LIÇÃO 13. APRENDENDO COM OS DEZ MANDAMENTOS:
Pilares éticos e morais cujos princípios são relevantes e aplicáveis
na vida contemporânea
TEXTO ÁUREO
“Ora, tudo isso lhe sobreveio
como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os
fins dos séculos. ”
I Coríntios 10. 11
VERDADE APLICADA
Fomos libertos da escravidão do pecado para pertencermos a Deus e vivermos segundo a Sua vontade em todas as áreas da vida, para a glória de Deus.
Objetivos da Lição
Destacar Jesus Cristo com o
cumprimento da lei.
Falar sobre os mandamentos e a
vida prática.
Ensinar os princípios básicos dos dez mandamentos.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
SALMO 119
97. Oh! Quanto amo a tua lei!
É a minha meditação em todo dia.
98. Tu, pelos teus
mandamentos, me fazes do que meus inimigos, pois estão sempre comigo.
99. Tenho mais entendimento do
que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.
100. Sou mais prudente do que
os velhos, porque guardo os teus preceitos.
101. Desviei os meus pés de
todo caminho mau, para observar a tua palavra.
102. Não me apartei dos teus
juízos, porque tu me ensinaste.
103. Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.
INTRODUÇÃO
Os Dez mandamentos possuem uma riqueza de princípios para a vida prática do povo de Deus. Com o auxílio do Espírito Santo e o amor de Deus em nós derramado, é necessário e possível aplicar tais princípios em todas as áreas da vida enquanto estamos nesta terra. Eles são altamente protetivos e manifestam o amor e o cuidado que Deus tem com cada um de nós.
Comentário adicional da introdução
Conhecer os dez mandamentos através do estudo sistemático do mesmo, constitui um privilégio por parte do ser humano. Pois ele é uma base que o homem se firma para o conhecimento daquilo que Deus estabeleceu para seu povo que outrora vivia como escravo, sem lei e sem direitos. Os dez mandamentos, com ajuda do Espírito Santo norteiam o caminho da vida, pelo qual o homem deve caminhar.
1. Cristo, o cumprimento da Lei
A Lei de Deus revela seu caráter divino e, em ambos os Testamentos, esses valores morais são ensinados como princípios eternos, pois, são a vontade de Deus. (Mt 5. 18)
Comentário adicional
As predições da lei de Deus não anulam a missão de Cristo à terra com o plano salvífico a todos os homens. A lei continua revelando o caráter de Deus, e o que nos ensina sobre valores morais. São princípios eternos que irão responder positivamente à graça vindoura de Deus! Ela foi intencionada para ser cumprida em Cristo através de sua morte e ressureição. Foi, de fato, totalmente cumprida em Sua vida. Um novo testamento e uma nova aliança foram inaugurados [Mt5. 18; At 15.5-29; Rm 10.4].
1.1 . A lei Moral, Civil e Cerimonial.
É de extrema importância sabermos distinguir cuidadosamente as diferenças entre a Lei cerimonial, as Leis civis ou judiciais, e a Lei moral, pela qual o criador estabelece a conduta moral de todas as criaturas para todos os tempos. A Lei moral é o padrão justo e eterno para nossa relação com Deus e com o nosso próximo. A Lei civil é composta por Leis que regiam Israel como nação sob Deus. Nelas havia orientações para guerras, restrições ao uso da terra, regulamentos para a dívida e penas por violações do código legal de Israel. A Lei cerimonial tratava das festas, da adoração, dos alimentos, da pureza ritual, a conduta dos sacerdotes, como está no livro de levítico. A Lei cerimonial, que trata do culto, apontava para Jesus Cristo, sendo sombra das coisas futuras [Cl 2.7; Hb 10.1]; a Lei civil foi dada a Israel como uma nação de governo teocrático; a Lei moral revela o caráter Santo de Deus [Rm7.12,14]. Lembremo-nos de que esta classificação não significa que são três Leis independentes, más, sim, uma Lei que trata de diferentes aspectos da vida de Israel.
Comentário adicional
Sábio e justo, Deus estabeleceu leis para regulamentar a conduta de seu povo. As leis não existem para tolher a liberdade, más para ampliar seu significado e aclarar seu sentido. À nação Israelita, foram dadas várias leis, algumas das quais se cumpriram em Cristo para todos que os pretendem se tornar cidadãos da pátria celestial. Como as sagradas escrituras descrevem algumas delas?
A - Leis Civis, êxodo 21.22, para proteger a nação de Israel
B - Leis Cerimoniais, Levítico
1. 4, envolvendo festas, sacrifícios de animais e ofertas, específicas para o santuário.
