AMÓS – É TEMPO DE BUSCAR AO SENHOR DE TODO O CORAÇÃO
Lição 4 – 23 de julho de 2023
TEXTO ÁUREO
“Porque assim diz o Senhor à casa de Israel:
Buscai-me, e vivei.” Amós 5.4
VERDADE APLICADA
Como discípulos de Cristo somos chamados a um
viver coerente com a fé e os valores bíblicos.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Amós;
Destacar a essência da mensagem do profeta Amós;
Identificar lições do livro de Amós para os dias de hoje.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
AMÓS 7
7- Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro
levantado a prumo, e tinha um prumo na sua mão.
8. E o Senhor me disse: Que vês tu, Amós? E eu disse: Um prumo. Então
disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel; nunca mais
passarei por ele.
9- Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de
Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão.
14- E respondeu Amós, e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de
profeta, mas boieiro, e cultivador de sicômoros.
15- Mas o Senhor me tirou de após o gado, e o Senhor me disse: Vai e
profetiza ao meu povo Israel.
COMENTÁRIO ADICIONAL
INTRODUÇÃO
Amós denunciou a injustiça e a corrupção e,
por isso, precisou enfrentar tudo que se opunha à sua mensagem profética. Sua
vida nos mostra que realizar a vontade de Deus não isenta ninguém de enfrentar
obstáculos.
Comentário:
Ao estudarmos sobre a vida e o ministério do
profeta Amós confirmamos o que já sabemos, que quem faz a obra do Senhor sempre
sofrerá perseguição. Foi assim com Amós, com o Senhor Jesus Cristo e com todos
os apóstolos. Todos os que denunciam a maldade, a injustiça, a corrupção e a
degradação moral do povo serão perseguidos por causa da divulgação da palavra
do Senhor. Jesus disse: “O servo não é maior do que seu senhor. Se
perseguiram a mim, também perseguirão vocês...” (Jo 15.20).
1- O CENÁRIO DA MENSAGEM DO PROFETA AMÓS
O livro de Amós revela um cenário onde a
religiosidade era intensa. No entanto, o povo estava distante da presença de
Deus. Era uma vida espiritual de aparências. Embora continuassem a praticar os
rituais exigidos pela lei e, em alguns casos, se excedessem na observância da
lei, os corações estavam afastados do Senhor.
Comentário:
Apesar da religiosidade do povo em Israel
eles estavam afastados dos caminhos que o Senhor havia dado, faziam o que era
mal aos olhos de Deus. O povo liderado pelo rei, pelos sacerdotes e os falsos
profetas estavam tão idólatras e pagãos quanto as nações vizinhas, e estavam
mais preocupados com os seus próprios interesses.
Os ricos e poderosos adulteravam a justiça e
oprimiam os pobres, ficando cada vez mais ricos, enquanto os menos favorecidos
empobreciam. Nesse contexto, Amós prega o julgamento de Deus, o terrível dia do
Senhor, que viria sobre a nação de Israel, e igualmente sobre as nações
vizinhas.
1.1- Sobre o profeta Amós
Amós era
um homem de Deus, que trabalhava no campo com gado e com a agricultura, em uma
pequena cidade no interior da Judéia chamada Tecoa [Am 1.1; 7.14-15]. Seu nome
significa “carregado”, no sentido de carregar peso. O profeta não era membro de
uma família sacerdotal, como os profetas Jeremias e Ezequiel, ou um profeta
palaciano, como os profetas Isaías e Daniel.
No entanto, Amós foi um servo de Deus humilde, corajoso e obediente. Ele,
corajosamente, entregava o recado de Deus aos poderosos do povo, cumprindo as
ordens do Senhor.
Comentário:
Nesse tópico aprendemos que Amós era um
pastor e agricultor nascido no reino de Judá, mas que foi escolhido por Deus
para levar a mensagem Dele ao reino de Israel. Também, é o único profeta do
Antigo Testamento que descreve a sua ocupação antes do chamado divino. Em seu
livro fica bem claro que ele não pertencia a família sacerdotal e tampouco era
um profeta profissional igual aos que existiam em Israel.
Vemos então, que Deus em sua imensa graça e
soberania vai chamar um simples homem do campo para levar a Sua mensagem ao
povo e aos poderosos de Israel, entretanto pela forma como escreveu aparentava
ser um homem instruído. Aqui, conforme o apóstolo Paulo escreveu “Deus
escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias, e Deus escolheu
as coisas fracas deste mundo para confundir as coisas que são Forte” (1 Co 1.27).
