LIÇÃO 06 - A RELEVÂNCIA DA IGREJA CUMPRIR O SEU PAPEL NA
INTEGRAÇÃO E DISCIPULADO AGREGADOR
11 de agosto de 2024
TEXTO ÁUREO
“Portanto,
recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de
Deus.” Romanos 15.7
VERDADE APLICADA
É
dever de cada membro do Corpo de Cristo participar do processo de integração
dos novos convertidos à nova vida, à nova comunidade.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
•
Apresentar a necessidade de integração à Igreja;
•
Explicar a funcionalidade da integração na Igreja;
•
Expor sobre o envolvimento da Igreja na integração.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
EFÉSIOS 4
1. Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis
como é digno da vocação com que fostes chamados,
2. Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor,
3. Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo
da paz.
4. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes
chamados em uma só esperança da vossa vocação;
5. Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
6. Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e
por todos, e em todos.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
INTRODUÇÃO
Será
enfatizado nesta lição a relevância do ministério da integração em uma Igreja
local. Não apenas anunciar o Evangelho, mas, também, ajudar e acompanhar os
novos convertidos no engajamento na comunhão da Igreja e no servir a Jesus
Cristo, como fez Barnabé com o então recém-convertido Saulo [At 9.26-28;
11.25-26].
Comentário Adicional:
O
Ministério de Integração nasceu a partir da necessidade apresentada pela igreja
de acolher as pessoas após sua decisão por Cristo. A maioria não prosseguia na
fé e acabavam por se afastar. Com base neste fato foi idealizado um ministério
que daria assistência exclusiva as pessoas que se decidissem por Cristo,
ajudando-as a dar o primeiro passo na fé, incentivando-as a manterem-se firmes
na decisão que haviam tomado integrando-as a igreja de Cristo Jesus. A missão
desse ministério é acolher os visitantes com amor, espontaneidade, simpatia e
autêntico interesse por suas necessidades, a fim de integra-los ao Corpo de
Cristo.
Fonte:
https://pibcasimiro.org.br/?p=2178
1- A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO
Há
pelo menos três aspectos essenciais na promoção da constante e imprescindível
prática da integração: criar um ambiente acolhedor no primeiro contato; indicar
que essa é uma relevância bíblica, e, por último, ajudar a segurar os frutos do
evangelismo.
1.1. Gerar um ambiente receptivo aos visitantes.
A
recepção aos visitantes é, certamente, a grande responsável por causar a
primeira impressão nos recém-chegados. Afinal, um cumprimento, um sorriso, uma
orientação e um auxílio iniciais fazem toda a diferença na chegada dos
visitantes. Dentro do ministério de integração, a recepção tem por missão fazer
com que cada pessoa que chega à Igreja, sinta-se especial. Isso é feito desde a
chegada de uma pessoa na porta da Igreja com um sorriso, um “seja bem-vindo”
sincero, uma placa especial, através de um presente, de uma lembrança da
Igreja, de um folder de boas-vindas e que contenha informações relevantes. No
geral, o ministério da integração trabalha na recepção como voluntários
hospitaleiros – como se fossem os donos da casa que fazem de tudo para a visita
sentir-se, também, em casa.
Comentário Adicional:
Receber
bem não deve ser apenas um gesto de aperto de mão, mas sim um sentimento que
vem de dentro, do coração. O propósito de uma Igreja Acolhedora é dar a melhor
impressão do amor de Jesus, tanto aos visitantes como aos seus próprios
membros. Cativar pessoas para Cristo deve ser a missão de vida de cada cristão.
O Espírito Santo conduz as pessoas à igreja, e a nossa responsabilidade é fazer o melhor para atendê-las. A vida de Cristo nesta terra foi uma vida de serviço e de amor. Foi com amor que o Senhor Jesus atraiu pessoas e alcançou corações carentes pela palavra. Desde os tempos da igreja primitiva é possível perceber uma preocupação sobre como receber e tratar bem as pessoas. O livro de Atos menciona: “Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja…” Atos 15:4.
