LIÇÃO 11 - NÃO COBIÇARÁS O QUE É DE TEU PRÓXIMO: CULTIVANDO UM ESPÍRITO DE CONTENTAMENTO E GRATIDÃO PELO QUE TEMOS
15 de dezembro de
2024
TEXTO ÁUREO
“Mas
é grande ganho a piedade com contentamento.” 1Timóteo 6.6
VERDADE APLICADA
Devemos
enfrentar a inclinação à cobiça, andando em Espírito e nos contentando com o
cuidado e a provisão de Deus, com alegria e louvores.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar
acerca da cobiça e suas diversas formas;
Apresentar
a cobiça como algo desenfreado, profano;
Mostrar
o lado positivo do décimo mandamento.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1CORÍNTIOS
10
1- Ora, irmãos, não quero que ignoreis que
nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar.
2- E todos foram batizados em Moisés, na
nuvem e no mar,
3- E todos comeram de um mesmo manjar
espiritual,
4- E beberam todos de uma mesma bebida
espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era
Cristo.
5- Mas Deus não se agradou da maior parte
deles, pelo que foram prostrados no deserto.
6- E estas coisas foram-nos feitas em
figura, para que não cobiçamos as coisas más, como eles cobiçaram.
COMENTÁRIOS
ADICIONAIS
INTRODUÇÃO
O
décimo mandamento trata dos desejos impróprios que surgem no pensamento e
coração do ser humano que, se guardados e alimentados, causam prejuízos ao
relacionamento com Deus e com o próximo. O enfrentamento passa por não ignorar
ou desprezar tal realidade e recorrer à Palavra de Deus e ajuda do Espírito
Santo para continuarmos nos contentando com o cuidado e a provisão de Deus, bem
como vigiando quanto às nossas intenções e motivações. Afinal, somos do Senhor!
1- AS VÁRIAS FACES DA COBIÇA
A
função do décimo mandamento é inibir a cobiça de modo geral. Ele proíbe
especificamente a cobiça da mulher, dos empregados, dos animais e de todos os
bens materiais e ideais do próximo.
1.1. O décimo mandamento.
No
sétimo mandamento vemos a proibição do adultério, no décimo, vemos algo mais
profundo: a proibição do desejo. Esse último mandamento visa proteger o ser
humano das ambições erradas, a tal cobiça que tem infectado a muitos nas suas
mais diversas formas. O mandamento é abrangente e abarca a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida [Gn 3.6; 1Jo 2.16]. Ο
qual envolve diversas modalidades de pecados, como: a sensualidade, a luxúria,
o desejo desenfreado por possessões ilícitas, a obsessão pelo poder, a
ostentação esnobe e orgulho. Desde a
queda do homem, esse mal desenfreado continua se alastrando e a única maneira
de contê-lo é começando com uma profunda mudança no interior pela poderosa ação
da Palavra de Deus e do Espírito Santo [Mc 7.21-23].
Comentário adicional:
O
décimo mandamento, como destacado, vai além da proibição de atos externos, como
o adultério ou o roubo, ele toca na questão dos desejos. A cobiça é a expressão
do descontentamento com as coisas que se tem, o que ocasiona uma busca, um
desejo pelas coisas alheias, que vai de encontro com os princípios
estabelecidos na Palavra de Deus
A
cobiça passar a existir tendo por base três fontes principais:
1)
Concupiscência da carne: Desejos que buscam satisfazer
prazeres físicos e sensuais. A concupiscência da carne é uma consequência do
estado decaído do ser humano. E, tem por consequência a busca por prazeres
imediatos e desordem nos desejos.
Como
vencer a Concupiscência da Carne?
-
Vivendo no Espírito Santo: "Andai no Espírito, e jamais
satisfareis à concupiscência da carne" (Gálatas 5:16). É através do
Espírito Santo que recebemos a capacidade para resistir às tentações.
-
Renovando nossa mente: “Não se amoldem ao padrão deste mundo,
mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de
experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Romanos
12:2 NVI).
