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LIÇÃO 9 – NÃO FURTARÁS: ESTABELECENDO UM PRINCÍPIO MORAL E ÉTICO ESSENCIAL PARA A CONVIVÊNCIA SOCIAL

01 de dezembro de 2024

TEXTO ÁUREO

“Não furtarás” Êxodo 20.15

VERDADE APLICADA

O oitavo mandamento nos alerta quanto à relevância da vigilância na vida do discípulo de Cristo para não cair nas ciladas do diabo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Apresentar o significado do oitavo mandamento.

Mostrar a responsabilidade da mordomia cristã.

Falar sobre a inclinação da natureza pecaminosa.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Êxodo 22

1. Se alguém furtar boi ou ovelha e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois, e pela ovelha, quatro ovelhas.

2. Se o ladrão for achado a minar, e for ferido, e morrer, o que o feriu não será culpado do sangue.

3. Se o sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão fará restituição total; e, se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.

Efésios 4

1. Aquele que furtava, não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

INTRODUÇÃO

O oitavo mandamento trata da proibição contra toda a forma de furto. Todos sabem que roubar é errado, até mesmo aqueles que nunca leram a Bíblia compreendem muito bem esse mandamento.

Comentário adicional:

Não furtarás é o oitavo mandamento e proíbe toda forma de violência furtiva. Tanto as pessoas tementes a Deus como os ímpios, entende que isso é violar o bem do próximo, adquirido com o “suor do seu rosto” (Gn 3.19a)

1 - COMPREENDENDO OITAVO MANDAMENTO

Este mandamento expressa o sentido de proteger e respeitar a propriedade pessoal. Basicamente, proíbe todo ser humano de tomar o que não lhe pertence [Ex 20.15].

Comentário adicional:

Esse mandamento tem a intenção de deixar claro, que aquilo que foi adquirido por um terceiro com esforço, não deve ser subtraído sem o seu consentimento. Os bens alheios devem ser respeitados e não pode ser arrancado com artimanhas ou violência.

1.1 - O significado do mandamento

O significado dessa palavra é interessante, pois transmite a sensação de se apropriar de algo sem o consentimento do proprietário. Mas também, na língua original, essa palavra está associada a: arrebatar algo violentamente; pegar algo com enganos; pegar algo secretamente. De modo que essa palavra nos revela o profundo significado do ato de roubar [Sl 120.2; Êx 20.15]. Cada um dos significados que compartilhamos aqui define totalmente a ação de roubar em diferentes facetas. Quando algo é roubado, pode ser feito de forma violenta, pode ser feito com engano ou escondido. Sabemos disso por experiência própria. Temos visto como há roubos com violência, roubos com engano, esse é o estilo dos roubos por corrupção [Dt 32.5; Sl 59.12; 73.8]. Muitos de nós também experimentamos como as coisas foram roubadas de nós de maneira oculta, inclusive, familiares e amigos próximos.

Comentário adicional:

Furto é a apropriação indevida de algo que não nos pertence. Há uma diferença entre furtar e roubar. O furto, para o direito, tem várias vertentes, mas as principais definição são: furto, roubo e assalto. O furto é definido como a subtração de algo de outrem sem seu consentimento, porém de forma furtiva (as escondidas) e sem violência. A subtração feita por pessoas corruptas também deve ser tipificada como furto. Já o roubo, envolve o conhecimento da vítima que, sob ameaça, vê seus bens sendo subtraído e não pode tomar qualquer atitude para evitar, chegando bem próximo a definição de assalto. Temos, como exemplo, o sequestro, que certo grau de violência que pode levar a sofrer até trauma irreparável. Já o assalto é a ação do meliante na presença da vítima sob ameaça com algum tipo de arma, acrescido de graus maior de violência, podendo levar a vítima até a morte.

