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 A NECESSIDADE DA RECONEXÃO ENTRE O SER HUMANO E SEU CRIADOR

Lição 5 – 30 de abril de 2023

TEXTO ÁUREO
“E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”. Jeremias 29.13

VERDADE APLICADA
Ao longo das Escrituras vemos Deus se revelando e chamando o ser humano ao arrependimento, visando a restauração da comunhão com Ele.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Mostrar a busca do homem para se reatar com Deus;
Destacar que o homem não vive bem longe de Deus;
Ressaltar que Deus provê os caminhos de volta para Ele.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
GÊNESES 4
1. E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão.
2. E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
25. E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho, e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou.
26. E a Sete mesmo também nasceu um filho, e chamou o seu nome Enos. Então se começou a invocar o nome do Senhor.

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO 
Mesmo depois de o homem ter caído, Deus, pelo seu infinito amor, resolveu não nos abandonar e passou a colaborar com aqueles que, de acordo com Sua vontade, desejaram retornar a desfrutar da presença do Deus que os criou. Assim, como prometeu a Adão que “o filho do homem iria pisar a cabeça da serpente”, trabalhou em todo Antigo Testamento, para revelar o projeto de Salvação que culminou com o envio de Seu único Filho para morrer em nosso lugar salvando, inclusive, os antigos que morreram crendo. Discorreremos nesta lição, algumas da ações de Deus e dos homens, objetivando a comunhão com Deus, onde vemos que todas as atitudes humanas, deram em nada e até os distanciaram ainda mais de Deus.      
   
1. O DESENVOLMENTO DA RELIGÃO
O desenvolvimento da religião se dá após a queda do homem, quando este criou várias tentativas de reaproximá-lo do Deus criador, onde buscou-se, por muitos meios, essa reaproximação, onde vemos narrada essa tentativa, ainda no livro do Gênesis. (Gn 11.1-9).    
   
1.1- Acesso negado
Uma das primeiras atitudes de Deus, após repreender os atores da queda do homem, foi expulsá-los e fechar o acesso ao jardim. Pois lá se encontrava a árvore da vida (que garantia ao homem a vida eterna). Deus expulsou adão e Eva de lá e, ainda ordenou que Querubins guardasse sua entrada, proibindo total acesso a esse jardim o qual, posteriormente, desapareceu da Terra. Devido ao pecado cometido, o primeiro casal foi expulso do jardim do Éden, afastado de Deus e da árvore da vida para morrer mais rápido, Adão e Eva tiveram sua escolha, e decidiram não obedecer a Deus. Devido a essa decisão errada, o mundo nunca mais foi o mesmo!

1.2- Sinais de misericórdia
A imagem da qual fomos primeiramente criados está corrompida, e agora erramos o alvo em se tratando de ações morais. Mas Deus não nos deixou em nossa impotência. Ele teve um plano de nos resgatar, e é por isso que o Evangelho literalmente significa ‘Boas Novas’ – pois este plano é as boas novas que Ele nos salva. Deus não esperou até Abraão para anunciar estas notícias; Adão e Eva tiveram Caim que significa “possessão”; quem sabe se ela pensou que fosse a semente prometida?". Havia em Eva uma expectativa, uma esperança sobre a semente que viria dela, talvez tenha pensado que Caim fosse a semente prometida, era o seu primogênito do Senhor. Depois teve a Abel que significa “vaidade, visto que sua expectativa de ter gerado a semente prometida, ela havia depositada mais em Caim. Ambos foram criados no temor do Senhor, aparentemente, desde pequenos foram ensinados por seus pais a adorarem a Deus através do sacrifícios. Porém, Caim contaminado pela inveja matou seu irmão Abel e teve que fugir da presença do Senhor. Em seguida, “Tornou Adão a coabitar com sua mulher; e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque disse ela, Deus me concebeu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou" (Gn 4.25). Deus pela sua misericórdia deu a Eva outro filho em lugar de Abel; através dessa semente viria a geração do Salvador da humanidade. Segundo BEACON: "O rapaz que substituiu o Abel assassinado recebeu o nome bem adequado Sete significa "designado ou colocado", o que indicava a misericórdia de Deus. Ele deu a Adão e Eva um filho que preservaria a fé no único Deus verdadeiro. Foi nesta família que o fogo da verdadeira adoração foi luminosamente mantido aceso. Aqui a piedade era possível entre os homens."

1.3- Um “amor” por Deus sem amor pelo próximo
Os dois principais mandamentos, os quais são o guarda-chuva dos demais, conforme Jesus ensinou são: “amarás ao Senhor acima de todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo”. Assim, falar que ama a Deus, mas odiar ao próximo, torna-se uma incoerência gigantesca. Caim abraçou mais a religiosidade do que demonstrou amor a Deus. Observe que a atitude inicial de Caim após a sua rejeição e de sua oferta demonstrou o que de verdade ele tinha em seu coração: “…Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante” (Gênesis 4:5). Ele não amava a Deus com profundidade! Poderíamos compará-lo àqueles religiosos fariseus que apenas acham que adoram a Deus externamente, mas seus corações estão distantes do Pai. Ele levou uma oferta compatível com seu mal coração, só para cumprir um “ritual”. Observe que Caim se irou, permitiu que a ira mudasse até o seu rosto, matou seu irmão cruelmente, uma demonstração clara de que, ao não ter amor a Deus, automaticamente, não amava seu irmão ou qualquer outro familiar. E, ainda foi malcriado com Deus, quanto Ele pergunta onde estava o irmão.

