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 AMÓS – É TEMPO DE BUSCAR AO SENHOR DE TODO O CORAÇÃO

Lição 4 – 23 de julho de 2023

TEXTO ÁUREO
“Porque assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me, e vivei.” Amós 5.4

VERDADE APLICADA
Como discípulos de Cristo somos chamados a um viver coerente com a fé e os valores bíblicos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Amós;
Destacar a essência da mensagem do profeta Amós;
Identificar lições do livro de Amós para os dias de hoje.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
AMÓS 7
7- Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo, e tinha um prumo na sua mão.
8. E o Senhor me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo. Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.
9- Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão.
14- E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros.
15- Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo Israel.

COMENTÁRIO ADICIONAL 

INTRODUÇÃO
Amós denunciou a injustiça e a corrupção e, por isso, precisou enfrentar tudo que se opunha à sua mensagem profética. Sua vida nos mostra que realizar a vontade de Deus não isenta ninguém de enfrentar obstáculos.

Comentário:
Ao estudarmos sobre a vida e o ministério do profeta Amós confirmamos o que já sabemos, que quem faz a obra do Senhor sempre sofrerá perseguição. Foi assim com Amós, com o Senhor Jesus Cristo e com todos os apóstolos. Todos os que denunciam a maldade, a injustiça, a corrupção e a degradação moral do povo serão perseguidos por causa da divulgação da palavra do Senhor. Jesus disse: “O servo não é maior do que seu senhor. Se perseguiram a mim, também perseguirão vocês...” (Jo 15.20).

1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA AMÓS
O livro de Amós revela um cenário onde a religiosidade era intensa. No entanto, o povo estava distante da presença de Deus. Era uma vida espiritual de aparências. Embora continuassem a praticar os rituais exigidos pela lei e, em alguns casos, se excedessem na observância da lei, os corações estavam afastados do Senhor.

Comentário:
Apesar da religiosidade do povo em Israel eles estavam afastados dos caminhos que o Senhor havia dado, faziam o que era mal aos olhos de Deus. O povo liderado pelo rei, pelos sacerdotes e os falsos profetas estavam tão idólatras e pagãos quanto as nações vizinhas, e estavam mais preocupados com os seus próprios interesses.

Os ricos e poderosos adulteravam a justiça e oprimiam os pobres, ficando cada vez mais ricos, enquanto os menos favorecidos empobreciam. Nesse contexto, Amós prega o julgamento de Deus, o terrível dia do Senhor, que viria sobre a nação de Israel, e igualmente sobre as nações vizinhas.

1.1- Sobre o profeta Amós
Amós era um homem de Deus, que trabalhava no campo com gado e com a agricultura, em uma pequena cidade no interior da Judéia chamada Tecoa [Am 1.1; 7.14-15]. Seu nome significa “carregado”, no sentido de carregar peso. O profeta não era membro de uma família sacerdotal, como os profetas Jeremias e Ezequiel, ou um profeta palaciano, como os profetas Isaías e Daniel. No entanto, Amós foi um servo de Deus humilde, corajoso e obediente. Ele, corajosamente, entregava o recado de Deus aos poderosos do povo, cumprindo as ordens do Senhor.

Comentário:
Nesse tópico aprendemos que Amós era um pastor e agricultor nascido no reino de Judá, mas que foi escolhido por Deus para levar a mensagem Dele ao reino de Israel. Também, é o único profeta do Antigo Testamento que descreve a sua ocupação antes do chamado divino. Em seu livro fica bem claro que ele não pertencia a família sacerdotal e tampouco era um profeta profissional igual aos que existiam em Israel.

Vemos então, que Deus em sua imensa graça e soberania vai chamar um simples homem do campo para levar a Sua mensagem ao povo e aos poderosos de Israel, entretanto pela forma como escreveu aparentava ser um homem instruído. Aqui, conforme o apóstolo Paulo escreveu “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as coisas que são Forte” (1 Co 1.27).
Vemos então um grande exemplo que o profeta Amós deixou para ser seguido por nós, devemos ser obedientes como ele e pregarmos o Evangelho da graça e misericórdia de Jesus Cristo, sem nos preocuparmos se vamos ser ouvido ou se vamos ser perseguidos.

