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Lição 10 - RELACIONAMENTO IDEAL ENTRE OS CONJUGES - Comentários Adicionais (Dc Carlos Cezar)

 RELACIONAMENTO IDEAL ENTRE OS CÔNJUGES

Lição 10 - 10 de março de 2024


TEXTO ÁUREO

“Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor.” (1 Coríntios 11.11).


VERDADE APLICADA

O marido deve amar a sua esposa como a si mesmo; e a esposa deve respeitar o marido, honrando-o como cabeça do casal.


OBJETIVOS DA LIÇÃO

Mostrar fundamentos do relacionamento conjugal.
Explicar pontos que facilitam a harmonia do casal.
Falar sobre mutualidade, reciprocidade e cumplicidade.


TEXTOS DE REFERÊNCIA
PROVÉRBIOS 31

10. Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubis.
11. O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará.
28. Levantam-se seus filhos, a chamam-na bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo:
29. Muitas filhas obraram virtuosamente, mas tu a todas és superior.

CANTARES DE SALOMÃO 8

7. As muitas águas não poderiam apagar este amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam.


INTRODUÇÃO

Precisamos alicerçar o nosso casamento em terreno sólido. Quem faz construção sobre a areia não terá sossego quando chegar as tempestades. Nós somos responsáveis por mantê-lo estruturado e harmonioso.

Comentário adicional:

Para construirmos um casamento sólido, precisamos de muita dedicação, esforço e comprometimento. Para isso, devemos nos basear nos princípios bíblicos, que nos darão a direção certa para seguir. Será a Bíblia que fornecerá os princípios sólidos e valiosos que nos orientarão na jornada do casamento, fortalecendo nossa relação conjugal.

1. FUNDAMENTOS DO RELACIONAMENTO CONJUGAL

O relacionamento conjugal só será ideal se começar pelo amor, passar pela confiança e desaguar no diálogo. Acima de tudo isso, ainda precisa da presença de Deus que homologa e autêntica toda união conjugal. A essência do amor não está no sentimento, mas nas atitudes. A essência do amor consiste em fazer a outra pessoa feliz.

Comentário adicional:

A essência do amor é amar intensamente sem medidas o seu cônjuge, agindo adequadamente para fazer o outro feliz. O amor é paciente, compreensivo, tolerante com o outro, respeitando as opiniões e o modo de agir do cônjuge. O amor é bondoso e justo com o outro, tendo o prazer de fazer o bem a pessoa amada sem esperar nada em troca. O amor não é ciumento, possessivo, não é soberbo e nem arrogante, não se conduz inconvenientemente. Então quem ama não sufoca, não humilha, não trata mal com palavras que ferem a dignidade do outro. O amor é paciente e bondoso. O amor não arde em ciúmes, não se envaidece, não é orgulhoso, não se conduz de forma inconveniente, não busca os seus interesses, não se irrita, não se ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1 Co13:4-7).

1.1. Relacionamento com amor.

A essência do amor é algo indescritível, inexplicável, pois ele não se mede, não se pesa, não se quantifica. Amar da boca para fora, sem atitudes que comprovem o amor, não tem sentido. Deus amou o mundo de tal maneira que tomou a atitude de dar o Seu Filho [Jo 3.16]. Não adianta amar com palavras e decepcionar com atitudes. Amar uma pessoa com o seu amor pode não ser o amor que ela espera receber de você. Procure identificar o que a faz feliz. A maioria das mulheres não está querendo só presentes; antes de tudo elas querem carinho, atenção, presença, proteção, reconhecimento. Investir numa coisa que não traz felicidade para a outra pessoa, mesmo que você ache o máximo, não renderia muita coisa. O que é substancial para você, pode parecer pequeno e sem valor aos olhos da pessoa amada. Faça um estudo minucioso para saber as necessidades e desejos do seu cônjuge, o que é mais importante para ele. Cada pessoa tem uma carência, procure saber a carência da pessoa amada e acerte precisamente. Tenha habilidade de amar para satisfazer as emoções, os sentimentos e os desejos físicos e psicológicos da outra pessoa.

