O SERMÃO PROFÉTICO: O SERVO REVELA O FUTURO
Lição 11 – 12 de março de 2023
TEXTO ÁUREO
“Passará
o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.” Marcos 13.31
VERDADE APLICADA
Todo
cristão precisa estar vigilante, orando, perseverando e cumprindo a missão,
pois breve Jesus voltará.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar
que devemos perseverar até o fim;
Destacar
que Jesus virá buscar os escolhidos;
Falar
que antes da vinda do Servo surgirão falsos cristos.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS
13
3.
E, assentando-se ele no monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago,
e João, e André lhes perguntaram em particular:
4.
Dize-nos quando serão essas coisas e que sinal haverá quando todas elas
estiverem para se cumprir.
5.
E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane,
6.
Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou Cristo; e enganarão a muitos.
7.
E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis,
porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, abordaremos o capítulo 13 de Marcos, onde encontramos o Sermão Profético
de Jesus. Veremos o que levou o Servo a proferir o Sermão, a destruição do
Templo, a Grande Tribulação, a imprevisibilidade da volta de Jesus aos alertas
do Senhor aos Seus discípulos.
1. O SERMÃO PROFÉTICO DO SERVO
Próximo
ao fim de Sua missão na terra o Servo faria Seu último discurso que ficaria
notório como Seu Sermão Profético. Evento este que Ele narrou em uma conversa
particular com quatro dos seus discípulos [Mc 13.3]. Nesta conversa Jesus expôs
em particularidades como seria o fim dos tempos.
Comentário
Adicional
O
discurso pronunciado no Jardim das Oliveiras aconteceu na terça-feira depois
que se acabaram as controvérsias com os líderes judeus nos átrios do templo.
Pode ser dividido da seguinte forma: as perguntas dos discípulos (13:1-4); as
condições características da presente dispensação (13:5-13); a crise que viria
(13:14-23); o segundo advento de Cristo (13:24-27); instruções referentes à
necessidade de se vigiar (13:28-37).
1.1. O início do Sermão Profético
No
capítulo treze do evangelho de Marcos o autor com todo zelo narrou a fala
relevante exposta pelo próprio Servo acerca dos dias futuros. Marcos descreve
que, ao saírem do templo que Herodes havia construído, um dos Seus discípulos,
impressionado com a estrutura da edificação, lhe disse: “(…) Mestre, olha que
pedras e que edifícios!” [Mc 13.11]. Jesus respondeu: “(…) Vês estes grandes
edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada:’ [Mc 13.2].
Nesta hora o Servo inicia o Seu sermão profético, falando sobre a futura
destruição do Templo. Esta profecia se cumpriu em 70 d.C., quando o exército
romano, sob a supervisão de Tito, destruiu a cidade e derrubou o Templo. O
historiador Flavio Josefo relata que a destruição do templo foi flagelante para
o povo judeu.
Comentário
Adicional
À
luz da descrição que Josefo fez do Templo, não nos surpreende que um dos
discípulos exclamasse referindo-se às pedras e aos edifícios. Josefo descreve
pedras dizendo que tinham trinta e sete pés, por doze, por dezoito. Explica
ainda mais, dizendo que a “... fachada era toda de pedra polida, de maneira que
a sua aparência, para os que não a tinham visto, era incrível, e para os que já
a tinham visto, era grandemente assombrosa” (Antig. XV xi. 3-5).
Jesus
usou a forte construção negativa dupla dos gregos (ou mê) duas vezes neste
versículo a fim de negar que ficaria pedra sobre pedra. Era positivamente certo
que o Templo seria completamente destruído, um fato confirmado pela história
quando em 70. A. D. O Templo e a cidade foram deixados em ruínas, sob o comando
de Tito.
1.2. O primeiro sinal de advertência descrito pelo Servo
Como
podemos observar, os discípulos se aproximam de Jesus para entenderem quando
teria início e quais seriam os sinais que aconteceriam para que eles pudessem
entender sobre a consumação do século [Mc 13.4]. Jesus, então, alertou os discípulos
sobre a necessidade de estarem alertas, para que não fossem enganados: “(…)
Olhai que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou
o Cristo; a enganarão a muitos.” [Mc 13.5-6].
Comentário
Adicional
13:4.