1.2- A rejeição sofrida por Amós
Diante daquele cenário de intensa religiosidade, injustiça, corrupção e opressão, o profeta Amós enfrentou forte oposição quando transmitiu a mensagem de Deus. Um sacerdote de Betel, chamado Amazias, tentou expulsar Amós do país quando ouviu as palavras que confrontavam o povo e seus pecados. Amazias se utilizou de falsos subterfúgios para calar e intimidar o profeta: a) recorreu ao rei Jeroboão, mentindo para obter a aprovação do rei e sucesso em seus intentos contra Amós [Am 7.10]; b) usou o povo contra Amós [Am 7.11]; c) desdenhou sobre a origem do profeta, usando-a como argumento para desacreditar sua mensagem [Am 7.12]; d) com a autoridade que possuía, tentou se proteger citando o santuário do rei e não o templo do Senhor [Am 7.13].

Comentário:
Quando Amós começa a levar a mensagem de advertência determinada por Deus a Israel, a nação passava por uma certa prosperidade, tudo parecia estar muito bem para os ricos e poderosos. Entretanto, Israel estava padecendo de uma grande decadência moral, havia grande corrupção, o povo estava envolvido em uma falsa adoração, perseguiam os profetas e oprimiam os pobres.

Toda a nação tinha se tornado materialistas, gananciosos e hipócritas, a corrupção era generalizada. Nesse contexto, o profeta começa a exortar o povo a consertarem os seus caminhos tortuosos e a voltarem ao caminho de Deus e restabelecerem a justiça, mas a sua palavra é rejeitada. Para Israel tudo parecia bem, havia prosperidade e a situação parecia confortável, para eles Amós era só mais o profeta alarmista que estava querendo intimidar o povo.

Ao invés de ouvirem questionaram quem era aquele homem, que não era da linhagem dos profetas, que não era sacerdote, nem mesmo era de Israel. Por que deveriam escutá-lo? Como estavam enganados. Assim, vivemos os dias de hoje, a grande maioria da população está buscando o seu conforto, a sua satisfação pessoal, enfim precisam ser felizes. Mas, cabe a nós povo do Deus altíssimo continuarmos a pregar o Santo Evangelho, mesmo que não nos ouçam.

1.3- A resposta do profeta Amós
Embora não faltassem esforços do sacerdote Amazias para impedir que Amós continuasse com sua mensagem da parte de Deus, o profeta se manteve fiel ao cumprimento de sua missão e argumentou em sua defesa: a) Amós era oriundo do campo, não pertencia a elite religiosa ou civil do seu povo: “Eu não era profeta, nem filho de profeta” [Am 7.14]; b) Amós tinha consciência de que a única autorização necessária para cumprir seu ministério era o chamado de Deus [Am 7.15]; c) O profeta não se escondeu, não se calou ou mesmo se intimidou diante das ameaças sofridas pelo sacerdote, alguém que supostamente, deveria apoiá-lo [Am 7.16-17].

Comentário:
Como já visto, Amós não era um profeta profissional e de acordo com a tradição ele não tinha as credenciais para exercer tal oficio, mas ele tinha o principal, era um homem piedoso e temente ao seu Deus. Por isso ele não se intimidou, largando toda a sua vida secular atendendo imediatamente ao chamado de Seu Senhor, passando a propagar a mensagem de Deus ao povo de Israel.

Vemos que o sumo sacerdote Amazias vai tentar impedi-lo de falar, proferindo ameaças e questionando as suas qualificações de profeta, entretanto, ele conhecia muito bem quem o tinha qualificado e habilitado para cumprir a difícil e nobre missão. Mas o Senhor me tirou de seguir o rebanho, e o Senhor me disse: Vai, e profetiza ao meu povo Israel (Am 7.15).

Assim também, devemos a exemplo de Amós buscar a qualificação através de Jesus Cristo que com a intervenção do Espirito Santo nos habilita para cumprir a Sua boa obra. Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2).