-
Pondo em prática uma disciplina espiritual: A prática de
oração, jejum e leitura bíblica ajuda a dominar os desejos da carne. A palavra
de Deus nos diz que: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na
verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26.41).
-Fugindo
da tentação: “Foge também das paixões da mocidade; e
segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam
o Senhor” (2 Timóteo 2.22- ACF). Reconhecer situações de perigo e afastar-se
delas é essencial.
2)
Concupiscência dos olhos: A ânsia por aquilo que é visualmente atrativo,
como bens materiais e riquezas. Diz respeito aos desejos pecaminosos
despertados pela visão, que levam a pessoa a cobiçar aquilo que é proibido ou
que não lhe pertence. Temos o claro exemplo da passagem de Gênesis 3:6:
"Vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, agradável aos
olhos e desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu”. Em Josué
7:21: Acã confessou que viu entre os despojos uma capa babilônica, prata e
ouro, e os cobiçou, mostrando que a concupiscência dos olhos pode levar à
desobediência a Deus.
A
Concupiscência dos olhos tem como consequência o pecado da idolatria pelas
coisas materiais; a insatisfação, pois nada nunca é o suficiente; e a ruptura
do relacionamento com Deus.
Como
Vencer a Concupiscência dos olhos?
-
Exercitar
o contentamento: Seja grato por tudo que Deus já proveu, a palavra de Deus nos
diz em Filipenses 4:11-12, que “Não estou dizendo isso porque esteja
necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é
ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação,
seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade”. Tudo
posso naquele que me fortalece. Creia nisso, meu irmão e minha irmã.
-
Guardar os olhos: A palavra de Deus nos afirma em Mateus 6:22-23 que “Os olhos
são a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será
cheio de luz. Mas se os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em
trevas. Devemos cuidar de nossos olhos e
em que o fixamos. Assim como Jó fez um pacto com seus olhos para não olhar com
cobiça (Jó 31:1), devemos desviar nosso olhar do que pode nos levar a pecar. Em
Hebreus 12:2-3, a Bíblia diz: "Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus,
pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa".
-
Buscar coisas espirituais: Colocar o foco nas coisas que são do alto, e não nas
coisas passageiras deste mundo, como aponta Colossenses 3:1-2.
Provérbios
16:18, nos alerta que "A soberba precede a ruína, e a
altivez do espírito precede a queda".
1.2. Não cobiçarás.
“Casa”
aqui corresponde a tudo o que pertence ao próximo, tudo aquilo que ele tem
necessidade, tudo o que constitui e prolonga sua vida pessoal [Êx 20.17]. A
enunciação desse mandamento propõe possíveis exemplos de cobiça, mas sua lista
não é exaustiva, mas coloca as pessoas na vida da comunidade. A versão de Deuteronômio 5.21 coloca
antes da cobiça pela “casa”, a cobiça pela mulher do próximo, o que supõe uma
evolução no pensamento em relação à mulher. Ela é a coisa mais importante do
próximo, não seus pertences. A obra divina de libertação deve chegar até o
coração. Pois a cobiça é o obstáculo; ela é uma interrogação dentro de cada
indivíduo, e lá onde só existe Deus como testemunha, ela pode assumir muitas
formas [Mt 6.24; Lc 12.15; 1Co 13.4].
1.3. Um mal corrosivo.
A
cobiça é o desejo irreprimível de querer ser como os outros, o desejo excessivo
de ser o que os outros são e não podemos. É um desejo excessivo que corrói, e
que promete uma felicidade que não dará: é aí que reside o seu fracasso. O ser
humano nunca poderá satisfazer-se apenas com bens materiais ou conquistas
temporárias. Se assim fosse, esta seria a época mais feliz da história, porém,
não é. Notamos que os consultórios de neurologistas, psicólogos e psiquiatras,
especialmente das grandes cidades e dos países ricos, estão cheios de pessoas
insatisfeitas, não por problemas econômicos, mas por motivos existenciais. O
problema se localiza no “ser” pessoal, no mais profundo da alma humana [Lc
12.15].