Vemos então um grande exemplo que o profeta
Amós deixou para ser seguido por nós, devemos ser obedientes como ele e
pregarmos o Evangelho da graça e misericórdia de Jesus Cristo, sem nos
preocuparmos se vamos ser ouvido ou se vamos ser perseguidos.
1.2- A rejeição sofrida por Amós
Diante daquele cenário de intensa
religiosidade, injustiça, corrupção e opressão, o profeta Amós enfrentou forte
oposição quando transmitiu a mensagem de Deus. Um sacerdote de Betel, chamado
Amazias, tentou expulsar Amós do país quando ouviu as palavras que confrontavam
o povo e seus pecados. Amazias se utilizou de falsos subterfúgios para calar e
intimidar o profeta: a) recorreu ao rei Jeroboão, mentindo para obter a
aprovação do rei e sucesso em seus intentos contra Amós [Am 7.10]; b) usou o
povo contra Amós [Am 7.11]; c) desdenhou sobre a origem do profeta, usando-a
como argumento para desacreditar sua mensagem [Am 7.12]; d) com a autoridade
que possuía, tentou se proteger citando o santuário do rei e não o templo do
Senhor [Am 7.13].
Comentário:
Quando Amós começa a levar a mensagem de
advertência determinada por Deus a Israel, a nação passava por uma certa
prosperidade, tudo parecia estar muito bem para os ricos e poderosos. Entretanto,
Israel estava padecendo de uma grande decadência moral, havia grande corrupção,
o povo estava envolvido em uma falsa adoração, perseguiam os profetas e
oprimiam os pobres.
Toda a nação tinha se tornado materialistas,
gananciosos e hipócritas, a corrupção era generalizada. Nesse contexto, o
profeta começa a exortar o povo a consertarem os seus caminhos tortuosos e a
voltarem ao caminho de Deus e restabelecerem a justiça, mas a sua palavra é rejeitada.
Para Israel tudo parecia bem, havia prosperidade e a situação parecia
confortável, para eles Amós era só mais o profeta alarmista que estava querendo
intimidar o povo.
Ao invés de ouvirem questionaram quem era
aquele homem, que não era da linhagem dos profetas, que não era sacerdote, nem mesmo
era de Israel. Por que deveriam escutá-lo? Como estavam enganados. Assim, vivemos
os dias de hoje, a grande maioria da população está buscando o seu conforto, a
sua satisfação pessoal, enfim precisam ser felizes. Mas, cabe a nós povo do
Deus altíssimo continuarmos a pregar o Santo Evangelho, mesmo que não nos
ouçam.
1.3- A resposta do profeta Amós
Embora não faltassem esforços do sacerdote
Amazias para impedir que Amós continuasse com sua mensagem da parte de Deus, o
profeta se manteve fiel ao cumprimento de sua missão e argumentou em sua
defesa: a) Amós era oriundo do campo, não pertencia a elite religiosa ou civil
do seu povo: “Eu não era profeta, nem filho de profeta” [Am 7.14]; b) Amós
tinha consciência de que a única autorização necessária para cumprir seu
ministério era o chamado de Deus [Am 7.15]; c) O profeta não se escondeu, não
se calou ou mesmo se intimidou diante das ameaças sofridas pelo sacerdote,
alguém que supostamente, deveria apoiá-lo [Am 7.16-17].
Comentário:
Como já visto, Amós não era um profeta
profissional e de acordo com a tradição ele não tinha as credenciais para
exercer tal oficio, mas ele tinha o principal, era um homem piedoso e temente
ao seu Deus. Por isso ele não se intimidou, largando toda a sua vida secular
atendendo imediatamente ao chamado de Seu Senhor, passando a propagar a
mensagem de Deus ao povo de Israel.
Vemos que o sumo sacerdote Amazias vai tentar
impedi-lo de falar, proferindo ameaças e questionando as suas qualificações de
profeta, entretanto, ele conhecia muito bem quem o tinha qualificado e
habilitado para cumprir a difícil e nobre missão. Mas o Senhor me tirou de
seguir o rebanho, e o Senhor me disse: Vai, e profetiza ao meu povo Israel (Am
7.15).
