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Lição 06 - O verdadeiro Discipulo sujeita-se ao supremo mestre: Jesus - Pr. Altevi Oliveira

 O VERDADEIRO DISCÍPULO SUJEITA-SE AO SUPREMO MESTRE: JESUS
Lição 06 – 05 de Novembro de 2023


TEXTO ÁUREO
“E, quando aparecer o sumo Pastor, alcançareis a incorruptível corôa de glória”. I Pedro 5.4

VERDADE APLICADA
Para ser um bom discípulo de Cristo, precisa, mais que qualquer tributo, ser escolhido e abençoado por Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Expor princípios do discipulado.
► Ensinar sobre os compromissos do discípulo.
► Mostrar os critérios válidos por Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

I SAMUEL 16
5. Disse ele: É de paz; vim sacrificar ao Senhor. Santificai-vos e vinde comigo ao sacrifício. E santificou ele a Jessé e a seus filhos e os convidou ao sacrifício.
6. E sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe, e disse: Certamente está perante o Senhor o seu ungido.
7. Porém o Senhor disse a Samuel: não atentes para sua aparência nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.

INTRODUÇÃO
“Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.” (I Tm 3.1); mas também o homem e a mulher de Deus deve ter em mente que, por ser uma excelente obra, vem acompanhada de grandes responsabilidades diante de Deus e dos homens. O homem escolhido para discipular, deve entender que essa escolha deve vir de Deus e que não tem nada a haver com suas capacidades humanas, por isso, deve colocar-se inteiramente nas mãos do Senhor.  

1. A ESCOLHA DE DEUS
Samuel foi o profeta escolhido por Deus para ungir os dois primeiros reis de Israel. Ao ter sido direcionado para ungir a Saul, pois o povo pedia a Deus um rei, segundo os costumes dos povos que viviam ao redor de Israel, Deus concedeu primeiramente Saul de acordo com a vontade do povo de boa aparência. Depois, tendo rejeitado a Saul, pediu para Samuel ungir um outro rei segundo o seu coração. Saul e Davi foram os dois primeiros reis de Israel e, entre eles, haviam muitas diferenças, a partir da escolha para governarem. Seus nomes tinham grande significado. Davi significa “amado e respeitado por Deus”, apesar de ser esquecido pela própria família, enquanto Saul significa “pedido a Deus”. Ambos foram ungidos pelo profeta Samuel. Suas semelhanças, porém, terminam aí; no entanto, as diferenças entre eles determinaram o sucesso de um e o fracasso do outro. Davi foi um rei escolhido por Deus que era segundo o seu coração, e não pelos homens, enquanto Saul foi a atendimento ao pedido da nação, fora da prioridade de Deus. Deus havia prometido a Abraão que reis descenderiam dele, mas o desejo de Deus cumprir essa promessa tinha a hora certa no tempo de Deus, assim, o povo se precipitou em não ser paciente e esperar no Senhor. Mas Davi, apesar de ser pastor de ovelhas, para defender seu rebanho, colocava sua dependência no Senhor. Se ele podia enfrentar leões e ursos selvagens para defender seu rebanho, poderia também, como homem de Deus, derrotar os inimigos de Israel. Dependência de Deus e obediência foram fatores determinantes para sua escolha para reinar sobre Israel a ponto de Samuel ser esclarecido pelo próprio Deus, que havia escolhido um novo rei, um homem que era segundo o Seu  coração.

1.1. Não é segundo a aparência
Samuel, obedecendo as ordens de Deus, vai até a casa de Jessé sem saber ao certo quem era o escolhido para ser rei. Jessé tinha oito filhos. Estando na casa de Jessé, Samuel viu a Eliabe, e impressionado por sua aparência e, talvez lembrando de como foi a escolha de Saul que “sobressaia a todo povo”, achou que era este o escolhido pelo Senhor. O Senhor o repreende dizendo: “não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração”. Nós muitas vezes agimos como Samuel, ou seja, julgamos as pessoas pelas aparências. As aparências nos enganam, pois elas não revelam o coração. Usamos critérios errados, humanos, que são falhos. Devemos utilizar o critério de Deus para julgar as pessoas, ou seja, o critério do coração. O coração de uma pessoa revela quem de fato ela é, e não a sua aparência exterior. Deus é onisciente, onipotente e onipresente. Ele é capaz de penetrar os pensamentos e as intenções do coração de uma pessoa. E nós não temos essa capacidade. É claro que para nós, não conseguiremos nunca conhecer profundamente o coração de uma pessoa, no entanto, isto não quer dizer que não poderemos conhecer nada do coração de alguém. É claro que podemos conhecer o suficiente do coração de uma pessoa, para não julgarmos pelas aparências. Mas se consultarmos em oração de todo coração, ao nosso Deus, Ele poderá nos revelar mostrando a sua vontade. O povo não esperou a escolha do Senhor e se anteciparam pedindo um rei, apesar de Deus havia prometido a Abraão que dele descenderiam reis.

1.2. Está alinhado ao Seu coração
Samuel teve sua oportunidade de governar e poderia ter estabelecido uma geração de governantes em Israel, se tivesse se alinhado ao coração de Deus e andado segundo os seus caminhos, porém vacilou e passou a confiar em sua própria capacidade, desonrando a Deus e seus mandamentos a ponto de tomar o papel do profeta Samuel ou de um sacerdote, com isso perdeu a comunhão com Deus. Davi, no entanto, apesar de esquecido pela família, mas andava alinhado com Deus a ponto de ser escolhido pelo Senhor. Samuel comunicou a Saul que Deus o havia rejeitado e que já havia escolhido alguém para assumir o seu lugar como rei de Israel (1Sm 13.13,14). O Senhor ordenou a Samuel que ele fosse até a casa de Jessé, pois um dos seus filhos seria o novo rei. Samuel fez como Deus havia ordenado e viu os setes filhos de Jessé, mas nenhum deles havia sido escolhido. Samuel teve que perguntar a Jessé se ele não tinha mais filhos. Então, foi aí que Jessé se lembrou do mais novo, que estava cuidando das ovelhas no campo. Quando Davi chegou, a voz do Senhor veio a Samuel dizendo: Este é o jovem escolhido para ser o rei. Deus não olha a aparência física. Ele vê o coração, e os seus pensamentos ao nosso respeito são os melhores possíveis (Jr 29.11). O texto confirma que Davi foi achado, ungido e alvo da promessa de Deus de que a sua liderança seria vitoriosa (Sl 89.3,4). Definitivamente, Davi foi uma escolha de Deus (1Sm 16.1-13). Davi teve muitos desafios e encarou muitas dificuldades antes de assumir a liderança do seu povo, mas com o tempo ele teve a aprovação de todos. Jônatas, filho de Saul, é um dos exemplos de quem sabia que Deus havia escolhido e separado a Davi para ser rei de Israel no lugar de seu pai (1Sm 23.17). O próprio Saul veio a reconhecer que Davi foi a escolha de Deus para reinar em seu lugar (1Sm 24.20), pois advertido por Samuel, e sem se arrepender, percebeu seu distanciamento dos caminhos do Senhor, a ponto de consultar uma espírita, consciente de que o Senhor não mais o responderia. Para Deus, o que é importante aos seus servos, é andarem alinhados com sua vontade.

1.3. Cabe apenas a Deus
Hoje em dia, vemos muitos líderes que se impõem como tal. Se estribando no próprio entendimento como Diótrefes, são líderes que se insurgem e se rebelam contra outras lideranças e, muitas vezes, se estribando na própria rebeldia, buscam criar suas próprias igrejas sem o direcionamento ou comunhão com Deus, visam o crescimento próprio sem a aprovação de Deus. É ponto inquestionável nas doutrinas bíblicas que é o Senhor Deus quem elege; escolhe ou nomeia aqueles que estarão sobre o seu povo. Independente da função que se vai exercer, mesmo que não seja apontado diretamente por Deus, o escolhido deve preencher com os requisitos que o Senhor exige em Sua Soberana vontade. Qualquer pessoa que está no exercício de uma função na igreja, seja ministerial ou não, e que não preenche os requisitos estabelecidos por Deus em Sua inerrante, imutável e infalível Palavra, não foi eleito por Deus para o exercício da função, mas foi, tão somente, nomeado pelo líder da igreja. À medida que vamos “conhecendo” Deus, vamos entendendo cada vez mais a responsabilidade que pesa sobre nossos ombros na questão do livre arbítrio. Do Gênesis ao Apocalipse vemos declarado com ênfase, qual é a expressa vontade de Deus para com todos os homens e, a vontade de Deus não muda em hipótese alguma. Em vista disso, os requisitos exigidos pelo Senhor àqueles que estarão à frente do seu povo e, não importa se é no Antigo ou no Novo Testamento, ainda estão vigentes, ou seja, um ministério só será bem sucedido se for exercido por alguém que esteja em conformidade com o que Deus exige.