Comentário adicional:

Como já aprendemos em lições anteriores, amar é uma decisão. Quando alguém se casa com outra pessoa, deve ter em mente que deve buscar fazer o outro feliz. Isso significa que deve existir um esforço permanente em alcançar o objetivo de fazer o cônjuge feliz. Não pode ser um amor apenas de palavras, mas sim com ações diárias buscando o bem do outro. Conforme o comentarista menciona, precisamos saber ouvir, buscar entender e agir com efetividade para descobrir o que faz o outro feliz. Certamente, amar incondicionalmente e agradar o outro não é fácil, mas é necessário. Esse amor com ações será sempre um desafio para manter a união do casal, pois o pecado e o ódio sempre estarão no caminho; entretanto, é Cristo quem nos orienta e nos sustenta para vencermos os problemas e realmente amar a outra pessoa.

1.2. Relacionamento com confiança.

Confiança não se impõe, se conquista [Pv 31.11]. Sem confiança nenhum relacionamento pode dar certo. A fidelidade, a verdade e a honestidade são ingredientes da confiança. A confiança elimina as dúvidas e as incertezas. Quando se perde a confiança, perde-se automaticamente a credibilidade. Quando o cônjuge começa a colocar senha no aparelho celular para o outro não ver as amizades e não saber das conversas, começa a desconfiança. Ganhar confiança demora, mas perder a confiança é muito fácil e, às vezes, é muito rápido; para reconquistá-la leva anos. Tenha cuidado! Não acredite também em todas as versões que chegarem aos seus ouvidos, precisamos checar os fatos e as fontes de onde partiram as informações. Aplicar o ciúme de manutenção é uma coisa, mas o ciúme doentio mostra uma pessoa insegura a frágil [1 Co 13.4]; sem sombra de dúvida, irá adoecer o casamento.

Comentário adicional:

No relacionamento de casal, a confiança crescente é sustentada pela confiabilidade mútua, onde as partes se entregam em confiança ao outro, confiando até a sua própria vida. Para chegar ao maior nível de confiança, os cônjuges devem renunciar a interesses próprios e priorizar o bem-estar e a felicidade do outro, refletindo o amor sacrificial exemplificado por Cristo. Para isso, devem respeitar mutuamente, valorizando a dignidade e os sentimentos da pessoa amada. Quando se confia, não se permite qualquer reserva, devendo crer na sinceridade do outro. Lógico, as ações valem mais que palavras. Para ser confiável, a pessoa precisa ter uma vida transparente, ser discreta, agir com segurança e firmeza, ser honesta nos negócios, etc. Todas essas atitudes irão contribuir para aumentar a confiança no relacionamento. Outro detalhe é quanto às obrigações matrimoniais. Se a relação está em dia conforme a necessidade de cada um, será um motivo a menos para desconfiança. “A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes ao jejum e à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência (1Co 7.4,5).

1.3. Relacionamento com diálogo.

O diálogo deve ser com uma linguagem simples, objetiva, de fácil compreensão e sem rodeios, com educação, respeito e verdade. A educação firma qualquer relacionamento, o respeito mantém o poder de diálogo, a verdade sobressai a qualquer posição contrária; quem edifica a sua Casa com mentiras está edificando na areia, uma chuva de verdade a destruirá [1Co 13.6]. O diálogo é o meio mais prático e eficiente para resolver problemas conjugais de toda natureza. Se os cônjuges não conversarem, como descobrirão as necessidades, os sentimentos e desejos um do outro? O diálogo deve acontecer na sala, na cozinha, na varanda, no quarto. Em cada ambiente nós temos um assunto diferente para tratar.

Comentário adicional:

Dialogo no casamento cristão é crucial, seguindo o princípio Bíblico de Tiago 1.19 que nos incentiva a estar prontos para ouvir e tardios para falar. Essa abordagem no permite escutar atentamente o ponto de vista do nosso cônjuge antes de expressar nossas próprias opiniões. Além disso, como mencionado em provérbios 15.23, é importante darmos respostas adequadas e no momento certo, o que contribui para uma comunicação eficaz e para a resolução de conflitos de forma pacifica e construtiva. Devemos separar tempo e buscar momentos ideais para termos longas e calmas conversas com o cônjuge a fim de aprofundar o conhecimento mutuo e caminhar em direção a um relacionamento maduro. Portanto, ao praticarmos o dialogo no casamento com respeito, educação, verdade, prontidão para ouvir e sabedoria no momento de falar, estamos construindo bases sólidas para um relacionamento saudável e duradouro. 