Essas coisas. Uma referência óbvia à predição declarada em 13:2. Temos motivos
para crer, entretanto, que os discípulos também tinham em mente a sequência dos
acontecimentos do fim dos tempos. Sua segunda pergunta amplificou a primeira em
que pediram um sinal que indicasse que o cumprimento estava para acontecer
(mellê). Em Mateus ficamos sabendo que os discípulos também perguntaram com referência
ao sinal da vinda de Cristo e sobre o final da dispensação (24:3).
13:5.
Jesus começou a sua resposta descrevendo as condições características da
presente dispensação (vs. 5-13). A primeira é a presença dos enganadores,
contra os quais os discípulos deviam estar atentos constantemente (gr., pres.
imp.).
13:6.
Em meu nome. Essas palavras referem-se à vinda de falsos messias, que
reivindicarão a posição e a autoridade que só pertencem a Cristo. A predição
foi cumprida em muitas ocasiões. Talvez a personalidade mais destacada fazendo
tal reivindicação fosse Bar Cochba - Simão Barcoquebas, também grafado como bar
Kochba, bar Cochba ou bar Kosba, foi um líder judeu, que comandou a terceira
revolta judaica contra o Império Romano, ocorrida de 132 a 135. Essa rebelião
ficou conhecida como Revolta de Barcoquebas. (132 A. D.)
1.3. Conflitos entre as nações
Estudar
sobre o sermão profético não é para resultar em terror ou deixar que a mente
fique inquieta, entretanto, este tema é para despertar-nos para as verdades de
que breve Ele regressará e que o Seu povo deve aguardá-Lo, pois Ele assegurou
regressar uma segunda vez, para levar todos os salvos para o céu e ajuizar
todos os povos [Lc 21.27]. Sobre o tema Marcos menciona a quebra da paz entre
as nações quando Jesus discorre a respeito de guerras e rumores de guerras: “E,
quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis, porque
assim deve acontecer; mas ainda não será o fim.” [Mc 13.7]. Assim entendemos
que o princípio de dores será caracterizado por um aumento de embates de todas
as ordens.
Comentário
Adicional
Guerras
são características de toda a dispensação, como também terremotos fomes. A
palavra dificuldades não se encontra nos melhores manuscritos gregos. Todas
essas condições são descritas como sendo o princípio das dores. Assim,
destacam-se do fim propriamente dito (v. 7). A palavra dores são realmente
dores de parto, um termo que os judeus usavam para descrever as aflições e as
desgraças que introduzirão a vinda do Messias.
O
discípulo recebe a ordem de prestar atenção, isto é, de estar constantemente
alerta (gr., pres. imper.). Tribunais. Literalmente sinédrios. As prisões e os
espancamentos preditos aqui começaram a se cumprir no livro de Atos (cons. 4:5
e segs.; 5:27 e segs.), como também as apresentações a presença de governadores
e reis (cons. 12:1 e segs. 24:1 e segs.; 25:1 e segs.). Essas apresentações
seriam para lhes servir de testemunho (autois), não contra eles. Examine o
testemunho de Paulo diante de Félix (Atos 24:24,25) e Agripa (Atos 26).
Nosso
Senhor segue em Sua narrativa, descrevendo o cerco sobre a destruição de
Jerusalém. Marcos 13.14 delineia a fala de Jesus discursando sobre a “abominação
do assolamento”; se referindo à fala do profeta Daniel [Dn 9.27; 11.31; 12.11].
Comentário
Adicional
Tendo
descartado alguns dos aspectos salientes desta dispensação, Cristo prosseguiu
descrevendo a crise iminente (vs. 14-23). O abominável da desolação é uma
expressão extraída textualmente de Dn. 12:11 (Septuaginta). Também se encontra
com pequenas variações em Dn. 9:27 e 11:31. Entre os judeus o termo abominável
era usado para descrever a idolatria ou o sacrilégio (cons. Ez. 8:9, 10, 15,
16). Parece, entretanto, que tanto Daniel como Cristo estavam falando de uma
consternadora profanação do Templo. O primeiro cumprimento do uso profético que
Daniel fez do termo, dizem alguns escritores, foi a construção de um altar para
Zeus sobre o altar dos sacrifícios segundo as ordens de Antíoco Epifânio, em
168 A.C. (I Mac. 1:54, 59). O uso que Cristo fez das palavras tinha referência
imediata à profanação do Templo pelos romanos (70 A. D.). Deve-se lembrar que
os discípulos perguntaram relativamente à destruição do Templo (Mc, 13:2,4).