2. UM NASCIMENTO DA ESPERANÇA
Depois da tragédia do primeiro homicídio, em que Caim mata Abel e é expulso do Éden, o texto bíblico diz que Eva voltou a engravidar e deu à luz a Sete, que na linhagem piedosa substituiu Abel (Gênesis 4:1-25). Em seguida, a Bíblia diz que Sete teve um filho, o qual chamou Enos, e daí se começou a invocar o nome do Senhor (Gênesis 4:26), trazendo nova esperança para a humanidade se voltar para Deus.

2.1- O início da adoração comunitária
Logo após a morte de Abel, Deus consolou o coração de seus pais Adão e Eva dando-lhes outro filho semelhante a Abel, ao qual deram o nome de Sete. A raiz hebraica deste nome significa “renovo”, “rebento”. Sete foi o renovo da fé em Deus e da esperança do bem novamente habitando o coração humano, trazendo-o mais perto do bondoso Criador. “A Sete nasceu-lhe também um filho, ao qual pôs o nome de Enos; daí se começou a invocar o nome do Senhor” (Gn 4.26). Invocar o nome do Senhor é reconhecer Nele o Criador de todos os homens, o Salvador e Redentor do pecador. Invocar o nome do Senhor é saber que só Ele é Deus, que pode abençoar e perdoar os que são Seus. Invocá-lo é conhecê-lo. É reconhecê-lo como Deus Único e suficiente, dono e soberano da Terra e dos céus, O Senhor da eternidade, que opera em fidelidade. Enos nasceu em um momento muito especial, quando se formava na sociedade humana uma distinção muito nítida entre os filhos de Deus, descendentes de Sete, e os filhos dos homens, descendentes de Caim. A escolha dos Princípios Morais de cada uma dessas linhas hereditárias era clara: Havia uma diferença capital entre duas descendências. Quanto aos descendentes de Sete, o registro bíblico informa que após o nascimento de Enos, “daí se começou a invocar o Nome do SENHOR”.

2.2- Andar com Deus
Da descendência de Enos veio Enoque, que buscou a Deus tão intensamente e com tanta intimidade, que foi trasladado para os Céus, e não foi mais encontrado na Terra, pois “Deus o tomara para Si”. As coisas desse mundo, para Enoque, não tinham qualquer valor, ele se deliciava em andar 24 horas com Deus. Isso não o impediu, inclusive, de ter filhos; isso mostra que o prazer sexual pode estar dentro dos padrões divinos quando tem por objetivo “multiplicar e encher a terra” e pode ser praticado em meio a santificação e pureza. A Bíblia mostra que Deus sempre teve um remanescente que o adorava, movimentando seu projeto de salvação culminado em Cristo Jesus na cruz do calvário.

2.3- Tempo de renovação
Noé era filho de Lameque que era filho de Matusalém da linhagem de Sete. Noé foi o último Patriarca antediluviano. Embora não se saiba exatamente a etimologia do nome “Noé”, é amplamente aceito que seu nome, “Noé”, no hebraico noah, significa “repouso”, “descanso” ou “conforto”. Acredita-se que seu nome venha da raiz nwh, “descansar”, associado ao verbo nhm, traduzido como “consolará” em Gênesis 5:29. Noé tornou-se uma peça-chave no recomeço da história humana. Porém isso foi resultado de uma vida integra e justa diante de Deus. Noé desfrutava de uma comunhão muito grande com Deus. Ele tinha um caráter justo e integro totalmente diferente do restante da população de sua época que possuía um nível moral completamente corrompido pelo pecado. Ele também é descrito nas Escrituras como um homem de fé, devoto e obediente a Deus. Noé já tinha quase 500 anos de experiência de vida quando recebeu de Deus o aviso da destruição da raça humana e a ordem para que construísse a arca. Embora com toda essa experiência ele parecesse ser um homem totalmente qualificado para a missão dada pelo Senhor, foram suas qualificações espirituais que realmente fizeram diferença.

3. UM NOVO COMEÇO COM DEUS
Sem uma inciativa divina, não há como o homem se aproximar de Deus; a história mostrou isso. Somente Deus pôde idealizar um caminho de volta para Ele. No Éden, Ele já projetou essa saída, onde vemos o sacrifício de Abel oferecendo um cordeiro para perdão dos pecados. Nas gerações seguintes foi instituído o culto sacrificial a Deus, como sobra das coisas futuras, culminadas na Cruz do Calvário.

