A FÉ NO SERVO: O EVANGELHO DOS MILAGRES
Lição 07 – 12 de fevereiro de 2023
TEXTO ÁUREO
“Por
isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.”
Marcos 11.24
VERDADE APLICADA
Na
vivência dos problemas a das adversidades da vida, perseveremos na fé
cristocêntrica.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
MOSTRAR
que a fé é fundamental para o milagre;
ENSINAR
que
recorrer a Jesus é vivenciar milagres;
EXPLICAR que milagres são possíveis aos que
creem.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS
2
1.
E, alguns dias depois, entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em
casa.
3.
E vieram ter com ele, conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
5.
E Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus
pecados.
6.
E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações,
dizendo:
7.
Por que diz este assim blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
10.
Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar
pecados (disse ao paralítico),
11.
A ti te digo: Levanta-te, e toma o teu leito, e vai para tua casa.
INTRODUÇÃO
Veremos
na presente lição o poder e a compaixão do Servo demonstrados na operação de
milagres, assim como a relevância da fé cristocêntrica, que se expressa no
clamor, na busca, submissão a perseverança por parte dos necessitados
1. A FÉ NO SERVO E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
O
evangelho de Marcos traça com graça que todos aqueles que recorreram ao Servo
com fé foram socorridos por Ele. Pode-se dizer, portanto, que essa fé
verdadeira em Jesus Cristo, além de nos salvar do inferno, traz cura para alma e
o corpo.
Comentário Adicional
Além
de mostrar seu poder para que cressem que Ele foi enviado por Deus, Jesus veio
para fazer a vontade do Pai “Porque eu desci do céu, não para fazer a
minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. (João 6:38). Em
momento algum Jesus queria chamar a atenção para si ou somente atrair uma
multidão com seus feitos milagrosos com o fim de obter fama e dinheiro, ele
curava, saciava a fome das pessoas e ressuscitou mortos porque “jamais deixou
de socorrer os necessitados e aflitos, pois compadecia-se deles” (SOARES, 2008,
p. 142). O sofrimento e a dor das pessoas que o cercava chamava-lhe a atenção,
e por isso ele sentia misericórdia e agia para os socorrer. “E, Jesus,
saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela,
curou os seus enfermos” (Mateus 14:14).
1.1- Os amigos do paralítico demonstram fé no Servo
Certa
ocasião, Jesus estava em Cafarnaum. Imediatamente, se espalhou a notícia de que
Ele se encontrava em uma determinada casa. Mediante a esta informação, se
reuniram tantas pessoas, que não havia mais lugar, nem mesmo do lado de fora,
perto da porta. Marcos escreve que, enquanto Jesus estava anunciando a Palavra,
quatro amigos trouxeram um paralítico para ser curado pelo Servo. Entretanto,
devido a toda aquela gente, eles não puderam levá-lo até perto de Jesus.
Movidos por uma fé gigante, estes amigos venceram as dificuldades que o momento
apresentava, quando tomaram a atitude de abrir um buraco no telhado da casa,
fazendo o amigo chegar até a presença de Jesus, o Servo, onde aconteceu o
milagre [Mc 2.4].
Comentário Adicional
Ao
ver Jesus essa fé que não se detinha ante os obstáculos, deve ter sorrido com
um gesto de compreensão e avaliação. Olhou ao paralítico e lhe disse: "Filho,
seus pecados lhe são perdoados." Esta pode parecer uma forma muito
estranha de iniciar uma cura. Mas na Palestina, nos tempos de Jesus, era
natural e inevitável. Os judeus relacionavam intimamente o pecado e o
sofrimento. Sustentavam que se alguém sofria, devia ter pecado. Este, como
sabemos, é o raciocínio dos amigos que visitaram o Jó: "Que inocente se
perdeu?", é a pergunta do Elifaz o temanita (Jó 4:7). Os rabinos tinham um
dito segundo o qual "Nenhum doente será curado de sua enfermidade até que
Deus não lhe tenha perdoado todos seus pecados." Até nossos dias
encontramos a mesma ideia entre os povos primitivos.
Para
o judeu, o doente era um homem com quem Deus estava zangado. E continua sendo
uma verdade que muitas enfermidades são consequência direta do pecado; e mais
certo ainda é que, uma e outra vez, a enfermidade não se deve a um pecado do
doente, mas sim se trata de algo que herdou ou contraiu pelo pecado de outros.