1.2. A relevância bíblica da integração.
A
Igreja Primitiva é um grande exemplo de uma Igreja que integrava os novos
convertidos na comunidade cristã. Atos 2.47 diz: “(…) E todos os dias
acrescentava o Senhor à Igreja aqueles que se haviam de salvar” O Senhor
acrescentava e a Igreja cuidava. Eles não ficavam dispersos, eles passavam a
viver na dinâmica comunhão da Igreja, onde todas as barreiras entre eles foram
derrubadas [Cl 3.11] e onde tudo era partilhado [At 2.44]. De forma particular,
temos o exemplo de Barnabé, que foi de fundamental importância para integrar o
apóstolo Paulo no seio da Igreja. Ninguém acreditava em Paulo [At 9.26], mas
Barnabé o levou consigo e o apresentou aos apóstolos [At 9.27]. Fez isso uma
segunda vez quando integrou Paulo ao corpo ministerial da igreja de Antioquia [At
11.25- 26]. Todos os membros e obreiros das nossas igrejas deveriam seguir o
exemplo de Barnabé.
Comentário Adicional:
A
integração bíblica reconhece nossa necessidade da habitação do Espírito Santo
para dar a todos os filhos de Deus o desejo e o poder de fazer o que Lhe agrada
em tudo (Fp 2:13). A integração bíblica rejeita toda tentativa de separar
qualquer parte do mundo de Deus da Sua influência.
Aqui
estão quatro maneiras de você ajudar os membros novos e os que estão retornando
à Igreja a se sentirem aceitos:
1.
Ser um amigo na fé;
2.
Inclua todas as pessoas;
3.
Envolva-se e interaja com as pessoas, crie laços;
4.
Viver o evangelho, tornar-se discípulos.
1.3 É importante porque segura os frutos do evangelismo.
Segundo
o saudoso pastor Valdir Bícego: “De cada cem pessoas que aceitam o evangelho,
apenas dez descem às águas batismais e dessas apenas três permanecem após o
primeiro ano’: Essa triste estatística é resultado direto de uma falta de
integração dinâmica no seio da Igreja. Uma criança recém-nascida se não for
cuidada terá apenas poucas horas de vida, de igual modo é o novo convertido, se
não for cuidado não permanecerá na Igreja, nem tampouco na fé que abraçou em
Cristo Jesus. Uma criança no processo de desenvolvimento necessita de
alimentação adequada, cuidados de higiene, ajuda para começar a andar, aprender
a falar, ajuda para alimentar-se sozinha, tudo isso também é aplicado à vida do
novo convertido no seu processo de crescimento espiritual. Se for ajudado,
crescerá saudável [1Pe 2.2], e, por sua vez, integrará a outros no futuro.
Comentário Adicional:
A
integração bíblica reconhece nossa necessidade da habitação do Espírito Santo
para dar a todos os filhos de Deus o desejo e o poder de fazer o que Lhe agrada
em tudo (Fp 2:13). A integração bíblica rejeita toda tentativa de separar
qualquer parte do mundo de Deus da Sua influência.
Alguns
aspectos que precisam ser considerados no processo de Integração Eficaz:
1.
Doutrinação (Na religião, a doutrina refere-se aos ensinamentos fundamentais e
princípios de uma fé específica, estabelecendo as crenças essenciais que os
seguidores devem adotar).
•
A doutrinação do novo convertido consiste no ensino das verdades centrais da fé
cristã.
•
Base para o amadurecimento da vida espiritual.
•
O discipulado deve ser iniciado no ato da conversão por meio de um discipulado
experiente e dedicado exclusivamente para sua doutrinação (At 2.41-43).
Para
refletirmos: Na igreja que você congrega tem o discipulado individual?
2.
Integração (É o ato de acolher, acompanhar, discipular, evangelizar, relembrar
e buscar).
•
Sem a integração social do novo crente, sua doutrinação torna-se ineficaz.
•
O novo convertido precisa sentir que é parte da família de Deus.
•
Receber e compartilhar o amor cristão (At 2.44).
• João sabia que, se os cristãos não se
amassem mutuamente, jamais se sentiriam parte do corpo de Cristo.
