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LIÇÃO 12: ORDENANÇA PARA AMAR O PRÓXIMO

23 de junho de 2024

 TEXTO ÁUREO

"O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” João 15.12

VERDADE APLICADA

O amor de Deus derramado em nós pelo Seu Espírito deve ser expressado em nosso relacionamento com Deus e com o próximo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar que amar o próximo é um mandamento.

Ressaltar que quem não ama não conhece a Deus.

Conscientizar de que o amor não pode ser de fingimento.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

MARCOS 12

31. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.

ROMANOS 13

8. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.

1JOÃO 3

11. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.

1JOÃO 4

11. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.

 

“COMENTÁRIOS ADICIONAIS”

 INTRODUÇÃO

Amar a Deus e ao próximo, antes de se tratar de sentimento, é uma questão de obediência por parte do discípulo de Cristo. Assim, veremos que o amor que devemos expressar tem como fonte o próprio Deus. Nas Escrituras encontramos as propriedades e características deste amor, para não confundir com mero sentimentalismo ou os muitos conceitos expostos por uma sociedade que não leva em conta os princípios bíblicos.

1- AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO

Não é novidade para qualquer pessoa que a convivência entre os seres humanos nem sempre é pacífica e harmônica. Logo no início da civilização já a primeira família teve que lidar com desentendimentos sérios entre seus membros [Gn 4.8]. Contudo, também é realidade que amar o próximo é mandamento divino [Mc 12.31]. Portanto, trata-se de um desafio constante e uma atitude imprescindível para todo autêntico discípulo de Cristo. O amor ao próximo é reflexo do amor de Deus derramado em nossas vidas.

Comentário adicional:

Desde que o mundo é mundo a humanidade vive uma relação conflituosa, fazendo da vida uma constante batalha entre amor o ódio. O Senhor viu que a perversidade do homem tinha aumentado na terra e que toda a inclinação dos pensamentos do seu coração era sempre e somente para o mal (Gn 6:5). Entretanto irmãos nós cristãos, discípulos de Cristo, quando o aceitamos como Senhor e salvador, já escolhemos em qual lado vamos lutar. Aqueles que seguem o caminho do ódio vão colher aquilo que semeiam, mais cedo ou mais tarde. No entanto, aqueles que cumprem os mandamentos de Deus e fazem a Sua vontade alegram o coração do Pai. Amar o próximo é um dos mandamentos fundamentais de Deus para os seus filhos e não é fácil, é algo que desgasta e requer nosso esforço. Mas aqueles que aceitaram Jesus como Senhor e Salvador são chamados para ser luz e sal do mundo e vencer o ódio com o amor.

Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem (Rm 12:21).

1.1. O amor é uma evidência do novo nascimento.

A conversão ao Evangelho de Jesus traz um novo nascimento [2Co 5.17; Ef 4.21-24]. Quando o novo nascimento acontece, o amor passa a permear o seu coração e o seu viver, o salvo passa a olhar as pessoas com misericórdia, compaixão e se comove com os quadros de sofrimento das pessoas, normalmente estende a mão aos carentes, aos órfãos e viúvas, e socorre os aflitos, entende as fraquezas e debilidades dos outros. Amar é tolerar os mais fracos, perdoar as suas ofensas e aceitá-lo como ele é, com a sua personalidade, pois todos somos diferentes uns dos outros [Rm 15.1].

Comentário adicional:

Definição: Conversão significa mudar de um estado para outro; tomar uma decisão que vai te levar do ponto A ao ponto B. O ato de converter tem a ver com induzir comportamentos e ações que vão direcionar a pessoa a um propósito previamente estabelecido.

Deus é amor (1Jo 4:8). O amor é a essência de seu ser. Tudo que Deus faz vem de seu amor: por nós, pela justiça, pelo bem, pela verdade. Deus ama todas essas coisas. O amor de Deus é tão grande que se reflete em todos que têm Jesus em seu coração! Por causa de seu amor tão grande, Deus enviou Jesus para pagar o preço por nossos pecados. O cristão verdadeiramente convertido tem o amor na sua essência, já que é nascido de novo, e nascido em Cristo. Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus amor (1Jo 4.7-8).

Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim (Gl 2:20).

1.2. O amor é o expoente das virtudes do fruto do Espírito.

A primeira virtude do fruto do Espírito é justamente o amor, que abarca todas as outras, pois sem amor as outras diminuem o seu valor [Gl 5.22-23]. O amor é a raiz de todas as virtudes, o amor pode fazer coisas inesperadas e de difícil compreensão de acordo com a magnitude do seu alcance. As atitudes e ações revelam que não é só sentimento de querer bem uma pessoa, mas mostrar uma capacidade de se colocar à disposição. Na parábola do bom samaritano [Lc 10.25-37], Jesus dá uma aula ao doutor da lei, esclarecendo que aquele que usou de misericórdia para com o homem que foi espancado pelos assaltantes foi o seu próximo.

 Comentário adicional:

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor (1Co 13:13).

O livro de 1 Coríntios é uma carta escrita pelo apóstolo Paulo à igreja em Corinto, abordando uma série de questões e problemas enfrentados por essa comunidade cristã. Em 1 Coríntios 13, Paulo fala sobre a importância do amor, da fé e da esperança na vida do crente. Paulo enfatiza a supremacia do amor. Ele afirma: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor” (1Co 13:13). O amor é o centro do evangelho, a essência do caráter de Deus e a força motriz que deve permear todas as nossas ações e relacionamentos. Jesus Cristo enfatizou o amor como o maior mandamento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22:37-39). O apóstolo João também nos exorta a praticar o amor e   amar não apenas de palavra, mas com ação e em verdade (1Jo 3:18). O amor deve ser evidente em nossas palavras, atitudes e ações diárias. Devemos demonstrar bondade, paciência, perdão, generosidade e humildade em nossos relacionamentos. O amor não é apenas um sentimento, mas uma escolha inteligente de amar o próximo.

1.3. O amor não faz mal nem julga o próximo.

Afinal de contas, nunca ninguém odiou a sua própria carne, antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja [Ef 5.29]. Quem ama não mata, não furta, não dá falso testemunho, não cobiça, não toma a mulher do outro, não age com desonestidade [Rm 13.8-10]. Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós [Mt 7.1-5]. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir: Tu, porém, quem és, que julgas a outrem? [Tg 4.11-12].

Comentário adicional:

Na vida cristã, a tolerância a paciência e a compreensão são virtudes que refletem o amor incondicional de Deus por nós. Somos chamados a amar ao próximo como a nós mesmos, e através destas virtudes podemos construir relacionamentos mais fortes e criar um ambiente de aceitação e respeito mútuo (Cl 3:13): Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. O amor é tolerante (Rm14.1), e precisamos em amor tolerar as diferenças, não podemos querer impor os nossos pontos de vista e com isso destruir a fé dos irmãos. A igreja deve se empenhar em prol da tolerância, paciência e da compreensão. Paulo escrevendo aos cristãos em Roma que tinham opiniões diferentes sobre determinadas práticas, pois eles vinham de vários contextos, nos ensina muito sobre como devemos amar ao próximo, aceitando as diferenças e falhas. Deus aceita cada cristão, com as questões provenientes de seu contexto e seu nível de maturidade, e é capaz de santificá-lo. Irmãos, eu e você fomos alvos do amor, da tolerância, da paciência e da compreensão Deus através de Jesus na cruz do calvário, muitas das vezes julgamos que só nós fomos merecedores desse incondicional amor, esquecendo-se de Jo 3.16. Que possamos compartilhar aquilo que recebemos de Deus, transmitindo a todos em amor e obediência aquilo que nos trouxe a paz (Is 53:4,5).

2- AQUELE QUE NÃO AMA NÃO CONHECE A DEUS

Deus é amor e todos os Seus atos demonstram esse amor [1Jo 4.8]. Se Deus nos amou, também devemos amar uns aos outros [Jo 15.12; 1Jo 4.11]. A maior prova de que somos discípulos de Jesus é quando amamos uns aos outros [Jo 13.35]. Quem não ama o seu irmão permanece na morte [1Jo 3.14], Quem não ama a seu irmão não é de Deus [1Jo 3.10]. Quem ama a Deus não pode detestar o seu irmão [1Jo 4.20].