Comentário Adicional:
A
abrangência do mandamento
Esse
mandamento não se limita a desejos explícitos, mas engloba também a inveja, a
ganância, a luxúria e outras formas de insatisfação com a providência divina. É
uma advertência contra a tentação de buscar atalhos ou injustiças para obter
aquilo que se deseja.
O
antídoto divino para a cobiça é transformação dada pelo Espírito Santo e pela
Palavra de Deus, como aponta Marcos capítulo 7. Quando depositamos nossa
confiança no Senhor, somos libertos do pecado da cobiça, o que traz
contentamento com as coisas que já conquistamos e gratidão.
A
obra divina de libertação deve chegar até o coração, pois a cobiça é um pecado
interno que nasce das coisas que fixamos os olhos e de nossos desejos (Tiago
1:14-15). A Bíblia nos ensina que a verdadeira libertação começa dentro para
fora, e apenas Deus tem a capacidade de sondar e transformar o ser humano. Vale
destacar que Jesus ensina que, “Ninguém pode servir a dois senhores” [Mt 6.24],
e “a vida de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui” [Lc
12.15].
Aplicação
prática
- Vigiar
o coração: Avaliar constantemente nossas
motivações e desejos, identificando atitudes de cobiça.
- Buscar
contentamento: Desenvolver uma mentalidade de
gratidão pelas bênçãos recebidas.
- Confiar
na provisão divina: Crer que Deus suprirá nossas necessidades
conforme a Sua vontade e no Seu tempo.
A
cobiça, quando não controlada, pode levar a atos de injustiça e destruição. Mas,
com a ajuda de nosso Deus, podemos superá-la e viver da forma que O agrada.
2- OS PERIGOS DA COBIÇA
Cobiçar
é estritamente proibido pelo décimo mandamento. Cobiçamos sempre que colocamos
nosso coração naquilo que legitimamente não nos pertence, e isso pode ser muito
perigoso [Êx 20.17].
2.1. A cobiça é um desejo profano.
Thomas Watson,
o puritano, definiu a cobiça como “o desejo de possuir o mundo”. Claro que nem
todos os desejos são egoístas, o problema está nos desejos corrompidos, os
quais nossa natureza pecaminosa se inclina a querer. O problema reside quando
desejamos a coisa errada, da maneira errada e na hora errada [Ec 3.1]. Esse
mandamento proíbe nosso descontentamento em relação a nossa condição de vida.
Não podemos ter sentimento de pesar pela prosperidade de nosso próximo ou
afeições desordenadas sobre algo que lhe pertença. Sempre existirá algo de
inveja a cobiça. Quando Eva comeu o fruto proibido, não o fez somente pelo
prazer de comer o fruto, mas porque era “desejável para dar entendimento”, como
sugerido pelo inimigo [Gn 3.5]. Satanás lançou em seu coração uma mentira. Ela
comeu pela cobiça que a mentira lhe causou [Gn 3.6].
Comentário adicional:
A
Bíblia nos chama atenção que devemos nos contentar e ter gratidão em todas as
circunstâncias de nossas vidas. Paulo declara em Filipenses 4:11-12, que a
verdadeira satisfação está em Deus e não nas coisas materiais, como citado
anteriormente. A cobiça, descrita no texto como um desejo profano e
desordenado, é condenada Êxodo 20:17. O texto diz que “Não cobiçarás a casa do
teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua
serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo”.
Como
servos do Senhor, somos chamados a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua
justiça (Mateus 6:33). Esse foco nos livra da cobiça e nos conduz a uma vida de
plenitude e contentamento em Deus.
2.2. Cobiçar pode ser um desejo mortal.
Quando
Deus escreveu com seu próprio dedo os mandamentos colocou a cobiça no mesmo
grupo dos “grandes pecados”. Ele não alterou a ordem, colocando em primeiro os
pecados dramáticos e intrigantes (roubo, adultério,
assassinato), terminando depois com a cobiça que parece ser um pecado brando,
mas tão condenável quanto qualquer um dos outros. Em todos os demais textos ao
longo da Bíblia, a cobiça aparece de forma condenável. Jesus a citou junto com
o roubo, o assassinato e o adultério [Mc 7.21-22]; Paulo afirma que os
cobiçosos não herdarão o reino [1Co 6.9-10; Ef 5.5; Cl 3.5]. A triste história
de Acă nos mostra como alguém pode precipitar sua própria vida por algo que
talvez nunca desfrute. A Bíblia nos diz que antes de Acă roubar o tesouro, ele
o cobiçou [Js 7.21].