•
Por isso, não cessava de exortar a Igreja. O amor que integra não compreende
apenas palavras, mas ações efetivas (1Jo 3.18).
Para
refletirmos: Você tem auxiliado na integração do novo convertido?
3. Treinamento (É um conjunto de ações educacionais dentro de uma igreja, nesse
contexto) criadas para aprimorar o conhecimento e as habilidades dos membros,
novos membros e convertidos, ao mesmo tempo em que fornece informações e
instruções sobre como melhor desempenhar a vida cristã).
•
Ainda na fase da doutrinação e da integração, o novo convertido deve ser
treinado a fazer novos discípulos.
•
Exemplo do endemoninhado gadareno (Lc 8.39).
•
Quanto mais cedo o novo convertido for treinado para ser discipulador, maiores
e melhores serão os resultados.
•
A igreja deve investir na formação de discipuladores.
Para
refletirmos: Na sua igreja há treinamento de discipuladores?
4.Identificação
(Compreendemos que identidade cristã é a apreensão de todo um conjunto de
experiências presentes nos conteúdos da tradição e prática em seguir a pessoa
do Senhor Jesus Cristo).
•
Esta fase somente será eficaz se as anteriores forem bem executadas.
•
A plenitude do discipulado radical será levar o novo crente a ser conhecido,
através de seu testemunho e postura, como seguidor de Cristo.
•
Os crentes primitivos, em virtude de seu compromisso com Jesus, eram conhecidos
como cristãos (At 11.26).
•
O testemunho é fundamental para a identificação do cristão. Ele influenciará o
meio em que o cristão está inserido.
Para
refletirmos: As pessoas identificam você como um seguidor de Cristo?
2- A INTEGRAÇÃO PLENA DO NOVO CONVERTIDO
Devemos
ter em mente que o processo de evangelismo não termina na conversão, mas que o
converso, uma vez alcançado, precisa ser integrado à vida da Igreja e aos
trabalhos que a mesma executa. Através da integração espiritual, eclesiástica e
social, o novo convertido reforça a sua vida cristã e encontra o seu lugar no
reino de Deus.
2.1. Integração espiritual.
A
integração espiritual é obra do Espírito Santo, desenvolvida no ato em que a
pessoa crê que Jesus é o seu salvador pessoal. É o Espírito Santo pela
regeneração que faz o pecador participante do corpo de Cristo. Todavia, cabe à
Igreja conduzi-lo a tomar parte nas bênçãos de Deus decorrentes da salvação,
levando-o a buscar o batismo no Espírito Santo, os dons espirituais e
desenvolver o fruto do Espírito.
Comentário Adicional:
O
discipulado é fundamental para o crescimento saudável da igreja e para a
formação de discípulos maduros e comprometidos. É através do discipulado que os
novos convertidos são ensinados a viver de acordo com os princípios e valores
do Reino de Deus, a desenvolverem uma vida de oração e intimidade com Deus, a
estudarem a Bíblia e a se envolverem em obras de serviço e evangelismo.
Passos
para discipular Novos Convertidos
1.
Relacionamento: O discipulado começa com um relacionamento genuíno e acolhedor. É importante estabelecer uma conexão pessoal
com o novo convertido, demonstrando interesse por sua vida e suas necessidades.
2.
Ensino: O discipulador deve ensinar os fundamentos da fé cristã, como a
salvação, o perdão dos pecados, a importância da comunhão com outros crentes e
a prática da Palavra de Deus.
3.
Acompanhamento: O discipulador deve acompanhar de perto o discípulo, oferecendo
suporte, encorajamento e orientação em sua jornada de fé. Isso pode ser feito
através de encontros regulares, estudos bíblicos e momentos de oração.
4. Exemplo: O discipulador deve ser um exemplo
de vida cristã para o discípulo, vivendo de acordo com os princípios ensinados
e demonstrando amor, humildade e serviço aos outros.
5.
Desafio: O discipulador deve desafiar o discípulo a crescer e se desenvolver,
incentivando-o a buscar uma vida de santidade, a se envolver em ministérios da
igreja e a compartilhar sua fé com outras pessoas.