 Comentário adicional:

Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é filho de Deus. E todo aquele que ama ao Pai, também ama os filhos dele. A maneira pela qual sabemos se amamos os filhos de Deus é esta: Se amarmos a Deus e obedecermos aos seus mandamentos. Pois amar a Deus é obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não nos sãos penosos, porque todo aquele que é filho de Deus vence o mundo (1Jo 5:1-12 VFL).

João falando sobre o amor, ele aprofunda ainda mais a união entre o homem, Deus e o seu próximo, e explica que o amor de Deus somente é comprovado se amarmos nosso semelhante. Contanto amor a Deus não está separado da obediência aos seus mandamentos. Os mandamentos de Deus ensinam o Seu povo a fazer aquilo que o Senhor aceita como agradável (Rm 12:1-2).

2.1. O amor exige perdão.

O perdão está no coração de quem ama. A atitude de perdoar como forma de amor, exprime o verdadeiro sentido do cristianismo, normalmente nos escondemos para não exercer o perdão; quem não perdoa carrega um fardo pesado e nunca limpa o seu coração de rancor e ira. Como podemos orar como Jesus ensinou em Mateus 6.12? Não existe Evangelho sem amor, como não existe também Evangelho sem perdão, um está atrelado ao outro. Precisamos estar dispostos como cristãos a perdoar aqueles que nos fizeram mal, mas também estar dispostos a pedir perdão aos que nos ofendem. É uma estrada de mão dupla. Este ato deve ser recíproco.

Comentário adicional:

Como aprendemos na Lição 08 deste bimestre, quando perdoamos   somos os principais beneficiados, ao praticarmos o perdão demostramos que somos de Deus e o conhecemos, expressando a essência dele, o amor. Além disso, ambas as partes são abençoadas tanto o ofendido quanto o que ofendeu. Sim, somos abençoados, abençoamos e ainda obedecemos e agradamos ao nosso Deus, que é um Deus de amor (1Jo 4:8). Na passagem de (Gn 50.15-21), José perdoa seus irmãos por tanta maldade que haviam cometido contra ele, dizendo-lhes: “Não tenham medo; eu não posso me colocar no lugar de Deus. É verdade que vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mudou o mal em bem para fazer o que hoje estamos vendo, isto é, salvar a vida de muita gente” (Gn 50.19-20 – NTLH). Que possamos ser como José, perdoar é para os fortes, só exerce o perdão quem conhece, obedece ao EL SHADAY. O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda. O meu coração exulta de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças (Sl 28:7).

2.2. O amor exige disciplina.

Amar não é deixar de corrigir, repreender ou disciplinar [Hb 12.6]. Amar não é deixar de falar a verdade, mas falar a verdade com educação e respeito. Amar não é deixar virar bagunça ou ficar desorganizado, mas colocar regras e normas, regimentos e estatutos, estipular limites e áreas de ação; cobrando o seu cumprimento. Amar é não se portar com leviandade ou indecência [1Co 13.5]. Jesus amava as pessoas, mas colocava ordem [Jo 2.13-17]. Há pessoas que pensam que o amor cobre as maldades, as falsidades, as mentiras e a falta de respeito principalmente com as coisas e lugares sagrados, a rebeldia e insubmissão com os líderes e autoridades espirituais [Nm 16.1-2,30-33].

Comentário adicional:

Definição: Corrigir significa ajustar ou modificar algo para eliminar erros, defeitos ou imperfeições. Em um sentido mais amplo, corrigir envolve o processo de fazer correções para alcançar um estado de maior precisão, funcionalidade ou moralidade.

Definição: Amor é um sentimento complexo e profundo de afeição, carinho e conexão com outra pessoa. O amor envolve elementos como cuidado, respeito, compromisso, e uma preocupação genuína pelo bem-estar do outro.