Além disso, as instruções dadas em 13:14b-18 parecem se encaixar melhor nessa
ocasião. Entretanto, a íntima relação dessas condições com o segundo advento de
Cristo (vs. 24-27) exige uma aplicação adicional ao fim dos tempos. As
condições dos dias de Antíoco Epifânio e quando os romanos destruíram o Templo
serviram de figura dos dias do anticristo, imediatamente antes da volta de
Cristo (cons. II Ts. 2:3, 4; Ap. 13:14, 15). Situada onde não deve estar. No
lugar santo (Mt. 24:15). A aparição da consternadora profanação seria um sinal
para os habitantes da Judéia fugirem para os montes a fim de escapar ao sítio
iminente. A referência específica dessa ordem, e também das que foram dadas nos
versículos 15-18, foi à iminente destruição de Jerusalém (70 A.D.).]
2.1. É necessário
apressar-se
Assistimos o Servo em Seu ilustre
sermão profético tratar sobre os últimos acontecimentos, cujas profecias
estavam conectadas com a destruição de Jerusalém pelos romanos no ano 70 d.C. e
com o período do Anticristo na Grande Tribulação. Devido a reconhecer a
urgência com que o inimigo se aproximava, o Servo orienta dizendo que aqueles
que estiverem sobre o telhado, que fujam logo a não entrem em casa para pegar
nada [Mc 13.15]; e quem estiver no campo, que não volte atrás a fim de buscar
os seus vestidos [Mc 13.16]; seguindo seu discurso, Ele chama atenção para as
mulheres grávidas e das mães com criancinhas recém-nascidas naqueles dias [Mc
13.17]. E ainda buscando ensinar de maneira concisa, Jesus orienta a orar a Deus
para que isso não aconteça no inverno. Porque, segundo Ele, naqueles dias
haverá uma aflição tão grande como nunca existiu desde que Deus criou o mundo.
Comentário Adicional
A necessidade da pressa seria tão
urgente que não haveria tempo para tirar coisa alguma para a fuga. Seria uma
ocasião muito difícil para as mulheres grávidas e para aquelas que tivessem
crianças pequenas. Uma fuga no inverno aumentaria as dificuldades de uma
situação já bastante difícil.
Essa descrição resumida das
tribulações de aqueles dias certamente se aplicava aos horrores de 70 A.D.,
quando comparadas com Wars of the Jews de Josefo (Prefácio, 4; V, VI).
Entretanto, há motivos para se crer que Cristo olhava para além do período
romano, para a Grande Tribulação final que precederá a Sua segunda vinda. Isto
foi sugerido pelas palavras nunca jamais haverá, que são a tradução de uma
vigorosa negativa grega (ou mê). 20. Não se pode limitar este versículo à
situação de 70 A.D. Nenhuma das explicações sugeridas com base sobre tal
limitação satisfaz. Temos elementos aqui que vão além daquele período e se
associam mais corretamente com o fim dos tempos. A referência aos escolhidos
parece apontar para os salvos durante os dias da Grande Tribulação exatamente
antes da volta de Cristo. Por amor deles Deus tem abreviado aqueles dias do
período da terrível aflição.
1.2. A soberania de Deus
É
interessante observarmos no Sermão Profético aspectos relevantes como a
soberania de Deus, Seu governo, Seu poder para “abreviar dias”: Ou seja, tudo
está debaixo do governo divino. Ele tem pleno poder sobre todas as situações,
inclusive os dias de tribulações, juízos, calamidades. Ele não esquece que tem
“escolhidos” Este texto aponta para o cuidado de Deus e Sua atenção e
providência para com os Seus. Este texto nos leva a meditar no poder de Deus
para intervir em qualquer situação. Tal constatação nos faz descansar, confiar
e esperar nAquele que sabe o que está acontecendo e permanece no controle das
coisas [Mc 13.23].
Comentário
Adicional
A
profecia agora prossegue para o Segundo Advento (vs. 24-27). Cristo colocou
este grande acontecimento especificamente naqueles dias, após a referida
tribulação, obviamente se referindo ao tempo descrito em 13:14-23. Isto exige
uma de duas explicações. Ou Cristo viria logo depois de 70 A.D, ou as aflições
dos versículos 14-23 têm uma dupla referência, tanto à destruição de Jerusalém
por Tito como à Grande Tribulação no fim dos tempos. Considerando que a
primeira explicação é impossível, a última interpretação torna-se a chave para
se compreender o capítulo como um tudo. A linguagem usada para descrever os
abalos nos céus foi em grande parte extraída do V.T. (cons. Is. 13:10; 34:4;
Joel 2:10, 30, 31). Ainda que seja melhor fugir aqui a um literalismo extremo, não
temos motivos para não entendermos estas expressões como se referindo às
alterações celestiais reais que precederão imediatamente a vinda de Cristo. De
modo nenhum torna-se estranho que um acontecimento tão momentoso seja
introduzido dessa maneira.