2.2. Integração eclesiástica.
É
a integração na Igreja local. O novo convertido precisa ser conscientizado
biblicamente do fato de que, após a conversão, tendo atendido ao chamado do
Senhor para ser discípulo de Cristo, agora ele faz parte do povo de Deus, a
Igreja do Senhor nesta terra [Jo 17.20- 21; 1Pe 2.10]. E, assim, tendo
consciência de sua identidade em Cristo, é fundamental que seja instruído sobre
a nova vida em Cristo, que envolve o batismo em águas, a participação na Ceia
do Senhor, o comprometimento no sustento e manutenção das atividades
evangelísticas por intermédio da fidelidade nos dízimos e nas ofertas. O novo
convertido precisa de instrução, também, quanto à relevância de procurar estar
regularmente reunido com os demais membros da Igreja [At 2.44, 46; Hb 10.25]
para comunhão, edificação e mútua ajuda. O processo de integração eclesiástica
contempla conscientizar o novo membro sobre a sua responsabilidade no
cumprimento da missão de anunciar, no poder do Espírito Santo, a Palavra de
Deus a outras pessoas, para fazer discípulos de Cristo, para edificação da
Igreja e a glória de Deus.
Comentário Adicional:
O
discipulado de novos convertidos pode enfrentar alguns desafios, como a falta
de comprometimento, a falta de tempo e a falta de recursos. No entanto, existem
soluções para superar esses desafios. O discipulado de novos convertidos pode
trazer diversos resultados positivos, tanto para o discípulo quanto para a
igreja como um todo. Alguns desses resultados são:
–
Crescimento espiritual: O discipulado ajuda os novos convertidos a crescerem em
sua fé e a desenvolverem um relacionamento mais profundo com Deus.
–
Maturidade cristã: O discipulado capacita os discípulos a viverem de acordo com
os princípios do Reino de Deus e a se tornarem discípulos maduros e
comprometidos.
–
Multiplicação: O discipulado prepara os discípulos para discipular outras
pessoas, multiplicando assim o impacto do discipulado na igreja e na sociedade.
–
Fortalecimento da igreja: O discipulado de novos convertidos fortalece a igreja
como um todo, gerando uma comunidade de crentes comprometidos e atuantes.
Em
resumo, o discipulado de novos convertidos é uma tarefa essencial para a
igreja, que requer investimento de tempo, energia e recursos. Com estratégias e
práticas eficazes, é possível discipular novos crentes de forma impactante,
ajudando-os a crescerem e se tornarem discípulos maduros e comprometidos.
2.3. Integração social.
Quando
uma pessoa crente chega à sua Igreja, ele conhece todo mundo, muitos lhe
sorriem, apertam sua mão e lhe chamam pelo nome, tudo lhe é familiar. E o novo
convertido? Como ele/ela se sente num ambiente que ninguém lhe conhece? Com
certeza sente-se como um peixe fora da água, deslocado. A pessoa quando se
converte sofre uma transformação radical que acontece também em termos sociais.
Ele passa a viver um convívio social totalmente diferente do anterior. Do
linguajar ao modo de se vestir, tudo passa por uma radical transformação. É
preciso se aproximar dela com amor e paciência para incluí-la nesse novo
ambiente.
Comentário Adicional:
Integrar
novos membros em uma congregação é um desafio que muitas comunidades religiosas
enfrentam. A chegada de novas pessoas traz consigo a oportunidade de
crescimento e renovação, mas também exige esforços para garantir que esses
indivíduos se sintam acolhidos e engajados. Abaixo cito algumas estratégias de
como promover a integração de novos membros na congregação:
1.
Recepcione com amor e empatia;
2.
Ofereça orientação e apoio;
3.
Realize eventos de integração;
4.Crie
grupos de apoio;
5.
Incentive a participação em ministérios e atividades (Sempre após do
discipulado e batismo, antes ele deve ser acompanhado no processo de formação
cristã);
6.
Ofereça oportunidades de serviço;
7.
Estabeleça um programa de acompanhamento;
8.