Assim também, devemos a exemplo de Amós
buscar a qualificação através de Jesus Cristo que com a intervenção do Espirito
Santo nos habilita para cumprir a Sua boa obra. “Que pregues a palavra,
instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a
longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2).
2. A ESSÊNCIA DA MENSAGEM
O livro de Amós pode ser dividido nos seguintes
temas: nos capítulos 1 e 2, o profeta prega para o povo de Deus, especialmente
o reino do Norte, Israel.
Já nos capítulos de 3 a 6, as mensagens de Amós são proferidas diretamente para
Israel e seus líderes. Nos últimos capítulos, de 7 a 9, Amós relata suas visões
a respeito do juízo de Deus, o Dia do Senhor.
Comentário:
No início do livro Amós vemos o profeta
entregando várias mensagens a várias nações vizinhas a Israel e Judá, mostrando
que ninguém escapa dos olhos e da justiça de Deus. Nisso, fica evidente que
todos os que praticam o mal responderão de acordo com as consequências de suas
ações.
Assim, Amós é incumbido de levar a mensagem a
todas aquelas nações da
região, principalmente a Israel e Judá que eram o povo de Deus. Em seguida, ele
concentra as suas mensagens a todo Israel, primeiramente aos líderes e também
ao povo. Nos últimos capítulos a mensagem fala do castigo vindouro sobre a
nação impenitente, mas também traz uma mensagem de esperança, ânimo e salvação.
2.1- A justiça de Deus
Entre o povo de Deus, a sensibilidade e o
amor ao próximo eram coisas tão distantes que pessoas honestas eram vendidas
como escravos, caso não pudessem pagar suas dívidas. O pecado estava tão
enraizado e normatizado que os pais e os filhos se relacionavam sexualmente com
a mesma mulher, profanando a santidade e o nome de Deus. Nesse estilo de vida
tão contrário aos ensinamentos de Deus, era comum comer comidas oferecidas aos
ídolos; a injustiça imperava entre a liderança religiosa que se escondia atrás
de uma falsa moralidade e uma espiritualidade vazia, oferecendo cultos que não
agradavam mais ao Senhor [Am 2.6-8; 4.5; 5.12, 21-22].
Comentário:
Neste tópico, vemos o quanto o povo escolhido
por Deus estava afastado de Seu caminho sagrado, agiam contra tudo o que Deus
havia determinado. Profanavam a santidade de Deus, prestavam culto aos deuses
estranhos e principalmente oprimiam os mais pobres e desprotegidos.
Também, a imoralidade sexual imperava e havia
se tornado uma prática normal. “Esmagam no pó da terra a cabeça dos
pobres e pervertem o caminho dos necessitados...” (Am 2.7). Os ricos e
poderosos de Israel mantinham uma vida cheia de riquezas e luxo enquanto os
pobres e necessitados eram terrivelmente oprimidos, não existia mais o respeito
pela vida humana e tampouco pela justiça de Deus. Por isso, Deus envia o seu
profeta escolhido para denunciar todas essas mazelas da sociedade e anunciar o
castigo iminente, pois Deus não suporta a injustiça.
Precisamos buscar ter uma vida pautada na
justiça divina, fazendo o que é reto e agradável ao Senhor, lembrando sempre em
ajudar os mais pobres e necessitados, pois assim nos ensina a palavra do
Senhor. “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos
de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é Santo aquele que os
chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: Sejam
santos, porque eu sou santo" (1 Pd 1.14-16).
2.2- Deus exige retidão e justiça do Seu povo
Retidão é a conduta correta, especialmente
nos lugares onde a justiça deve alcançar todas as pessoas independente de sua
classe social: “Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o
ribeiro impetuoso.” [Am 5.24]. Não existe retidão onde não há justiça e a
justiça sem a retidão não passa de um engano. A falta de retidão era sentida
nas três esferas da vida pública no tempo do profeta Amós: nos tribunais, nas
classes sociais mais favorecidas e no culto a Deus. Cabe ao povo de Deus ser
exemplo de retidão e justiça, amar a Deus e o próximo de forma prática e não
apenas com discursos evasivos e vazios, especialmente os menos favorecidos,
isto é, os menos amados na prática.
Comentário:
Conforme estamos vendo nesta lição, o povo
que levava o nome de Deus havia se corrompido totalmente, não havia mais
fidelidade a Palavra do Deus que eles julgavam seguir. A Sua justiça era falsa,
os pobres e necessitados eram oprimidos e o culto também era falso.