1.2 - O contexto terreno e espiritual do mandamento

No contexto terreno, o propósito era o respeito pela propriedade alheia. As pessoas tinham e têm o direito de preservar de forma segura o que lhes é próprio. Este mandamento parte então do princípio do reconhecimento da propriedade privada, e que tal propriedade não deve ser arrebatada de modo algum. O respeito a esse princípio buscava estabelecer ordem e estabilidade na sociedade. O contexto espiritual aponta para o princípio de que Deus é o dono pleno de absolutamente tudo o que é material, do imaterial e de seus habitantes [Sl 24.1]. Portanto, não é apenas apropriar-se ilegalmente de algo que pertence a outra pessoa, é afrontar diretamente o próprio Deus a quem tudo pertence [1Co 2.14-15].

Comentário adicional:

No contexto terreno, através do esforço individual de cada um, é nos permitidos adquirir nossos bens com a permissão de Deus, que tem prazer em nos fazer prosperar, por esse motivo o mandamento visa resguardar a propriedade alheia que deve ser guardada pelo proprietário e não deve virar produto de furto por terceiro, visto que Deus é o dono de tudo e, pela permissão dEle, os homens são abençoados com suas conquistas segundo a Sua vontade. No Salmo 116, encontramos o salmista num dilema, “o que darei eu ao Senhor pelos benefícios que me tem feito. (Sm 116.12)”. Em sua meditação, o salmista percebeu que tudo é dEle e para Ele, mas viu que o que podemos fazer de mais precioso para Deus a ponto de agradá-lo é entregar as nossas vidas em Suas mãos, pois Ele é o dono de tudo. Por esse motivo, furtar ou roubar o bem alheio, é uma afronta a Deus que foi o responsável por abençoar alguém na conquista de seus bens. Furtar não implica apenas na apropriação indevida de bens alheios, mas também na corrupção do coração do furtador. Por isso Jesus Cristo enfatizou que “do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias” (Mt 15.19).

1.3 - O mandamento em nossos dias.

Lutero disse que quebramos o oitavo mandamento sempre que “tiramos vantagem do próximo em qualquer tipo de negócio que resulte em perda para ele”. Muitas práticas comerciais comuns são imorais, mesmo que tecnicamente não sejam ilegais. Desde os aumentos extorsivos à propaganda enganosa, infelizmente o roubo está presente no cotidiano da sociedade, até de nossos governantes, a lista é infinita e os casos são inúmeros [Rm 1.30; 2Tm 3.1-4, 13]. Disse mais Lutero: “Se olharmos para a humanidade em todas as suas condições, não há nada mais que um vasto e amplo estábulo cheio de ladrões fabulosos”, e concluiu: “Pouquíssimos ladrões são levados ao enforcamento. Se fossemos enforcar todos, onde arranjaríamos corda suficiente? Teríamos de fazer de nossos cintos e correias cordas para enforcamento” [Rm 3.10, 23].

Comentário adicional:

Mentiras fazem parte da vida de muitas pessoas, mas o servo do Senhor precisa ser diferente. Devemos imitar Deus, e ele jamais mente (Efésios 5.1; Hebreus 6.18). Cristãos são novas criaturas e, “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo” (Efésios 4:25). Jamais devemos seguir o “pai da mentira”, que é o diabo (João 8:44). É uma triste ironia ver tantas pessoas alegando pregar a palavra de Deus – a Verdade – quando fazem ao contrário. Muitos hoje distorcem as Escrituras para enganar os ouvintes. Persuadem pessoas a vender suas casas e doar o dinheiro para uma igreja para enriquecer seus líderes, pregam doutrinas diluídas sobre a salvação, apoiam casamentos ilícitos, etc. “Porque existem muitos insubordinados, paloreiros, frívolos e enganadores” que “andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância” (Tito 1.10-11; cf. 1 Timóteo 4:1-2; 2 Timóteo 4:2). “Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer” (Provérbios 11.1). Este ditado, escrito há 3.500 anos, precisa ser aplicado por todos nós nos dias de hoje. O significado deste provérbio vem do comércio. Uma das maneiras mais antigas de enganar clientes é por meio de uma balança enganosa. Até hoje, órgãos como o Inmetro tem o objetivo de proteger o cidadão do engano de comerciantes sem escrúpulos. Quando você paga o valor de um quilo de feijão, você não quer levar para casa apenas 800 g. Quando vendemos produtos, devemos ser honestos. Quando trabalhamos para receber pagamento, devemos cumprir o horário e as tarefas combinados. A Bíblia apresenta a corrupção como um pecado que se enraíza em cada pessoa, e que pode ser resultado de corromper-se ou corromper os outros. A Bíblia também apresenta exemplos de corrupção, como o suborno, que é um ato de receber ou dar dinheiro em troca de um favor. Todas essas atitudes são classificadas com atitudes que levam outras pessoas a terem algum tipo de prejuízo, o que caracteriza tipos de furtos.