2. O PRINCÍPIO DO CHAMADO
Jeremias 48.10 diz o seguinte, “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente. Quando Jeremias diz relaxadamente , ele não se refere ao esforço físico, mas acima de tudo espiritual. Fazer da forma Dele, do jeito que Ele orienta em sua Palavra. Diótrefes não teve esse cuidado e buscou se impor pela sua forma de ser, sem buscar a vontade de Deus para ele, pois queria ser reconhecido apenas pela sua capacidade que era avaliada como suficiente por ele mesmo. Se achava autossuficiente e não consultava ao Senhor em oração ou em sua Palavra. Também era arrogante, a ponto de não ouvir os ensinamentos dos discípulos de Cristo.

2.1. Honrar a Deus
Um verdadeiro discípulo de Cristo deve ter, como prioridade, o desejo e dedicação de “honrar a Deus acima de todas as coisas”. Como Jesus sintetizou e exemplificou, honrando ao pai em toda sua vida aqui na terra, nos deixando seu grande exemplo de honradez. Honrar a DEUS é colocar um valor maior nEle do que em qualquer coisa na Terra ou no Céu. Fomos resgatados das trevas para viver para Deus. Por isso, “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo.” (Cl 3.23-24). Todos os nossos atos têm que Louvar a Deus. Mas, a maioria dos que desprezam a Palavra de Deus, desprezam o próprio Deus. E continuam na sua velha maneira de viver. Para sermos honrados por Deus é preciso Lhe honrar primeiro. A Palavra do Senhor em 1 Samuel 2.30 ensina que Deus honra aqueles que o honram e despreza aqueles que o desprezam. Isso não se trata de uma troca mas sim de um princípio bíblico de reciprocidade. Tiago 4.8 mostra a forma como Deus se aproxima: “Cheguem perto de Deus, e ele chegará a vocês. Limpem as mãos, pecadores! E vocês que são indecisos, purifiquem o coração.”. Na questão da honra é o mesmo princípio, tem a ver com o relacionamento com Ele. Deus não precisa de honra, isso é um fato, mas ele deseja ser honrado.

2.2. Honrar a igreja de Cristo
Honrar a igreja é respeitar a cada um indistintamente e indiscriminadamente, independente do cargo que ocupa. Igreja não é ideia de homens e, sim, de Deus. A primeira pessoa a falar de igreja na Bíblia não foi Paulo, Moisés, Isaías. A primeira pessoa a mencionar a palavra igreja na bíblia foi o próprio Senhor Jesus, em Mt 16.15-18 – Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja. Ela nasce dos lábios de Jesus, debaixo de uma revelação e, o fundamento dela é que Jesus é o Cristo, o Ungido, o Messias, o enviado da parte de Deus. Igreja é o lugar onde Cristo está sendo revelado, é um lugar onde somos edificados, fortalecidos no Senhor, para vivermos os céus aqui na Terra. A igreja é o meio pelo qual Deus se revela nesse mundo. Efésios diz que depois que ele venceu tudo colocou todos os demônios debaixo dos seus pés, restaurou toda autoridade. Ele deu a autoridade à igreja. É por meio da Igreja que Deus demonstra seu caráter, seu amor, e também é através dela que Ele está destruindo as obras do inferno. As portas do inferno, ou seja, o governo do inferno; não prevalecerão conta a igreja do Deus vivo. Igreja é o ambiente onde Deus está sendo revelado, onde milagres acontecem, onde Jesus está em operação, onde uma oração abrirá os céus sobre sua vida. Precisamos ter esta disposição no nosso coração, de entender que as portas do inferno não prevalecerão conta a igreja do Deus vivo. Nós precisamos honrar o ambiente onde os filhos estão reunidos, não é uma reunião social, de um grupo religioso. Deus tem o melhor da vida Dele para nossas vidas e precisamos celebrar e honrar isso, andando no temor do Senhor. Isso vai afetar a qualidade da nossa vida. O canal pelo qual vamos receber instruções, direções, confrontamentos é a igreja, e quando trazemos a honra para a cultura dela, Deus promove crescimento, pois mata o espírito de competição, de inveja. Assim, começamos a celebrar o avanço e a conquistas dos nossos irmãos. É necessário pagarmos o preço para a unidade, pois é na unidade que Deus ordena sua bênção e sua vida. Uma prática sadia de encorajamento, de apoio, de torcer pelo próximo, abre espaço para a glória de Deus se manifestar em nosso meio.

2.3. Honrar ao próximo
Honra significa valorização, apreciação, estima. É reverenciar, tratar com distinção e deferência. Honrar alguém é ter-lhe alta consideração, enxergar-lhe como importante e precioso. Para fomentar um ambiente de honra, precisamos amar a todos indistintamente. Mulheres e homens precisam se dar ao respeito para terem respeito. Então, não reclame do que você permite! Você não muda aquilo que tolera. Maridos devem honrar suas mulheres (I Pedro 3) e protegê-las. Essa é a condição para que as orações deles sejam ouvidas. Já as mulheres devem prestar honra aos seus maridos por meio do respeito. Contudo, é preciso entender um aspecto importante: a honra não deve ser buscada. Antes, a honra é oferecida gratuitamente! A Bíblia diz que buscar honra não é honra. Quem busca o aplauso das pessoas é somente um oportunista como foi Diótrefes. Também, dar honra ao tolo é um grande erro, uma insensatez: Como a neve no verão, e como a chuva na sega, assim não fica bem para o tolo a honra.” Pv 26.1. A honra é a chave para acessar o coração das pessoas e os tesouros emocionais que elas têm a oferecer. Mas a bajulação (a falsa honra) não surte efeito algum. Mais uma vez: honrar alguém significa dar-lhe glória, reputação e fama. Para honrarmos, precisamos enxergar as pessoas com os olhos do Pai, num ato profético que transforma nossas ações de baseadas em circunstâncias para vinculadas aos olhos da fé. Assim, para sermos capazes de honrar alguém precisamos cuidar das ofensas e lidar com o nosso orgulho ferido porque, antes de tudo, honrar é um ato de humildade. Dar atenção e demonstrar amor aos irmão na fé é um ato de honra, mas maior honra ainda é amar incondicionalmente aos que estão longe, a ponto de acolhe-los numa necessidade, oferecendo-lhes a Salvação em Cristo Jesus como faziam Gaio e Demétrio, honrando assim toda a igreja do Senhor.

3. CONDUTA DO ESCOLHIDO
O foco do verdadeiro discipulador, é fazer a igreja do Senhor crescer na graça e no conhecimento. Para tanto, ele deve buscar da parte de Deus todo conhecimento e poder, pedindo a Deus que manifeste sua vontade em sua vida, independente da capacidade intelectual. Manter-se na total dependência de Deus, fará o discípulo crescer e ser honrado, pois o mesmo estará honrando a Noiva de Cristo por manter-se na presença de Deus. O discípulo quando está na presença de Deus, terá como prioridade a manutenção e crescimento do Reino de Deus no mundo, de olho na glória do porvir.

3.1. Adorar a Deus

Jesus Cristo em João 4.23 Jesus traz a definição do verdadeiro adorador, mas é inegável que sua prática já acontecia desde a criação do homem. Em Gêneses 4.3 e 4, é perceptível a oferta de adoração de Abel, mas Davi é o maior exemplo de um adorador na Bíblia. É apresentado como o homem segundo o coração de Deus, também, por sua disposição em adorar. Apesar de ter falhado cometendo dois graves erros, tendo adulterado com Bate-Seba e praticado um homicídio, mandando matar Urias, marido de Bate-Seba (IISm.11.), todavia foi considerado por Deus um homem segundo o seu coração, visto que ele tinha um coração sincero que buscava o arrependimento, preferindo está na presença de Deus em comunhão do que se entregar ao pecado ou viver tentando encobrir o seu pecado. Ele escrevendo em forma de cântico, disse: Bem-aventurado aquele que tem suas transgressões perdoadas e seus pecados apagados! Como é feliz aquele a quem o SENHOR não considera iníquo e em cuja alma não há hipocrisia!(Sl.32.1). Davi foi o que muitos hoje não conseguem ser diante de Deus, um homem sincero, sem engano, sem hipocrisia. Primeiramente a palavra “adorar” no Novo Testamento vem da palavra grega “proskuneo“, que em português nos traz a ideia de “ter profunda reverência, uma atitude reverente”. Então eu já começo percebendo que adoração e reverência caminham juntas. O dicionário nos diz que reverência traz a ideia de respeitar, honrar. Já começamos a perceber que adoração é mais do que um cântico. Tudo fica mais claro quando entendemos que adoração tem tudo a ver com reverência, isto muda o enfoque desta palavra e das nossas atitudes. Dá-nos a responsabilidade de ser um verdadeiro adorador 24 horas por dia, todos os dias da semana e em todos os lugares (em casa, no trabalho, na rua e também nos encontros da Igreja).