“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se
aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu
coração se afasta para longe de mim...” (Is 29.13). Essa palavra proferida pelo profeta Isaías
vai transmitir a mesma mensagem que Amós, o seu povo escolhido não agia com
retidão diante Dele, na aparência eram religiosos, mas como Jesus disse aos
fariseus por dentro não passavam de sepulcros caiados.
A nação de Israel negligenciava os preceitos
mais importantes da lei que eram: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. O
interessante é que o tempo passa, o povo muda, mas as práticas continuam as
mesmas, hoje infelizmente as coisas continuam do mesmo jeito. Nós precisamos
aprender com esses ensinamentos deixados nas Escrituras para não cometermos os
mesmos erros e buscarmos andar em justiça e retidão diante de Deus.
2.3- A necessidade do verdadeiro arrependimento
Amós devia visitar os lugares onde estavam os
templos para os outros deuses, Betel e Gilgal. Sua missão era profetizar contra
a idolatria com as estátuas, que o rei Roboão tinha feito. Era preciso trazer à
memória do povo as palavras que Deus tinha dito a Moisés,
quando Josué renovou a Aliança no Monte Ebal [Js 8.32], O povo estava
mergulhado na idolatria e Deus alertou sobre as sérias consequências para esse
tipo de atitude [Dt 30.15-20]. Então, o profeta Amós age como mediador
suplicando a misericórdia de Deus. O profeta não justifica ou compactua com o
erro de seus compatriotas, ele sabe que a ira do Senhor é pertinente. O povo pecou
e por causa disso Amós pede perdão [Am 7.2].
Comentário:
Deus em visão vai mostrar ao profeta Amós os
vários julgamentos que traria sobre o seu povo desobediente (Cp 7,8 e 9). Deus
em sua longanimidade havia suportado a desobediência de seu povo, mas eles
haviam passado dos limites, não havia mais esperanças e o julgamento seria
inevitável.
Vemos um Deus misericordioso que apesar do
povo continuamente fazer o que era mal aos seus olhos santos, ainda continuava
a abençoá-los. Antes que todo mal despencasse sobre a cabeça do povo
desobediente Ele envia profetas para avisá-los de suas promessas de bençãos e
maldições (Dt 27 e 28) e espera que eles se arrependam. Por duas vezes vemos o
profeta intercedendo pelo povo merecedores do castigo divino e o Deus amoroso
desiste de castigá-los, mas chega a um ponto que o próprio profeta vê que não
há mais esperança e o castigo e inevitável.
Irmãos, vemos aqui um Deus amoroso e fiel que
ama e deseja sempre o bem para o seu povo e deseja a todos salvar, basta que
arrependamos de nossos pecados e que obedeçamos aos seus justos mandamentos.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça”
(1Jo 1.9).
3. AMÓS PARA HOJE
O fato de Amós interceder pelo povo não o tornou
complacente com o pecado. Tampouco o fato de a injustiça permear todas as
camadas da sociedade de sua época, especialmente os mais vulneráveis, o fez
calar mediante os pecados que cometiam contra Deus. Amós não deixou de cumprir
seu ministério e anunciar o iminente juízo de Deus como forma de disciplinar o povo de Israel.
Comentário:
Ao estudarmos o ministério do profeta Amós
vemos que ele era um homem resiliente, ele não deixou as dificuldades, as
adversidades e a oposição a sua mensagem lhe abater. Amós era um homem ocupado,
ele cuidava de seu gado e se dedicava a agricultura, mas prontamente obedeceu
ao chamado do seu Deus e foi levar a mensagem a um povo desobediente.
Ele tinha plena consciência da decadência
moral de todo Israel, em momento algum vemos ele tentando criar qualquer
justificava para livrá-los, pelo contrário, tinha consciência que o castigo era
merecido.
Também, hoje, precisamos pedir forças dos
céus para levarmos a palavra de salvação a toda criatura a fim de que aqueles
que ouvirem sejam salvos, e aquele que desprezarem a palavra não tenha
desculpas de que não tiveram oportunidades de arrependimento.
“E disse-lhes: — Vão por todo o mundo e
preguem o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem,
porém, não crer será condenado” (Mc 16.15,16).