Proporcione oportunidades de aprendizado;
9.
Valorize a diversidade e inclusão (Aqui diferente do conceito do mundo de
aceitação à qualquer custo, lembrem-se, estamos lidando com o rebanho do
Senhor);
10.
Mantenha uma comunicação clara e eficiente;
11.
Celebre marcos e conquistas (Finalização do Processo de Discipulado/Batismo/1º
Ceia/1ª Oportunidade de Fala);
12.
Avalie constantemente as estratégias de integração da sua igreja (Uma igreja de
sucesso não é pragmática, mas bíblica);
13.
Cultivar um ambiente de amor e respeito mútuo.
3- O ENVOLVIMENTO PLENO DA IGREJA
Cada
ministério ou departamento da Igreja precisa estar envolvido e ser um veículo
de integração. Essa importante tarefa não pode ser exclusiva de um único
departamento. Essa é uma missão de toda a Igreja.
3.1. Integrando todos.
Todos
os departamentos da Igreja precisam ter um grupo treinado para recepcionar e
integrar aqueles que são alcançados pelo Salvador Jesus. Homens, mulheres,
crianças, adolescentes, jovens e melhor idade, através de seus respectivos
departamentos, precisam envidar esforços e ser dinâmicos para integrar e
promover o crescimento da Igreja.
Comentário Adicional:
Essa
integração se faz necessária, pois a igreja propicia às famílias as condições
para o crescimento espiritual, com vistas ao cumprimento dos seguintes
propósitos:
•
ADORAÇÃO – Nós fomos criados para o louvor da glória de Deus. A adoração pode
ser uma experiência individual, mas é acima de tudo comunitária (Hb 10.25).
Congregada junto ao povo de Deus, a família tem maiores condições de prestar ao
Senhor uma adoração mais envolvente, criativa e participativa, crescendo junto
com a comunidade (Cl 3.16). Estando unida à igreja, a família participa da
adoração em suas mais variadas formas, o que é impossível estando desligada;
•
COMUNHÃO – A vida cristã deve ser marcada não apenas pela experiência vertical
da adoração a Deus, mas também pela experiência horizontal, através da comunhão
com os irmãos (Fp 1.27). Integrada à igreja, a família usufrui as bênçãos da
comunhão cristã e ajuda a promovê-la. Os primeiros cristãos perseveravam na
comunhão (At 2.42-47). Nesse ambiente de comunhão, em que uns se interessam
pelos outros, a família é grandemente abençoada;
• MISSÃO – O envolvimento da família com a igreja deve ir além das experiências da adoração e da comunhão. A igreja, como agência do reino de Deus, tem uma importante missão a desempenhar, no sentido de proclamar o evangelho. E o desempenho dessa missão requer a participação de todas as famílias. Quando a família se omite, a igreja não tem como cumprir sua missão, pois ela é formada de famílias. Compreendendo a necessidade dessa integração, Josué tomou uma decisão que, ainda hoje, desafia profundamente a cada família: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).
3.2. Bênçãos do envolvimento da igreja na integração.
Quando
a Igreja se envolve na integração dos novos convertidos, apoiando e ajudando-os
no seu crescimento espiritual, há um enorme ganho para toda a membresia, uma
vez que os mesmos cooperam para a sua edificação e cumprimento de sua missão no
mundo. Dar ao membro a satisfação de realizar algo para Deus pode motivá-lo
para o ministério.