Encontramos também uma lei que se refere à saúde (levítico 1.11). Deus preocupa
com a saúde e o bem estar do seu povo.
C – Lei Moral, Êxodo 20. 3-7; êxodo 31.18 escritas pelo dedo do
próprio Deus em duas tábuas de pedra. Essa lei um princípio eterno de Deus.
Não podemos confundir quem escreveu as leis, nem usar textos da lei
cerimonial para explicar a lei moral ou vice-versa.
2 – A lei cerimonial estava relacionada com o santuário. Como era o
santuário? Hebreus 9. 1-4.
3 – Com a morte de Cristo, o que ocorreria com a lei cerimonial?
Daniel 9. 27; efésios 2.15; colossenses 2.14.
4 – A Bíblia nos ensina claramente que a lei cerimonial foi abolida na cruz. A partir dali não é mais necessário sacrificar animais, nem praticar as antigas festas sacerdotais. Jesus Cristo se entregou na cruz por todos os homens e se fez sacrifício perfeito [Romanos 14.10; 12, 20,22. Gl 4.4-5].
1.2. Cristo e a Nova Aliança
Já vimos na primeira lição sobre os dez mandamentos como resultado da revelação de Deus no Sinai ratificando o pacto iniciado na libertação de Israel da escravidão do Egito por ocasião da instituição da páscoa [Êx 24.8]. Assim, no Sinai, Moisés é o mediador da aliança entre Deus e o povo [Êx 19. 3-9]. Com a vinda de Jesus Cristo, na plenitude dos tempos [Gl 4.4-5], Ele estabeleceu a nova Aliança/Testamento em seu sangue [Mt 26.28]. Jeremias profetizou sobre a Nova aliança [Jr 31.31-33]. A Antiga Aliança exerceu um papel de tutor até a chegada da Nova Aliança [Gl 3. 23-25]
Comentário adicional
Jesus foi o mediador de uma aliança superior. Os sacerdotes do antigo testamento trabalhavam debaixo de uma antiga aliança lembrando ao povo e trazendo a lembrança essa antiga aliança [hebreus 8.7-13]. Os sacerdotes da antiga aliança eram provisórios, temporários e terrenos. Nesse tempo o tabernáculo era de madeira, tecido, bronze, mármore, pedras preciosas apenas uma demonstração daquela que era a superior. Enquanto os sacerdotes aqui na terra traziam coisas materiais para serem oferecido, Jesus ministra algo espiritual e eterno como as grandes dádivas de Deus prometida a todos os homens que porventura, aceitassem a nova aliança. A lei da velha aliança não nos justifica. Mas, pelo efeito da nova aliança, fomos libertos e restituídos a Deus. Obedecemos a lei moral por amor e gratidão a Deus. Afinal, são princípios eternos e deverão ser observados.
1.3. Cristo e o cumprimento da Lei
Já vimos anteriormente que Nosso Senhor Jesus Cristo não veio para abolir a Lei e os ensinamentos dos profetas, mas, sim, para cumprir [Mt 5.17]. O apóstolo Paulo escreveu que não há ser humano que seja declarado justo tendo como base a obediência à Lei [Rm 3.19-20]. A Lei revela nossa necessidade de perdão e incapacidade de agradar a Deus por recursos próprios. Mas Cristo cumpriu. “O fim da Lei é Cristo” [Rm 10.4]. Cristo nos resgatou da maldição da Lei [Gl 3.13]. Esta é a doutrina fundamental da fé cristã. Não é possível compreender a morte de Cristo sem uma compreensão das exigências da Lei, Jesus Cristo cumpriu a Lei, foi ‘obediente até a morte” [Fp 2.8], tomou sobre Si os nossos pecados, efetuou a perfeita e eterna redenção [Hb 9.12].