Nós, em geral, não estabelecemos a relação íntima entre a enfermidade e o
pecado. Mas os judeus o faziam. Portanto, qualquer judeu teria sustentado que o
perdão dos pecados era uma condição prévia a qualquer cura. É possível,
entretanto, que esta história contenha um significado muito mais rico. Os
judeus estabeleciam uma relação causal entre o pecado e a enfermidade. Mas,
além disso, é possível que a consciência do paralítico estivesse de acordo com
a opinião generalizada de seu povo.
1.2- Um dos principais da sinagoga demonstrou fé no Servo
Na
passagem em que Jairo recorre ao Servo podemos nos aprofundar sobre a fé! Pois,
toda narrativa de Marcos mostra que Jesus é a esperança dos desenganados. Esta
abordagem de um pai aflito nos mostra que o impossível pode acontecer quando
Jesus intervém. Presenciamos neste evangelho que após Jesus curar o endemoniado
de Cafarnaum [Mc 1.21-26]; curar a sogra de Pedro [Mc 1.29-31]; curar um
leproso [Mc 1.40- 42]; curar o paralítico de Cafarnaum [Mc 2.11-12]; curar um
homem que tinha uma das mãos mirradas [Mc 3.1-5]; curar uma mulher que tinha um
fluxo de sangue [Mc 5.25-34], Ele, agora, ressuscita a filha única de um líder
religioso, mostrando que Ele também tem poder sobre a morte [Mc 5.35-43].
Comentário Adicional
Jesus
mandou que todas as pessoas que tumultuavam a casa de Jairo saíssem. Ele
permitiu apenas que o pai e a mãe da menina, além de Seus três discípulos mais
próximos, ficassem. Então eles entraram no aposento onde a filha de Jairo
estava. Foi aí que Jesus a tomou pela mão e disse: “Talita cumi, que quer
dizer: Menina, eu te mando, levanta-te” (Marcos 5:40).
Certamente
há um toque de ternura muito grande nessa ordem. Jesus pronunciou essas
palavras em sua própria língua, a mesma que a menina também se comunicava.
Portanto, provavelmente essas palavras eram as mesmas que a mãe da menina
rotineiramente usava para acordá-la. A diferença é que pronunciada pelos lábios
do Filho de Deus, essa simples ordem foi um desafio à impossibilidade e um
triunfo sobre a morte.
Tão
logo a filha de Jairo, uma menina de apenas doze anos, estava novamente viva.
Aquela que estava completamente sem vida, agora estava andando pela casa. Por
isso todos ficaram muito admirados (Marcos 5:42). Após ter ressuscitado a filha
de Jairo, Jesus ordenou que dessem de comer à menina. Ele também pediu que
ninguém divulgasse o que havia ocorrido. É provável que naquela região a
divulgação da ressurreição da filha de Jairo desencadearia ações que ainda eram
inapropriadas para aquele momento de seu ministério.
1.3- Uma estrangeira demonstrou fé no Servo
Marcos
diz que a intenção de Jesus ao entrar em uma casa nos termos de Tiro e Sidom
era que ninguém soubesse de Sua presença ali [Mc 7.24]. Entretanto, vemos que
Ele não pode manter-se distante da execução de sua missão. Marcos conta que
apareceu uma mulher cananéia que faz uma petição não para ela, mas para o Servo
libertar sua filha das forças que a oprimiam. É curioso observar que Jesus
contrapõe de maneira, no mínimo curiosa, o pedido daquela mãe desesperada
quando diz: “(…) Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar
o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.” [Mc 7.27]. É bom que se
diga que alguns estudiosos da Bíblia são unânimes sobre esta interpretação.
Para eles “filhos” trata-se de uma alusão aos judeus, enquanto que
“cachorrinhos” se refere aos gentios. Notamos que esta mulher, além de
mediadora, era também sabia, pois respondeu ao Servo corretamente e, assim, Ele
responde positivamente e realiza o pedido daquela mãe.
Comentário Adicional
Esta
mulher perseverante “agarrou-se” ao significado da palavra “primeiro”; sendo
certo que ela reconheceu a prioridade dos Judeus no plano do Deus, claramente
ela detectou a inferência de que os Gentios no futuro também receberiam a
benevolência do Salvador, tendo pensado para si própria: “por que não agora?!”