Comentário Adicional:
Há
famílias que parecem não ter experimentado ainda esse aspecto do compromisso
com a igreja. Essa integração é salutar pelas seguintes razões:
•
PROMOVE A SOCIABILIDADE – Além de ser uma necessidade, o harmonioso
relacionamento entre a família e a igreja torna-se uma experiência por demais
agradável (Sl 133.1). O convite para ir à casa do Senhor alegrava o salmista
Davi (Sl 122.1). Igreja e família formam um ambiente de sociabilidade que não
deve ser trocado por nada (Sl 84.1,10). Esse convívio contribui intensamente
para o desenvolvimento humano, especialmente das crianças e da juventude;
•
DESEMPENHA FUNÇÃO TERAPÊUTICA – A igreja é uma comunidade terapêutica. Muitas
famílias podem testemunhar a agradável experiência que as envolveu quando se
integraram à igreja. Profundo conhecedor dessa função terapêutica da igreja, o
apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Roma: “se Deus quiser, chegarei aí
cheio de alegria e lhes farei uma visita que será muito agradável para mim” (Rm
15.32, BLH). O ambiente da igreja propicia à família fortalecimento, cura e
alento;
•
ATRAI A BÊNÇÃO DE DEUS – A integração família-igreja é salutar também porque
atrai a bênção de Deus e promove a vida (Sl 133.3). O relato a respeito da
igreja do período apostólico comprova isso (At 4.32-35). Não existe um ambiente
melhor para os nossos filhos frequentarem do que a igreja. O preparo oferecido
pela igreja é de fundamental importância para que eles se tornem, no futuro,
homens e mulheres comprometidos com Deus e o seu reino.
3.3. Qualidades da pessoa que faz a integração.
Um
discipulador é alguém convicto de sua missão: integrar à Igreja aqueles que
foram salvos e necessitam aprender mais sobre a nova vida em Cristo. Para o
desempenho eficaz desse trabalho é preciso ter convicção de salvação [Jo 3.16;
5.24], ser cheio do Espírito Santo, conhecimento bíblico a fim de explicar o
plano da salvação e de sanar qualquer dúvida a esse respeito. Além disso, é
preciso possuir sabedoria e paciência para ajudar o novo convertido a atingir a
maturidade na fé.
Comentário Adicional:
A
primeira coisa que devemos fazer para mobilizar pessoas e líderes para compor o
ministério de integração como qualquer outro é a oração. Devemos seguir as
orientações de Jesus quando disse que a seara é grande, mas os ceifeiros são
poucos e que devemos orar para que Ele nos mande os ceifeiros. Em segundo
lugar, observar as pessoas com as quais nos relacionamos verificando se tem
qualidades para compor a equipe. E quais são estas qualidades? Ser atencioso,
alegre, ser pontual, ter controle emocional, ser compreensivo, simpático e
tolerante. E em terceiro lugar, e ainda mais fundamental, é que tenhamos
pessoas compromissadas com o Evangelho e a verdade Bíblica, e sejam cheias do
Espirito Santo. É ainda preciso desenvolver junto à equipe de integração um
acompanhamento pastoral individual visando o fortalecimento de cada um na fé no
Senhor Jesus.
CONCLUSÃO
É
por meio da integração que o novo convertido se sente acolhido pela Igreja, o
Corpo de Cristo, membro da família de Deus, vocacionado para cumprir a sublime
missão para a qual também foi chamado: “Ide por todo o mundo, pregai o
evangelho a toda criatura” [Mc 16.15].
Comentário Adicional:
Acredito
que estas palavras servirão para trazer um pouco de luz sobre o tema e provocar
novos debates/conversa com o intuito de promover a integração dos novos membros
a fim de que haja unidade. O sonho é que cada membro da congregação de Jesus se
sinta acolhido, respeitado e amado para poder se sentir motivado a também fazer
o que lhe compete, conforme a oração sacerdotal de Jesus: “para que todos sejam
um, Pai, como tu estás e mim e eu em ti”. Este é o objetivo principal da
relevância da igreja em cumprir o seu papel na integração e discipulado
agregador.
COMENTARISTA DA LIÇÃO
Pr
Éder Santos - ADTAG SEDE
Graduado
em Teologia Pós-graduado em Hermenêutica
Mestre
e Doutor em Teologia, com especialização em Filosofia das Religiões Coordenador
docente do Curso Superior em Teologia na Faculdade ISCON Contato: (61) 9
9921-0846 INSTAGRAM: @pr.eder.oficial
Um comentário:
Excelente comentário da lição pastor Eder, enriqueceu muito o assunto tratado, trazendo observações e recomendações importantes de como devemos agir com aqueles recém chegados a igreja. Que Deus continue te abençoando e te inspirando a ensinar sobre a Palavra Dele!
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