Comentário adicional
O propósito da lei era revelar o pecado do homem, bem como sua necessidade de um salvador que perdoasse de vez a sua culpa [Romanos 3.20]. Para nós, que já conhecemos Cristo como salvador, a lei serve como um modelo. O que nos cabe agora é, “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmo”. Nunca nos consideremos bons por obedecer à lei moral, obedeceremos por gratidão, pela salvação que recebemos. Jesus afirmou aos seus discípulos, “se guardardes os meus mandamentos permaneceis no meu amor assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu pai e no seu amor permaneço [1João 2.3-6]”. Quando Jesus esteve na terra guardou os dez mandamentos, se tivesse guardado apenas um mandamento, a nova aliança não teria sido estabelecida. Muitos acreditam que ao aceitar a Cristo, não se faz necessário observar os dez mandamentos. O aposto Paulo nos ensina que de maneira nenhuma anulamos a lei pela fé, antes confirmamos a lei [Romanos 3;31 e Eclesiastes 12.13]. Devemos temer a Deus e guardar os seus mandamentos, porque isto é o dever de todo homem. O que Jesus espera dos seus seguidores é que reconheçamos a cruz como a solução para todas as coisas, e que ela deve ser sempre o objeto de fé. Na antiga aliança ou se guardava os dez mandamentos ou era condenado. E na nova aliança? “Como se ninguém conseguiu, ” como está escrito: não há um justo, nenhum sequer [Rm 3.10]; o Senhor olhou desde o Céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum com entendimento, que procurasse a Deus, contudo, todos haviam se desviado e se fizeram corrompidos. Não há quem faça o bem; não há um sequer [Sl 14. 1-3; Sl 53]. Agora temos Cristo, nosso intermediário, nosso salvador.
2. Os Dez Mandamentos e a vida prática
Podemos destacar no estudo dos dez mandamentos três princípios que devem nortear o nosso viver ao longo da jornada cristã: os padrões de Deus, nosso relacionamento com o próximo e um manual de adoração e conduta.
Comentário adicional
Os dez mandamentos foram entregues por Moisés por volta de 1300 anos antes de Cristo. Neste tópico podemos destacar três princípios dos dez mandamentos que direciona nossa vida prática, os quais são:
Primeiro – Os padrões perfeitos de Deus;
Segundo – A prática do amor;
Terceiro – Manual para a prática da adoração a Deus
2.1. Os padrões perfeitos de Deus.
O fato de não estarmos mais debaixo da Antiga Aliança não significa que os padrões de Deus deixaram de existir ou não mais são exigidos. Tais pensamentos podem servir como justificativa para um viver que transforma a graça de Deus em libertinagem [Jd 4]. É crucial ter em mente que os dez mandamentos revelam algo do caráter moral de Deus e que nEle “não há mudança nem sombra de variação” [Tg 1.17]. O Senhor Deus nos libertou da escravidão do pecado, nos tirou da potestade das trevas para sermos dEle e vivermos de acordo com a vontade dEle. Em Cristo é possível uma vida de fidelidade a Deus em amor [Mt 22.36-40]. “E este é o amor: que andemos em obediência aos seus mandamentos” [2Jo 6]. O Senhor Jesus ordenou aos Seus discípulos que se dedicasse a ensinar outros discípulos a guardarem todas as coisas que Ele tinha mandado [Mt 28.20]. Todos precisam conhecer os padrões de Deus. Todos necessitam ser participantes da natureza divina. Todos precisam andar em espírito.
Comentário adicional
Nós, cristãos, não temos dúvidas que os dez mandamentos são princípios, padrões perfeitos e eternos dado por Deus. Padrões que apresentam um único Deus criador de todas as coisas, e que seu desejo é relacionar-se com o homem, tendo ambos uma vida de intimidade. A nova aliança veio, não para anular o que Deus escreveu. A graça é um ideal de Deus desde a eternidade, ela estava no coração de Deus e foi idealizada por Ele desde o princípio. Deus em sua Onisciência, sabia que os dez mandamentos eram eternos e que continuariam na graça que viria mais tarde através do sacrifício de seu único filho, “Jesus Cristo”, cumprindo assim, todos os mandamentos, abraçando toda humanidade. Em sua essência, ela é um projeto divino. [Efésios 1.4] como também nos elegeu nEle desde a fundação do mundo para que fossemos Santos e irrepreensíveis diante dEle em amor [Efésios 3.3 -6; 1Pedro 1.19 – 20]. Portanto, sabemos que a graça já estava estabelecida desde a fundação do mundo, mas, de forma alguma nunca foi uma porta escancarada para vivermos fora dos padrões eternos de Deus.
2.2. Conduzem a manifestação prática do amor
Escrevendo aos romanos, Paulo nos afirma que o amor cumpre a lei [Rm13.19]. Joao nos diz que o amor nos guias para cumpri-la. A ideia prática aqui é que o amor e mandamentos caminha juntos. O amor é motivo para obedecer, enquanto os mandamentos orientam e dirigem esse amor I Jo 5. 3]. Quando Jesus assinala que o cumprimento da Lei e dos profetas está em amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos, a base é o amor [Mt7.12; 22.37-40]. Sem o exercício do amor, é impossível que aguardemos Seus mandamentos [Jo 14.21]. No identificado “discurso de despedida” [Jo 13. 16], logo no início, nosso Senhor diz, a um grupo de discípulos preocupados e aflitos por ouvirem que Jesus iria partir e que eles não poderiam acompanha-lo, o que Ele espera deles: “Amem-se uns aos outros”. O padrão de comparação quanto a este amor é o amor de Jesus [Jo 13. 1,34. Jesus identifica como “um novo mandamento”.