3.2. Lutar as guerras de Deus
Eliabe, o irmão mais velho de Davi, era um varão que se sobressaia entre os demais irmãos. Samuel, ao ser advertido por Deus sobre sua rejeição a Saul e ao ser enviado para ungir um dos filhos de Jessé rei sobre Israel, ao ver Eliabe, achou que estava diante do escolhido de Deus, mas Deus, que conhece os corações, já havia se provido do seu escolhido e, fez questão de deixar claro para Samuel, que a escolha é dEle, independente da rejeição humana, Ele dá valor a um rejeitado pelos homens, desde que seja um de seus adoradores, Ele nos vê em qualquer lugar e no estado em que nos encontramos, se estivermos no centro de sua vontade, Ele vai nos vê e, ao seu tempo nos exaltará. Sua escolha não está arraigada a aparência física, mas a um coração temeroso e que adora ao Seu nome. Os irmãos de Davi se dedicaram a defender Israel, lutando ao lado de Saul, Davi ao longo de sua vida, aprendeu sobre a soberania e o poder de Deus e, ao ir para suas guerras, começando com a derrota do gigante Golias, pedia a direção de Deus e guerreava em nome do Senhor dos Exército a quem aprendeu, desde a malhada a teme-lo. Davi era consciente de que tudo estava sobre Seu controle e era grato por cada criação e ato soberano de Deus. Por esse motivo Deus sempre o guardou, livrou-o da morte e foi o próprio Deus que estabeleceu o reinado de Davi. Deus perdoou-o quando ele pecou e se arrependeu, apesar das consequências trágicas advindas de seu pecado. Davi teve que esperar muitos anos até de fato se tornar rei. Foi nesse tempo que ele aprendeu que Deus sempre mantém Sua palavra em Seu momento perfeito. Essa também é uma lição para nós, que devemos descansar no Senhor e esperar pacientemente por Ele.

3.3. Obedecer a Deus
Às vezes Deus nos dá uma ordem e ficamos com medo de executá-la, mas quando dispomos a obedecer ao Senhor pois, ao resolver ser obedientes a Deus, Ele vai nos dando a direção que nos levará à vitória. Saul foi o primeiro rei de Israel e foi o próprio Samuel quem o consagrou; mas Saul fez tudo diferente de como o Senhor havia ordenado, ele executava sua própria vontade e desprezava a vontade do Senhor, então Deus mandou que Samuel fosse à casa de Jessé, em Belém, e ungisse um novo rei para Israel. Samuel temeu a Saul, pois o seu ato poderia levá-lo a ser taxado de traidor da nação e ser executado, mas Samuel resolveu obedecer ao Senhor. Mas quando chegou a Belém enfrentou outro problema; as autoridades foram ao seu encontro tremendo de medo e perguntaram: “Vens em paz?” Sob orientação de Deus ele responde: É claro que venho em paz. Vim sacrificar ao Senhor, venham comigo e sacrifiquem junto, e ali ele consagrou Jessé e os filhos dele. Ao se empolgar com a aparência dos irmãos de Davi, Deus responde a Samuel: não considerem sua altura e sua aparência, pois esses eu rejeitei também. Então você não pode tirar conclusão por meio do olho e sim pela direção de Deus. O que aprendemos aqui é que a obediência a Deus se sobrepõe a qualquer tipo de sacrifício, oferta ou adoração. O que mais afastou a humanidade de Deus foi justamente a desobediência que aliás, foi o pecado original. Saul resolveu ser desobediente e perdeu tudo que Deus o havia lhe dado quando foi ungido rei, Saul que foi obediente partiu para a glória consciente de que, ao ser obediente, foi obediente até a morte.

CONCLUSÃO
Deus nos escolhe, não por capacidade ou força, mas por ter um coração voltado para Ele. Samuel ficou satisfeito com a escolha de Saul como Rei, mas depois de certo tempo, começou a ver que não foi uma boa escolha, tendo sido, primeiramente rejeitado por Deus, Samuel também passou a questioná-lo por sua desobediência. Samuel também se enganou com a aparência de Eliabe, mas preferiu ouvir a Deus e ficar no centro da Sua vontade, visto que Deus que já havia escolhido a Davi, um jovem segundo o Seu coração.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS


Revista DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL do professor: Adultos. TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO, Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 129. Lição 6– O VERDADEIRO DISCÍPULO SUJEITA-SE AO SUPREMO MESTRE: JESUS.

Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995

Bíblia online Revista e corrigida JFA.

Links:
https://www.otempo.com.br/opiniao/super-fe/davi-e-saul-1.1427857
https://ipemaus.wordpress.com/2017/07/07/as-aparencias-enganam-o-homem-ve-o-exterior-porem-o-senhor-o-coracao-1samuel-16-7/#:~:text=Estando%20na%20casa%20de%20Jess%C3%A9,7).
https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2022/lbj-2022-04-07.htm#:~:text=%3A%20%E2%80%9C%5B%E2%80%A6%5D-,Achei%20a%20Davi%2C%20filho%20de%20Jess%C3%A9%2C%20var%C3%A3o%20conforme%20o%20meu,desejo%20de%20agradar%20ao%20Senhor.
https://www.blogdoeriveltonfigueiredo.com.br/2019/10/29/deus-e-quem-escolhe-a-lideranca-de-sua-igreja/
https://www.orvalho.com/ministerio/estudos-biblicos/uma-questao-de-honra-o-principio-da-honra/
https://www.facebook.com/verbofloripaoficial/photos/honrando-a-igreja-localpr-carlos-j%C3%BAniora-honra-%C3%A9-uma-porta-aberta-para-o-favor-d/1013107462074666/?paipv=0&eav=Afak5nKCM8njE2PkSkae8bYl3OzSRCTTlfaiZ7VI-W6fRUbjb9W6Kug1o6WcjhhbGcE&_rdr
https://www.comunidadedasnacoes.com.br/o-principio-da-honra/
http://www.pregandoaverdade.org/2015/01/davi-homem-segundo-o-coracao-de-deus.html

COMENTARISTA ADICIONAL:

PASTOR ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA - Servo do Senhor Jesus Cristo, Bacharel em administração de empresas públicas e privadas pela Faculdade Católica de Brasília, Bacharel em Teologia pela FATAD- Faculdade Teológica das Assembleias de Deus, pós-graduado em administração de cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo de crédito no Canadá, Estados Unidos e Espanha.

O VERDADEIRO DISCÍPULO DEPENDE INTEIRAMENTE DE CRISTO

Lição 5 – 29 de outubro de 2023

TEXTO ÁUREO
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.” 2 Coríntios 4.7 

VERDADE APLICADA
O exercício de um discipulado saudável consiste no discipulador estar ciente de ser um instrumento nas mãos de Deus, para que o propósito do Senhor seja cumprido.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que as qualidades humanas são insuficientes;
Expor o conceito bíblico de autoridade;
Mostrar que fraco é quem não se submete a Deus. 

TEXTOS DE REFERÈNCIA
JOSUÉ 7
2. Enviando, pois, Josué, de Jericó, alguns homens a Ai, que está junto a Bete- Aven, da banda do oriente de Betel, falou-lhes, dizendo: Subi e espiai a terra. Subiram, pois, aqueles homens e espiaram a Ai.
3. E voltaram a Josué, e disseram-lhe: Não suba todo o povo; subam alguns dois  mil ou três mil homens, a ferir a Ai. Não fatigueis ali a todo o povo, porque poucos     são,
4. Assim, subiram lá do povo alguns três mil homens, os quais fugiram diante dos homens de Ai.
5. E os homens de Ai feriram deles alguns trinta e seis e seguiram-nos desde a porta até Sebarim, e feriram-nos na descida; e o coração do povo se derreteu e se tornou como água.

INTRODUÇÃO
As promessas e garantias de Deus a respeito de conquistas e de que está com o Seu povo não eliminam a necessidade de constante vigilância, oração, humildade, cuidado para agir de acordo com os princípios bíblicos e consciência de que somos falhos e limitados.

1. A ILUSÃO DA FORÇA HUMANA
Ai ou Aia ou Aiate era uma cidade ao oriente de Betel e junto a Bete-Áven, próxima a Jericó e a segunda cidade tomada na invasão de Canaã (a Terra Prometida). Seu nome traduzido é “monte de ruínas”, podendo significar o que ela se tornaria. Após conquistar Jericó, uma cidade forte, os hebreus acreditaram que nada mais seria impossível. A subestimação do inimigo aliada à desobediência os levou à derrota em um lugar onde venceriam. O bom discipulador é aquele que confia em Deus, não em si (2Co 12.10). Aprendeu a maior lição: aquele que aprendeu a depender de Deus!

Comentário:
“Então disse o Senhor a Josué: Levanta-te; por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e transgrediram a minha aliança que lhes tinha ordenado, e tomaram do anátema, e furtaram, e mentiram, e debaixo da sua bagagem o puseram” ( Js 7.10,11).

O discípulo durante a caminhada da fé tem de estar em constante vigilância, como em uma luta de boxe, jamais podemos abaixar a guarda, pois o inimigo estar ao nosso derredor pronto para nos golpear mortalmente, ele não brinca. Às vezes após a vitória relaxamos, minimizamos o inimigo e o pecado, achamos que o poder está em nós e esquecemos o verdadeiro dono do poder, "DEUS".

Jesus disse: “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41).

Alguns perigos cercam o discípulo, o de se achar autossuficiente, o de subestimar o inimigo e desobedecer a Deus e ainda tentar ocultar ou esconder pecados, os quais deixam consequências terríveis e tem destruído vidas, famílias e ministérios.