2. APRIMORANDO O RELACIONAMENTO CONJUGAL

Você pode pensar na seguinte conclusão: meu cônjuge tem defeitos, mas as suas qualidades superam em muito os seus defeitos. Não troque o todo por partes! Quer focar em partes não edificantes, com certeza irá perder o todo. O que devemos fazer é procurar fortalecer as partes fracas e não deixar que as partes fortes sejam enfraquecidas. Conflitos entre marido e mulher vão acontecer, mas ambos não devem deixar se tornar uma coisa normal nem rotineira.

Comentário adicional:

Para fortalecer as partes fracas do relacionamento conjugal, é essencial abordar as divergências com respeito mútuo. Quando surgirem discordâncias, é importante expressar opiniões de forma calma e respeitosa, ouvindo atentamente o ponto de vista do cônjuge. Em vez de focar apenas nos problemas, é construtivo buscar soluções juntos, comprometendo-se em encontrar um caminho que satisfaça ambos. Isso pode incluir estabelecer metas comuns, compromete-se com mudanças positivas e praticar a empatia, entendendo as preocupações e necessidade do outro. Ao mesmo tempo, é fundamental fortalecer as partes fortes do casamento através do elogio e do reconhecimento. Reconhecer e valorizar as qualidades e ações positivas do parceiro fortalece a conexão emocional e promove um ambiente de apoio e gratidão mutua. Elogiar atitudes gentis, gestos de carinho, conquistas pessoais e esforços dedicados ao relacionamento reforça os laços de confiança e apreciação. Celebrar as vitórias juntos e expressar gratidão pelo parceiro fortalece a base do relacionamento e cria uma atmosfera de amor e admiração mutua.

2.1. Aprender a renunciar. 

A nossa vida é marcada por renúncias. Sempre que me dedico a uma coisa preciso renunciar às outras [Mt 16.24]. Às vezes, preciso renunciar a uma coisa que eu gosto, por causa das minhas convicções e dos meus princípios. Abrir mão de alguns desejos pessoais em benefício mútuo. Abrir mão de posições radicais para ser flexível a pontos de vista diferentes. Mas não pode um dos cônjuges recuar ou renunciar o tempo todo. Ter que ter consciência de ambas as partes para haver equilíbrio e harmonia.

Comentário adicional:

A renúncia a posições radicais e inflexíveis é imprescindível, e ambos os cônjuges devem estar dispostos a abrir mão da vida de solteiro em benefício do casamento. Isso significa que cada um deve estar comprometido em colocar o bem-estar do relacionamento acima de seus interesses individuais, abandonando comportamentos egoístas ou individualistas que possam prejudicar a união. Além disso, é importante ressaltar que a renúncia não deve ser unilateral, ou seja, não pode ser apenas um dos cônjuges sempre renunciando. Um relacionamento saudável e equilibrado requer que ambos os parceiros estejam dispostos a fazer concessões e compromissos em igual medida. A falta de equilíbrio nesse aspecto pode gerar ressentimento e descontentamento, minando a confiança e a intimidade no relacionamento. Portanto, para construir e manter um casamento forte e feliz, é essencial que os cônjuges busquem a renúncia de comportamentos individualistas, cultivando sempre uma mentalidade de parceria e colaboração mútua. Isso fortalece os vínculos afetivos e promove uma relação duradoura e satisfatória para ambas as partes.

2.2. Aprender a suportar.
Tolerar as falhas, aturar as deficiências e aceitar os limites da pessoa amada. Todos têm limites físicos, intelectuais, laborais, sexuais, de paciência. Ninguém é perfeito, pleno, absoluto, todo mundo erra. Tolerar aquilo que é diferente dos seus usos, costumes e tradições. Respeitar a pessoa amada como ela é, aceitar a sua personalidade. Esperar com paciência a maturidade do outro chegar. Ajudar a levar as cargas um do outro [G16.2]. Para tudo na vida precisa de tolerância [1Co 13.7; Ef 4.2].