Desse
modo, com um argumento brilhante, ela contrapôs: “Sim, Senhor, mas até os
cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.” Ela
ficaria satisfeita com apenas uma migalha da mesa do seu Mestre. Que grande
mulher! Ela agarrou-se firmemente como uma carraça, não sendo de admirar que o
Salvador tivesse elogiado a sua grande fé!
Embora
a mulher Siro-fenícia tivesse rogado ao Senhor dizendo “tem compaixão de mim”,
de fato o pedido foi para a sua filha. A sua paixão estava tão dirigida para a
sua filhinha que ela colocou de lado quaisquer necessidades pessoais e implorou
pelo bem-estar da sua criança afligida.
Esta
mulher entendeu bem o conceito de que uma fé sem obras está morta. Embora não
lhe tivessem pedido para executar nenhum ato específico de obediência, quando
Cristo visitou a sua região, ela buscou-O, seguiu-O, adorou-O, apelou para Ele
e argumentou com Ele. Se ela tivesse atuado segundo a premissa que “contanto
que acredite que isso seja assim, assim será”, a sua filha afligida teria
permanecido na mesma situação deplorável.
É
uma verdade incontornável que segundo o Novo Testamento, nenhuma pessoa foi
alguma vez abençoada por causa da sua fé pessoal, sem que essa fé se tivesse
exprimido em ações.
2. RECORRER AO SERVO É VIVENCIAR MILAGRES
Montando
um cenário glorioso e rico, Marcos relata que, nos dias de Jesus, muitas
pessoas que recorreram ao Senhor e por Ele foram tocadas, receberam a cura das
suas enfermidades.
Comentário Adicional
Na
Bíblia, há registro de 35 milagres que Jesus fez. Os maiores objetivos dos
milagres de Jesus eram: glorificar o Pai, cumprir e provar a palavra dita e a
revelação de Jesus como Messias, Filho de Deus.
Jesus
realizou muitos outros sinais que não foram registrados na Bíblia, como João
deixa relatado: “Jesus realizou na presença dos seus discípulos muitos
outros sinais miraculosos, que não estão registrados neste livro. Mas estes
foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, crendo,
tenham vida em seu nome”. João 20:30-31.
2.1- Recorreram a Jesus pela cura da sogra de Pedro
Nos
três anos do Seu ministério na Terra, Jesus realizou vários milagres. Um desses
milagres foi a cura da sogra de seu discípulo Pedro. Marcos informa que, ao
entrar na casa de Pedro, falaram do estado de saúde da pobre mulher que estava
febril [Mc 1.30]. Diante da seriedade do problema, Jesus não hesita em ter
misericórdia daquela pobre mulher. Afigura-se entre os evangelhos que uma das
razões da cura dos enfermos no ministério de Jesus estava em Sua capacidade de
demonstrar compaixão: “Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão e
levantou-a; e a febre a deixou, e servia-os.” [Mc 1.31]. No texto
encontra-se o registro de que Jesus repreendeu a febre e aquela mulher foi
imediatamente curada e passou a lhe servir.
Comentário Adicional
O
Evangelho de Mateus nos informa que ao entrar na casa de seu Discípulo, Jesus
encontrou a sogra do Apóstolo Pedro, com febre, e acamada. Marcos nos dá a
entender que Simão (Pedro), André, Tiago e João, também falaram com o Mestre
sobre a febre da sogra de Pedro.
As
pessoas que moravam na região da Galileia costumavam passar por esse tipo de
enfermidade. O norte de Israel é um local bastante quente e úmido. O lago de
Kineret, também chamado de Mar da Galileia, está a aproximadamente 215 metros
abaixo do nível do mar.
É
uma região baixa, que conserva uma grande taxa de umidade e calor. As nuvens se
formam com facilidade, pois a massa de ar frio que vem do monte Hermom (um pico
coberto de neve todo o ano), logo à frente, mais ao norte, somado com as nuvens
que vem do Mediterrâneo, aumentam a taxa de precipitação nessa região.