Porque o SENHOR corrige quem ele ama, assim como um pai corrige o filho a quem ele quer bem. (Pv 3:12).

Como vimos nas definições acima, quem ama respeita, cuida e tem um compromisso verdadeiro com a pessoa amada, e não com a praticas erradas da mesma. Deste modo entende-se que quem diz que ama e não se importa com as práticas erradas da pessoa amada, na verdade não ama. Quando corrigimos mostramos que é necessários ajustes, modificações ou até recalcular às rotas da vida, estas que muitas vezes levam para o inferno. Através da repreensão Deus tem, no mínimo, três propósitos: (1) persuadir-nos a arrepender-nos, (2) aperfeiçoar-nos e santificar-nos, e (3) às vezes, redirecionar o curso de nossa vida para um caminho que Deus sabe ser melhor. A disciplina é uma evidência do amor de Deus por seus filhos. Essa disciplina, muitas vezes, ocorre por meio de provações e sofrimentos que possuem um propósito pedagógico. O Senhor não corrige seus filhos com o propósito de vê-los sofrer, mas com o propósito de aperfeiçoá-los. Portanto, é também esperado que os nascidos de novo em Cristo estejam preparados para em amor, corrigir de forma assertiva. Além do mais, embora muitas vezes não compreendamos, a correção revela o amor divino por nós, porque Deus corrige a quem ama. Portanto amamos o pecador e odiamos o pecado.

Porque eu, o Senhor, amo a justiça e odeio o roubo e toda maldade. Em minha fidelidade os recompensarei e com eles farei aliança eterna (Is 61:8).

2.3. O amor exige verdade.

O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade [1Co 13.6]. O amor não suporta a injustiça nem a mentira, pois Deus é amor e a mentira é filha do diabo [Jo 8.44]. Aquele que permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. A verdade liberta, não oprime, não coloca medo, pois o amor lança fora o medo, porque ele produz tormento [1Jo 4.16-18]. Para amar o nosso irmão, não precisa aceitar as coisas erradas e malfeitas dele, nem aceitar a quebra de regras e princípios, nem ser conivente com seus erros e pecados; amar o próximo não quer dizer que aprovaremos tudo que ele faz. O bem ao próximo não pode suplantar a justiça, a honestidade e a legalidade da ação. Podemos amar o próximo, mas não podemos amar as suas mentiras. Nem querer ser amado usando mentiras.

Comentário adicional:

Devemos amar não em palavras nem com a língua, mas em ações e em verdade (1Jo 3:18).

João o apostolo do amor, cita mais uma vez o amor ao próximo, é afirma uma atitude que precisa estar evidente na vida daqueles que dizem ter nascido de novo.  Os que estão sob a influência do amor de Deus, se alegram em fazer o bem, e amar o próximo em verdade. O apóstolo João nos diz que devemos viver nossas vidas de acordo com os princípios de amor que Deus nos ensinou. O versículo 18 é particularmente importante, pois ele nos ensina que nosso amor deve ser mais do que apenas um sentimento. O amor precisa ser expressado através de ações. O mandamento de João é que nós devemos amar uns aos outros de tal forma que não tenhamos medo de mostrar aos outros como somos afetuosos uns com os outros. O amor não deve ser algo que sentimos de longe, mas que também mostramos uns aos outros por meio de nosso discurso e ações. Quando amamos uns aos outros, seguimos o exemplo de Deus. Deus nos amou primeiro, e a Sua atitude de amor é o que nos motiva a amar e servir uns aos outros. Quando nós amamos, nos tornamos mais parecidos com Deus e com a Sua natureza.

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gn 1:26–27).

3- O AMOR SEJA NÃO FINGIDO

O amor não pode ser fingido [Rm 12.9]. Não pode ser da boca para fora, com máscaras, com fingimento, mas autêntico, cristalino e verdadeiro. O amor não aceita ser iludido, comprado, trocado por favores ou presentes, mas é algo do coração. O amor não pode ser mendigado, forçado, deve ser de livre e espontânea vontade, livre-arbítrio, decisão própria. O amor não pode estar fundamentado em variáveis, principalmente aquelas que não se cumprem.