“Os olhos do Senhor estão em toda parte, observando atentamente os maus e os bons” (Pv 15.3). O exemplo de Paulo em (2Co 12.10) é impressionante, e reflete uma maturidade espiritual que poucos alcançaram: "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”. Quando Paulo confiou plenamente em Cristo, se esvaziando do orgulho e da ideia de ser autônomo, ele ganhou força bem maior. Jesus aceitou a "fraqueza" da sua forma humana para se entregar por nós. É somente quando aceitamos a nossa própria inadequação que temos condições de nos entregar a Cristo. Que possamos deixar Cristo viver no centro da nossa vida e de verdade servir integramente.

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23). 

1.1-  Corpo físico
O maior engano já cometido por grandes personagens bíblicos, geralmente está relacionado à confiança em suas próprias forças, como foi o caso de Sansão, que acabou morto [Jz 16.30], ou ao tamanho de seus recursos, como foi o de Davi [1 Cr 2.1]. Ser forte, de acordo com a Bíblia, não significa ter um porte físico avantajado ou ter um grande exército. Mas ter confiança plena em Deus e obedecê-lo em qualquer condição. Os hebreus caíram por se acharem mais fortes que os homens de Ai.

 Comentário:
“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jr 17.5). 

Se a declaração “maldito o homem que confia no homem” for retirada de forma isolada do texto bíblico, certamente parecerá um ensino que proíbe que confiemos em outras pessoas. Contudo, na profecia do profeta Jeremias significa que jamais alguém deve colocar no homem a confiança devida somente a Deus. Essa frase é um aviso do próprio Deus através da profecia do profeta Jeremias (Jr 17.5). Uma leitura simples do versículo mostra qual é a sua mensagem principal e como ele deve ser interpretado. Perceba que a repreensão é contra o homem que aparta o seu coração de  Jeová ao confiar na  própria capacidade humana.

Sendo assim, a declaração “maldito o homem que confia no homem” é uma repreensão contra o ilusório e tolo conceito de autossuficiência humana. A sequência da profecia diz que essas pessoas que agem assim são como uma planta no deserto que cresce na terra seca, numa terra salgada onde nada mais  vive ali (Jr 17.6). 

“Quem confia nas suas próprias forças acaba frustrado, mas quem confia no Senhor tem força para enfrentar qualquer desafio! (Sl 27.1) 

A verdadeira força de um verdadeiro discípulo só tem origem em Deus. Devemos viver na força de Deus e não nas nossas próprias forças. Quem confia nas suas próprias forças acaba frustrado, mas quem confia no Senhor tem força para enfrentar qualquer desafio!

“E disse o Senhor a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam as águas vos livrarei, e darei os midianitas na tua mão; portanto, todos os demais se retirem, cada um ao seu lugar” (Jz 7.7). 

1.2- A alma
A alma é formada pelos sentimentos, conhecimento e emoções. Uma alma abatida conduz a pessoa à derrota, uma alma confiante em Deus leva à vitória [SI 25]. Aqueles que confiam em sua condição intelectual privilegiada, Deus diz que eles certamente serão confundidos. Paulo ressalta que Deus zomba destes, escolhendo as coisas loucas para confundir as sábias [1Co 1.27]. Um homem rico disse à sua alma: “tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga” [Lc 12.19] acreditando que seu poder e força estavam em seu conhecimento e inteligência em conquistar bens materiais. Mas Jesus o surpreendeu, dizendo que ele não tinha poder nem sobre sua própria vida [Lc 12.20]. Diótrefes se achava forte e poderoso, desejando a primazia, desprezando seu líder, João, e expulsando o povo da igreja de Deus. Sua alma orgulhosa o tornava reprovável diante de Deus [3Jo 9, 11]. O discipulador confiante em sua inteligência e conhecimento cai [Mt 23.12a). 

Comentário:
A alma define quem a pessoa é [Sl 103.1]. A alma é a parte que sente emoções, raciocina e tem vontade, interpretando a experiência física do corpo. A alma é a parte não mecânica da pessoa. A criatividade, a inteligência, as emoções, as decisões – tudo que torna a vida mais que um conjunto de processos automáticos é função da alma. A alma é o elo entre o corpo e o espírito e liga à parte física da vida à parte que não é física. O espírito é a parte que tem comunhão com Deus e a alma é a parte que torna essa experiência pessoal, individual. A alma interpreta e aplica a comunhão com Deus na vida física diária. Da mesma forma, a interpretação da alma da experiência física pode afetar a comunhão com Deus. É muito importante cuidar da alma. A alma precisa resistir à natureza pecaminosa, sujeitando tudo à vontade de Deus (1Pe 2.11). Se a alma está sujeita a Deus, a pessoa terá uma vida correta e completa. 60.000 é o número aproximativo de pensamentos que um homem produz em apenas um dia. Por isso, devemos cuidar da nossa alma, tanto quanto nos preocupamos com nosso corpo. Na Palavra de Deus, o desejo do pai por nós é expressado assim: "Caríssimo, desejo que prosperes em todos os teus empreendimentos, que estejas bem e igualmente que tua alma prospere.” [3Jo 1,2]. Conhecer o estado de sua alma é compreender o que acontece em nosso interior e assim melhor controlar nossas emoções e nossas decisões. Jesus veio curar os corpos mas igualmente os corações feridos. 

“Bendize, ó minha alma, o Senhor, e tudo o que existe em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, o Senhor, e jamais te esqueças de todos os seus benefícios" (Sl 102. 1-2). 

“E lá procurarão o Senhor, o seu Deus, e o acharão, se o procurarem de todo o seu coração e de toda a sua alma” (Dt 4.29) 

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37).

1.3- Espírito
A derrota em Ai era uma lição que Deus permitiu aos hebreus para lembrar que a força deles era o Senhor, e não porque eram espirituais. Está enganado quem pensa que, porque ocupa uma posição de destaque, é mais espiritual do que os outros. Jesus advertiu Pedro: “Satanás pediu a você para peneirá-lo como trigo. Mas eu orei por você, para que a sua fé não desfaleça” [Lc 22.31-32a]. 

Comentário:
A espiritualidade cristã é uma jornada progressiva que começa com o novo nascimento em Jesus Cristo (Rm 8.11;  Ef 2.5; 1Pe  3.18,19; 1Co 15.22). Ela se caracteriza por uma vida que é influenciada pelo Espírito Santo, em oposição à vida natural, que não é regenerada (Rm 12.2). Ser espiritual é desejar e buscar mudanças no eu interior. A verdadeira espiritualidade não é alcançada através de regras de conduta, mas é a obra interior do Espírito Santo que renova a mente e molda o coração do crente à imagem de Cristo (Ef 4.21,24); transformação externa (Ef 3.16; 2Co 4.16; 1Pe 3.3,4). É uma jornada de morte para o eu interior e a renovação da mente. A espiritualidade cristã exige que nos concentremos em permitir que Deus nos transforme profundamente, para que possamos alcançar o propósito para o qual fomos criados: para sermos verdadeiramente justos e santos, à imagem de Deus. Portanto, a espiritualidade é uma jornada progressiva, que começa com a salvação e culmina no aperfeiçoamento da imagem de Cristo em nós. É alcançada pela ação do Espírito Santo, que trabalha em nosso interior para nos transformar à imagem de Cristo.

2. AUTORIDADE E AUTORITARISMO
Deus concede aos seus discípulos autoridade [Lc 10.12]. Todo exercício de autoridade que sai da vontade de Deus passa a ser autoritarismo. Isto acontece quando o mau discípulo tenta se apoderar e usa a autoridade em proveito próprio, visando apenas seus interesses. Autoridade vem do próprio Deus, como foi ensinado por Jesus e é usada para o avanço do Reino [Mt 28.18-19], nunca para sua divisão. Nisso diferem, João e Diótrefes, o que tinha autoridade e o que era autoritário. 

Comentário:
Definições:

Autoridade: Do latim auctorĭtas, a autoridade é o poder, a legitimidade ou a faculdade. Direito legalmente estabelecido de se fazer obedecer., Pessoa ou entidade que tem esse direito de se fazer obedecer (ex.: autoridade marítima)., Pessoa reconhecida pela competência ou conhecimento em determinada área. Em geral, o termo refere-se às pessoas que governam ou que exercem o comando: 

Autoritarismo: é uma forma de governo que é caracterizada por obediência absoluta ou cega à autoridade, oposição a liberdade individual e expectativa de obediência inquestionável da população, é quando uma autoridade abusa de seu poder. O conceito também se refere ao sistema ou regime governamental que se excede no exercício de sua autoridade. 

A verdadeira autoridade é adquirida; conquistada pelo exemplo e não pela força. A autoridade é legítima, natural e agradável; o autoritarismo é imposto, é ameaçador, produz tensão e medo. Jesus disse que o estilo de liderança do mundo é inspirado na autoridade imposta: “Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade” (Mc 10:42). Porém, a autoridade na igreja deve ser diametralmente oposta: “Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser ser o primeiro entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Mc 10.43,44). Jesus arremata o assunto, dando seu testemunho pessoal: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” ( Mc 10.45).