O
interessante do texto no original em Hebraico do Evangelho de Mateus, é que o
termo usado para dizer que a sogra de Pedro estava com “febre”, foi a palavra תַ
חַ דַ ק” qadachat” que significa “febre”, ou “malária”.
O
manuscrito de Mateus Hebraico, de DuTillet, diz que a sogra de Pedro
“levantou-se”, usando o termo קמה “qamah”, que significa “ela se
levantou”, e também “ela se elevou”. O texto nos informa que Jesus tocou sua
mão. A mão, em Hebraico, também é símbolo alegórico da “ação”, das obras que
praticamos. Quando o Mestre “toca as nossas mãos”, passamos a andar nas boas
obras, em elevação espiritual.
2.2- O leproso recorreu ao Servo por sua cura
Por
falta de espaço não é possível relatar aqui todos os milagres realizados por
Jesus. Contudo, os muitos milagres relatados nos quatro evangelhos foram
escritos para que tivéssemos fé que Jesus é o Cristo, o Servo de Deus. Um
destes milagres realizados pelo Servo, encontramos nos evangelhos sinóticos,
quando um leproso se aproxima dEle, rogando-lhe que o cure daquela terrível
enfermidade: “E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se
de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me:’ [Mc 1.40].
Nesta hora assistimos que mais uma vez o Filho de Deus teve compaixão e disse:
“Quero, ser limpo” [Mc 1.41]. Afigura-se que após dizer essas
palavras no mesmo instante a lepra desapareceu e aquele homem ficou curado [Mc
1.42].
Comentário Adicional
Sobre
este pano de fundo, contemplamos uma das imagens mais reveladoras de Jesus:
(1)
Não expulsou de sua presença a um homem que tinha violado a Lei. O leproso não
tinha direito de dirigir-lhe a palavra. Jesus sai ao encontro da desesperadora
necessidade humana com um espírito de pormenorizada compaixão.
(2)
Jesus estendeu sua mão e o tocou. Jesus toca um homem impuro. Para ele não era
um homem impuro, era só um ser humano que necessitava desesperadamente sua
ajuda.
(3)
Depois de curá-lo, Jesus o envia a cumprir com o ritual que prescrevia a Lei.
Cumpriu a Lei e a justiça humanas. Não desafiava as convenções, mas sim, quando
era necessário, submetia-se a elas.
2.3- O cego Bartimeu recorreu ao Servo por sua cura
Não
temos dúvidas alguma de que, ao restabelecer a visão ao cego Bartimeu, Jesus
transformou todas as áreas da vida daquele homem. Podemos dizer que Bartimeu
agradou ao Servo, pois, mostrou ser um homem de fé. Marcos relata que, ao ouvir
alguém dizer ser Jesus de Nazaré que estava passando por ali, o cego começou a
gritar dizendo: “Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim” [Mc
10.47]. Observamos na história deste cego o verdadeiro motivo pelo qual
a Bíblia enfatiza que sem fé é impossível agradar a Deus [Hb 11.6]. Se bem
observado, Bartimeu podia ser cego fisicamente, contudo conseguia enxergar o
invisível.
Comentário Adicional
O
que aprendemos com a história de Bartimeu?
Aprendemos
com o cego Bartimeu que diante daqueles que estão contra nosso clamor de fé,
devemos perseverar e clamar cada vez mais. Sempre vai existir pessoas que não
compreendem a nossa fé, mas nem por isso devemos nos intimidar diante desses
“pedidos para nos calarmos”.
O
cego Bartimeu apesar de suas dificuldades, nos dá importantes lições. Vejamos
então essas lições:
1.
APESAR DE CEGO, BARTIMEU TINHA VISÃO - E, ouvindo que era
Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem
misericórdia de mim. (Marcos 10:47);
2.
O CEGO BARTIMEU SE HUMILHOU - E, ouvindo que era Jesus de
Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de
mim. (Marcos 10:47).
3.
BARTIMEU FOI PERSEVERANTE - E muitos o repreendiam, para que
se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi! tem misericórdia de
mim (Marcos 10:48).
4.
O CEGO BARTIMEU TEVE ATITUDE - E ele, lançando de si
a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus (Marcos 10:50).
5.
BARTIMEU SEGUIU A JESUS - E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé
te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho (Marcos 10:52).