Comentário adicional:
Com certeza, uma das maiores virtudes no casamento é a paciência. Precisamos entender que, da mesma forma que não somos perfeitos, nosso cônjuge também não é. Por isso, devemos cultivar a paciência, que é a qualidade de suportar com calma e serenidade as situações que não são aquelas que desejamos. Como já vimos, a pessoa com quem casamos vem de outra família, de outra cultura, e às vezes possui maneiras de agir, costumes e manias que muitas vezes nos desagradam. A longanimidade faz parte do fruto do espírito, junto com o amor, e a impaciência normalmente é uma forma de egoísmo que não quer aceitar que as coisas nem sempre são do jeito que nós gostaríamos. Nem tudo dentro do relacionamento será do jeito que achamos ideal, mas por amor precisamos suportar as diferenças e limitações da pessoa amada. “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor (Ef 4.2)”. A Bíblia nos ensina a suportar a todos com amor, principalmente nosso cônjuge, que é a nossa outra metade.

2.3. Aprender a perdoar.
Não imputar mais o erro. E não sentir mais a dor da ferida. Perdoar não é esquecimento, mas deixar o passado para trás e seguir em frente. Perdoar e conviver com o ofensor normalmente. Quer ter um coração perdoador, não joga mais na cara, não paga na mesma moeda, não dá o troco, não desenterrar defuntos. Perdão não é o que sai da boca para fora, mas o que fica demonstrado nas atitudes a partir de então. Nenhum relacionamento pode dar certo sem perdão. Mas preste atenção: quem pede perdão demais é porque está errando demais. Perdoar uma coisa necessária é bíblico [Cl 3.13], mas cuidado, voltar confiança anterior demora um pouco.

Comentário adicional:

Seguir o princípio do perdão, conforme orientado na Bíblia, é essencial para promover a harmonia e a reconciliação no relacionamento conjugal. No entanto, é crucial lembrar que, embora o perdão possa ser concedido, os erros cometidos podem deixar cicatrizes emocionais que levam tempo para serem curadas. Em um relacionamento humano é inevitável que um peque contra o outro, muitas vezes ao agir de maneira impensada, vamos ferir com ações ou palavras que vão ofender o cônjuge. Mas precisamos reconhecer as nossas falhas, admitindo as nossas culpas e pedir perdão ao nosso cônjuge. Depois, é de fundamental importância agir com integridade e responsabilidade cuidando para não continuar a cometer os mesmos erros. Por outro lado, quando perdoarmos precisamos deixar o passado para trás para evitar ficar remoendo aquilo que nos magoou e nos trouxe sofrimento. Saber exercer o perdão é essencial para promover um ambiente de amor, com relacionamento duradouro, que vai se fortalecendo ao longo do tempo.


3. ALCANÇANDO A MATURIDADE CONJUGAL
Alguns aspectos no relacionamento são importantíssimos, pois dizem respeito ao amadurecimento do casal ao interagir da melhor maneira possível, compartilhando conhecimento, conseguindo compreender o que é estar um ao lado do outro, enfrentando as diferenças e circunstâncias da vida juntos. Avançando na maturidade pelo desenvolvimento comportamental, emocional e mental.

Comentário adicional:

À medida que o relacionamento avança, é como se ambos estivessem em uma jornada de crescimento juntos, aprendendo e se transformando ao longo do caminho. Essa jornada é alimentada pelo compartilhamento de experiências, aprendizados e sonhos, onde cada cônjuge contribui com seu próprio conhecimento e perspectiva. Compreender o que significa estar ao lado do outro vai além de simplesmente dividir o mesmo teto. Envolve um profundo entendimento das emoções, dos desejos e dos desafios do parceiro, e estar presente para apoiá-lo em todas as situações, sejam elas boas ou ruins.