2. A ESSÊNCIA DA MENSAGEM
O livro de Amós pode ser dividido nos seguintes temas: nos capítulos 1 e 2, o profeta prega para o povo de Deus, especialmente o reino do Norte, Israel. Já nos capítulos de 3 a 6, as mensagens de Amós são proferidas diretamente para Israel e seus líderes. Nos últimos capítulos, de 7 a 9, Amós relata suas visões a respeito do juízo de Deus, o Dia do Senhor.

Comentário:
No início do livro Amós vemos o profeta entregando várias mensagens a várias nações vizinhas a Israel e Judá, mostrando que ninguém escapa dos olhos e da justiça de Deus. Nisso, fica evidente que todos os que praticam o mal responderão de acordo com as consequências de suas ações.

Assim, Amós é incumbido de levar a mensagem a todas aquelas nações da região, principalmente a Israel e Judá que eram o povo de Deus. Em seguida, ele concentra as suas mensagens a todo Israel, primeiramente aos líderes e também ao povo. Nos últimos capítulos a mensagem fala do castigo vindouro sobre a nação impenitente, mas também traz uma mensagem de esperança, ânimo e salvação.

2.1- A justiça de Deus
Entre o povo de Deus, a sensibilidade e o amor ao próximo eram coisas tão distantes que pessoas honestas eram vendidas como escravos, caso não pudessem pagar suas dívidas. O pecado estava tão enraizado e normatizado que os pais e os filhos se relacionavam sexualmente com a mesma mulher, profanando a santidade e o nome de Deus. Nesse estilo de vida tão contrário aos ensinamentos de Deus, era comum comer comidas oferecidas aos ídolos; a injustiça imperava entre a liderança religiosa que se escondia atrás de uma falsa moralidade e uma espiritualidade vazia, oferecendo cultos que não agradavam mais ao Senhor [Am 2.6-8; 4.5; 5.12, 21-22].

Comentário:
Neste tópico, vemos o quanto o povo escolhido por Deus estava afastado de Seu caminho sagrado, agiam contra tudo o que Deus havia determinado. Profanavam a santidade de Deus, prestavam culto aos deuses estranhos e principalmente oprimiam os mais pobres e desprotegidos.

Também, a imoralidade sexual imperava e havia se tornado uma prática normal. “Esmagam no pó da terra a cabeça dos pobres e pervertem o caminho dos necessitados...” (Am 2.7). Os ricos e poderosos de Israel mantinham uma vida cheia de riquezas e luxo enquanto os pobres e necessitados eram terrivelmente oprimidos, não existia mais o respeito pela vida humana e tampouco pela justiça de Deus. Por isso, Deus envia o seu profeta escolhido para denunciar todas essas mazelas da sociedade e anunciar o castigo iminente, pois Deus não suporta a injustiça. 

Precisamos buscar ter uma vida pautada na justiça divina, fazendo o que é reto e agradável ao Senhor, lembrando sempre em ajudar os mais pobres e necessitados, pois assim nos ensina a palavra do Senhor. “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é Santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: Sejam santos, porque eu sou santo" (1 Pd 1.14-16).

2.2- Deus exige retidão e justiça do Seu povo
Retidão é a conduta correta, especialmente nos lugares onde a justiça deve alcançar todas as pessoas independente de sua classe social: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Não existe retidão onde não há justiça e a justiça sem a retidão não passa de um engano. A falta de retidão era sentida nas três esferas da vida pública no tempo do profeta Amós: nos tribunais, nas classes sociais mais favorecidas e no culto a Deus. Cabe ao povo de Deus ser exemplo de retidão e justiça, amar a Deus e o próximo de forma prática e não apenas com discursos evasivos e vazios, especialmente os menos favorecidos, isto é, os menos amados na prática.

Comentário:
Conforme estamos vendo nesta lição, o povo que levava o nome de Deus havia se corrompido totalmente, não havia mais fidelidade a Palavra do Deus que eles julgavam seguir. A Sua justiça era falsa, os pobres e necessitados eram oprimidos e o culto também era falso.

