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Lição 13 - O verdadeiro discípulo é um exemplo para futuras gerações

 O VERDADEIRO DISCÍPULO É UM EXEMPLO PARA FUTURAS GERAÇÕES

Lição 13 – 24 de Dezembro de 2023

TEXTO ÁUREO
“Lembrai-vos os vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para sua maneira de viver” Hebreus 13.7

VERDADE APLICADA
Os discípulos de Cristo, por pertencerem ao mesmo Corpo de Cristo, devem exercer, uns sobre os outros, influência que edifica.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar o contraste entre o bom e o mal discípulo;
Ressaltar as características de um bom discípulo;
Expor a importância do legado.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
3 JOÃO
9. Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe.
10. Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja.
11. Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus.
12. Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro.

LIÇÃO E COMENTÁRIOS ADICIONAIS

INTRODUÇÃO
Essa lição focada no estudo sobre o verdadeiro discípulo, no contexto da terceira epístola de João, nos desperta para a consciência de que o legado não apenas preserva a história e os feitos do passado, mas também oferece lições valiosas e inspiração para as futuras gerações.

1. O MAU LEGADO DE DIÓTREFES
Diótrefes foi um homem cuja curta biografia, dada por João, descreve-o como o obreiro apegado à mentira, que falava mal de seu próprio líder e que impedia os outros de servirem a Deus [Mt 23.13]. Ele ignorava os Evangelistas que precisavam de apoio e expulsava os crentes Leais que discordavam dele, pois amava a si mesmo e queria ter a primazia. Esse mal testemunho obrigou o João a tomar ações disciplinares contra Diótrefes, que escreve essa carta relatando o problema Gaio.

Comentário adicional - Diótrefes é mencionado na Terceira Epístola de João como alguém que busca proeminência na igreja, seu mau legado reside na busca pelo poder e na recusa em aceitar a autoridade apostólica. O apóstolo João, critica Diótrefes por sua atitude arrogante, sua recusa em receber os irmãos e até mesmo expulsar aqueles que o faziam. Esse comportamento reflete um desvio dos princípios cristãos de humildade, amor e aceitação. O mau legado de Diótrefes serve como um alerta sobre os perigos do egoísmo e da busca desenfreada pelo poder dentro das igrejas, destacando a importância da humildade e da submissão à autoridade espiritual para preservar a unidade e a integridade da fé.

1.1- Uma liderança reprovável
Nos Versículos 9 e 10, João mostra o legado de Diótrefes como um discípulo reprovado. Ele proferia “palavras maliciosas”. O termo malicioso no grego significa “cheio de labores, aborrecimentos, fadigas que causa dor e problema”. O fraco humilha os outros, para sentir-se forte. O fraco não cuida do rebanho, apenas cuida de seus interesses pessoais e enfraquece as ovelhas. É fraco por ocultar pecados em vez de confessá-los [Tg 5.16].

Comentário adicional - Uma liderança reprovável muitas vezes se manifesta através de características como autoritarismo, falta de transparência, falta de empatia e decisões impulsivas. Líderes reprováveis podem priorizar seus interesses pessoais em detrimento do bem-estar de seus liderados.

1.2- Um mau discípulo é hipócrita
Diótrefes era um hipócrita um dissimulado e mentiroso, porque se escondia atrás das funções, fazendo-se de forte sendo fraco. A hipocrisia é uma característica do religioso e foi exposta e repudiada por Jesus publicamente [Mt 15.7-8]. Os ensinamentos de Diótrefes eram diferentes dos que João e demais líderes da Igreja Primitiva transmitiam, e ele fazia isso impedindo que as cartas-meios utilizados para se comunicar e doutrinar a igreja – escritas por seu líder chegassem aos membros. Por agir assim, era preciso uma ação para deter esta influência má sobre a Igreja [Rm 16.17]. Por isso, João expõe seu mau testemunho, em sua Terceira Carta, a Gaio. O hipócrita não é verdadeiro, mas fingido. Esse contraste era evidente entre Diótrefes e os outros dois discípulos cujo caráter foram destacados por João. O hipócrita sorri na frente e apunhala pelas costas, com suas maledicências, como Diótrefes fazia. Ele prega para os outros e nunca para si.

