UM CORAÇÃO DE SERVO
Lição 02 – 08 de Janeiro de 2023
TEXTO ÁUREO
“Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45).
VERDADE APLICADA
Precisamos atentar para Jesus Cristo como nosso exemplo maior de vida comprometida com o serviço conforme o plano divino.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
DESTACAR Jesus como o servo enviado por Deus.
APRESENTAR Jesus como o servo exemplar.
MOSTRAR que devemos servir a Deus e ao nosso próximo.
TEXTO DE REFERÊNCIA
Mc 9.30 - E, tendo partido dali, caminharam pela Galileia, e não queria que alguém o soubesse;
Mc 9.31 - Porque ensinava os seus discípulos, e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e matá-lo-ão; e, morto ele, ressuscitará ao terceiro dia.
Mc 9.32 - Mas eles não entendiam esta palavra, e receavam interrogá-lo.
Mc 9.33 - E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?
Mc 9.34 - Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.
Mc 9.35 - E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Vivemos em um mundo voltado para o eu. O egocentrismo causa um efeito devastador em todos os relacionamentos. Hoje em dia é muito fácil sermos envolvidos pelo padrão que nos manda buscar primeiro aquilo que desejamos e que nos favoreça. Na contramão, o escritor do Evangelho de Marcos, que escreve aos gentios (romanos), vai revelar Jesus não como Rei, mas como aquele que tinha um coração de servo, sempre atarefado e com disposição de servir (Mc 10.45).
1. JESUS, O SERVO ENVIADO POR DEUS
“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10. 45). Deus O enviou como nosso Salvador e Rei. Poderíamos deduzir que Ele viria em esplendor divino, para que o mundo visse, quem Ele era e de onde veio. Mas, a Bíblia diz que Ele próprio dispensou ser igual a Deus ao aniquilar a si mesmo, preferindo tomar a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens (Fp 2.6-7). Veja o que ele mesmo disse:
“Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve”(Lc 22.27). É importante aqui ressaltar, que Jesus não serviu aos outros a fim de receber honra dos mesmos, mas, porque Ele os amava, não porque os outros o mereciam. Jesus valorizava servir aqueles que não poderiam lhe dar nada em troca. Todos (moribundos, coxos, cegos, leprosos e marginalizados da sociedade, etc) podiam vir a Ele, a fim de receberem consolo e cura. Seu grande amor fê-lo também tomar o nosso lugar e sofrer o castigo que era para nós (Is 53.3-6). Ao servir seu pai, Jesus se tornou também o nosso servo. Como servo, Ele tomou as nossas dores e as levou sobre si. Ninguém mais do que Jesus sentiu compaixão e empatia pelo homem. Nós temos a possibilidade de seguir as pisadas de Jesus, servindo aos outros em amor (Gl 5.13-14). “Quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo” (Mt 20.27). Quando amamos a Deus e o servimos, então ele nos mostra a melhor maneira de servir as pessoas que estão a nossa volta!
1.1. O servo cheio do Espírito Santo
“O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor...” (Is 61.1-2). Não temos como olhar para a vida de Jesus, sem vê-lo cheio do Espírito Santo. Ele foi cheio do Espírito Santo desde o ventre (Lc 1.41). Ainda na infância, a Bíblia diz que ele crescia em sabedoria, estatura e graça causando admiração aos homens e contentamento em Deus (Lc 2.52). Em seu ministério, como servo, Ele foi cheio do Espírito Santo em todo o seu ser. Sua vida de obediência era movida pelo Espírito. Sua vida de serviço era movida pelo Espírito. Sua vida de oração era movida pelo Espírito. Sua vida de adoração era movida pelo Espírito. Sua vida de compaixão era movida pelo Espírito. Sua vida de testemunho era movida pelo Espírito. Ele foi cheio do Espírito a tal ponto que o poder que Dele emanava, era suficiente para estancar dores, trazer vida, eliminar impurezas, expelir demônios. Sua vida cheia do Espírito encanta, motiva, incentiva e atrai. Gera santidade e leva exemplos práticos para outros. Como servos do Senhor, precisamos também ser cheios do Espírito Santo.