3.1- Privilégios e responsabilidades
O fato de Israel ser o povo escolhido
trazia-lhes a falsa segurança de que estavam isentos do julgamento de Deus. O
profeta Amós, porém, os confrontou com tal pensamento [Am 3.2], para que
entendessem que tal privilégio imputava-lhes grandes responsabilidades. O amor
de Deus também se manifesta em julgamento e disciplina sobre aqueles que
insistem em viver à margem dos Seus preceitos, principalmente dos que já
experimentaram uma vida de devoção e comunhão com Ele. O escritor J. A. Motyer afirmou:
“O destaque particular de Amós é o seguinte: quanto mais perto de Deus se
encontra, mais próximo o juízo e mais certo o julgamento. Por causa do
privilégio de serem salvos, mais será exigido daqueles que mais receberam;
quanto maior a luz, maior o risco”.
Comentário:
Nós aprendemos nas Escrituras Sagradas que o
povo de Israel foi separado exclusivamente para Deus, eles descendiam
diretamente dos patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó) por isso eram detentores de
vários privilégios. Eles eram mais abençoados que os outros povos, tinham a
proteção divina que os livravam de seus inimigos, receberam das mãos de Deus
uma excelente terra que outros povos já haviam trabalhado, além de várias outra
bênçãos exclusivas.
Entretanto, havia sobre eles promessas de
maldições caso desobedecessem ao seu Deus e seguissem aos deuses pagãos dos
povos vizinhos. Isso significa que se a graça de Deus nos alcançou e que temos
o privilégio da salvação, pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz, também temos
maior responsabilidade devido a oportunidade e o conhecimento que nos foi
revelado. A quem mais é dado mais será cobrado.
Desse modo, não podemos incorrer nos mesmos
erros dos israelitas do tempo de Amós, que por acreditarem serem filhos de Deus
que podiam pecar livremente achando que não seriam responsabilizados por seus
pecados, que eram muitos. Portanto, devemos lutar para sermos a luz do mundo ao
invés de agirmos como outros que nos cercam e que não conhecem da graça de
Cristo que nos alcançou.
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer;
porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na
sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do
Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.7,8).
3.2- A inutilidade do formalismo religioso
A mensagem de Amós é muito clara: “Corra,
porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.” [Am
5.24]. Isso significa que o formalismo religioso e o cerimonialismo nada
representam diante de Deus se não estiverem acompanhados de atitudes que
demonstrem o amor e o cuidado de Deus pelos homens. A indiferença da Igreja
mediante as mazelas que acompanham aqueles que se encontram em situação de
desamparo e abandono depõe contra ela, ainda que tenha excelentes e elaboradas
programações. O ativismo do
calendário não pode e não deve substituir o socorro aos aflitos e desvalidos
onde quer que estejam.
Comentário:
No capitulo 5, especificamente dos versículos
18 ao 27, Deus através do profeta Amós vai transmitir uma mensagem dura contra
a religiosidade do povo de Israel, havia uma aparente adoração a Deus com
muitas reuniões solenes, mas que não passava de hipocrisia. Eles faziam cultos
pomposos com aparente avivamento, mas eram idolatras, suas vidas não estavam
santificadas, adoravam a Deus com a boca, mas seus corações estavam longe Dele.
Deus declara através do profeta que odiava e
desprezava as festas e reuniões solenes (v 21). Também, afirma que não se
agradava dos holocaustos e ofertas de cereais e nem sequer olharia para as
ofertas pacíficas, e nem suportava ouvir os seus cânticos (v 22,23).
Que coisa terrível! Mas e nós como estamos
hoje? Será que estamos diferentes de Israel do tempo de Amós? Penso que não! De
nada adianta o ativismo religioso com igrejas lotadas, como muitos gritos e
músicas altas se não houver uma mudança interior.
Hoje vivemos em tempos de sermões que
massageiam os egos dos ouvintes, de igrejas em que os frequentadores não
suportam a sã doutrina, que só estão interessados em receberem as suas bençãos.
Muito pouco se prega sobre a mudança de vida, que para alcançar a salvação e
ver o Senhor precisa de santificação (Hb 12.14).
Deus busca os verdadeiros adoradores que o adore
em espírito e em verdade (Jo 4.23). Ainda, é necessário praticar a justiça de
Deus cuidando de nossos irmãos, auxiliando os mais necessitados e repartindo o
pão com os que não têm, também pregando a palavra de salvação que liberta o
homem dos pecados que levam a condenação.