Comentário adicional - Um mau discípulo hipócrita é alguém que finge seguir os ensinamentos ou valores de um mestre ou líder, mas suas ações contradizem esses princípios. Essa hipocrisia pode se manifestar de várias maneiras, como professar lealdade enquanto agindo de maneira desonesta, ou apoiar ideias em público enquanto as nega na prática. A hipocrisia muitas vezes resulta em um mau testemunho, já que as ações contraditórias podem levar a uma perda de respeito e credibilidade.

1.3- Fora dos padrões bíblicos
Diótrefes reivindicava a primazia para si, contrariando os ensinos de Cristo para a liderança da Igreja [Lc 22.26]. João afirma que ele era um mau exemplo, que não devia ser seguido, e faz o contraste de líderes que eram o oposto, como Gaio e Demétrio. Estes andavam na verdade; obreiros vocacionados para conduzir e ajudar a edificar a Igreja como Corpo de Cristo [Ef 4.11-12).

Comentário adicional – Diótrefes é o tipo de discípulo fora dos padrões bíblicos, pois ele não estava disposto a fazer como Cristo que deu a vida por suas ovelhas, Diótrefes agia de modo egoísta e seu mau exemplo poderia minar a integridade da igreja, causando desconfianças e divisões.

2. GAIO, UM VERDADEIRO DISCÍPULO
Gaio honrava a Deus, ao seu líder, o apóstolo João, e ao seu chamado. Com suas atitudes, de alguém que andava na verdade, era leal e altruísta, deixou um legado de um verdadeiro homem de Deus, digno de ser continuado por outros. O legado de Gaio foi ter servido com verdade.

Comentário adicional – Gaio é mencionado especialmente nas cartas de João. Ele é elogiado como um verdadeiro discípulo devido à sua fidelidade aos ensinamentos cristãos e ao seu comportamento amoroso e acolhedor para com os irmãos na fé. O apóstolo João expressa sua alegria ao mencionar como Gaio é conhecido pela verdade, agindo de maneira coerente com os princípios cristãos. Além disso, destaca sua generosidade e hospitalidade ao receber irmãos que eram estranhos. O exemplo de Gaio ressalta a importância da autenticidade, generosidade e amor na vivência da fé. Assim como Cristo ele representa um modelo positivo de discipulado, onde a prática dos valores é tão importante quanto a profissão de fé.

2.1- Um discípulo verdadeiro
A verdade é a marca registrada na vida pessoal e ministerial de um discípulo, porque a “Verdade” é Jesus [Jo 14.6]. Gaio foi saudado por João por “andar na verdade” [3 Jo 3], revelando o caráter de alguém confiável. A verdade traz consigo elementos fundamentais na caminhada cristã: amor, perdão e comunhão. O cristão verdadeiro é aquele que abandonou as trevas para andar na luz, aprovando o que é agradável ao Senhor [Ef 5.10].

Comentário adicional – Um discípulo verdadeiro é alguém que não apenas professa lealdade a um mestre, líder ou conjunto de princípios, mas também vive de acordo com esses ensinamentos. Esse discípulo se destaca por sua dedicação sincera, compromisso prático e uma busca constante pela aplicação dos valores que abraça. A autenticidade é uma característica marcante desse discípulo verdadeiro, refletida em suas ações, atitudes e relacionamentos. Ele busca internalizar os ensinamentos, agindo com integridade mesmo quando ninguém está observando. Além disso, demonstra humildade ao reconhecer suas imperfeições e esforça-se para crescer espiritualmente. Esse tipo de discípulo contribui não apenas para o seu próprio crescimento, mas também para a edificação da igreja como corpo de Cristo. Sua influência positiva transcende as palavras e impacta aqueles ao seu redor, exemplificando os princípios bíblicos que professa e contribuindo para o avanço do Reino de Deus.