Comentário adicional
O Segundo princípio que destacamos neste tópico é o que Deus ordenou sobre a prática do amor. O crescimento da igreja primitiva, mesmo em tempos de perseguição ao evangelho, foi de fato o amor que operava entre os primeiros cristãos [Atos 2.42 -47]. Amarás pois o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todas as tuas forças [Deuteronômio 6. 5]. Este texto também foi citado por Jesus [Mateus 22. 37]. O povo de Israel havia saído do Egito, onde a cultura era dominada por paganismos, dogmas, ídolos de várias religiões. O povo de Israel viveu aproximadamente 400 anos em meio a todas essas crenças e não era essa a vontade de Deus. Seu desejo era que, servissem e adorassem somente a Ele. Deus estava levando-os a sua própria terra, da promessa, e que apesar de manar leite e mel, o povo que ali habitava também como os egípcios, possuía várias crenças. Deus então deu mandamentos ao seu povo, sobre o verdadeiro amor e a adoração, que deveria ser somente a Ele. Isso seria o que os diferenciaria entre os outros povos: “Agora pois, se derem ouvido à minha voz, e guardares a minha aliança, vós sereis o meu Tesouro Especial sobre todos os povos; porque minha é toda a terra” [Êxodo 19. 5]. Agora, em Cristo, o Israel espiritual que é a igreja, é parte deste Tesouro Especial. Por amor a Deus e ao próximo, todos os mandamentos de Deus, não serão como um fardo, mas em Cristo, guardaremos com alegria [Mateus 7. 12; 22.37 e 40]. Essa é a base de toda a lei e, também, aplica-se ao presente dia da graça.
2.3. São um manual e guia para adoração e conduta.
Os primeiros quatro mandamentos nos ensinam a diferença entre a adoração verdadeira e adoração falsa. Por exemplo, no primeiro mandamento temos “o objeto de adoração’; no segundo, ”os meios de adoração”; no terceiro, “a maneira da adoração’; e no quarto mandamento temos o “tempo de adoração”. Esses mandamentos tratam de nossa reverência e nosso respeito para com a pessoa, autoridade e glória de Deus. Portanto nossa atitude para com Deus refletirá em nossa atitude para com a família e o próximo: “Honra a teu pai e a tua mãe”, “ Não matarás”, “ Não cometerás adultério”, “Não dirás falso testemunho” e “Não cobiçarás”.
Comentário adicional
Durante quatrocentos anos os Israelitas passaram pelo processo de escravidão no Egito. Aquele grupo de pessoas até então não era um povo, e sim, apenas um grupo. Sem leis, sem direitos, apenas com deveres a cumprir. Até que chegou o grande dia de sua liberdade, onde suas vidas seriam diferentes, contudo, passariam a ter um manual de guia que os conduziriam ao caminho de sua liberdade e se tornariam, nação de Deus [Êxodo 20.2]. O Senhor dirige-se a eles no primeiro mandamento como libertador. Todavia, deveriam adorar apenas a Deus. No segundo mandamento Deus ensina a forma certa da adoração [Êxodo 20.3]. O Deus criador não pode ser comparado com ídolos feitos a semelhança de homens. No terceiro mandamento Deus exige reverencia na adoração, seu nome não deveria ser mencionado em vão, ou seja, aleatoriamente. E no quarto mandamento, Deus preocupa com o descanso físico do homem. Devemos administrar com sabedoria o trabalho, descanso e devoção à Deus, priorizar um tempo para descanso com a família, mas esse descanso será para o nosso bem e não como muitos interpretam, indo para as bebedeiras, coisas fúteis que prejudicam a saúde, brigam, matam, fazendo tudo que foge do propósito do Criador. A adoração a Deus não seria por meio de formas materiais como eles eram acostumados. A adoração a partir dali seria em espírito e não diante de imagens ou ritos pagãos [Êxodo 20. 4-5]. Essa seria a adoração verdadeira, qualquer outro tipo de adoração seria, falsa. Deus também nos desafia a preservar a vida e abolir qualquer intenção imoral, fora da ética e má, que nasce no coração e dá lugar ao ódio e foge do caráter de seu caráter.
3. Princípios
básicos dos dez mandamentos
Os dez mandamentos vão além de uma conformidade “externa” e superficial aos seus mandatos. Eles tratam com o coração, com os motivos, os desejos e pensamentos do coração.