2 - O OUTRO LADO DO MANDAMENTO

O oitavo mandamento chama a nossa atenção para a honestidade em todas as esferas de nossas vidas. Furtar é um agravo contra Deus, e o contrário disso é cuidar, o que nos traz para o outro lado do mandamento, a nossa mordomia [Lc 16.1-2].

Comentário adicional:

A ordem divina é agir com honestidade e zelo, tanto pelo o que é nosso como com o que é dos outros, isto é, agir ao contrário do furto o que nos leva também a entender melhor porque a Bíblia nos chama de mordomo dos tesouros divino. Deus só nos dará aquilo que formos capazes de administrar em sua presença sendo fiéis, portanto, devemos zelar por tudo que Deus coloca em nossas mãos, inclusive o bem alheio que são colocados sob nossa guarda.

 2.1 - Cuidar da providência divina.

Em termos de nosso relacionamento com Deus, entendemos que não somos donos de alguma coisa, somos apenas administradores porque nada nesse mundo nos pertence, nem mesmo nossa própria vida [1Tm 6.7]. Algum dia daremos conta desta vida que Ele nos deu temporariamente [Lv 25.23; Lc 12.20]. Porém, em termos de nossa vida horizontal, em nosso relacionamento com os demais, podemos reclamar algumas coisas como estando sob nossa responsabilidade ou nosso cuidado, porque Deus nos deu direitos sobre elas. Assim como deu direito a nós, deu a todos, e como bons despenseiros de Deus devemos não somente cuidar daquilo que nos foi entregue pelo Senhor, devemos também proteger e zelar por aquilo que pertence aos demais (Rm 12.10; 1Pe 4.10].

Comentário adicional:

Devemos entender que tudo, neste mundo tem um dono maior Deus, por esse motivo, somos apenas mordomos das coisas de Deus. A mordomia é a responsabilidade de administrar as coisas que Deus nos deu, como os bens materiais e espirituais, e de cumprir as atribuições que nos foram confiadas. A fidelidade na mordomia é um dos princípios da fé cristã, e a Bíblia ensina que Deus espera que sejamos fiéis na administração dos bens que nos foram confiados. Mordomia é o cuidado e a administração daquilo que pertence a outro. Embora sempre falemos sobre as coisas como “nossas”, a realidade é que tudo que temos e tudo que somos pertence a outro – a Deus, assim também como os bens do próximo. Como disse o apóstolo Paulo: “Que tens tu que não tenhas recebido?” (1Co 4.7). 

2.2 - O amor a Deus e ao próximo.

O mordomo é alguém que cuida da propriedade de outra pessoa [Lc 12.42-43]. Ele não tem a liberdade de usar da forma que melhor lhe convém, deve simplesmente administrá-la de acordo com as intenções do seu senhor. Essa é exatamente a nossa própria situação aqui nesse mundo. Tudo o que administramos pertence a Deus, assim como tudo que possuímos. Desde o princípio tem sido assim, como Adão, Ele nos deu a sagrada confiança de cuidar de seus bens. Adão estava ali para cuidar da terra, guardá-la, preparar a terra para produzir frutos [Gn 2.15]. Estamos nesse mundo para melhorá-lo. Não furtar é também proteger, é cuidar, é valorizar o próximo e tudo o que Deus lhe deu [Mc 12.33; Gl 5.13-14].