Esta
é a volta pessoal e corporal de Cristo à terra com grande poder e glória, que
foi descrita em passagens tais como essas Atos 1:11; II Ts. 1:7-10; 2:8; Ap.
1:7; 19:11-16. “Com o céu obscurecido servindo de cenário, o Filho do Homem se
revela no Shequiná da glória de Deus.” (G. R. Beasley-Murray, A Commentary on
Mark Thirteen, pág. 89). A linguagem que foi usada aqui foi extraída de Dn.
7:13. Verão. Sua vinda será visível a todos os homens.
O
Servo é o manancial de toda a verdade [Jo 14.6]; enquanto o diabo aniquila a
vida e é o pai da mentira [Jo 8.44]. Assim sendo o diabo tem levantado falsos
profetas para desconstruir a verdade do Evangelho e enganar a muitos. Podemos
dizer que o ponto de partida para essa reflexão se dá ao lermos a fala do Servo
quando diz que se levantaria falsos cristos e falsos profetas [Mc 13.22].
Comentário Adicional
Tão
atrevidos serão esses enganadores que tentarão desviar os próprios eleitos.
Entretanto, a cláusula, se possível, mostra que é inconcebível que tenham
sucesso. Para identificação dos eleitos, veja Lc. 18:7; Rm. 8:33; Cl. 3:12; I
Pe. 1:2.
3. A VINDA DO FILHO DO HOMEM
Ao
descrever o sermão profético, Marcos afirma que a vinda do Filho do Homem será
o apogeu deste evento, além de demonstrar a urgência de estarmos precavidos, a
fim de não sermos surpreendidos pela vinda repentina do Servo nas nuvens.
Comentário
Adicional
Tendo
terminado a descrição dos acontecimentos futuros, o Senhor voltou a discutir a
necessidade de se vigiar (vs. 28-37). Não há nenhuma indicação de que Israel
esteja aqui simbolizada pela figueira. Em vez disso, a parábola é apenas uma
demonstração da verdade que os acontecimentos futuros lançam suas sombras
diante deles. Quando essas coisas começarem a acontecer, saberemos que a
consumação está muito próxima. As cousas às quais Cristo se refere são os
acontecimentos descritos nos versículos 14-25.
A
explicação mais natural da expressão, esta geração, é que ela se refere à
geração viva quando Cristo estava falando. Durante a vida dela todas essas
coisas aconteceriam no que se refere à destruição de Jerusalém em 70 A.D. Esse
acontecimento foi empregado por Cristo como um quadro preliminar prefigurado,
em todas as suas características essenciais, o fim desta dispensação (cons. Mc.
9:1).
3.1. O tempo da segunda vinda
O
evangelho de Marcos, dentre os seus muitos escritos, nos apresenta no capítulo
13 uma riqueza escatológica. O versículo 32 deste capítulo informa que o Filho
de Deus, assumindo Sua forma de Servo, revela não saber o tempo da Sua volta:
“Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o
Filho, senão o Pai’: Para compreendermos essa fala do Servo, podemos dizer que
se trata apenas do período em que Ele permaneceu na terra.
O
evangelista João registra a oração de Jesus pedindo ao Pai que Lhe concedesse a
glória que tinha antes de vir ao mundo (o que aponta para a divindade de
Jesus). Tal glória envolve, também, pleno conhecimento: “E, agora, glorifica-me
tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o
mundo existisse:’ [Jo 17.5].
Comentário
Adicional
A
explicação mais natural da expressão, esta geração, é que ela se refere à
geração viva quando Cristo estava falando. Durante a vida dela todas essas
coisas aconteceriam no que se refere à destruição de Jerusalém em 70 A.D. Esse
acontecimento foi empregado por Cristo como um quadro preliminar prefigurado,
em todas as suas características essenciais, o fim desta dispensação (cons. Mc.
9:1).