3.1- As marteladas da longanimidade divina
A Bíblia diz que Noé achou graça aos olhos do Senhor. O capítulo 6 de Gênesis mostra o quanto a civilização da época de Noé estava corrompida. As pessoas praticavam todas as variedades de crimes; elas desobedeciam a Deus com toda naturalidade. Até mesmo a geração de Sete que guardava os mandamentos do Senhor, já havia sido corrompida por se misturarem com a geração de Caim. É aí que a Bíblia descreve duas gerações distintas: os “filhos de Deus e os filhos dos homens”. Noé Era homem justo e perfeito em suas gerações, e andava com Deus. Noé gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé. A terra, porém, estava corrompida diante de Deus, e cheia de violência. Deus viu a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. Então Deus disse a Noé: O fim de toda carne é chegado perante Mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os destruirei juntamente com a terra. Faze para ti uma arca de madeira de gofer: farás compartimentos na arca, e a revestirás de betume por dentro e por fora. A Bíblia afirma, que durante todo tempo em que Noé construía a arca, foi um pregador do juízo de Deus em meio a essa geração perversa. Mesmo assim não deixou de falar das misericórdias de Deus, dando a chance de salvação àqueles que se arrependessem, mas tiveram Noé como um louco e não deram atenção às suas advertência, até que veio o dilúvio e consumiu a todos, restando só a família de Noé, com a qual Deus deu prosseguimento ao seu projeto de salvação da humanidade.

3.2- Adoração após o dilúvio
Gênesis 9:26 parece mostrar que Sem filho de Noé, era um homem temente a Deus. Devido ao comportamento que teve, ele recebeu a bênção do Senhor. Note que ao mesmo tempo em que Noé bendiz o Deus de Sem dizendo: “Bendito seja o Senhor, Deus de Sem”; a bênção, também recai sobre o próprio Sem. Por isso ele diz: “e seja-lhe Canaã por servo”. Claramente essa sentença afirma que a benção de Sem consiste em seu relacionamento com Deus. Assim, a servidão de Canaã a ele é uma nítida evidência dessa bênção. Sem foi o ancestral de Abraão. É possível entender que a linhagem piedosa seria preservada através de Sem. De sua linhagem haveria de vir o Messias (Lucas 3:23,36)). Quando já tinha 100 anos de idade, ele gerou Arfaxade, o ancestral de Abraão (Gênesis 11:10-26). Sem também gerou a Elão, Assur, Lude e Arã. O fato de a genealogia de Sem no capítulo 10 de Gênesis ser apresentada depois das genealogias de seus irmãos, é interpretado como um método utilizado pelo autor de se referir primeiramente aos nomes subordinados e, por fim, concluir com a linhagem principal do povo do Senhor.

3.3- A fé como um novo caminho pra Deus
Abraão é um dos personagens bíblicos mais conhecidos, devido sua crença em Deus, é considerado o pai da fé. Através da vida de Abraão, Deus revelou seu plano de escolher e fazer aliança com o seu povo. Abraão confiou em Deus e então agora é conhecido como o pai do povo escolhido de Deus. No entanto, seu nome era originalmente Abrão, significando “pai exaltado”. Seus pais viviam em meio a um grupo que adorava a lua na cidade de Ur. O nome antigo de Abraão pode até se referir ao deus lua ou a qualquer outro deus pagão, mas Deus mudou o nome de Abrão para Abraão (Gênesis 17:5) para indicar claramente uma separação dos caminhos pagãos de Abrão. O novo nome de Abrão significava “pai de uma multidão” e era uma afirmação da promessa que Deus lhe havia feito de que teria muitos descendentes. Esta troca de nome foi também uma prova significativa de sua fé em Deus. Àquela época, Abraão estava com 99 anos e sua esposa estéril com 90 anos (11:30; 17:1- 4:17). A vida de Abraão é frequentemente usada pelos escritores das Escrituras como um exemplo de como devemos viver como crentes. Vejamos as ideias bíblicas de ser salvo pela fé, não pelas obras, e a ideia igualmente bíblica de fazer as obras como resultado natural da gratidão que experimentamos por sermos perdoados. Estes são conceitos importantes para entender se alguém deseja ter uma caminhada equilibrada com Jesus.

CONCLUSÃO
Os homens, ao longo da história e através da religiosidade, têm tentado meios de retornarem para Deus, mas sempre chegam à conclusão que não têm força para essa conquista. Somente Deus pôde provê para o homem o verdadeiro caminho que nos faz retornar para Ele – esse caminho foi construído com o derramamento de sangue do próprio Deus, através de Seu unigênito Filho Jesus.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em português por João Ferreira de Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.
Revista DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL do professor: Adultos. GÊNESIS, a segurança de viver pela fé nas promessas de Deus. Rio de Janeiro: Editora Betel – 2º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 127. Lição 5 – A necessidade da reconexão entre o ser humano e Seu Criador.

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COMENTARISTA ADICIONAL
PASTOR ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA- Servo do Senhor Jesus Cristo, Bacharel em administração de empresas públicas e privadas pela Faculdade Católica de Brasília, Bacharel em Teologia pela FATAD- Faculdade Teológica das Assembleias de Deus, pós-graduado em administração de cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo de crédito no Canadá, Estados Unidos e Espanha.

 

2 comentários:

ancelmo disse...

Muito obrigado pastor Altevi por seus edificantes comentários. Deus te abençoe cada dia mais.

Anônimo disse...

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