3.1. Amai-vos cordialmente uns aos outros.

Um dos maiores desafios do ser humano é o relacionamento interpessoal, nós precisamos aprender a exercitar o amor nos nossos relacionamentos, não há como se relacionar com uma pessoa de acordo com o estabelecido nas Escrituras se não for com as virtudes do fruto do Espírito e a graça de Deus em nossas vidas. Devido à nossa natureza adâmica e pecaminosa, somos imperfeitos, egoístas, convenientes e, às vezes, não abrimos mão das nossas posições radicais. Amar uns aos outros deve ser de forma respeitosa, agradável, educada [Rm 12.10; lPe 1.22]. O amor entre os irmãos deve ser fraternal, cordial, afetuoso, que pertence ao coração. Amar o próximo é repartir o que temos e não dar tudo que temos. Não é perder a nossa personalidade e deixar o outro fazer o que quiser conosco, é viver de forma amigável.

Comentário adicional:

Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro (1Pe 1:22). Pedro neste versículo diz que é nossa relação com ao próximo precisa ser vivido com amor e com base em dois critérios.

O primeiro é sinceridade e dedicação. Pedro usa expressões “amai-vos sem fingimento” e “de coração”. Precisamos caminhar diariamente na decisão de procurar amar e ajudar pessoas que são colocadas diante de nós, nas mais diferentes circunstâncias. Sejam irmãos de fé, amigos de perto e de longe, pessoas da família e, inclusive, os inimigos. Pedro compreende que é preciso que tomemos uma firme decisão para amarmos e que essa decisão precisa ser alimentada por dedicação perseverante.

O segundo critério para amarmos os outros é fervor e entusiasmo. Pedro compreende que a vida do cristão que nasceu do Espírito é educada e disciplinada pela alegria, atitude e proatividade que estende a mão a quem precisa. O amor ensinado por Pedro não é sentimental, nem abstrato. Antes é ativo, prático, intencional, sacrificial e demonstrado em ações concretas para o bem do outro.

3.2. A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor.

A única dívida que devemos ter é a de amar [Rm 13.8]. Amar o próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios [Mc 12.33]. Nenhum trabalho ou realização no Reino de Deus, nenhum esforço seja de que natureza for, não substitui nem suplanta o amor devedor. O que mais se destaca neste texto é o dever do perdão, se você ofendeu alguém, se a sua consciência está lhe acusando, enquanto não pedir perdão é um eterno devedor. Se você está arranhado com um irmão, é necessário acertar as pendências e as diferenças. Não deva satisfação de uma coisa malfeita a ninguém, não deixe um trato ou uma promessa sem cumprimento. Mesmo o amor sendo uma dívida permanente, precisamos ser recíprocos, corresponder ao máximo o amor de nossos irmãos.

Comentário adicional:

Qual destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: “Vá e faça o mesmo (Lc 10:36 e 37).

A passagem de Lucas 10:36 nos ensina que a salvação é uma herança que nos é oferecida por meio da fé em Jesus Cristo. É importante lembrarmos que não podemos ganhar a salvação sozinhos, mas que precisamos crer em Jesus Cristo para herdar a vida eterna. Esta passagem também nos lembra que devemos amar a Deus e ao próximo, pois essas são as bases para obtermos a salvação. O Bom Samaritano, uma história poderosa ensinada por Jesus para nos mostrar o verdadeiro significado do amor e do cuidado ao próximo. Nesta passagem, encontramos lições valiosas sobre compaixão, bondade e compromisso. Essa parábola nos ensina sobre o verdadeiro significado do amor ao próximo e do compromisso em agir. Enquanto o sacerdote e o levita, representantes religiosos, escolheram passar adiante, o samaritano, considerado um estrangeiro, mostrou compaixão e cuidado genuíno. O bom samaritano demonstrou compaixão ao se aproximar do homem ferido. Ele não apenas sentiu pena, mas agiu para ajudar. A compaixão nos chama a enxergar as necessidades do outro e a nos envolvermos ativamente para aliviar o seu sofrimento. O bom samaritano não apenas ajudou o homem no momento, mas assumiu um compromisso de cuidar dele a longo prazo. Ele pagou pelas suas despesas e prometeu retornar para checar seu progresso. Isso nos lembra a importância de um compromisso contínuo de amar e nos desafia a agir com amor e compaixão em nossas interações diárias. Somos chamados a sermos imitadores de Cristo, que amou e serviu a todos, sem exceção.