A
hora e o dia exatos da volta de Cristo não podem ser discernidos pelo homem. Na
verdade, o momento só é conhecido por Deus Pai. A declaração de que o Filho não
sabe o momento da consumação deve ser entendida à luz da sua autolimitação
durante os dias de sua humilhação (cons. Fl. 2:5-8). Ele assumiu uma posição de
completa sujeição ao Pai, exercendo seus atributos divinos apenas quando o Pai
mandava (cons. Jo. 8:26, 28, 29).
3.2. Precisamos estar alertas em todo tempo
Em
seu discurso apocalíptico o Servo segue dizendo aos seus discípulos: “Olhai,
vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.” [Mc 13.33]. Ainda
para compreender a necessidade de estarmos atentos, Ele faz uma comparação
sobre este momento narrando que será como um homem que sai de casa a viaja para
longe; mas, antes de ir, dar ordens, distribui o trabalho entre os empregados e
manda o porteiro ficar de vigia [Mc 13.34]. Pela fala de Jesus percebe-se que
devemos estar preparados em todo o momento, para que quando Ele retornar para
buscar a Sua Igreja não nos encontre adormecidos.
Comentário
Adicional
Estai
de sobreaviso. Este presente imperativo exige constante estado de alerta. O
mesmo acontece com o verbo vigiai, que significa manter-se acordado (Arndt
págs. 13, 14). Tal prontidão é necessária porque não sabemos quando esses
acontecimentos do fim dos tempos podem se desencadear sobre nós.
3.3. Jesus diz a todos: vigiai
O
ensino principal de Marcos capítulo treze é vigiar. Podemos ler que Jesus inicia
o Seu discurso abordando o fim dos dias falando sobre a importância da
vigilância: “E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos
engane:’ [Mc 13.5]. Conforme observamos, o evangelista Marcos encerra o
capítulo fazendo uso do chamado do Servo a todos sobre a necessidade da
vigilância: “E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai.” [Mc 13.37].
Reparem que o Servo, ao concluir Seu discurso profético, finaliza com a palavra
vigiai.
Comentário
Adicional
O
discípulo deve vigiar continuamente (gr. pres.). Este verbo, como também aquele
do versículo 33, significa estar ou manter-se acordado. Exige prontidão
constante contra o sono ou a modorra (Arndt, pág. 166; cons. v. 36), se à
tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã. São as quatro
vigílias da noite de acordo com a computação romana.
Tal
prontidão é necessária para que o Senhor não chegue quando nós não o estivermos
esperando. Isto é o que ele quer dizer com não vos ache dormindo. Para a pessoa
que não estiver alerta, a vinda de Cristo será súbita. Aquele que estiver
alerta verá os sinais da volta do Senhor (vs. 28, 29) e não será tomado de
surpresa.
CONCLUSÃO
Que
o Espírito Santo continue guiando a Igreja em toda a verdade [Jo 16.13], para
não sermos enganados nestes últimos dias a perseverarmos em oração, vigilância
e cumprindo a missão que o Senhor nos entregou, enquanto aguardamos “a
bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus a nosso
Senhor Jesus Cristo” [Tt 2.13].
Comentário
Adicional
Jesus
passa a falar abertamente sobre Sua morte, a destruição do templo, o princípio
das dores, a Grande Tribulação, os falsos Cristos, sobre o sofrimento daqueles
que escolherem o seguir, do futuro e sobre o fim dos tempos, sobre a Sua
segunda vinda para terminar a obra que começou no Éden. Ele ensina que o seguir
acaba se tornando uma vida de renúncias, uma escolha em viver para a vontade
dele, afinal, Ele morreu nossa morte para que vivêssemos a sua vida, uma vida
de obediência e temor aos mandamentos de Deus, mas alerta que haveria falsos
mestres tentando nos enganar e que até nossa família nos entregaria.
Quando
Ele nos alerta sobre o que há de vir, quando fala que veremos o filho do Homem
descer dos céus, Ele nos dá uma esperança, de mesmo que haja aflições e dias de
angústia, Sua vinda será eminente e o fim de tudo, ou seja, sofrimento e dor, é
chegado.
Comentário adicional
Pr
Éder Santos - ADTAG SEDE
Graduado em Teologia
Pós-graduado em Hermenêutica
Mestre em Teologia
2 comentários:
Muito bom seu comentário pastor Éder. Deus te abençoe sempre mais.
A paz do Senhor, muito edificante esse comentário, Pr. Éder Deus te abençoe.
Postar um comentário