Comentário adicional:
A
cobiça é um pecado que afeta o coração e a mente, o que pode levar a outros
pecados visíveis, como roubo, adultério ou assassinato. Jesus Cristo também
abordou essa questão no Sermão do Monte, enfatizando que o pecado começa nas
intenções do coração (Mateus 5:27-28).
2.3. A cobiça é um falso amor.
A
cobiça é o amor que está fora de ordem, fora de proporção e fora do lugar, é um
amor falso e traiçoeiro. Significa colocar nossos afetos onde não correspondem,
ou seja, colocar “coisas”, como: dinheiro, sucesso ou fama, no centro,
acreditando que tais coisas oferecem uma base sólida para a existência [Hb
3.12-14]. Cobiçar não é apenas desejar algumas coisas que não temos, é desejar
algo que outra pessoa tem [Pv 14.30]. A cobiça torna as “coisas” mais
importantes do que as pessoas e suas necessidades. Cobiçar é colocar as coisas
acima dos valores eternos e espirituais. Ao ler o relato da história da vinha
de Nabote, vemos o que a cobiça é capaz de fazer no coração de um ser humano.
Acabe desejou o que não poderia lhe pertencer de maneira legal e, para obter
sucesso, teve que matar Nabote [1Rs 21.1-16].
Comentário adicional:
A
ligação entre cobiça e idolatria reflete a inversão da prioridade, onde Deus
deveria estar no centro de nossas vidas. Jesus ensinou que "a vida de um
homem não consiste na abundância dos bens que ele possui" (Lucas 12:15),
destacando que os tesouros espirituais são mais valiosos do que as coisas deste
mundo. Devemos buscar primeiro o Reino de Deus e sua justiça, crendo que Ele
proverá tudo o que precisamos (Mateus 6:33).
A
cobiça reduz a obra prima (ser humano) de Deus a meras coisas. Ela distorce
nossas prioridades e nos expõe a um sentimento de vazio interior, a comparação
social, ao isolamento e sofrimento, que pode levar a depressão.
A
cobiça reduz a obra-prima (ser humano) de Deus a meras coisas. Ela distorce
nossas prioridades e nos expõe a sentimentos de vazio interior, comparação
social, isolamento e sofrimento, que podem levar à depressão.
3- O LADO POSITIVO DO DÉCIMO MANDAMENTO
Como
os outros nove mandamentos, o décimo não se refere apenas a certos atos específicos
de comportamento, mas a valores e atitudes. Ele nos chama para uma vida
prática, de intimidade com Deus.
3.1. Devemos aprender a estar contentes.
Vivemos
em uma sociedade cheia de descontentamento. Nós nos sentimos insatisfeitos com
nossos empregos, salários, casamento, igreja, saúde, nossa aparência e em quase
todas as áreas de nossas vidas. Essa falta de contentamento é o produto do
pecado em nós. Com o descontentamento vem a reclamação; e com a reclamação, o
enfado; e com o enfado a amargura [Nm 11.5-6; 14.2]. O contentamento é uma das
virtudes cristãs mais importantes. Ele não é circunstancial, não depende de
nossa situação, mas, sim, de uma pessoa: Deus. Paulo
nos diz que Deus é tudo o que precisamos e tudo o que devemos desejar [Fp
4.11-13]. Nosso Senhor nos diz que não devemos viver ansiosos e inquietos
quanto ao suprimento das necessidades de tal maneira que desvia nossa atenção
quanto a buscar primeiro o reino de Deus e sufoque nossa confiança no poder
provedor do Senhor [Mt 6.31-34].