Comentário adicional
Os dez mandamentos são princípios básicos que tratam com o coração, essa é a diferença. Quando falamos de princípios, falamos dos fundamentos que devem ser construídas toda estrutura que virá posteriormente. Eles foram dados para nortear a caminhada do povo e deveriam ser observados de forma íntegra, com o coração e não como uma cartilha cheia de estórias para serem decoradas e apresentadas sem qualquer mudança no comportamento.
3.1. Não devemos olhar apenas na letra da lei.
Para discernir os princípios básicos dos dez mandamentos e sermos norteados por eles, é preciso ir além da leitura, memorização, verbalizações e demonstrações exteriores. É crucial a experiencia do novo nascimento, a ajuda do Espírito Santo, estar em Cristo e, assim, ser movido pelo amor a Deus e ao próximo [Mt 23. 24]. Este foi o erro dos fariseus que Cristo apontou tantas vezes. Eles interpretaram os dez mandamentos como algo puramente legal e superficial. Guardava a ‘letra’ e se esqueciam do espírito da lei [Mc713; Rm 7.5; 2Co 3.6]. Por natureza, todos os homens preferem que a religião seja algo mecânico, algo que se possa realizar por si mesmo e com as próprias forças. Quase todo mundo quer uma religião que vá além de uma lista de proibições superficiais e externas.
Comentário adicional
A letra é inferior a dispensação do espírito, porque não era suficiente para alcançar toda a humanidade. Ela instrui o intelecto, o espírito instrui o coração. Mesmo benéfica num determinado período tornou-se ultrapassada [Romanos 7. 6], sendo por vezes utilizada como massa de manobra pelo judaísmo, tornando-se um fardo pesado, forçado e artificial. Mas o espírito nos leva ao novo nascimento. O apego a letra da lei nos dias atuais não tem profundidade de salvação, isto vemos na passagem do jovem rico. Em um encontro com Jesus , foi lhe feito uma pergunta, sabes os mandamentos? Após Jesus ao detalhar todos os mandamentos, o jovem respondeu: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade [Lucas 18.21]. Ele disse a verdade, todo judeu tinha obrigação de estudar e conhecer a lei desde criança. Ele esperava uma resposta positiva de Jesus, pois se sabia todos os mandamentos, porem Jesus retruca: ainda te falta uma coisa, vende tudo quanto tens, e dá-o, aos pobres, e terás um tesouro no Céu. E vem, e segue-me [Lucas 18.22] Jesus disse isto porque sabia que ele apenas conhecia a letra, mas faltava-lhe amor pelo próximo. O seu coração estava ocupado com seu dinheiro. “Se a questão era ser salvo, qual a necessidade do seu dinheiro no Céu? ” Isso é uma lição para nós. Conhecemos muitas vezes a letra, mas na hora de praticarmos o amor e seguirmos a Jesus não é tão fácil assim! Por essa razão Jesus pôs fim a lei dada por Moisés [Romanos 10. 4]. A salvação não é por decorar a lei, ou por lágrimas, choro, cânticos, orações ou outras coisas, mas para quem crer em Jesus. A graça e a verdade vieram por Jesus Cristo [Jo 1.17]. Somos novas criaturas [2Corintios 5. 17]. Mas é necessário que revistamos do novo homem [Efésios 4.24], e lavar as vestes no sangue do cordeiro [Apocalipse 22.14]
3.2. Cada mandamento trata de um grupo de pecados
O pecado mencionado nos dez mandamentos representa grupos de pecados relacionados e similares. Ou seja, cada mandamento específico encabeça outros pecados semelhantes. Cada mandamento particular trata com uma categoria ou classe de pecados que estão relacionados. Por exemplo, o mandamento: ‘ Não mataras”, inclui muitos outros pecados. De acordo com o sermão do monte, inclui ódio, raiva injusta, palavras abusivas e até mesmo qualquer desejo ou inclinação para fazer mal ao nosso próximo [Mt 5.21-22]. Cristo ensinou nessa passagem que a pessoa que usa palavras abusivas é tão culpada quanto o homicida. Esses sentimentos manifestam o mal ao próximo e não o bem [Ef 4.31; 1Jo. 3.15]
Comentário adicional
Guardar os dez mandamentos tornou-se um fim em si mesmo e não um meio
para cumprir a suprema lei de Deus que é o amor. Jesus fez referência aos dez
mandamentos e mostrou ao homem o que Ele infligiria a cada mandamento.
Citaremos apenas alguns.