Comentário adicional:

A parábola dos talentos (Mt 25.14-30) é um exemplo bíblico que ilustra a fidelidade na mordomia. Na parábola, o patrão representa Jesus, que é a fonte de todos os talentos e recursos que nos são dados. Os servos representam os cristãos, que devem desempenhar as tarefas e responsabilidades que lhes foram delegadas. O patrão está mais preocupado com a fidelidade do que com a produtividade, e elogia tanto o servo que gerou 5 talentos como o que gerou 2. Os cristãos devem ser mordomos diligentes, zelando e administrando tudo que o Senhor colocou em suas mãos. Entre suas obrigações, estão: promover o crescimento da igreja, sustentar financeiramente a igreja, cuidar da natureza, socorrer os doentes e necessitados. Em Lucas 12.42 e seguintes, vemos que o mordomo deve supervisionar e cuidar dos outros. Ele deve usar os bens do seu senhor para atender às necessidades dos membros da casa do seu senhor. Isto implica em que, sob o soberano senhorio de Deus, nós devemos usar as coisas de Deus para atender às necessidades dos servos de Deus. O mandamento específico, “dar a tempo a ração”, sugere que as necessidades físicas básicas dos servos do Senhor interessem ao Senhor. Semelhantemente, nós devemos atender às necessidades dos pobres, dos famintos e doentes deste mundo. Gálatas 4.1-2 nos apresenta um retrato dos fariseus que Deus, através de Jesus Cristo, tem redimido da escravidão do legalismo e tem adotado como filhos. Paulo nos mostra o papel do mordomo como tutor de crianças. Aqui o mordomo tem a responsabilidade de criar a criança e administrar os seus bens até que ela alcance a maioridade. Ser protetor dos filhos de Deus é uma grande tarefa da mordomia do crente e da igreja. Sob a soberania de Deus, dentro da comunhão da igreja, nós somos responsáveis diante de cada outra pessoa. Somos responsáveis por estimular uns aos outros “ao amor e às boas obras” (Heb. 10.24).

2.3 - Trabalhando com labor.

Bons mordomos devem trabalhar porque a preguiça conduz à pobreza e a pobreza pode ser um trampolim para furtar [Pv 6.10-11; 30.8-9]. A maneira objetiva de evitar a tentação é trabalhar de modo honesto com o objetivo de uma independência financeira [1Ts 4.11-12]. Ο bom mordomo é liberal, entende que repartir é proporcionar que outras pessoas também tenham o que precisam. A atitude do ladrão é: “O que é seu, é meu; vou pegar”. O egoísta diz: “O que é meu, é meu; vou guardar”. Mas o bom mordomo pensa diferente, pensa com atitude espiritual: “O que é meu, é de Deus; vou compartilhar”. Nós, cristãos, somos diferentes, andamos na contramão do mundo, pois sabemos que fomos chamados para viver generosamente.

Comentário adicional:

Deus é capaz de lhes conceder todo tipo de bênçãos, para que, em todo tempo, vocês tenham tudo de que precisam, e muito mais ainda, para repartir com outros. – 2 Coríntios 8.8. Deus deseja nos dar mais do que precisamos, mais do que o necessário, para que possamos usar esse transbordar para nos conectarmos uns com os outros, para abençoarmos uns aos outros. Para vivermos em igreja. Deus deseja que a gente experimente viver em unidade. Por isso que o próprio derramar de dons é diferente sobre cada pessoa, para que justamente sejamos completos uns nos outros. Espírito Santo, nos ajude para que sempre que tivermos algo que possa abençoar alguém, que jamais sejamos indiferentes ou pessoas que retém para si mesmas as bênçãos que recebemos da parte do Pai. Ajude-nos a ter um coração doador, generoso e que olha para o próximo. Nos faz canais de bênção e instrumentos do Teu amor. Que possamos ser generosos com todas as coisas (dons, recursos, tempo, talento, etc) e em tudo. Que sejamos capazes de abençoar, assim como já fomos abençoados por pessoas e, principalmente, de compartilhar todas as bênçãos que já recebemos do Senhor. Isso contraria qualquer mentalidade de subtração aos bens alheios, mas nos levará a termos tudo no plural para com o próximo.