2.2- Um discípulo fiel
Gaio foi reconhecido por sua fidelidade, sendo destacado por João, ao dizer que ele procedia “fielmente” em tudo o que fazia. Então, entende-se que o discípulo verdadeiro é fiel em casa, no escritório, na igreja, na sociedade etc. A fidelidade de um verdadeiro discípulo deve ser medida em como ele age em toda a sua vida até a sua morte [Mt 25.21]. A fidelidade é um padrão requerido por Deus a todo discípulo [1Co 4.2]. O discípulo fiel é aquele que recebe o legado para transmiti-lo a outros fiéis [2Tm 2.2]. A fidelidade também é um atributo divino [SI 33.4], por isso exigida de todos que pastoreiam o rebanho de Deus. Deus revela Sua aliança e promete proteção aos fiéis [2Ts 3.3].

Comentário adicional – Um discípulo fiel é aquele que permanece leal e comprometido com seu mestre, líder ou princípios, mesmo diante de desafios, adversidades ou tentações. Essa fidelidade se manifesta na persistência em seguir os ensinamentos bíblicos, na confiança inabalável e na dedicação constante. Esse discípulo não é facilmente desviado por influências negativas ou circunstâncias difíceis. Sua lealdade é profundamente arraigada, refletindo-se em uma vida coerente com os ensinamentos de Cristo. A fidelidade desse discípulo se destaca em tempos difíceis, quando sua resiliência e compromisso são postos à prova. Além disso, um discípulo fiel contribui para a estabilidade e a força da igreja de Cristo, sendo um exemplo inspirador para outros discípulos. Sua constância e devoção inspiram confiança e solidificam os alicerces dos princípios bíblicos, contribuindo para a coesão e o crescimento da igreja.

2.3- Um discípulo altruísta
A hospitalidade de Gaio exibia seu coração acolhedor para os missionários que precisavam de abrigo enquanto se locomoviam para cumprir seus chamados. A Igreja Primitiva vivenciava oposição, desconfiança e limitações e, ao mesmo tempo, um grande crescimento [At 12.24]. Gaio não pensava apenas em sua comunidade local, mas em como as demais cidades poderiam receber o Evangelho. Um discípulo altruísta está conectado ao propósito de Deus e às coisas eternas [2Co 4.18]. O discípulo altruísta deixa um legado para quem convive e para quem nunca o conheceu, assim mostra seu amor a Deus e ao próximo [1Jo 4.20]. Legado não é somente o que se deixa para as pessoas, mas nas pessoas. A vida vai embora, mas o legado é imortal!

Comentário adicional – Um discípulo altruísta destaca-se pela sua disposição inabalável em servir e beneficiar os outros. Esse discípulo não apenas absorve os ensinamentos bíblicos, mas os traduz em ações altruístas, demonstrando um compromisso genuíno com Cristo e o amor ao próximo. A característica marcante desse discípulo é a prontidão para colocar os interesses dos outros acima dos seus, praticando a empatia e a generosidade de maneira consistente. Sua motivação reside no desejo sincero de contribuir para o florescimento do Reino e o crescimento da igreja de Cristo.

3. DEMÉTRIO, UM VERDADEIRO DISCÍPULO
João falou pouco sobre Demétrio, mas o que falou mostrou que ele tinha um bom testemunho, baseado tanto nas palavras dos outros como em sua autenticidade cristã, confirmado por sua vida e ministério. João registra que a própria verdade dava testemunho dele. Nosso legado é o reflexo do que somos em vida!

Comentário adicional – Demétrio é mencionado no versículo 12 da terceira epístola de João sendo elogiado por sua boa reputação e pelo testemunho dado pelos outros. Este discípulo transcende as meras palavras, incorporando os ensinamentos que recebeu do evangelho e tornando-se um exemplo vivo dos princípios bíblicos.

3.1- Um discípulo inspirador
Demétrio gozava da confiança de seu líder, por isso, segundo estudiosos, ele foi o portador desta carta de João. O nome de Demétrio encerra essa breve carta, como um bom testemunho descrito a Gaio, o destinatário dela. Demétrio era um discípulo inspirador, que andava na verdade [2Co 13.8]. Ele era bem-visto pelas pessoas e pela liderança, e isso o tornava um discípulo virtuoso. Quando um líder como João testifica sobre o ministério de seu liderado, significa que aquelas ações devem ser seguidas, pois mostram amor a Deus e à Sua obra [1Jo 4.16], Demétrio realizava bem sua missão e era reconhecido por tudo o que fazia [Cl 3.23].