2.1- A fonte da autoridade
Deus é a fonte de toda a autoridade [Rm 13.1]. Por esta razão, só é possível ter autoridade se Ele a der ao homem [Lc 10.19], caso contrário é autoritarismo. Diótrefes usava de autoritarismo, acreditando que conseguiria impor as suas vontades (3Jo 10), ignorando que a autoridade vem do Senhor. Ninguém tem autoridade para vencer se não tiver a intervenção de Deus, por menor que seja o obstáculo, como era a cidade de Ai. 

Comentário:
Deus é dono de todo poder e tem autoridade sobre tudo e todos. Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam (Sl 24.1).

Deus é a autoridade sobre todas as coisas e a soberania de Deus é sobre todas as esferas da existência humana e submeter-se às autoridades é fundamental para o cristão. O cristão deve submeter-se às autoridades porque Deus deseja isso de nós e isso ainda pode nos livrar de sérios problemas (Tt 3.1; 1Pe 2.13,15). A única ressalva é que em casos de ser orientado a fazer propositalmente o mal, o cristão deve manter sua postura de obediência a Deus. O maior exemplo é Jesus que foi submisso a Deus mesmo sofrendo injustiças. Em João 17.11, 20-23, aprendemos que Jesus Cristo alcançou uma união perfeita com o Pai ao se submeter a Ele. 

Além disso, Deus nos criou; nos julgará; nunca erra, e governa sobre todas as coisas e sobre todas as nações e delega autoridade aos seus fiéis."E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder [poder e autoridade] sobre todos os demônios, para curarem enfermidades. E enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos. E, saindo eles, percorreram todas as aldeias, anunciando o evangelho, e fazendo curas por toda a parte." (Lc 9.1-2,6). O Espírito Santo de Deus diz que a autoridade do cristão é o resultado de um decreto de Deus para Seus filhos.

Esse decreto de autoridade é sobre todo mal, sobre todos os adversários ou adversidades, doenças, enfermidades, influencias malignas, maldades humanas, contendas, circunstâncias, apostasias. O Senhor diz em Lucas em 10.19: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.” A maioria dos cristãos, imagina que essa autoridade dada por Deus, é somente do pastor da Igreja, mas não é verdade.

Falou Daniel, dizendo: “Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque Dele são a sabedoria e a força; e Ele muda os tempos e as estações; Ele remove os reis e estabelece os reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos” ( Dn 2.20,21).

2.2- O engano do autoritarismo
Cristo combateu veementemente o estilo de vida que não estava alinhado aos princípios do Seu Reino. O autoritarismo é antibíblico. O apóstolo Pedro recomendou: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” [1Pe 5.2-3]. Pedro havia sido impetuoso, mas entendeu que na obra de Deus o que rege é Sua autoridade, nunca o autoritarismo. 

Comentário:
O nosso Deus mesmo sendo a melhor definição de autoridade nunca fez uso do autoritarismo, o desejo do Senhor é que todos se salvem [Jo 3.16], mas Ele não impõem, não força, não invade, Ele bate na porta do coração [Ap 3.20]. Vivemos tempos difíceis, guerras, inversão de valores e o esfriamento do amor, mas como discípulos do Senhor não devemos usar do autoritarismo para sobrepor com força e violência. "Esta é a palavra do Senhor para Zorobabel: ‘Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito”, diz o Senhor dos Exércitos [Zc 4:6]. 

Tentar convencer o pecador e faze-lo crer que Jesus é a solução, é uma das funções das do Espirito Santo [Jo 16.8]. Cabe a nós é ser instrumento, ser vaso nas mãos do oleiro. O Deus que servimos é maravilhoso, Ele nos faz um vaso novo na sua fôrma e enche esse vaso novo com um precioso tesouro. Que possamos ser sempre grato a Deus por esse privilégio de sermos um vaso novo, mesmo cheios de fragilidade e por isso quebramos com facilidade, mas o Senhor vê potencial e valor em mim e você. 

A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo: “Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas, como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer” (Jr 18.1-4).

2.3- Jesus é o exemplo
A liderança de Jesus sempre foi exemplo, desde quando chamou seus discípulos até quando esteve perante Pilatos [Jo 19.11], antes de sua condenação e crucificação. Ele tinha toda autoridade [Mt 28.18], mas não usou dela para escapar de Sua missão que era morrer pelos pecados dos homens [Lc 23.39], antes foi submisso à autoridade do Pai [Fp 2.8]. Jesus é o exemplo de autoridade que atrai [Jo 12.21], em vez de autoritarismo que repele. Sua autoridade era reconhecida pela multidão que o seguia “porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” [Mt 7.29]. 

Comentário:
Como bons discípulos, devemos seguir o maior exemplo de todos “Jesus Cristo” Ele tinha toda autoridade, era manso e cheio de amor. Em João 8.1;12 os escribas e fariseus não tinham a intenção de fazer cumprir a lei de Moises e sim questionar e condenar a Cristo, que deu mais uma demonstração de autoridade, sabedoria e misericórdia, disse Jesus “aquele que não tem pecado, atire a primeira pedra”. Notemos algo, Jesus não disse que ninguém era sem pecado. Essa história é ao mesmo tempo assustadora e libertadora, pois nos dá uma visão de perto do coração de Jesus. Ele sabe que pecamos. E ele nos convida à liberdade de deixar nossos pecados para segui-Lo. “Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12). 

Todos os cristãos são discípulos
Em Atos 11.26, lemos que os discípulos também são chamados de “cristãos”. Hoje em dia, esse pode ser um termo mais comum, mas na verdade todo o cristão verdadeiro é um discípulo de Jesus Cristo. E, além do mais, Jesus chama Seus seguidores a “fazer discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19). Espalhar o Evangelho implica ensinar às pessoas como seguir Jesus em todas as áreas de suas vidas. 

Já percebeu que esse é seu chamado como cristão?

Basicamente, um discípulo é um aprendiz ou aluno, alguém que segue os ensinamentos de outra pessoa e segue os caminhos desse professor. Nos tempos bíblicos, isso era prática comum. Especialmente em questões religiosas, se você queria aprender, não havia escola, mas se tornava discípulo de uma pessoa. 

Por exemplo, o que o apóstolo Paulo fez quando jovem: “Eu sou judeu, nascido em Tarso na Cilícia, mas criado nesta cidade, educado aos pés de Gamaliel, de acordo com a maneira estrita da lei de nossos pais” (Atos 22. 3). João Batista também tinha discípulos (Jo 1.35-37; 3.25, MT 11. 2; 14.12), e o grupo religioso dos fariseus tinha uns quantos (MT 22.16). 

3. O VERDADEIRO DISCÍPULO
O discípulo de Cristo cumpre seu chamado em total submissão ao plano de Deus. O erro de Josué em Ai foi não ter buscado a orientação de Deus. Por isso, teve de aprender com a derrota. Toda ação deve ser levada ao Senhor, por mais simples que possa parecer [Tg 4.13-15]. 

Comentário:
O crente reconhece a existência de Deus, mas só o discípulo está disposto à conversão (metanoia) ou novo nascimento, a mudar de mente e de atitude. 

O crente acredita em Deus, mas só o discípulo se submete realmente a Deus. Tiago diz isso de forma muito clara: “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demónios o creem, e estremecem” (Tg 2.19). 

O crente tem a percepção dum Deus moral, mas só o discípulo procura alinhar o seu caráter com o caráter de Jesus, exemplificado no chamado fruto do Espírito: Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito” (Gl 5.22-25).

O crente sabe que há Deus, mas só o discípulo caminha com Ele: “E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou” (Gn 5.24). 

O crente ouve a Palavra de Deus, mas só o discípulo permanece nela: “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos” (Jo 8.31). 

O crente ouve Jesus e acredita Nele, mas só o discípulo deixa tudo para o seguir, começando uma nova vida: “E disse Jesus a Simão: Não temas; de agora em diante serás pescador de homens. E, levando os barcos para terra, deixaram tudo, e o seguiram” (Lc 5.10b,11). 

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.18-20).

Pense nisso! 

3.1- Ama e cuida da Igreja
O verdadeiro discípulo reflete o amor de Deus pelas almas, ensinando-as a seguir e a servir Jesus [Mt 28.18-20]. O cuidado do discípulo de Cristo é condição essencial daquele que precisa ensinar e conduzir as vidas a Cristo, gerando novos discípulos [2 Tm 4.2]. Josué falhou nisso. O amor precisa ser materializado por meio de ações concretas [1 Jo 3.16-18]. Diferentemente de Diótrefes, João viveu e morreu praticando o amor, tornando- se conhecido por isso [Jo 21.7]. Ele é um grande exemplo para todos que desejam êxito ministerial. Soube amar as ovelhas e deter os lobos [Jo10.10- 16], afastando-os para bem longe do rebanho. Para ele, poupar o lobo era o mesmo que sacrificar as ovelhas. Por isso João não ficou inferente e passivo em relação  à postura de Diótrefes [3Jo 10]. 