- Honra a teu pai e tua mãe [Exodo 20.12], quando o filho não honra os
pais ele comete além do pecado da falta de amor, respeito e ética, ainda
promove dissenções, brigas, ódio, mágoa dentro do lar. Honrar os pais porquanto
se faz necessário. Más, veja o que Jesus falou em relação a Si e a família.
Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim. Jesus não excluiu
a honra aos pais, o que Ele quis dizer é que nada nesse mundo deve substitui-lo
no coração do homem (Mateus10.37).
- Não matarás. Perceba o que Jesus disse: Eu porém vos digo, que
qualquer que sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo
[Mateus 5.22], Jesus coloca o pecado da ira na mesma categoria do assassinato,
ninguém, comete homicídio sem primeiro, maquinar o mal em seu coração ou estar
com muita raiva.
- Não cometerás adultério – [Êxodo 20.14]: ouviste o que foi dito aos
antigos, não adulterarás, eu, porém vos digo que qualquer que tentar numa
mulher para cobiça-la, já em seu coração já cometeu adultério. Cada pecado
proibido por Deus, vemos que antes ou depois, precederam vários pecados. Jesus
se dirige a raiz do pecado, mas ele mesmo mostra a cura. Se confessarmos os
nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os pecados [1João 1.9].
- Meus filhinhos, essas coisas vos escrevo, para que não pequeis e, se
alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo o justo [1 João
2.1].
- O legalismo, nunca pode apagar de vez o pecado do homem, mas, o sacrifício de Jesus, esse sim [Isaias1.18]. O profeta já apontava para o verdadeiro cordeiro de Deus!
3.3. Os mandamentos exigem uma vida prática
Em outras palavras, podemos
dizer que os mandamentos são negativos e positivos. Eles são expressos
negativamente para enfatizar a pecaminosidade dos homens, mas sempre vão além
do elemento negativo e nos conduzem ao elemento positivo. Podemos ver este
ponto, por exemplo, ” não cobiçarás” significa não apenas que deixemos a
ganância, mas que estamos contentes com o que temos. Em outras palavras,
gratidão e contentamento são o aspecto positivo do décimo mandamento. Mais um
exemplo é Efésios 4. 28, onde aprendemos que, além de deixar o roubo, deve-se
trabalhar honestamente e repartir com o que necessita.
Comentário adicional
Deus agiu com mão forte e não houve quem pudesse impedir o que por Ele mesmo foi determinado. [Êxodo 3.7-8]. O Senhor “viu”, “ouviu” e “sabe”. O Senhor liberta o homem de uma coisa. “pecado” e conduz a “salvação” sendo essa tipificada pela terra de Canaã. Em toda caminhada do povo Deus foi guiando-os, pelo caminho, dando-lhes, instruções de como seria sua vida prática a partir de agora [Êxodo 14.1] Em [Êxodo 15. 25b] O Senhor deu estatutos e ordenanças que seriam mandamentos negativos e positivos. Os quais seriam para evidenciar o que era pecado nos homens e, que os levam a algo que seria positivo. As ordenanças negativas levavam seu povo a ter a pratica do bem, e isso é a pura verdade, uma vez que não pratico o mal, certamente estou praticando o bem, por exemplo, o Não cobiçar, indica que somos gratos com o que temos [Hebreus 13.5]. Todos os “nãos”, dos mandamentos estava declarando que suas práticas seriam pecados e os levariam a muitos outros pecados como já citados. Enquanto que suas observâncias levariam a pratica do bem e isso nos levaria a fazer uma aliança eterna com Deus e passaríamos a ser Seu tesouro especial entre todos os povos [Êxodo 19.3-6].
Conclusão
O fato de os dez mandamentos
expressarem a vontade de Deus e revelarem o Seu caráter, deve mover-nos a
estudá-los e procurarmos discernir os princípios neles contido. Evidente que,
para tanto, devemos ser norteados pela contínua ação do Espírito Santo e pelo
amor a Deus, visando um viver que agrada ao Senhor, testemunha a todos a
salvação e o plano de Deus para a humanidade e a glória de Deus.