E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: Não chores (Lc 7:13).

3.3. Suportando-vos uns aos outros em amor.

Só temos condições de suportar alguém se for em amor [Ef 4.2]. Conscientizar de que o cristão precisa suportar os outros com amor, pois o maior mandamento divino está na área do amor; a lei de Cristo é o amor [Rm 13.1-8]. Só o amor cristão poderá nos fazer suportar as cargas pesadas uns dos outros com mais facilidade. Somente com amor temos condições de sofrer, crer, esperar e suportar uns aos outros [1Co 13.7]. Com amor suportamos as imperfeições, as limitações, as fraquezas. Com amor não reagimos de forma abrupta, não nos irritamos facilmente, não nos ofendemos por qualquer coisa nem damos o troco na mesma moeda, não nos vingamos a nós mesmos.

Comentário adicional:

O amor é capaz de suportar todas as coisas, seja nos momentos felizes ou difíceis. Quando amamos verdadeiramente, podemos superar qualquer obstáculo e permanecermos firmes em nossos relacionamentos. O amor nos permite ser compassivos e empáticos com os outros, nos ajudando a entender suas lutas e a apoiá-los em seus momentos de necessidade. O amor é o dom supremo como está escrito na Palavra, mas também é um fruto do Espírito (Gl 5:22), ou seja, o exercício do amor gera mais amor; em outras palavras: quando se planta amor, se colhe amor.  Devemos viver o amor porque o verdadeiro ele nos faz compreender que, antes de tudo, fomos amados por Deus.

 CONCLUSÃO

Amar não é aceitar tudo, pois, onde tudo é aceito, presume-se que haja falta de amor, pois nem Deus com o Seu amor infinito aceita tudo. O amor não é desorganizado, relaxado, indisciplinado nem se porta com indecência, mas com coerência, sensatez e prudência.

Comentário adicional:

O amor nos dá a coragem de continuar, mesmo quando as coisas parecem impossíveis. Temos em Cristo o exemplo de um amor que suportou tudo. Hoje, somos fruto desse amor que sofreu, suportou e venceu a morte. Deus é amor, como filhos obedientes devemos amar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://www.bibliaonline.com.br/ar

https://bible.knowing-jesus.com/Portuguese/topics/Nascer-De-Novo

https://veredasdoide.com/1-corintios-13-13-agora-pois-permanecem-a-fe-a-esperanca-e-o-amor-estes-tres-mas-o-maior-destes-e-o-amor/

https://estudobiblicoonline.com/romanos-14-estudo/

https://www.bible.com/pt/bible/200/1JN.5.1-12.VFL

https://estiloadoracao.com/deus-corrige-a-quem-ama/

https://www.respostas.com.br/deus-ama-o-pecador/

https://www.versiculos.com.br/blog/1-joao/explicacao-e-estudo-1-joao-3-18/

https://www.versiculos.com.br/blog/lucas/explicacao-e-estudo-lucas-10-36/

https://adamadureira.com.br/o-bom-samaritano-um-exemplo-de-amor-e-compromisso/

https://www.bibliaon.com/1_corintios_13_o_amor_tudo_suporta_reflexao_biblica/


COMENTARISTA ADICIONAL:

Dc Wagner Delfino

3 comentários:

Carlos Cezar disse...

Excelente comentário irmão Wagner, bastante objetivo. Que Deus continue abençoando a sua vida e ministério!

Anônimo disse...

Muito bom só não gostei dos comentários que aparece nota 7

Frankmar Da Silva Corrêa disse...

O Mandamento que Cristo nos deu é este: Quem Ama a Deus, que Ame também o seu Irmão.

( 1 João 4 : 21 )