Comentário:
As palavras do Senhor Jesus nos revelam que podemos manifestar Deus e glorificá-lo se amarmos uns aos outros. Deus manifesta ao mundo a Sua glória, a Sua graça e o Seu amor através da Igreja, que é o Seu corpo. Devemos, portanto, representá-lo bem aqui nesta terra. Carregamos dentro de nós a presença do próprio Deus e, consequentemente, o Seu amor. Quando os discípulos amam a mensagem do amor de Deus se torna visível ao mundo. O amor é o sinal de nosso discipulado a Jesus (Jo 13.35), a roupa que um cristão deve usar. Em João 13.35 nos lemos: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Jesus nos indica qual o principal ponto pelo qual seremos avaliados no Reino dos Céus. Não é a forma como nos vestimos, o quanto falamos ou a profundidade do nosso conhecimento que nos qualificarão como seguidores de Cristo. A Bíblia assegura que os discípulos serão conhecidos no amor de uns para com os outros. Essa é a questão-chave que sustenta e prova a nossa fé.

Frequentemente dizemos “amem uns aos outros”, entretanto, vivemos essa realidade em nossa vida?

“O fruto da retidão é árvore de vida, e aquele que conquista almas é sábio” (Pv 11:30).

“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina” (2 Tm 4.2).

“E disse Jesus: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens" (Mc 1:17). 

3.2- Preserva as ovelhas
Ao perder a primeira investida contra Ai, como um líder, Josué colocou em risco a vida de suas “ovelhas”. Por ouvir o “conselho” de homens, não se importou em ouvir a Deus. Essa insubmissão custou caro a Josué, pois trinta e seis pessoas perderam a vida naquela batalha; uma derrota significativa para Josué. O discípulo verdadeiro tem responsabilidade em gerar e cuidar, pois se não o fizer, Deus o cobrará [Jr 23.1-4]. Jesus deixa claro que guardou todas as ovelhas que Deus o deu, e nenhuma se perdeu [Jo 17.12a]. 

Comentário:
A ligação de Jesus com seus seguidores era forte e profunda. Aqueles que o seguiam, faziam parte de sua vida. Eram como seus filhos. Jesus declarou ao Pai: “Eram teus, e Tu nos confiaste”; Jesus tinha um sentimento de intenso amor e cuidado por seus discípulos. Esse tem que ser também nosso sentimento e postura para com os discípulos. Que nossas vidas estejam sempre no Seu altar, para quando Ele nos der alguém para cuidar, estejamos prontas (os) a servi-lo. 

"Eu revelei teu nome àqueles que do mundo me deste. Eles eram teus; tu os deste a mim, e eles têm obedecido à tua palavra (Jo 17.6). 

3.3- Cumpre o propósito divino
O propósito divino para Josué era vencer Aí, mas ele perdeu. O fato de Josué não saber que Acã havia roubado o ouro que estava sob a proibição [Js 7.1-13], mostra que Josué não havia buscado Deus antes de invadir a cidade, senão o Senhor o teria avisado [Am 3.6-7]. Para cumprir o propósito divino em Ai, Josué agora busca a Deus e recebe a garantia da vitória na batalha, após ouvir as estratégias do Senhor [Js 8.1-2]. Um discípulo verdadeiro ouve as instruções de seu Mestre.

Comentário:
O profeta Elias era um homem cheio da presença de Deus, que reconhecia a voz de Deus como poucos homens em toda história. Orou para que não chovesse e para que voltasse a chover e aconteceu (Tg 5.17,18), clamou por fogo do céu e o fogo desceu queimando o holocausto (1Rs18.36-38). Por fim, Elias foi arrebatado vivo aos céus (2 Rs 2.9-14), tamanha era sua intimidade com Deus. Vivemos um tempo em que as pessoas gostam muito de falar e se expressar. Na nossa cultura, muitas pessoas têm desejo de falar, mas uma enorme dificuldade de ouvir. Dessa forma, levam esse padrão para seu relacionamento com Deus. Gostam de falar com Deus e apresentar seus problemas e demandas para Ele, mas nem sempre conseguem ouvir a Deus e discernir Sua vontade. Deus colocou no ser humano o espírito (1Ts 5.23), para que seja um ser espiritual, com capacidade de se relacionar espiritualmente (1Pe 2.2). 

Jesus respondeu: “Muitos mais felizes são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11.28). 

Além disso, Jesus afirma que as suas ovelhas ouvem a sua voz e o seguem. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz” (v.27). Ouvir a voz do seu pastor é uma característica natural de uma ovelha normal. Cada rebanho tem o seu próprio pastor e quando este chama suas ovelhas, elas ouvem, reconhecem a sua voz e prontamente o seguem (v.4), ora para o aprisco, ora para os pastos verdes e para os lugares onde havia água fresca. É assim também com todo discípulo que professa sua fé em Cristo. Ele deve ouvir a voz de Cristo, o seu Pastor e segui-lo para onde ele o conduz. Cristo nos chama para dentro do seu aprisco que é a igreja. Ele nos conduz a pastos verdejantes e águas tranquilas e nos consola com o seu bordão e cajado. Ele nos governa e nos consola , cabe a nós ouvir a sua voz e segui-lo para o nosso próprio bem e salvação. E ouvir atentamente para crer em Cristo e aplicar sua palavra em nossas vidas; é se colocar debaixo do que Cristo fala, guardar os seus mandamentos e confiar nas suas promessas Mt.28.20). 

O Senhor Jesus disse, “As Minhas ovelhas ouvem a Minha voz” (João 10:27) 

Senhor, ensina-me a ser teu discípulo, amando as pessoas, independentemente do merecimento delas ou do meu sentimento para com elas. Eu quero representar da melhor forma possível o teu amor para que elas te conheçam e sejam abençoadas através do meu testemunho. Sou imperfeito, mas, pela tua graça, eu conseguirei ter um comportamento semelhante ao de Jesus. Amém. 

CONCLUSÃO
Deus não procura pessoas fortes, mas alguém que seja fortalecido nEle. Deus não quer discípulos de aparência como Diótrefes, mas de essência, comprometidos e amáveis como João, Gaio e Demétrio para realizar Seus propósitos. 

Comentário:
Que Senhor possa nos ensinar a ser Seu discípulo, amar as pessoas, independentemente do merecimento delas ou do meu sentimento para com elas. Somos imperfeitos e frágeis mas Deus conta conosco e pra isso ele nos capacita e derrama da tua graça e misericórdia sobre as nossa vidas. Que estejamos sempre aos pés da cruz. 

Referências bibliográficas
Biblia online Almeida Corrigida Fiel
blog hulio peixoto www.marata.br.com
Bp especializada estilo e adoração biblioteca biblica
Versão Almeida Revista e Corrigida Bibliaon
www.respostas bíblicas.com.br bíblia online

Comentário adicional  Diácono Wagner Delfino


LIÇÃO 04 - O VERDADEIRO DISCIPULO É SUBMISSO A SUA LIDERANÇA (PR. OSMAR)

 O VERDADEIRO DISCÍPULO É SUBMISSO A SUA LIDERANÇA
Lição 04 – 22 de Outubro de 2023


TEXTO ÁUREO
“Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus" (3 João 11)

VERDADE APLICADA
O autêntico exercício do ministério cristão ocorre quando há plena consciência de que deve ser cumprido para a glória de Jesus e nunca dos homens.
 
OBJETIVOS DA LIÇÃO

ALERTAR sobre erros de um mau discipulador;
RESSALTAR que a igreja é de Deus;
ENSINAR que um discipulador é um servo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
João 13.3 – Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus,
João 13.4 – Levantou-se da ceia, tirou as vestes, e, tomando uma toalha, cingiu-se.
João 13.5 – Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
João 13.6 – Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
João 13.7 – Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
João 13.8 – Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS DA LIÇÃO


INTRODUÇÃO
Esta semana estaremos estudando um tema muito importante e desafiador não só aos líderes espirituais e eclesiásticos, como também para os cristãos de uma forma geral, pois vamos concentrar-se em dois princípios extremamente oportunos: Autoridade e Submissão. Se, por um lado, há alguns tipos de lideranças totalitárias como Diótrefes, que alegam ter a última palavra, e se apresentam como verdadeiros donos da Igreja (3 Jo 10-11)). Por outro lado, como reflexo de uma sociedade pós-moderna, temos muitos crentes que não estão mais dispostos a observar o principio da obediência e submissão às autoridades e lideranças devidamente constituídas por Deus (Rm 13.1). Por que devemos ser submissos às nossas autoridades? Até onde deve ir nossa obediência à liderança de nossa igreja?

