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Lição 6. Ordenança para uma vida de obediência e submissão
Domingo 12 de maio de 2024

Texto áureo

"E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz." (Filipenses 2.8)

Verdade aplicada

Ser obediente é condição para prosseguir no processo de aperfeiçoamento cristão até alcançar o nível de semelhança a Cristo estabelecido pela vontade de Deus.

Objetivo da lição

  • Demonstrar que obedecer é melhor do que sacrificar.
  • Explicar que quem resiste às autoridades resiste a Deus.
  • Conscientizar acerca da obediência e submissão.

Texto de Referência

"Toda alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à potestade resiste à ordenança de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação."

Romanos 13

"Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria; e não gemendo, porque isso não vos seria útil."

Hebreus 13:17

Introdução

Obediência trata-se de um princípio bíblico, revelado desde o início da humanidade e é requerido por Deus aos homens até a consumação dos séculos.

1. Obedecer é melhor do que sacrificar:

A obediência é um conceito central em ambos os Testamentos, delineando a maneira pela qual o povo de Deus deve responder a Ele. Deus valoriza a obediência genuína de seu povo, em contraposição a um mero serviço superficial ou conformidade com rituais religiosos. O profeta Samuel destacou a importância da obediência quando repreendeu Saul por sua desobediência ao sacrificar parte dos despojos da vitória sobre os amalequitas, declarando: "[...] o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros" (1 Sm 15.22).No Novo Testamento, o foco se desloca da obediência à Lei mosaica para a obediência a Jesus Cristo. A Grande Comissão, dada por Jesus aos seus discípulos, inclui a instrução para fazerem discípulos, ensinando-os a "obedecer" (gr. Tēreō) o que Cristo ordenou (Mt 28.19,20, ARA). O amor dos discípulos por Jesus os motiva a obedecer aos seus mandamentos (Jo 14.15,21-24; 1 Jo 5.3; 2 Jo 6), e a obediência dos discípulos, por sua vez, os mantém no amor de Jesus (Jo 15.10).

1.1 Obediência é um princípio:

O princípio da obediência remonta ao início da história humana. No livro de Gênesis, capítulo 2, versículo 17, encontramos a introdução da palavra "ordem". Deus, como Criador, estabelece os termos do acordo com Adão, concedendo-lhe a honra de ser vice-regente da terra. A obediência à palavra de Deus mantém os seres humanos dentro da esfera de comunhão e aprovação divina. Todas as ordens de Deus são benéficas e trazem benefícios àqueles que as obedecem (Sl 119:39; Pv 6:20-23). Como mencionado em 1 João 5:3, "ora, os seus mandamentos não são penosos”.

1.2 Obediência é um plantio:

A Bíblia nos apresenta a imagem de um campo, onde tudo o que semeamos, ou deixamos de semear, será colhido. A obediência aos pastores é uma ordenança ensinada pelo Senhor Jesus, mesmo em tempos em que a liderança pode parecer contraditória, como mencionado em Mateus 23:1-4 (NVI): "Obedeçam e façam tudo o que eles dizem a vocês. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam.Esta analogia se alinha com o princípio espiritual descrito em Gálatas 6:7-8 (NVI), que nos lembra que colheremos o que semeamos. Aqueles que semeiam para a sua própria carne colherão destruição, mas os que semeiam para o Espírito colherão vida eterna.

1.3 Obediência é uma porta aberta:

Uma vida de obediência abre portas para um relacionamento mais próximo com o Senhor Jesus e com os irmãos na fé, embora não nos livre das adversidades. Em Apocalipse 3:20, Jesus diz: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo." Esse versículo destaca a importância do relacionamento íntimo com Cristo para os cristãos.Outro aspecto da obediência está presente em 1 Coríntios 16:9, onde é mencionada "uma porta grande e oportuna para o trabalho", mas também muitos adversários. Isso sugere que a obediência inclui disposição para trabalhar no serviço do evangelho, apesar das dificuldades que possam surgir.

Em resumo, a obediência ao Senhor é crucial para os cristãos, e devemos constantemente buscar Sua orientação em todas as áreas de nossas vidas.

2. Quem resiste à autoridade resiste a Deus:

Todos devemos respeitar as autoridades superiores. Isso começa em casa quando os pais instruem a criança sobre obediência e demonstram como exemplo próprio.

2.1. Orem por todos que exercem autoridade:

É nosso dever orar por todos que exercem autoridade. Temos esse mandamento bíblico (1 Timóteo 2.1-2). Não há dever cristão para com nossos semelhantes que se compare em importância com o dever de orar por eles. S. D. Gordon ressaltou que o crente não pode fazer algo para ajudar as pessoas se, em primeiro lugar, não orar por elas. Depois de orar, há muitas coisas que ele pode fazer; mas até que ore, não há nada a fazer, exceto orar.

2.2. Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles:

Sim e louvável que se obedeça a liderança, essa quando cumprir sua missão de ser Exemplo para o rebanho de Deus. Quer realmente foi chamado por Deus. Devemos sim ter em honra homens ou mulheres que foram chamados para liderança de pessoas, que tenham demonstrado obediência aos anteriores pastores e que são fiéis a Deus. Até o Senhor Jesus reconheceu a importância de Abraão que veio antes dele (João 8. 53....).