Comentário adicional
Antes de Cristo, a lei serviu como um espelho para mostrar a nossa maldade e a nossa capacidade de obedecer aos dez mandamentos por nós mesmo. Os dez mandamentos também revelam o caráter de Deus e Sua vontade para seu povo. São princípios eternos que nunca devemos deixar de observar, devemos discernir espiritualmente deixando que eles nos guiem a nova aliança revelada na cruz. A nossa salvação não consiste em viver debaixo de práticas religiosas, tentando seguir à risca as metas impostam sobre nós mas com ajuda do Espirito Santo que transforma o nosso velho homem e nos levam a cruz de Cristo, ou seja, a graça de Deus que um dia nos foi oferecida com amor como o apóstolo Pedro mesmo disse. “Agora pois, porque tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos Discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós podemos suportar”? Más cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também. [Atos15. 10 e11] Pedro não estava falando desrespeitosa mente sobre a lei de Moises, mas, afirmando que suas exigências estavam além da capacidade dos seres humanos cumprirem por causa das condições caída do homem. Conquanto nunca deixando de ser Deidade, e da expiação, ou seja, a cruz. O que tem o filho tem a vida “por meio da cruz”; quem não tem o filho de Deus, não tem a vida [1João 5. 12]
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia
de Estudo da Fé Reformada – Versão Almeida Revista e Atualizada- R.C SPROUL –
Editor-Geral
Bíblia
de estudo – King James – Atualizada.
Impressão
– CPP – Casa Publicadora Paulista / Brasil 2020
Bíblia
de Estudo Genebra – 2ª edição Revisada e Ampliada – Editora Cultura Cristã.
Bíblia
de Estudo Thompson – Almeida edição Contemporânea
Bíblia
de Estudo do Expositor – 2ª edição Revisada 2015
Revista
de escola Bíblica Dominical do Professor - Adultos – Os dez Mandamentos –
Mensagens – Estabelecendo Princípios e Valores Éticos, Morais, sociais,
espirituais para uma Vida Abençoada 4 trimestres de 2024 – Ano no 133 - Editora
Betel.
Revista
de Escola Bíblica Dominical do Professor – Adultos – Ezequiel – O Profeta com
uma Mensagem de Juízo, Arrependimento, restauração e manifestação da Glória de
Deus 1º trimestre de 2022 -Ano 32 – No 122 – Editora Betel
Revista
de Escola Bíblica Dominical do Professor – Moisés, o Legislador de Israel –
Mensagem – Aprendendo a sabedoria Na Escola de Deus No Deserto, para ser Líder
e Profeta – 2o trimestre de 2015 -Ano 25 No 95 – Editora Betel
Comentarista Adicional-Missionária Gidersi Vilar Borges Viana
36 comentários:
Obrigada pelos comentários , muito proveitosos.Deus abençoe a Missionária.
E os comentários da lição 1 1º Trim2025
E então não teremos mais o comentários?
Gostaria de saber se vai ter comentário em 2025
Infelizmente no momento não
No Momento não !!
Vamos esperar até Fevereiro
Na verdade, as igrejas, de modo geral, parecem estar se preocupando cada vez menos com o ensino. Aos poucos, muitas estão migrando para um cenário de analfabetismo bíblico, onde o foco principal está na construção de templos e na arrecadação de dízimos. Observando o contexto atual, percebemos que a situação tem se agravado em algumas denominações, levando à impressão de que, quanto menos instrução ou entendimento bíblico houver, melhor para certos interesses.
Elas não valorizam pequenos trabalhos. Se não tiver foto e banner, está fora. É assim que funciona. Esse é um dos grandes motivos pelos quais estou me afastando da escola bíblica após 17 anos. Quando não é isso, tentam nos calar. Mas agora conheço os meus direitos e não aceito assédio moral religioso de ninguém. Ou está na Bíblia, ou estou fora.
Aqui deixo minha opinião, pois o blog é público, e como cidadão, tenho o direito de opinar, mesmo que meus pensamentos possam estar equivocados. Esse direito é garantido pela Constituição Federal. Não citei nomes nem denominações específicas. Quero deixar claro que falei sobre as igrejas em geral e reafirmo que elas estão caminhando para essa direção. Em nenhum momento afirmei que o blog está seguindo esse caminho, mas sim as igrejas.
Correção (mesmo que para alguns meus pensamentos possam estar equivocados.)*****
E os comentários da revista Betel, 2025?
Gosto muito das explicações.
Só em fevereiro.
Irmão Denis a Paz do Senhor, concordo em tudo que o irmão disse, infelizmente está acontecendo em muitas denominações, não nos deixam melhorar não disponibilizam materiais adequados para ser trabalhado.
Infelizmente
Quero deixar aqui os elogios ao pessoal do blog que com muito zelo, fez inúmeros comentários bíblicos extraordinários, ficou triste pôr não ter mais os comentários, quero parabenizá-los pelo bom trabalho ao longo destes anos de cooperação com obra de Deus
A Paz do Senhor irmão Denis, quero parabenizar pelo excelente materiais que o irmão tem publicado neste blog. Sou superintendente da Escola Bíblica Dominical na igreja qual faço parte.Esses materiais tem sido muito relevante para aprofundarmos os temas ministrados nas nossas EBD. Espero que o irmão continue publicando esses valiosos materiais.Que Deus Vos abençoe
Falta de respeito com os seguidores, sem nenhuma informação.