1. ERROS DE UM DISCIPULADOR
A submissão é uma atitude de coração que se manifesta através da obediência. O erro que uma autoridade possa vir a cometer nos dá o direito de rebelar-se contra ela? Temos poder para retirar a autoridade espiritual que o Criador concedeu a alguém? Este século tem se caracterizado pela desordem e falta de lei. E não é de se admirar que dentro da igreja haja uma resistência em relação à autoridade e à obediência. É fato que o principio da submissão às autoridades é claramente ensinada nas Escrituras e como servos de Cristos devemos observar e nos submeter como ao Senhor (Lc 10.16; Rm 13.1). Se uma pessoa é uma autoridade espiritual e está causando problema ou em pecado, cabe a Deus destituí-la de sua posição, não nós. Nem eu nem você temos poder para retirar a autoridade espiritual que o Criador concedeu a alguém. É neste ponto que muitos se enganam, pecam e atraem para si a ira de Deus; Mas, é fato também, nas Escrituras, que toda e qualquer estrutura no principio da obediência terrena (governos, líderes eclesiásticos, pais, cônjuges, patrões, professores, etc) são condicionadas e devem está fundamentadas na Palavra (At 5.29). Toda e qualquer liderança do ponto de vista humano são falíveis, portanto, sua obediência podem ser restringidas. Diótrefes, por exemplo, como líder eclesiástico, errou ao não considerar Jesus o legitimo e único Senhor da Igreja e agir conforme seu equivocado entendimento, cabendo assim aos seus liderados, antes de obedecer irrestritamente, uma análise de suas ações à luz das Escrituras (3 Jo 9-11). Logo, em relação a autoridade de Deus a obediência é tão absoluta quanto a submissão, pois Deus não falha e não há nenhuma atitude mais sábia do que aceitar e fazer a Sua vontade. Todavia, em relação as "autoridades delegadas" aos homens, elas não são absolutas, pois somos falhos, por isso existem momentos (casos de confronto com a Palavra de Deus) em que podemos questionar tais autoridades (1 Tm 2.1-2), mas jamais devemos ser insubmissos e/ou rebelar-se, não podemos confundir as coisas. É melhor ir congregar em outra igreja e estar sob a autoridade espiritual de outro líder do que não submeter-lhe e/ou rebelar-se contra o ministério dele. Rejeitar uma autoridade delegada é uma afronta a autoridade de Deus (Lc 10.16; 2 Pe 2.10-12). Vamos ter o cuidado de não cometer esse erro!

1.1. A soberba
Todos nós conhecemos o que aconteceu com Lúcifer, mais conhecido hoje como o diabo ou satanás. Ele era um Querubim Ungido (Lc 10.18), mas ele usurpou o trono de Deus, se ensoberbeceu e, por isso, foi condenado (Is 14.12-15; Ez 28.12-19). Não são poucos os exemplos e alertas da Bíblia quanto ao perigo de uma pessoa ser dominada pela soberba. Ela é uma tentação constante para quem está em posição de autoridade e de visibilidade. A soberba de Diótrefes era conhecida. Segundo o texto, ele “gostava de exercer a primazia”. Tal arrogância acabou levando-o à rebeldia. Além de falar mal dos seus líderes e distorcer o que eles falavam, Diótrefes trouxe danos àquela igreja e aos irmãos que tentavam se achegar. O apóstolo Paulo lista nas características de quem deseja ser líder: a maturidade, para poder manter-se humilde na posição que Deus colocou (1 Tm 3.6). Se não estivermos maduros, poderemos trazer a glória para nós, louvando a nós mesmos, exaltando-nos, tornando-nos independentes, passando a nos enxergar além do que somos. Cuidado! O poder sem a obediência e submissão a Deus e suas autoridades constituídas pode-nos levar à soberba.
 
1.2. Abuso de poder
As ações de Diótrefes servem como um alerta não só contra o perigo da soberba, mas também contra o perigo do abuso de autoridade nas igrejas. A sua história destaca a importância da humildade, da unidade e do principio da submissão à autoridade eclesiástica para o bem-estar e o crescimento da Igreja. O comportamento de Diótrefes contrasta fortemente com esses ensinamentos, exibindo um desejo de poder, controle e divisão. Estas são situações que naquele momento eram apenas embriões de problemas maiores que acabariam por fincar o pé ao longo da história eclesiástica. Ao longo dos séculos, outros inúmeros líderes ou figuras influentes dentro da igreja abusaram de suas autoridades ou procuraram ganhos pessoais à custa da cristandade. Essas histórias devem servir como lembretes para estarmos vigilantes contra tais comportamentos nos contextos modernos.

1.3. Desequilibro emocional
Um líder geralmente tem muitas preocupações, é muito atarefado e precisa ser maduro para assumir diferentes posturas em diferentes situações dentro e fora da Igreja. Por isso, ele também precisa estar emocionalmente preparado. O desequilíbrio emocional é tido como um dos piores defeitos que um líder pode ter. Um bom líder é aquele que conhece e domina suas emoções. Assim, um líder que está com sua parcela emocional devidamente equilibrada consegue se posicionar de forma sábia e eficaz, pois, ao gerenciar suas emoções, ele também realiza sua liderança de maneira proativa, benéfica e efetiva. Seus comandados passam a se sentir motivados e satisfeitos com o exercício de sua liderança. Já o descontrole emocional pode levar o líder a tomar decisões equivocadas.

2. A IGREJA TEM DONO
Para líderes eclesiásticos como Diótrefes, poderem agir livremente, precisam suprimir a autoridade do Senhor. No tempo de Diótrefes, precisava ainda desprezar a autoridade apostólica (3 Jo 9-11). Em nosso tempo, além de rejeitar a autoridade de Deus, precisam rejeitar a sã doutrina. Agindo assim, eles assumem um lugar de preeminência sobre a congregação, extinguindo a ação de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Tudo precisa estar centrado nele e ser feito conforme a vontade e determinação dele. O autoritarismo de Diótrefes resiste à ação do Espírito e coloca completamente de lado a ordem estabelecida por Deus para o funcionamento da igreja local. Lamentavelmente, ainda existem líderes eclesiásticos que insistem em ser "donos" da igreja, fazendo tudo a seu modo. Impunham sua liderança pela imposição e pela intimidação como características fundamentais para manter a ordem entre os seus comandados. O mais triste é que esses “ditadores” cristãos acreditam, de fato, estar servindo a Deus e exaltando o nome de Jesus. Mas, cristãos como Diótrefes não podem ser chamados de discípulos, muito menos de ministro de Deus.

2.1. O Pai
A igreja pertence a Deus Pai, e é, muitas vezes, chamada "Igreja de Deus" (At 20.28; 1 Co 1.2; 10.32; Gl 1.13; 1 Tm 3.5,15), ou seja, o povo que pertence a Deus e liderada por homens chamados para cuidar dela (Ef 4.11). A palavra grega "ekklesia" traduzida como "igreja" significa, literalmente, "chamado para fora" e assim refere-se a um grupo de pessoas chamadas para saírem do pecado no mundo e servirem ao Senhor. Não se trata de qualquer povo, mas de uma comunidade digna de ser chamada igreja de Deus. Um povo que de acordo com o grande projeto de amor do Pai, se identifica tanto no seu ser como no agir. Muitas pessoas têm a noção errada de que a igreja é uma mera instituição, independente do povo que a compõe. Embora a igreja tenha a sua parte organizacional, este não é o real conceito bíblico do termo igreja (eklklesia). Deus não entregou seu Filho para morrer e estabelecer uma organização ou instituição, mas para salvar o povo do pecado (At 20.28; 1 Co 6.20). O Novo Testamento, em sua essência, descreve a igreja como um corpo composto de membros vivos (Rm 12.4-5; 1 Co 12:12-27;  Cl 1.18,24; Ef 5.23). Deus, Pai não habitam numa organização ou instituição, mas no povo que os obedece (Jo 14.15,23).  

2.2. O Filho
A mais ampla expressão de autoridade de Deus se encontra no Corpo de Cristo, sua Igreja. A Igreja não é simplesmente o templo ou prédio onde se reúnem os irmãos. Embora Deus tenha estabelecido os princípios da autoridade delegada nas diversas áreas do relacionamento humano, pais, filhos, governos, povo, sociedade, patrões, servos, etc pode dar à autoridade sua expressão mais ampla do que a Igreja do Senhor. Não existe nada mais belo sobre a face da terra do que a Igreja. Ela pertence ao Filho e representa o Corpo místico de Cristo, a noiva do Senhor. Nos últimos dias, vivemos uma avalanche de ensinos errados, que levam muitas pessoas a afirmarem que querem Jesus, mas não querem pertencer a Igreja. Não querem compromisso. Fazer parte da Igreja exige compromisso. Fazer parte do corpo de Cristo exige compromisso. Nunca veremos um pé ou uma perna andando sozinha na rua. Se estiver separada do corpo, sozinha, vai apodrecer, precisa estar ligada ao corpo. Uma pessoa pode estar na Igreja e não fazer parte do Corpo de Cristo. Mas, ninguém pode fazer parte do Corpo de Cristo sem fazer parte da Igreja, porque ela é o Corpo do Senhor. Os verdadeiros seguidores de Deus fazem parte da igreja que pertence a Jesus.

2.3. O Espírito Santo
O Senhor não derramou Seu Espírito Santo sobre os cristãos à toa. Entre os propósitos que Ele tinha em mente ao conceder o Espírito Santo aos crentes e dar-lhes autoridade espiritual (Ef 4.11-14; 1 Co 12.28). O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo do propósito de nossa salvação. O Espírito Santo habita, unifica e guia a Igreja na verdade. Ele é o dono da Igreja, o responsável exclusivo por seu crescimento e avanço. Ele foi derramado sobre a Igreja para impulsioná-la, encorajá-la, guiá-la e capacitá-la na prática, testemunho e pregação do Evangelho. O Senhor Jesus disse que o Espírito Santo daria testemunho dele, o glorificaria e nos guiaria a toda a verdade. Somente no Espírito existe verdadeira conversão e transformação da nossa mente (Rm 12.2). Sejamos crentes cheios do Espírito Santo e, certamente, amaremos mais ao Senhor Jesus e seu Evangelho. Somente assim seremos o que Deus nos chamou para ser e faremos o que Deus nos chamou para fazer.