“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim...” (Is 29.13). Essa palavra proferida pelo profeta Isaías vai transmitir a mesma mensagem que Amós, o seu povo escolhido não agia com retidão diante Dele, na aparência eram religiosos, mas como Jesus disse aos fariseus por dentro não passavam de sepulcros caiados.

A nação de Israel negligenciava os preceitos mais importantes da lei que eram: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. O interessante é que o tempo passa, o povo muda, mas as práticas continuam as mesmas, hoje infelizmente as coisas continuam do mesmo jeito. Nós precisamos aprender com esses ensinamentos deixados nas Escrituras para não cometermos os mesmos erros e buscarmos andar em justiça e retidão diante de Deus.

2.3- A necessidade do verdadeiro arrependimento
Amós devia visitar os lugares onde estavam os templos para os outros deuses, Betel e Gilgal. Sua missão era profetizar contra a idolatria com as estátuas, que o rei Roboão tinha feito. Era preciso trazer à memória do povo as palavras que Deus tinha dito a Moisés, quando Josué renovou a Aliança no Monte Ebal [Js 8.32], O povo estava mergulhado na idolatria e Deus alertou sobre as sérias consequências para esse tipo de atitude [Dt 30.15-20]. Então, o profeta Amós age como mediador suplicando a misericórdia de Deus. O profeta não justifica ou compactua com o erro de seus compatriotas, ele sabe que a ira do Senhor é pertinente. O povo pecou e por causa disso Amós pede perdão [Am 7.2].

Comentário:
Deus em visão vai mostrar ao profeta Amós os vários julgamentos que traria sobre o seu povo desobediente (Cp 7,8 e 9). Deus em sua longanimidade havia suportado a desobediência de seu povo, mas eles haviam passado dos limites, não havia mais esperanças e o julgamento seria inevitável.

Vemos um Deus misericordioso que apesar do povo continuamente fazer o que era mal aos seus olhos santos, ainda continuava a abençoá-los. Antes que todo mal despencasse sobre a cabeça do povo desobediente Ele envia profetas para avisá-los de suas promessas de bençãos e maldições (Dt 27 e 28) e espera que eles se arrependam. Por duas vezes vemos o profeta intercedendo pelo povo merecedores do castigo divino e o Deus amoroso desiste de castigá-los, mas chega a um ponto que o próprio profeta vê que não há mais esperança e o castigo e inevitável.

Irmãos, vemos aqui um Deus amoroso e fiel que ama e deseja sempre o bem para o seu povo e deseja a todos salvar, basta que arrependamos de nossos pecados e que obedeçamos aos seus justos mandamentos.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1Jo 1.9).

3. AMÓS PARA HOJE
O fato de Amós interceder pelo povo não o tornou complacente com o pecado. Tampouco o fato de a injustiça permear todas as camadas da sociedade de sua época, especialmente os mais vulneráveis, o fez calar mediante os pecados que cometiam contra Deus. Amós não deixou de cumprir seu ministério e anunciar o iminente juízo de Deus como forma de disciplinar o povo de Israel.

Comentário:
Ao estudarmos o ministério do profeta Amós vemos que ele era um homem resiliente, ele não deixou as dificuldades, as adversidades e a oposição a sua mensagem lhe abater. Amós era um homem ocupado, ele cuidava de seu gado e se dedicava a agricultura, mas prontamente obedeceu ao chamado do seu Deus e foi levar a mensagem a um povo desobediente.

Ele tinha plena consciência da decadência moral de todo Israel, em momento algum vemos ele tentando criar qualquer justificava para livrá-los, pelo contrário, tinha consciência que o castigo era merecido.

Também, hoje, precisamos pedir forças dos céus para levarmos a palavra de salvação a toda criatura a fim de que aqueles que ouvirem sejam salvos, e aquele que desprezarem a palavra não tenha desculpas de que não tiveram oportunidades de arrependimento.

“E disse-lhes: — Vão por todo o mundo e preguem o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16.15,16).