3. A FÉ NO SERVO NOS MANTÉM FIRMES
A
Bíblia nos faz ver que não estamos desamparados. Estamos certos de que quando
estamos enfadados e não sabemos mais o que fazer, podemos recorrer a Jesus,
confiando que Ele nos socorrerá.
Comentário Adicional
Algumas
vezes passamos por situações tão difíceis que não conseguimos enxergar
soluções, todas as nossas energias são consumidas e sentimo-nos fracos demais
para lutar. Nessas situações, ficamos desesperados e choramos como crianças
incapazes de reagir.
São
nessas situações em que precisamos nos lembrar da atitude que nosso irmão Paulo
teve quando as enfrentou. O apóstolo disse: "Porque, quando estou
fraco, então, sou forte." (2 Coríntios 12:10). O poder de Deus se
aperfeiçoa em nossas fraquezas e torna-nos fortes. Não importa a grandeza do
problema diante da soberania de Deus. Somos vasos de barro revelando o infinito
poder do Oleiro.
3.1- A fé no Servo realiza o impossível
Marcos descreve que Jesus saiu dos termos de
Tiro e Sidom e foi até o mar da Galileia pela região de Decápolis. O fluxo da
história nos faz ver que nesta hora algumas pessoas trouxeram-lhe um homem que
era surdo e falava com dificuldades, estes rogaram a Jesus que pusesse a mão
sobre ele [Mc 7.32]. Como podemos ver, Jesus tira o homem do meio da multidão,
põe os dedos nos ouvidos dele e cuspindo tocou na língua do homem. Nesta hora
Jesus olhou para o céu, deu um suspiro profundo e disse ao homem: “Efatá,
isto é, abre-te” [Mc 7.34]. Como é visto naquele instante os ouvidos do
homem se abriram, a sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.
Comentário Adicional
O
encontro com Jesus mudou radicalmente a vida daquele homem. Este gesto de Jesus
é para nós significativo, pois assim como se abriram os ouvidos e a boca do
homem, somos chamados a sermos discípulos de Jesus Cristo, como ouvintes e
proclamadores do Evangelho.
A
narrativa de Marcos destaca o olhar de Jesus para o céu (Mc 7, 34), levando-nos
a voltar o nosso olhar para o Pai, reconhecendo que devemos reconhecer nossa
total dependência d’Ele. Ao mesmo tempo, ressalta o papel dos que levaram o
surdo a Jesus e “pediram que Jesus lhe impusesse a mão” (Mc 7,32). Em
resposta à Palavra de Deus, o Salmo 146 nos convida a louvar ao Senhor,
reconhecendo que ele é fiel para sempre, que ama e ampara os que mais sofrem.
Hoje,
há muita gente necessitada de ajuda solidária e de oração, para chegar até
Jesus. Por isso, esta passagem do Evangelho nos faz pensar também no modo como
testemunhamos a fé através da solidariedade. É importante ressaltar, que a cura
foi realizada por Jesus na região da Decápolis, território considerado pagão e,
por isso, menosprezado por muitos naquele tempo.
A
boa nova do Evangelho de Jesus, se dirige a todos, especialmente aos mais
sofredores. Continuando a obra de Jesus, os discípulos serão enviados a
anunciar o Evangelho a todas as nações, entre os pagãos. Conforme escrito no livro
de Atos dos Apóstolos Cap. 1: 8: “Sereis minhas Testemunhas, tanto em
Jerusalém, na Judéia, em Samaria, e até os confins da terra...”, o
projeto de salvação de Deus se expandiu para além das fronteiras da Judéia.
Seus discípulos foram fiéis ao chamado e o Evangelho se espalhou e chegou até
nós.
3.2- A fé no Servo faz a diferença
Talvez
você me pergunte: “Mas como manter a fé diante de tantas aflições? Daí não ser
exagero responder que sabemos que não é simples, contudo, entendemos que,
através da fé em Jesus, testemunharemos o agir e a providência de Deus em nosso
viver. Para que sejamos bem compreendidos, é bom que se diga que quando
sentirmos que estamos enfraquecidos na fé, devemos pedir a Jesus que não nos
deixe descuidar, que nos sustente na direção certa, assim nossa fé estará
sempre em ascensão e fará com que não nos aflijamos diante das dificuldades,
não se angustie diante das incertezas. Neste sentido devemos orar e crer que
para Nosso Senhor não há impossível, porque nossa fé em Deus fará toda a
diferença.