3.1. Relacionamento com mutualidade.
Significa abranger mais de uma pessoa. Cada pessoa tem a continuará tendo a sua individualidade, mas no casamento não é aceito o individualismo; o “Eu”, o “egoísmo” e o “egocentrismo” ficaram para trás, o “cada um por Si” não existe mais [Gn 2.24; Ec 4.9-12]. O que era solitário agora mútuo. O que era solteiro agora casado. O que era individual agora é em conjunto. Quem não renuncia a vida de solteiro não serve para estar casado. No casamento não deve ter separação de bens; esse patrimônio meu, esse patrimônio seu, os bens são dos dois porque permanecem casados. Na mutualidade, o que meu é seu também. O que eu participo, você participa também. Onde eu estiver, você poderá estar também. Os meus amigos são teus amigos também, depois de casados ou são amigos dos dois ou não pode ser amigo só de um, para não causar ciúmes.

Comentário adicional:

A mutualidade no casamento significa um casamento com abnegação mútua, onde cada um dos cônjuges voluntariamente vai abrir mão do seu egoísmo e individualismo, passando a se preocupar com o bem-estar um do outro. Para isso, precisam comprometer-se a não agir como se fossem solteiros, mas como pessoas casadas que devem compartilhar tudo em suas vidas. O dinheiro, as propriedades, os filhos e as amizades passam a ser de ambos; enfim, tudo passa a ser nosso. É importante salientar que cada membro do casal tem seus papéis definidos de acordo com a Bíblia, com o homem sendo o responsável pelo casamento diante de Deus e as esposas sendo submissas a seus maridos, ajudando-os na missão confiada a eles. Afinal, o sucesso do casamento depende dos dois com a ajuda de Cristo, de acordo com a Bíblia. “Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Efésios 5:22-24). Se os casais conseguirem atingir esse nível de maturidade, haverá uma mutualidade plena onde tudo é compartilhado, trazendo satisfação e felicidade ao casal, criando assim um ambiente de muita confiança e harmonia.

3.2. Relacionamento com reciprocidade. 

Significa dar e receber. Retribua todo esforço ou mesmo o menor benefício recebido da pessoa amada. Recompense o ato mais simples que receber. De valor no que a pessoa fez ou faz por você. O casamento é uma pista de mão dupla. Mãos abertas e braços estendidos, ombros amigos um para o outro. Pague toda benevolência [1Co 7.3]. Tudo no casamento é bom se atender ambos os lados. Se é bom só para um lado, apague. Entenda que o prazer conjugal deve pertencer aos dois.

Comentário adicional:

A reciprocidade no casamento é como uma estrada de duas vias, onde ambos os cônjuges caminham juntos, buscando o bem-estar e a felicidade mútua. Isso implica em proporcionar prazer, atender às necessidades e reconhecer tudo de bom que o outro faz, buscando retribuir na mesma medida. É uma troca constante de cuidado, afeto e apoio, onde cada gesto é um reflexo do amor e do compromisso compartilhados. Na reciprocidade, não há espaço para egoísmo ou individualismo. Em vez disso, há um constante esforço para compreender, valorizar e satisfazer as necessidades e os desejos do parceiro, fortalecendo os laços do relacionamento e promovendo uma parceria sólida e harmoniosa. Portanto, cada um de vocês também ame sua esposa como a si mesmo, e a esposa trate o marido com todo respeito (Ef 5:33). Nessa passagem Bíblica, vemos como o Espírito Santo de Deus orienta como os casais devem agir, cuidando um do outro com amor, respeito e carinho.

3.3. Relacionamento com cumplicidade. 

Significa parceria, confiança e apoio. Faça parte do projeto e do processo, seja coautor. Os dois deverão assinar embaixo [Am 3.3; 1 Co 7.4-5]. Se errar, erram os dois juntos. Se acertar, acertam os dois juntos. Ninguém ficará com peso de consciência ou levará a culpa sozinho do que deu errado. O planejamento de “onde morar” e de que tipo de casa é dos dois. O veículo a comprar e a sua cor é dos dois. Para onde viajar nas férias e o modo da viagem e dos dois, entre tantas outras coisas que devem ter parcerias. Eu entro em acordo com você, você entra em acordo comigo. Os meus segredos são os teus segredos, entre nós não existem segredos.