3. O DISCÍPULO SERVE PROPÓSITOS
Na ultima ceia realizada com os seus discípulos Jesus fez algo impressionante. Ele fez uma demonstração poderosa de autoridade que os deixou perplexos. Enquanto comiam juntos, Jesus vestiu-se como servo, cingiu-se com uma toalha, e, então, prosseguiu executando a função do escravo de menor valor: lavou os pés dos discípulos. Ali estava o Deus encarnado, o Criador do Universo, Aquele que tinha o direito de exercer toda a autoridade, agindo como um servo particular. Sem dúvida, Ele estava tentando transmitir uma mensagem muito importante. Estava apontando, da forma mais enfática possível, a verdadeira atitude e posição daqueles que exercem autoridade espiritual e liderança. Enquanto tomava esta atitude, Ele disse: “Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque Eu o sou. Ora, se Eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também.” (Jo 13:13-15). Muitos pensam que ser revestido de autoridade espiritual é apenas ser revestido de poder para dar ordens ou tomar. Aqui Jesus deixa claro que, os que são usados por Deus para transmitir Sua autoridade devem ser servos. Sua verdadeira função de autoridade é assegurar a orientação, a proteção, a provisão e a promoção de seus subordinados, etc. Sua atitude e disposição não são para estabelecê-los como "chefes" e "senhores", mas para tomarem a posição mais inferior. Eles devem usar seus dons divinos para servir aos outros, em vez de elevarem-se a si mesmos. Jesus não serviu aos outros a fim de receber honra dos mesmos, mas sim, porque ele os amava. Ele valorizava servir aqueles que não poderiam lhe dar nada em troca. Ele deixou claro que a sua missão consistia em servir. Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos“ (Mt 20.28). Tudo que existe no mundo revela Seu poder, Sua glória e Sua autoridade. Reconheçamos que Deus é a fonte de toda a autoridade que há no universo e submetamo-nos a Ele, pois toda autoridade emana de Deus e cumpre um propósito por Ele estabelecido para que haja paz, ordem e produtividade.

3.1. Estruturar e fortalecer o Corpo
A Igreja não é obra humana (Mt 16.18), mas criação especial de Deus mediante Cristo, seu Filho Amado (Ef 1.22,23; Gl 2.20). Foi para estrutura da família, da Igreja e da sociedade, que Deus estabeleceu o princípio da autoridade delegada. Deus é a fonte de toda autoridade. O Senhor age a partir do seu trono que está estabelecido sobre a sua autoridade. Mas para reger todas as relações do homem com o homem, foi que Ele transferiu ou delegou Sua autoridade aos homens. A partir daqui todas as relações na terra estão debaixo deste princípio, nada está solto. Como isto funciona? Na Tri-unidade divina temos o Pai, Filho e o Espírito Santo. Na essência os três são iguais. Porém, diferentes nas funções: O Pai enviou o seu Filho (Jo 4.34), que em obediência, ao Pai, veio cumprir sua função e propósito (Jo 8.29; 16.28; Fp 2.3-11); o Filho enviou o Espírito Santo (Jo 15,26; 14.26), que em obediência, ao Filho, veio cumprir sua função e propósito (Jo 16.12-15; At 2.16-17). Este mesmo princípio divino foi delegado em todas as relações estabelecidas por Deus na terra, quer seja na família, no emprego, na igreja ou na sociedade. Somos todos iguais perante Deus, mas aprouve ao Senhor delegar funções e propósitos diferentes a alguns para que seus propósitos e objetivos sejam alcançados: "E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo" (Ef 4.11,12).    

3.2. Fazer a Igreja avançar
A mais ampla expressão da autoridade de Deus se encontra no corpo de Cristo, sua Igreja. Só o relacionamento entre Cristo e a igreja pode expressar totalmente a autoridade e a obediência. Pois Deus não chamou a igreja para ser uma instituição; ordenou que fosse o corpo de Cristo. Frequentemente pensamos que a igreja seja apenas um ajuntamento  de crentes com a mesma fé, mas Deus a vê de maneira diferente. Ela não representa só a mesma fé e o amor unido, mas muito mais, como se fosse um só corpo. Deus não chamou a igreja para ser uma instituição; ordenou que fosse o corpo de Cristo. Os relacionamentos de pais e filhos, senhores e servos, e até mesmo maridos e esposas, todos podem ser interrompidos, mas o corpo físico não pode ser separado de sua cabeça; são um para sempre. A autoridade e a obediência encontradas em Cristo e na igreja são de uma natureza tão perfeitas que ultrapassam todas as outras expressões de autoridade e obediência. Examinando cuidadosamente as Escrituras, descobrimos que o Senhor perdoa pecados contra a Sua santidade, mas não contra a Sua autoridade (Is 14.11-20; Ez 28.12-19; 2 Pe 2.4; Jd 1.6; Ap 12.7-9). O princípio da autoridade deve ser respeitado e vivido quotidianamente, pois é um princípio de Deus que, praticado, é uma bênção. Desprezado, poderá redundar em maldição (Nm 12.6-10; Rm 13.2; 1 Sm 15.23).

3.3. Acolher o povo e demais líderes
Diótrefes ocupa um lugar único na história bíblica como uma figura cujas ações destacam os perigos do orgulho, do egoísmo e do abuso de poder. Aprender lições com a sua história proporciona uma oportunidade de examinar as nossas próprias atitudes em relação à autoridade e lutar pela humildade, unidade e liderança servil no nosso contexto cristão moderno. Como discipulo do Senhor, devemos cumprir os propósitos de Deus como povo que O adora, O glorifica e proclama a Sua Palavra. Todavia, a maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de louvar, pregar, dizimar, jejuar ou ofertar. A maior das exigências que Deus faz é que lhe obedeça e lhe seja submisso (1 Sm 15.22-23; Sl 50.16-17). Isto porque Deus é soberano e tudo que no mundo existe é sustentado pelo poder de Sua autoridade (Hb 1.3). Nada no universo deve sobrepujar a autoridade de Deus(Sl 103.19). Isto significa que ninguém tem autoridade por si mesmo. Deus é quem a outorga ou permite que ela seja concedida a alguém. O Criador possui autoridade direta e absoluta; o homem, só autoridade delegada e parcial. Assim, todo aquele que deseja cooperar com o Senhor, deve conhecer a soberania e autoridade de Deus. Rejeitar uma ordem de Deus ou Sua autoridade é o mesmo que ir contra o próprio Deus. A intenção de Satanás de estabelecer o seu trono acima do trono de Deus foi o que violou a autoridade do Senhor (Is 14.12-15; Ez 28.13-17). Não podemos permitir espaço para rebeldia em nossas vidas. Assim como Jesus, que em nada foi rebelde ao Pai. Ele vivia para agradar ao Pai e em tudo lhe foi obediente e submisso. Se formos obedientes, o Criador abençoará tudo quanto fizermos, para a glória do Seu nome. Porém, rebelar-se contra uma autoridade estabelecida por Deus, acarreta sérios danos para a nossa vida.

CONCLUSÃO

A lição desta semana serve como um lembrete aos cristãos para examinarem seus próprios corações e atitudes em relação à liderança. Enfatiza a importância da humildade genuína, da liderança servil e dos propósitos que temos de realizar dentro unidade do corpo de Cristo. O Senhor nos chamou para aprender a obediência na igreja, na família e no mundo. Se você deseja ganhar reconhecimento e sair vitorioso diante das adversidades, reconheça as autoridades delegadas por Deus para protegê-lo e abençoá-lo, e submeta-se a ela.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS

REVISTA BETEL DOMINICAL: Jovens e Adultos. TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 129. Lição 04 – O verdadeiro discipulo é submisso a sua liderança.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Matthew Henry. Almeida Revista e Corrigida. Rio de Janeiro. Editora Central Gospel. 1ª Edição, 2014.

PIPER, John. Disponível em https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/so-se-submeta-ao-seu-pastor-se-ele-submisso-biblia-diz-john-piper.html. Acessado em 11.10.2023.

ALLAN, Dennis. Disponível em https://estudosdabiblia.net/a14_4.htm. Acessado em 11.10.2023.

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NOBRE, Jamer. Disponível em https://revistaimpacto.com.br/autoridade-e-submissao-no-discipulado/ Acessado em 12.10.2023.

MALAFAIA, Silas. Disponível em https://static1.squarespace.com/static/5f12f41793c4b871cc98b3fd/t/6063a5d49cf292067bf41de9/1617143263155/AUTORIDADE_ESPIRITUAL.pdf Acessado em 14.10.2023.

NEE, Watchman. Dispível em https://pt.slideshare.net/FbioBezerra18/watchman-nee-autoridade-espiritualpdf Acessado em 14.10.2023.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Pr. Osmar Emídio de Sousa. Servidor Público Federal; Bacharel em Direito; bacharel em Teologia Pastoral, pela FATAD (Faculdade de Teologia das Assembleias de Deus de Brasília).