2.3. Obedecei a vossos pais, pois isto é justo:

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor'' (Efésios 6.1-4). Atribuições são responsabilidades, prerrogativas, poderes, direitos e deveres que estão ligados a um cargo ou a certas autoridades no exercício de suas funções. Aos pais competem alguns deveres [Efésios 6.4b], que não podem ser repassados para terceiros, para a escola, para a igreja, para a creche ou ainda para a sociedade. É Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Respeitando-os como autoridade dada por Deus sobre os filhos. A obediência é um princípio e princípio não se quebra; também a uma semeadura que, se não formos obedientes para cima, não devemos esperar obediência debaixo. A honra também é um princípio que leva alguém a ter uma conduta proba, virtuosa, corajosa e que lhe permite gozar de bom conceito junto à sociedade. Quando honramos nossos pais, estamos realçando o que eles representam para nós e aceitando-os como nossos tutores, provedores e sacerdotes.

3. Obediência e submissão

De acordo com Romanos 6:17, expressa-se gratidão a Deus porque, apesar de anteriormente sermos escravos do pecado, agora obedecemos de coração à doutrina à qual fomos entregues. O apóstolo Paulo, em Filipenses 2:3-4, adverte contra a busca de interesses pessoais através da obediência, enfatizando a importância da humildade e do respeito pelos outros.

3.1 Obediências sem submissão esconde o interesse pessoal

Paulo instrui os fiéis sobre a conduta na casa de Deus e no serviço à igreja. A obediência sem submissão pode ser motivada pelo interesse pessoal, o que contradiz os princípios da fé cristã. Devemos obedecer não apenas na presença dos líderes da igreja, mas também na ausência deles, desenvolvendo a salvação com temor e tremor (Filipenses 2:12). Isso implica em realizar todas as tarefas sem murmurações ou contendas, a fim de sermos irrepreensíveis e sinceros diante de Deus e dos homens (Filipenses 2:14-15).

Filipenses 2;12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor.13 porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.14 Fazei tudo sem murmurações nem contendas,15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo,

Colossenses 3;17 ''E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.''

Os dois irmãos da parábola que aparece em Mateus 21.28-32 eram possuídos de temperamento e reações diferentes, como na parábola do filho pródigo, que envolve também “um homem que tinha dois filhos” (Lc 15.11-32). Naquela parábola, o filho mais velho disse que iria trabalhar na vinha a pedido do pai, mas acabou não indo. O mais novo afirmou de pronto que não iria, mas, depois, arrependeu-se e foi.O primeiro rapaz retrata aqueles que têm um bom começo e pronto. O segundo é o protótipo daqueles que encontram uma indisposição inicial, mas mudam o curso dos acontecimentos. No primeiro caso há uma disposição aparente, verbal, sem firmeza, sem provas. No segundo, uma resposta áspera seguida de arrependimento e ação positiva. O filho mais velho faz a vontade própria -- não a vontade do pai. O mais novo faz a vontade do pai -- não a própria.

3.2 Submissão reconhece os que presidem e ajuda na missão.

Estar no reino de Deus nos impele à responsabilidade e à tarefa de um para com todos e de todos para com um. Paulo, servo do Senhor Jesus, ilustrou isso na 1ºCarta aos Coríntios, no capítulo 12. No final, ele coloca aqueles que têm responsabilidade maior no corpo (ver. 28) e depois faz uma série de perguntas para aqueles que não têm uma responsabilidade maior no corpo. Assim, os membros menores cooperam para que o trabalho seja realizado conforme a liderança deseja, fortalecendo o corpo de Cristo na terra, que é a igreja.

A unidade orgânica da igreja

12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.

13 Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.

14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.

15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

16 E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?

17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?

18 Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis.

19 E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

20 Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo.

21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não tenho necessidade de vós.

22 Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários.

23 E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra.

24 Porque os que em nós são mais honestos não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela,

25 para que não haja divisão no corpo, mas, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.

26 De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.

27 Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.

28 E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

29 Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?

30 Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?

3.3 A submissão firma a obediência.

A Bíblia mostra pessoas que foram submissas e testificaram sua obediência, como o comentário da revista mencionou do centurião pedindo que Jesus falasse apenas uma palavra para que seu servo ficasse curado (Lucas 7:8). Jesus sempre mostrou a necessidade de obedecer e relacionou a segurança do crente com a obediência (Mateus 7:24-27). Aquele que faz a vontade de Deus está ligado a Ele por laços de parentesco espiritual; é seu "irmão, irmã e mãe" (Mateus 12:50). Quando a mulher na multidão disse a Jesus: "Bem-aventurada aquela que te concebeu e os seios que te amamentaram", o Mestre respondeu: "Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!" (Lucas 11:27-28).

Conclusão: 

Perante Deus, o que verdadeiramente importa não é apenas uma disposição inicial ou palavras vazias, mas sim a prática da obediência. Não há substituto para a genuína submissão à vontade divina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;

Revista Betel Dominical, adultos, 2º Trimestre de 2024, ano 34, nº 131. ORDENANÇAS BÍBLICAS – Doutrinas fundamentais imperativas aos cristãos para uma vida bem-sucedida e de comunhão com Deus. Lição 6. Ordenança para uma vida de obediência e submissão

COMENTÁRIOS ADICIONAIS

Presbítero Charles

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