3.1- Privilégios e responsabilidades
O fato de Israel ser o povo escolhido trazia-lhes a falsa segurança de que estavam isentos do julgamento de Deus. O profeta Amós, porém, os confrontou com tal pensamento [Am 3.2], para que entendessem que tal privilégio imputava-lhes grandes responsabilidades. O amor de Deus também se manifesta em julgamento e disciplina sobre aqueles que insistem em viver à margem dos Seus preceitos, principalmente dos que já experimentaram uma vida de devoção e comunhão com Ele. O escritor J. A. Motyer afirmou: “O destaque particular de Amós é o seguinte: quanto mais perto de Deus se encontra, mais próximo o juízo e mais certo o julgamento. Por causa do privilégio de serem salvos, mais será exigido daqueles que mais receberam; quanto maior a luz, maior o risco”.

Comentário:
Nós aprendemos nas Escrituras Sagradas que o povo de Israel foi separado exclusivamente para Deus, eles descendiam diretamente dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó) por isso eram detentores de vários privilégios. Eles eram mais abençoados que os outros povos, tinham a proteção divina que os livravam de seus inimigos, receberam das mãos de Deus uma excelente terra que outros povos já haviam trabalhado, além de várias outra bênçãos exclusivas.

Entretanto, havia sobre eles promessas de maldições caso desobedecessem ao seu Deus e seguissem aos deuses pagãos dos povos vizinhos. Isso significa que se a graça de Deus nos alcançou e que temos o privilégio da salvação, pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz, também temos maior responsabilidade devido a oportunidade e o conhecimento que nos foi revelado. A quem mais é dado mais será cobrado.

Desse modo, não podemos incorrer nos mesmos erros dos israelitas do tempo de Amós, que por acreditarem serem filhos de Deus que podiam pecar livremente achando que não seriam responsabilizados por seus pecados, que eram muitos. Portanto, devemos lutar para sermos a luz do mundo ao invés de agirmos como outros que nos cercam e que não conhecem da graça de Cristo que nos alcançou.

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.7,8).

3.2- A inutilidade do formalismo religioso
A mensagem de Amós é muito clara: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Isso significa que o formalismo religioso e o cerimonialismo nada representam diante de Deus se não estiverem acompanhados de atitudes que demonstrem o amor e o cuidado de Deus pelos homens. A indiferença da Igreja mediante as mazelas que acompanham aqueles que se encontram em situação de desamparo e abandono depõe contra ela, ainda que tenha excelentes e elaboradas programações. O ativismo do calendário não pode e não deve substituir o socorro aos aflitos e desvalidos onde quer que estejam.

Comentário:
No capitulo 5, especificamente dos versículos 18 ao 27, Deus através do profeta Amós vai transmitir uma mensagem dura contra a religiosidade do povo de Israel, havia uma aparente adoração a Deus com muitas reuniões solenes, mas que não passava de hipocrisia. Eles faziam cultos pomposos com aparente avivamento, mas eram idolatras, suas vidas não estavam santificadas, adoravam a Deus com a boca, mas seus corações estavam longe Dele.

Deus declara através do profeta que odiava e desprezava as festas e reuniões solenes (v 21). Também, afirma que não se agradava dos holocaustos e ofertas de cereais e nem sequer olharia para as ofertas pacíficas, e nem suportava ouvir os seus cânticos (v 22,23).

Que coisa terrível! Mas e nós como estamos hoje? Será que estamos diferentes de Israel do tempo de Amós? Penso que não! De nada adianta o ativismo religioso com igrejas lotadas, como muitos gritos e músicas altas se não houver uma mudança interior.

Hoje vivemos em tempos de sermões que massageiam os egos dos ouvintes, de igrejas em que os frequentadores não suportam a sã doutrina, que só estão interessados em receberem as suas bençãos. Muito pouco se prega sobre a mudança de vida, que para alcançar a salvação e ver o Senhor precisa de santificação (Hb 12.14).

Deus busca os verdadeiros adoradores que o adore em espírito e em verdade (Jo 4.23). Ainda, é necessário praticar a justiça de Deus cuidando de nossos irmãos, auxiliando os mais necessitados e repartindo o pão com os que não têm, também pregando a palavra de salvação que liberta o homem dos pecados que levam a condenação.