"Varão, mudaram a liderança. O pessoal está aguardando a reunião em fevereiro, mas esse trabalho não foi realizado só por mim, e sim também pelo irmão Carlos e pelo irmão Ancelmo. Entreguei tudo, pois, com a saída da equipe que fazia parte, preferi sair também. Porém, esse não foi o único motivo; há questões pessoais envolvidas. Na verdade, muita gente não acredita no blog. Estou há 17 anos na Assembleia e, neste ano, não estou disposto a me desgastar. No entanto, a obra é de Deus, e quem estiver à frente certamente dará continuidade."
No momento só posso afirmar que a reunião será em fevereiro, não faço mais parte da EBD , então pessoal da liderança que deveria está dando essas respostas , internet tem em qualquer lugar
Parabéns a todos os que exerceram esse excelente trabalho de comentar as lições da Escola Bíblica Dominical, com aprofundamento impar. Que Deus continue abençoando a vida de todos. É uma pena que trabalho tão relevante como esse, não sejam valorizados, que a nova liderança reflita sobre o assunto e continue publicando materiais que enaltece o Reino de Deus.
Eu também sinto muito por ter procurado as lições aqui e não achado, há anos estudando por esse blog,antes como professora,agora como aluna. Esse blog era uma referência para mim,o primeiro lugar que eu procurava. Espero que tudo se acerte com vocês e parabéns pelo trabalho abençoado que fizeram até aqui. E espero sinceramente que continuem a jornada, pq o nosso alvo é o céu e nosso descanso é lá.
Amém
A paz do Senhor, em 2025 teremos os comentários das lições ebd?
Não sabemos !!!
Nesse trimestre não
Estou respondendo aqui por uma questão de educação e respeito a todos que já acessaram este espaço. Não faço mais parte da Escola Bíblica Dominical da ADTAG 316 Samambaia Sul como professor, tendo decidido, por iniciativa própria, pedir afastamento. Aproveito para agradecer a todos que já acessaram o blog, que conta com milhares de acessos. O objetivo deste blog sempre foi evangelístico, com o propósito de compartilhar conhecimento bíblico com todos, sem acepção de pessoas. Infelizmente, o povo muitas vezes não tem visão para isso e alegam que os membros não leem o blog. Ora, os membros, no geral, muitas vezes não leem nem mesmo a lição da revista, e sei disso porque sou professor desde 2008. Mas nem por isso deixam de vender as revistas. O intuito é sempre o de compartilhar conhecimento com os irmãos, no Brasil e no mundo afora. Reafirmo que neste trimestre não teremos comentários. No próximo, creio que a nova gestão tomará um parecer sobre a continuidade do blog. Que Deus abençoe a todos, em nome de Jesus.
Foi uma pena irmão em Cristo, eu sempre enriquecia muito meu conhecimento com suas postagens, peço ao Senhor Jesus Cristo que lhe retribua em dobro tudo aquilo que vc fez para abençoar este trabalho.
EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO NÃO SE MEXE...ISSO É BÁSICO...TEM CARGOS NA IGREJA QUE NÃO PRECISAM TROCAR DE MÃOS....ISSO É POLITICAGEM.....SEJAM MAIS IMPARCIAIS..POR FAVOR...OLHEM O PREJUÍZO PARA O REINO DE DEUS QUE VOCES ESTÃO CAUSANDO.
AMÉM
Apesar de sentir muita falta dos estudos que serviam de base para que eu pudesse criar os meus para a nossa EBD, parabenizo a você Professor Denis e aos demais que sempre compartilharam proveitosos estudos. Espero que a nova direção, acredite no Blog e que prossigam com o trabalho, que não abençoava somente a mim e minha classe de EBD, mas, inúmeras classes de EBD Brasil afora. Sempre encontramos alguém que comentem as revistas da CPAD/Missão, mas, da Betel/Madureira é uma raridade e vocês eram a melhor alternativa!
Paz do Senhor meu irmão, fico triste com tudo , sempre usei o blog com um conteúdo a mais na EBD, me ajudou bastante nas aulas , sei que não é fácil, mas tirar pq uns não leem , diz certo a revista é vendida e as classes de EBD quase sempre é minoria, oportunidade não vai faltar para comentar é um trabalho árduo
mas de grande valia. Deus abençoe sua vida ricamente .
Amém
Quem sabe em um futuro próximo 😁😸
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