3.3- Uma mensagem de esperança
Em Amós encontram-se muitas palavras sobre
sofrimento, destruição e morte, e poucas palavras sobre otimismo e esperança.
Mas isso não invalida a mensagem final sobre a esperança de um futuro melhor [Am 9 .11-15 ]. Devido
aos pecados dos povos, Deus mandaria Seu fogo destruidor e outros castigos com
o juízo divino. Mas, no final da mensagem, o profeta reforça a graça, a
misericórdia e o amor de Deus, ao se referir à oportunidade que todas as
pessoas, de todas as nações, receberiam a mensagem de salvação, por meio do
descendente de Davi, Jesus Cristo.
Comentário:
Nós vimos que o livro de Amós traz uma
mensagem pesada contra várias nações, principalmente contra o povo escolhido de
Israel. O tema principal trata-se sobre castigos, sofrimentos e destruição
contra um povo que conhecia a verdade, mas que mesmo Deus os advertindo
veementemente através dos profetas insistem em fazer o que era mal.
Entretanto, nos últimos versículos do livro
Deus vai trazer uma mensagem otimista que contrasta com a mensagem dos
capítulos anteriores (Am 9 .11-15 ).
Deus vai mostrar que por sua graça e misericórdia de que não se esqueceu de
suas promessas feitas sobre a casa do rei Davi.
“. . . também o SENHOR te faz saber que ele,
o SENHOR, te fará casa. Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus
pais, então, levantarei depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e
estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu
estabelecerei para sempre o trono do seu reino. Eu lhe serei por pai, e ele me
será por filho” (2 Sm 7.11-14).
Essa promessa se cumpriu com a vinda do
Senhor Jesus Cristo para habitar entre os homens, Ele era procedente da casa de
Davi. Jesus veio e derramou o seu sangue precioso por todos nós e a salvação se
tornou universal, tanto para judeus quanto para gentios.
“Depois disto voltarei, e reedificarei o
tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas, e tornarei
a edificá-lo. Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os
gentios, sobre os quais o meu nome é invocado, diz o Senhor, que faz todas
estas coisas”. (At 15.16,17).
CONCLUSÃO
A missão de cada crente é proclamar a
mensagem de Deus no lugar que Ele mesmo designar. Todos devem pregar a mensagem
de arrependimento e salvação atendendo ao chamado do Senhor. Amós inspira a
cada crente com sua ousadia, comprometimento e fé naquele que o enviou.
Comentário:
Ao estudarmos essa lição vimos o grande
exemplo deixado pelo profeta Amós para nós hoje, ele apesar de todas as
adversidades não recusou o chamado de Deus indo levar a mensagem a um povo
impenitente.
Ele não era profeta, não era sacerdote, nem
mesmo era de Israel, pertencia a nação de Judá. Amós não questionou que não
tinha qualificação, que era um simples pastor e agricultor, calçou as suas
sandálias pegou o seu cajado e foi. “O Senhor me tirou de seguir o
rebanho e o Senhor me disse: vai profetizar ao meu povo Israel” (Amós 7.15).
Seguindo o exemplo de Amós não podemos arrumar desculpas para não pregar o
Santo Evangelho de Cristo a toda criatura.
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu
estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.19,20).
Referências bibliográficas
► Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição Almeida
Revista e Corrigida, tradução de João Ferreira de Almeida, 2015.
► Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada
(NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;
► Revista do professor, Betel – Profetas
Menores – 3 Trimestre de 2023 - ano 33 – Nº128 tema – Amós – é tempo de buscar
ao Senhor de todo coração.
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Comentarista Adicional - Diácono Carlos Cezar ADTAG 316 Samambaia
Sul - DF.
8 comentários:
Parabéns pelo comentário Diácono Carlos Cezar. Muito edificante, será de muita valia para nosso aprendizado. Deus continue abençoando seu ministério e sua vida.
Parabéns Carlos
Muito bom irmão Carlos. Parabéns.
Maravilhoso , que Deus te abençoe grandemente em nome de Jesus Cristo.
Gloria a Deus
Ģlorias a Deus, por que a palavra de Deus abre nosso entendimento.
Deus seja louvado por sua vida irmão.
Esse edificou muito a minha vida!!!
Obrigada pelo conteúdo Deus abençoe esse trabalho
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