Comentário Adicional
Vivemos
em uma época tribulada. Uma grande tempestade de maldade abateu-se sobre a
Terra. Os ventos da iniquidade uivam a nossa volta; as ondas das guerras
arremessam-se contra o nosso navio. É como Paulo escreveu a Timóteo: “(…)
nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de
si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e
mães, ingratos, profanos, (…) tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela”.
É
verdade que nuvens ameaçadoras reúnem-se a nossa volta, mas as palavras do Salvador
dão-nos paz, da mesma forma que deram paz aos Apóstolos no barco: “E,
quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis; porque
assim deve acontecer; mas ainda não será o fim”. “Se estiverdes preparados, não
temereis.”
3.3- A fé no Servo produz milagres
Podemos
dizer sem medo de errar que não basta apenas acreditar em nosso Senhor se não
expressarmos nossa fé nEle. Notamos que Marcos em seu evangelho nos mostra que
se depositarmos nossa fé em Jesus, é possível testemunharmos o milagre em meio
às tempestades da vida. Neste evangelho assistimos que, enquanto o Filho de
Deus esteve na terra, Ele sempre socorria os necessitados que eram conduzidos
até Ele. Desse modo podemos dizer que a fé em Jesus Cristo é um manancial
inesgotável de possibilidades.
Comentário Adicional
Compreendemos
que à medida que o mal aumenta no mundo, a nossa sobrevivência espiritual, e a
sobrevivência espiritual daqueles que amamos, exigirá que alimentemos,
fortifiquemos e fortaleçamos mais plenamente as raízes da nossa fé em Jesus
Cristo. O Apóstolo Paulo aconselhou-nos a enraizarmo-nos, e a estabelecermo-nos
no nosso amor pelo Salvador e na nossa determinação de O seguir. O presente e
os dias que se avizinham requerem mais foco e esforço concentrado, protegendo-nos
contra distrações e imprudências.
Mesmo
com as crescentes influências mundanas que nos rodeiam, não precisamos de
temer. O Senhor nunca irá abandonar o Seu povo. Há um poder compensatório de
dons espirituais e direção divina para os justos. Esta bênção adicional de
poder espiritual, contudo, não se instala sobre nós apenas porque fazemos parte
desta geração. Ela é-nos concedida à medida que fortalecermos a nossa fé no
Senhor Jesus Cristo e guardarmos os Seus mandamentos, à medida que O conhecermos
e O amarmos. “E a vida eterna é esta”, Jesus orou “que te conheçam, a ti
só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
CONCLUSÃO
Como
visto na lição, o milagroso agir do Servo está intimamente relacionado ao
exercício de Seu ministério porque Seus milagres são a confirmação de Sua
divindade e o testemunho do cumprimento das promessas de Deus para o Seu povo.
Comentário Adicional
As
vezes esperamos somente socorro sobrenatural dos céus, mas a maneira como Deus
age em nossas vidas é muitas vezes simples e mal percebemos. Por isso muitas
vezes continuamos nos queixando e se perguntando “Deus, onde está o
Senhor?” Neste estudo bíblico, porém, aprenderemos duas formas tão
simples de como Deus age em nossa vida: Ele nos socorre e nos ajuda.
"Desde
os tempos antigos nunca se ouviu, nunca se havia sabido, o olho não tinha visto
um Deus que agisse em prol dos que esperam nele, exceto a ti." Isaias 64.4.
Referências bibliográficas
► Bíblia de Estudo MacArthur. Edição Revista e Atualizada, Tradução
João Ferreira de Almeida. Barueri, SP: SSB, 2013.
►
Revista Betel Dominical, adultos, 1º Trimestre de 2023, ano 33, nº 126.
Evangelho de Marcos – O Servo e a missão no serviço da obra de Deus - Lição 7 –
A fé no Servo: o evangelho dos milagres.
Comentário adicional
Pr
Éder Santos - ADTAG SEDE Graduado em Teologia Pós-graduado em Hermenêutica
Mestre em Teologia.
2 comentários:
Parabéns pelo edificante comentário pastor Éder, muito bom. Deus te abençoe sempre mais.
Muito bom seus comentários pr
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