Comentário adicional – Um discípulo inspirador é aquele que, por meio de suas ações e atitudes, motiva e eleva aqueles ao seu redor. Sua inspiração não se limita apenas à conformidade com regras ou dogmas, mas se manifesta na maneira como vive com autenticidade, compaixão e determinação o evangelho. Ao enfrentar desafios, esse discípulo demonstra resiliência, transmitindo uma mensagem poderosa de confiança em Deus e fé nos ensinamentos de Cristo.

3.2- Um discípulo comprometido
Demétrio era comprometido com a obra que estava em suas mãos, o que o fazia ser reconhecido por todos. João diz que ele havia alcançado bom testemunho, mostrando que o verdadeiro discípulo deve buscar crescer no ministério [2Pe 3.18]. Conjectura-se que Demétrio se opôs às obras más de Diótrefes, não se mantendo em jugo desigual com um infiel, o que o fez reconhecido por fazer o bem [2 Co 6.14].

Comentário adicional – Um discípulo comprometido é aquele que dedica sua energia, tempo e esforço de maneira consistente e fervorosa aos ensinamentos de Cristo. Sua dedicação vai além das palavras, refletindo-se em ações concretas e em uma busca constante pela aplicação prática dos princípios bíblicos aprendidos. Este discípulo não é facilmente desviado por tentações ou adversidades, mantendo um compromisso firme com seus valores. Sua consistência cria uma base sólida para seu o crescimento pessoal e espiritual, influenciando positivamente aqueles ao seu redor. Além disso, um discípulo comprometido contribui significativamente para a igreja à qual pertence, sendo uma fonte confiável de apoio e inspiração.

3.3- Um discípulo é reconhecido
Demétrio teve seu nome associado ao bom testemunho da verdade e a confiabilidade de seu líder, o que deveria ser reproduzido como um comportamento aprovado [3Jo 12]. Em poucas palavras João destaca Demétrio como um padrão a ser seguido no Reino de Deus [1Tm 4.12]. A boa reputação de Demétrio, assim como a de Gaio, veio do reconhecimento de outros, não deles próprios, o que já havia sido recomendado por Jesus [Mt 6.5].

Comentário adicional – O impacto e reconhecimento desse discípulo vai além do seu círculo imediato, influenciando positivamente suas comunidades e até mesmo gerações futuras. Sua jornada de aprendizado e crescimento se torna uma narrativa que motiva outros a buscarem a excelência, a autenticidade e a contribuição para o aperfeiçoamento da igreja e a expansão do evangelho de Cristo.

CONCLUSÃO
Nesta lição abordamos a necessidade de o verdadeiro discípulo de Cristo deixar um legado para as futuras gerações, assim como o exemplo de Gaio e Demétrio que foram discípulos reconhecidos pelo bom trabalho em prol do reino de Deus em contraposição ao mau testemunho de Diótrefes.

Ante o exposto vemos que um legado bem construído não apenas preserva a história, mas também inspira e orienta as gerações vindouras. Portanto, precisamos refletir sobre qual legado estamos deixando como filhos de Deus neste mundo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
► Bíblia de Estudo Almeida. Edição Revista e Atualizada, Tradução João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SSB, 2010.

► Revista Betel Dominical: Jovens e Adultos. Terceira epístola de João – Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 129. Lição 13 – O verdadeiro discípulo é um exemplo para futuras gerações.

Comentarista adicional - Emivaneide Silva – Professora da EBD


4 comentários:

Carlos Cezar disse...

Mais um excelente comentários professora Emivaneide, será um grande auxilio para a compreensão da lição. Que Deus continue abençoando a sua vida e ministério!

Denis disse...

Parabéns 👏👏👏👏

Fernando Junio disse...

Muito bom irmã! Deus abençoe sempre

Anônimo disse...

Um estudo muito valioso e com informações adicionais e fundamentais sobre o assunto.