3 - O FURTO, A ESCRAVIDÃO E A ESPERANÇA

O furto faz parte de uma inclinação de nossa natureza pecaminosa, um tipo de escravidão que prejudica o próximo e que só pode ser tratada pelo milagre da salvação em Jesus Cristo [Jo 8.36].

Comentário adicional:

O furto é algo que vem acompanhando a humanidade ao longo de sua história, que leva muitas pessoas a escravidão, sem visão de buscar, pelas suas próprias forças, o seu próprio sucesso. Sabemos que isso é também um tipo de vício que escraviza e que, só Cristo poderá libertar o arrependido.

3.1 - Por que as pessoas roubam?

Os mandamentos foram dados porque o ser humano é pecador por natureza e uma das características mais evidentes dessa natureza é o egoísmo, um egoísmo que leva à cobiça excessiva e à inveja, os dois principais motivadores de roubar. Assim como o assassinato e o adultério, o roubo também é uma ação é uma condição do coração [1Rs 21.1-17]. Faz parte da natureza pecaminosa, que não sendo tratada por Deus através de um novo nascimento, pode como um vulcão, entrar em erupção a qualquer momento [Mc 7.21-22; Gl 5.19-21]. Vários são os motivos que, por causa de um coração egoísta, o ser humano pode ter a tendência de roubar: ênfase excessiva em coisas materiais; emoções fora de controle (compras compulsivas, alcoolismo, dependência química, paixões desordenadas); necessidade aparente, preguiça etc.

Comentário adicional:

A Bíblia não fornece informações sobre por que as pessoas roubam, mas sim sobre as consequências do roubo e o que se deve fazer em caso de roubo. Roubar é uma injustiça e um pecado contra o próximo. Quem é cristão é chamado para viver de forma honesta, sem levar o que não é seu. Existem muitas formas de roubar: assalto, burla, não pagar as dívidas, cobrar o que não é devido, suborno, corrupção, etc. Entre as causas que poderiam ser alistadas para o furto ter aumentado tanto hoje se acham o vício de tóxicos e a jogatina, desejos desordenados por drogas, etc. Daí, então, alguns roubam porque são preguiçosos demais para trabalhar, assim como há mulheres que roubam lojas a troco de “emoções”, de se excitarem em fazer algo ilícito e conseguir escapar. A falta do correto treino parental, sem dúvida, é responsável também por muitos roubos da parte de jovens. Uma grande ajuda é o contentamento. Quem avalia que “a piedade com contentamento é grande lucro” não ficará tentado a roubar. E deve-se admitir que uma ajuda para se combater a tendência de roubar é ficar tão longe quanto possível das oportunidades de roubar. (1Tm.6.6-8)

3.2 - Quem rouba é escravo do diabo.

Todo ser humano sabe instintivamente que pegar algo que não lhe pertence é roubo, e roubar é uma atitude diabólica. Mas, na prática, parece que as pessoas ignoram essa verdade, aceitam correr o risco, e cada vez mais aumentam sua convivência com o diabo [Ef 4.27-28; 1Jo 3.8]. A Bíblia revela que aquele que ainda não nasceu de novo e adota uma conduta moral contrária à vontade de Deus está vivendo de acordo com o diabo. A falta de justiça e de amor atesta a ausência da conversão e um viver como filho de Deus [1Jo 3.10]. A missão do diabo é tríplice: roubar, matar e destruir. Essa é sua característica. E aqueles sob os quais exerce autoridade, seja por pacto, tentação, sujeição ou possessão, portarão consigo as características dessa influência e dominação maligna e destrutiva [Jo 10.10a).