3.3- Uma mensagem de esperança
Em Amós encontram-se muitas palavras sobre sofrimento, destruição e morte, e poucas palavras sobre otimismo e esperança. Mas isso não invalida a mensagem final sobre a esperança de um futuro melhor [Am 9 .11-15 ]. Devido aos pecados dos povos, Deus mandaria Seu fogo destruidor e outros castigos com o juízo divino. Mas, no final da mensagem, o profeta reforça a graça, a misericórdia e o amor de Deus, ao se referir à oportunidade que todas as pessoas, de todas as nações, receberiam a mensagem de salvação, por meio do descendente de Davi, Jesus Cristo.

Comentário:
Nós vimos que o livro de Amós traz uma mensagem pesada contra várias nações, principalmente contra o povo escolhido de Israel. O tema principal trata-se sobre castigos, sofrimentos e destruição contra um povo que conhecia a verdade, mas que mesmo Deus os advertindo veementemente através dos profetas insistem em fazer o que era mal.

Entretanto, nos últimos versículos do livro Deus vai trazer uma mensagem otimista que contrasta com a mensagem dos capítulos anteriores (Am 9 .11-15 ). Deus vai mostrar que por sua graça e misericórdia de que não se esqueceu de suas promessas feitas sobre a casa do rei Davi.

“. . . também o SENHOR te faz saber que ele, o SENHOR, te fará casa. Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, levantarei depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho” (2 Sm 7.11-14).

Essa promessa se cumpriu com a vinda do Senhor Jesus Cristo para habitar entre os homens, Ele era procedente da casa de Davi. Jesus veio e derramou o seu sangue precioso por todos nós e a salvação se tornou universal, tanto para judeus quanto para gentios.

“Depois disto voltarei, e reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas estas coisas”. (At 15.16,17).

CONCLUSÃO
A missão de cada crente é proclamar a mensagem de Deus no lugar que Ele mesmo designar. Todos devem pregar a mensagem de arrependimento e salvação atendendo ao chamado do Senhor. Amós inspira a cada crente com sua ousadia, comprometimento e fé naquele que o enviou.

Comentário:
Ao estudarmos essa lição vimos o grande exemplo deixado pelo profeta Amós para nós hoje, ele apesar de todas as adversidades não recusou o chamado de Deus indo levar a mensagem a um povo impenitente.

Ele não era profeta, não era sacerdote, nem mesmo era de Israel, pertencia a nação de Judá. Amós não questionou que não tinha qualificação, que era um simples pastor e agricultor, calçou as suas sandálias pegou o seu cajado e foi. “O Senhor me tirou de seguir o rebanho e o Senhor me disse: vai profetizar ao meu povo Israel” (Amós 7.15). Seguindo o exemplo de Amós não podemos arrumar desculpas para não pregar o Santo Evangelho de Cristo a toda criatura.

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.19,20).

Referências bibliográficas
Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Almeida Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, 2015.
Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;
Revista do professor, Betel – Profetas Menores – 3 Trimestre de 2023 - ano 33 – Nº128 tema – Amós – é tempo de buscar ao Senhor de todo coração.

Links pesquisados:

Comentarista Adicional - Diácono Carlos Cezar ADTAG 316 Samambaia Sul - DF.

 

 

8 comentários:

ancelmo disse...

Parabéns pelo comentário Diácono Carlos Cezar. Muito edificante, será de muita valia para nosso aprendizado. Deus continue abençoando seu ministério e sua vida.

Denis disse...

Parabéns Carlos

Emivaneide Silva disse...

Muito bom irmão Carlos. Parabéns.

Anônimo disse...

Maravilhoso , que Deus te abençoe grandemente em nome de Jesus Cristo.

Anônimo disse...

Gloria a Deus

Anônimo disse...

Ģlorias a Deus, por que a palavra de Deus abre nosso entendimento.

Mariana disse...

Deus seja louvado por sua vida irmão.
Esse edificou muito a minha vida!!!

Anônimo disse...

Obrigada pelo conteúdo Deus abençoe esse trabalho