoravam a Deus com a boca, mas seus corações estavam longe Dele.

Deus declara através do profeta que odiava e desprezava as festas e reuniões solenes (v 21). Também, afirma que não se agradava dos holocaustos e ofertas de cereais e nem sequer olharia para as ofertas pacíficas, e nem suportava ouvir os seus cânticos (v 22,23).

Que coisa terrível! Mas e nós como estamos hoje? Será que estamos diferentes de Israel do tempo de Amós? Penso que não! De nada adianta o ativismo religioso com igrejas lotadas, como muitos gritos e músicas altas se não houver uma mudança interior.

Hoje vivemos em tempos de sermões que massageiam os egos dos ouvintes, de igrejas em que os frequentadores não suportam a sã doutrina, que só estão interessados em receberem as suas bençãos. Muito pouco se prega sobre a mudança de vida, que para alcançar a salvação e ver o Senhor precisa de santificação (Hb 12.14).

Deus busca os verdadeiros adoradores que o adore em espírito e em verdade (Jo 4.23). Ainda, é necessário praticar a justiça de Deus cuidando de nossos irmãos, auxiliando os mais necessitados e repartindo o pão com os que não têm, também pregando a palavra de salvação que liberta o homem dos pecados que levam a condenação.

3.3- Uma mensagem de esperança
Em Amós encontram-se muitas palavras sobre sofrimento, destruição e morte, e poucas palavras sobre otimismo e esperança. Mas isso não invalida a mensagem final sobre a esperança de um futuro melhor [Am 9 .11-15 ]. Devido aos pecados dos povos, Deus mandaria Seu fogo destruidor e outros castigos com o juízo divino. Mas, no final da mensagem, o profeta reforça a graça, a misericórdia e o amor de Deus, ao se referir à oportunidade que todas as pessoas, de todas as nações, receberiam a mensagem de salvação, por meio do descendente de Davi, Jesus Cristo.

Comentário:
Nós vimos que o livro de Amós traz uma mensagem pesada contra várias nações, principalmente contra o povo escolhido de Israel. O tema principal trata-se sobre castigos, sofrimentos e destruição contra um povo que conhecia a verdade, mas que mesmo Deus os advertindo veementemente através dos profetas insistem em fazer o que era mal.

Entretanto, nos últimos versículos do livro Deus vai trazer uma mensagem otimista que contrasta com a mensagem dos capítulos anteriores (Am 9 .11-15 ). Deus vai mostrar que por sua graça e misericórdia de que não se esqueceu de suas promessas feitas sobre a casa do rei Davi.

“. . . também o SENHOR te faz saber que ele, o SENHOR, te fará casa. Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, levantarei depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho” (2 Sm 7.11-14).

Essa promessa se cumpriu com a vinda do Senhor Jesus Cristo para habitar entre os homens, Ele era procedente da casa de Davi. Jesus veio e derramou o seu sangue precioso por todos nós e a salvação se tornou universal, tanto para judeus quanto para gentios.

“Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas”. (At 15.16,17).

CONCLUSÃO
A missão de cada crente é proclamar a mensagem de Deus no lugar que Ele mesmo designar. Todos devem pregar a mensagem de arrependimento e salvação atendendo ao chamado do Senhor. Amós inspira a cada crente com sua ousadia, comprometimento e fé naquele que o enviou.

Comentário:
Ao estudarmos essa lição vimos o grande exemplo deixado pelo profeta Amós para nós hoje, ele apesar de todas as adversidades não recusou o chamado de Deus indo levar a mensagem a um povo impenitente.

Ele não era profeta, não era sacerdote, nem mesmo era de Israel, pertencia a nação de Judá. Amós não questionou que não tinha qualificação, que era um simples pastor e agricultor, calçou as suas sandálias pegou o seu cajado e foi. “O Senhor me tirou de seguir o rebanho e o Senhor me disse: vai profetizar ao meu povo Israel” (Amós 7.15). Seguindo o exemplo de Amós não podemos arrumar desculpas para não pregar o Santo Evangelho de Cristo a toda criatura.

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.19,20).

Referências bibliográficas
Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, 2015.
Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;
Revista do professor, Betel – Profetas Menores – 3 Trimestre de 2023 - ano 33 – Nº128 tema – Amós – é tempo de buscar ao Senhor de todo coração.

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