Comentário adicional:

Quando Deus, no livro de Gênesis, disse que o homem deixaria seu pai e sua mãe e se uniria à sua mulher, estava naquele momento estabelecendo a cumplicidade. A cumplicidade é de extrema importância para a manutenção do amor no casamento. Quando existe cumplicidade entre o casal, tudo é resolvido de comum acordo, nenhuma decisão é tomada de forma unilateral; o que um faz, o outro está sabendo. Isso fortalece a união e estabelece uma amizade genuína entre os cônjuges. A criação dos filhos, o uso do dinheiro, desde as decisões mais simples até as mais difíceis, todas são tomadas de comum acordo. Quando existe cumplicidade, um não fica falando mal do outro para outras pessoas; ao contrário, defende o cônjuge. Também não mina a autoridade diante dos filhos ou faz comentários que constranjam o outro diante de estranhos, amigos ou familiares. As diferenças e as divergências são tratadas com respeito no momento oportuno, longe da presença de outras pessoas. Um casal que tem muita cumplicidade está habilitado a enfrentar os momentos difíceis da vida, seja uma doença, uma perda importante ou qualquer outra dificuldade que surgir. Mas se não houver cumplicidade, a chance de o relacionamento acabar diante das dificuldades da vida é muito grande. "Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Pois, se um cair, o outro levantará seu companheiro; mas ai daquele que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. E, se dois dormirem juntos, eles se aguentarão; mas um só, como se aguentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa" (Eclesiastes 4:9-12).

CONCLUSÃO

Com a atenção e o cultivo diário dos cônjuges acerca dos princípios e cuidados expostos na presente lição, o casamento será solidificado e estruturado adequadamente. Assim, o casal poderá desfrutar de uma vida conjugal sadia, saudável e duradoura, com a indispensável bênção de Deus.

Comentário adicional:

Nessa lição, tivemos a oportunidade de estudar vários princípios importantes para que tenhamos um casamento sadio, alicerçado na palavra de Deus, onde existe o amor verdadeiro e o respeito mútuo, que contribuirão para um casamento longo e feliz, até que a morte os separe. Que Deus, em sua imensa misericórdia, nos ajude a cada dia colocar em prática tudo o que tivemos a oportunidade de aprender.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

Bíblia de Estudo Nova Almeida Atualizada (NAA) – Edição Revista e Atualizada 2017;

Bíblia de Estudo Matthew Henry – 1ª Edição: marco de 2004 – Editora Central Gospel:

Revista do professor, Betel – Família, um projeto de Deus – 1º Trimestre de 2024 - ano 34 – Nº120 - tema – Relacionamento ideal entre os cônjuges.

LINKS PESQUISADOS:

https://www.recantodasletras.com.br/cronicas/5877700
https://www.fazendodiscipulos.com.br/single-post/2016/12/09/a-comunica%C3%A7%C3%A3o-no-casamento
https://www.respostas.com.br/o-que-deus-fala-sobre-o-amor-entre-um-casal/
https://casaisibi.wordpress.com/2013/01/19/4o-mandamento-do-casamento-confie-em-seu-conjuge/
https://bibliotecadopregador.com.br/principios-biblicos-para-construir-um-casamento-solido/

Diácono Carlos Cezar ADTAG 316 Samambaia Sul - DF.

5 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns! Pelo seu comentario; sou Pr. Ancião de 83 anos de idade e estaremos completando 60 anos de um feliz matrimônio.

Fernando Júnio disse...

Muito bom o comentário meu irmão Carlos Cézar! Deus continue abençoando

Denis disse...

Parabéns, irmão Carlos César! Continue assim, dia após dia, sendo abençoado por Deus não apenas em seus comentários, mas em toda a sua vida e jornada cristã.

Anônimo disse...

Paz do senhor
Aula abençoada, muito bom

Osmar Emídio de Sousa disse...

Parabéns Pastor Pelos 60 anos de matrimônio! Que Deus continue abençoando esse duradouro relacionamento!!!! Sei que tenho um longo caminho a percorrer, mas estou pedindo graça para chegar aonde o irmão chegou!! PARABÉNS!!!