Comentário adicional:
Em
1 Timóteo 6.6-8, o apóstolo Paulo nos apresenta uma declaração que redefine o
conceito de riqueza. Ele afirma que a verdadeira prosperidade não está na
aquisição de bens materiais, mas em uma vida dedicada à piedade e ao
contentamento. Nesta passagem, somos desafiados a viver submetidos aos padrões
de Deus, felizes e satisfeitos, tendo em mente que chegamos a este mundo sem
nada e dele partiremos sem carregar nenhuma bagagem.
Devemos
trazer à memória o que Cristo nos assegura: "Conservem-se livres do
amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse:
‘Nunca o deixarei, nunca o abandonarei’" (Hebreus 13.5).
Na
contemporaneidade, somos constantemente atravessados pela cultura do
consumismo, onde o foco em bens materiais e status social intensifica nosso
descontentamento. Nesse contexto, as redes sociais podem agravar o sentimento
de insatisfação, ao apresentarem uma realidade frequentemente ilusória sobre a
vida dos outros.
Diante
dessa realidade, oferecemos, nestas breves reflexões, algumas orientações
práticas para fortalecer a fé e encontrar paz em Deus:
- Oração:
A prática regular da oração é um meio poderoso de renovar a fé, cultivar
uma conexão com Deus e encontrar serenidade em meio às dificuldades.
- Leitura
da Bíblia: Enfatizamos a importância da
leitura frequente das Escrituras, que servem como regra de fé, prática, e
uma fonte inesgotável de sabedoria e inspiração.
- Relacionamento
com os irmãos em Cristo: É essencial manter
comunhão com outros cristãos, buscando apoio mútuo e encorajamento para
perseverar na caminhada espiritual.
Que
essas práticas nos auxiliem a viver de forma mais plena e em harmonia com os
ensinamentos de Cristo. Essa mensagem nos ensina a colocar nossa confiança em
Deus, que é o provedor de tudo o que necessitamos. A piedade com contentamento
é um grande ganho, porque demonstra que entendemos que Deus é suficiente em
todas as circunstâncias. Essa verdade nos liberta da ansiedade e do apego
excessivo aos bens materiais, permitindo-nos viver uma vida plena em Cristo.
3.2. Devemos crer na suficiência de Deus.
A
dura verdade é que na raiz da cobiça está a rejeição da suficiência de Deus em
nossas vidas. Cobiçar é o mesmo que dizer que Deus não é o suficiente para nós,
e ainda nos falta algo. É preciso ter sempre em mente que Nosso Pai Celestial
“bem sabe” de nossas necessidades e é amoroso e poderoso para suprir todas [Mt
6.32]. As coisas não foram planejadas para tomar o lugar dEle [Lc 12.34]. Como
diz o pastor James Macdonald: “Quando alcançamos algo e o tornamos essencial, e
em seguida suplicamos a Deus que nos dê, estamos lhe pedindo que coloque no
lugar dEle mesmo determinada coisa que consideramos mais importante” [Mt 6.24].
Os primeiros discípulos entenderam muito bem essa perspectiva de vida. Após o
fracasso da pesca, Jesus entrou em suas vidas e tudo mudou. Imediatamente, eles
abandonaram o peixe, o barco, e resolveram ficar com Ele [Lc 5.11].
Comentário adicional:
A
mensagem central da Bíblia destaca a suficiência de Deus como um alicerce
essencial para a nossa fé, oferecendo orientação em nossa jornada cristã. Em
Filipenses 4:19, o apóstolo Paulo afirma: "O meu Deus suprirá todas as
necessidades de vocês, de acordo com as Suas riquezas na glória em Cristo
Jesus." Essa declaração nos lembra que, ao colocarmos nossa confiança
total em Deus, Ele não apenas atende às nossas necessidades materiais, mas
também preenche nosso coração e espírito com Sua presença. Quando compreendemos
essa verdade, aprendemos a renunciar a qualquer anseio que possa tentar ocupar
o lugar exclusivo de Deus em nossas vidas.