Comentário adicional:

Jesus diz que quem comete pecado é escravo do pecado, e que o filho fica para sempre, mas o escravo não. A intenção do ladrão quando invade um lugar é simplesmente subtrair o que ele puder. Um ladrão não mede as consequências, se vai destruir algo ou se alguém pode perder a vida para que ele consiga o que pretende saquear. Em João 10.10 diz que “o ladrão veio para matar, roubar e destruir”. O ladrão do texto é o pastor ou líder mercenário, que não procura o bem da ovelha, mas sim “os bens” da ovelha. É aquele cujo o dinheiro e a influência é o que lhe importa. Quando a ovelha passa por dificuldades, o mercenário a abandona para o lobo (este sim é o Diabo), pois o mercenário ladrão foge de problemas. Não foi à toa que Jesus advertiu a multidão de sua época quando disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.” (Mt. 7.15). Nesse contexto, vemos que os maus podem roubar até a nossa salvação, por esse motivo, devemos “examinar as escrituras”.

3.3 - Nem tudo está perdido.

No Novo Testamento temos o grande exemplo de Zaqueu ao se arrepender-se de seus pecados (Lc 19.8]. O verdadeiro arrependimento provoca um desejo de se fazer o certo e reparar os erros cometidos. Quando somos impactados pela salvação em Jesus Cristo, somos tomados de uma profunda convicção de fazer o bem e isso inclui fazer restauração sempre que possível [Ef 4.28]. Todos aqueles que, em sua maldade, roubam, somente em Cristo podem encontrar perdão, salvação e transformação. Só Cristo através do Espírito Santo pode mudar esses desejos materialistas de querer possuir o que os outros têm por desejos e impulsos piedosos de respeitar o bem dos outros e não tomar o que não lhes pertence.

Comentário adicional:

Deus perdoa todos os pecados daqueles que aceitaram a Seu Filho Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Algo que nos pode ajudar a entender como as coisas funcionam é pensar que para quem crê em Jesus, todos os pecados são perdoáveis (e perdoados), enquanto que para quem não crê em Jesus, nenhum pecado é perdoável (e perdoado). Para os que são verdadeiramente salvos, todos os pecados são perdoados, pode confiar, mesmo que o inimigo queira te convencer do contrário. Essa é uma das suas estratégias para te deixar confuso e triste. Mas se Deus perdoa tudo, então podemos continuar pecando? O Apóstolo Paulo sabia que muitas pessoas podiam começar a fazer essa pergunta, por isso ele mesmo escreveu o seguinte em Romanos 6.1-2: Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? (Rm 6.1-2).

CONCLUSÃO

O oitavo mandamento é muito claro para todos nós. Sabemos que o furto ou a aquisição ilegítima de propriedades alheias, além de prejudicarem ao próximo, são abominação ao Senhor.

Comentário adicional:

Mediante tudo que aprendemos, ficamos sabendo que tudo pertence a Deus e Ele abençoa quem quer, nossa obrigação é zelar tanto pelo que nosso como pelo que é dos outros. O furto jamais poderia se encaixar nesse princípio bíblico, o que o torna uma abominação. Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. (1Jo 1.7-9)

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

• REVISTA DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL DO PROFESSOR: Adultos. OS DEZ MANDAMENTOS, Estabelecendo princípios e valores éticos, morais, sociais e espirituais imutáveis para uma vida abençoada. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2024. Ano 34 n° 133. Lição 9 – NÃO FURTARÁS: ESTABELECENDO UM PRINCÍPIO MORAL E ÉTICO ESSENCIAL PARA A CONVIVÊNCIA SOCIAL

• Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em Português por João Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.

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• https://www.respostas.com.br/deus-perdoa-tudo/

COMENTARISTA ADICIONAL:

PASTOR ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA- Servo do Senhor Jesus Cristo, Bacharel em administração de empresas públicas e privadas pela Faculdade Católica de Brasília, Bacharel em Teologia pela FATAD- Faculdade Teológica das Assembleias de Deus, pós-graduado em administração de cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo de crédito no Canadá, Estados Unidos e Espanha.

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