3.3. Devemos viver com simplicidade.
Na
vida espiritual, a simplicidade também pode ser considerada uma virtude. Para
Davi, ela é o descanso que a alma encontra quando encontra redenção, satisfação
e respostas em Deus [Sl 131.1-2]. Embora o salmista reconheça que há coisas
ainda grandes e incompreensíveis para ele, ele assume a simplicidade como a
doce serenidade de uma criança que descansa nos braços seguros de sua mãe
depois de ser alimentada. Não há mais choro, não há mais sentimento de
insegurança, agora só resta descansar e aproveitar aquele momento. Para nós,
cristãos, esta simplicidade vital é uma decisão de fé que se traduz na
confiança serena que nasce de uma relação pessoal com o Senhor Soberano que
cuida de nós [Sl 125.1-2].
Comentário adicional:
Assim
como uma criança confia plenamente em seus pais, nós também podemos confiar
plenamente em Deus, entregando a Ele todas as nossas preocupações e ansiedades.
A simplicidade, nesse sentido, não é apenas um estado de espírito, mas uma
prática diária de confiar em Deus em todas as circunstâncias da vida. É buscar
a vontade de Deus acima de tudo e encontrar satisfação em Sua presença.
Jesus,
o maior exemplo de simplicidade, nos ensinou a buscar primeiro o reino de Deus
e sua justiça (Mateus 6:33). Ao seguir Seus passos, somos convidados a
renunciar às riquezas mundanas e a viver uma vida simples, focada no essencial.
A simplicidade nos liberta do consumismo e da busca incessante por mais,
permitindo-nos apreciar as pequenas coisas e encontrar alegria na presença de
Deus.
Conforme
mencionado anteriormente, a oração é um recurso valioso para promover a simplicidade
em nossas vidas. Quando dedicamos momentos para dialogar com Deus,
desenvolvemos a capacidade de confiar em Seus planos e de encontrar serenidade
mesmo diante das dificuldades. A prática da oração nos orienta a simplificar
nossa rotina, descartando o que é desnecessário e focando no que realmente
importa.
CONCLUSÃO
O
décimo mandamento é um alerta aos discípulos de Cristo para cultivarem, com a
imprescindível ajuda do Espírito Santo, o necessário contentamento que se
expressa na gratidão ao Nosso Pai Celestial por Seu contínuo cuidado e
provisão, com alegria e louvores ao Senhor. Tal postura, diz a Palavra, é uma
grande fonte de riqueza [1Tm 6.6]. Ao final deste estudo, cantemos o Hino 473, da Harpa Cristã:
“Que outro bem ansioso buscarei? Bem melhor, que Jesus não acharei”.
Comentário adicional:
O
décimo mandamento nos mostra que a verdadeira felicidade não se encontra nas
posses materiais, mas em um coração grato. Ele nos ensina a importância da
comunidade e da compaixão, incentivando-nos a amar e servir aos outros.
Dessa
maneira, o décimo mandamento complementa e sintetiza os outros nove, porque
atua na raiz dos comportamentos humanos: os pensamentos e desejos do coração. Esse
mandamento está relacionado ao coração e às motivações humanas, enquanto os
outros mandamentos abordam ações e comportamentos externos.
A
cobiça é a raiz de todo o mal, pois ela desafia a ordem divina estabelecida nos
Dez Mandamentos. Ao cobiçar o que pertence ao outro, violamos o mandamento de
não cobiçar e, consequentemente, abrimos as portas para outros pecados como o
roubo, a mentira e o adultério. A lei de Deus, ao proibir a cobiça, nos convida
a uma vida de santidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Bíblia
do Obreiro – Edição Revista e Atualizada – 2007 sociedade bíblica do Brasil.
Revista
Betel Dominical, adultos, 4º Trimestre de 2024, ano 34, nº 133. OS DEZ
MANDAMENTOS – Estabelecendo Princípios e Valores Éticos, Morais, Sociais e
Espirituais Imutáveis para uma Vida Abençoada. Lição 11: Não cobiçarás o
que é de teu Próximo: cultivando um espírito de contentamento e gratidão pelo
que temos | 4° Trimestre de 2024 | EBD BETEL.
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COMENTARISTA DA LIÇÃO:
Diaconisa
Cristiane Delfino – ADTAG 316 – Samambaia Sul – DF.
Um comentário:
Já está na lição de número 5 do primeiro trimestre de ,2025 e não pista nada da Betel
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