1.2. O servo que foi tentado e venceu no deserto
“Imediatamente o Espírito o impeliu para o deserto, onde esteve quarenta dias, tentado por satanás” (Mc 1.12-13). A tentação de Cristo ocorreu logo após seu batismo por João Batista, como é descrito no Evangelho de Marcos. Os três Evangelhos Sinóticos descrevem a tentação, porém somente Mateus e Lucas faz um descritivo completo (Mt 4.1-11; Lc 4.1-13). O Jesus humano, na qualidade de servo, havia sido fragilizado por sua condição debilitada no deserto após quarenta dias em jejum, tinha que ser tentado para passar pela prova do livre arbítrio, da liberdade e da voluntariedade. Sua carne poderia escolher seu próprio benefício dando voz ao caminho do mal, ou escolher o caminho do bem, vencendo todos os desejos que personificam os desejos humanos. A palavra “tentar”, tem o significado de “testar o que de bom e de mau, de fraqueza e de força” existe no ser humano. Jesus era filho de Deus, mas veio em carne, sujeito as mesmas aflições, angustias e tentações humanas. Deus tinha como objetivo provar que seu Filho, perfeitamente divino e perfeitamente humano, viveria toda sua vida terrena, isento de qualquer pecado, qualificando-o como sendo digno de ser o Salvador (2 Co 5.21; He. 4.15; Rm 8.3; 1 Jo 2.16; Tg 1.13). O objetivo de Satanás era fazer com que Jesus Cristo, o ungido Filho de Deus viesse a pecar e consequentemente desqualificá-Lo de sua missão. Ceder a tentação seria suficiente para inabilitá-lo de ser o Salvador, e, assim o plano de Deus para a redenção humana ser frustrado. Ao ser levado ao limite da sua humanidade, Cristo lembrou Satanás que a existência humana, antes de tudo, vem do próprio Deus e que as necessidades básicas de sentir, ser ou ter estão submetidas ao domínio do espírito. Na verdade, em nossa luta contra o pecado, se nosso espírito estiver fortalecido, certamente podemos vencer. Mesmo que tenhamos fraquezas e somos inclinados ao pecado, a comunhão com Deus nos fortalece. Jesus, ao passar pela tentação no deserto, alcançou a vitória. A tentação, como já vimos, é o meio pelo qual o inimigo tenta persuadir o ser humano a pecar contra Deus. Ser tentado não constitui pecado, mas cair na tentação sim. As ocasiões de provas não deve ser detestada e ressentidas, porque através delas nosso caráter pode ser fortalecido. Jesus nos dá o exemplo em todas as coisas, inclusive em como Ele enfrentou a Satanás. As principais armas usadas por Ele foi: a fé, a oração e o conhecimento da Palavra. Ele usou a Palavra de Deus contra satanás e venceu. Nós também podemos vencer!
1.3. O servo perseverante na oração
“Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas...” (Hb 5.7a) . Quando falamos de oração, nos lembramos obrigatoriamente do Senhor Jesus, pois Ele é a maior referência que temos neste assunto. Ao vir a esta terra, veio como servo. Assim, não se privou do sofrimento e nem da oração. Ele orava sempre! Intensificava quando Ele estava próximo de alguma decisão em sua vida. Ao iniciar o seu ministério começou orando e jejuando durante quarenta dias no deserto (Lc 4.1-13; Mt 4.1-11), depois disso Ele passou uma noite inteira orando para escolher seus primeiros discípulos (Lc 6.12). Se Jesus orou o tempo todo em que esteve na terra, nós também, meros homens, precisamos orar e muito! Temos que orar sempre antes de iniciar qualquer tarefa, antes de sonhar e antes de dar qualquer passo. Devemos orar sempre, não para determinar tarefas a Deus ou para ele satisfazer o nosso ego, mas para nos aproximar do Senhor, nos fortalecer, nos preparar para enfrentar as dificuldades da vida e nos manter em sintonia com nossa missão. Oração é colocar tudo diante do Senhor e reconhecer que o sim e o não vem d’Ele. É saber que o nosso coração pode fazer planos, mas a resposta certa vem do Senhor.
2. JESUS, O SERVO EXEMPLAR
“Eu porém, entre vós sou como aquele que serve“ (Lc 22.27). Jesus tinha todo o poder. Ele ressuscitou os mortos, deu visão aos cegos, restabeleceu corpos deformados e acalmou tempestades, etc. Mesmo com todo poder, Jesus se apresentou à humanidade como um servo. Nós podemos usar a sua vida como exemplo de como viver nos dias de hoje. Da mesma forma que Jesus serviu a Deus e aos outros, deveríamos nós fazer o mesmo. Nós não devemos nos inspirar em nenhuma outra liderança ou pessoa, a não ser que essa outra pessoa ou liderança nos inspire, realmente, a olharmos ainda mais para Jesus e seguir o Seu exemplo. Precisamos entender que o nosso papel aqui no mundo é o do serviço. Fomos chamados por Deus a prestarmos um serviço humanidade. Não é a humanidade que está a nosso serviço, ao contrário, nós, que conhecemos Jesus Cristo, é que precisamos dar o melhor de nós para servirmos a humanidade. Como discípulo de Jesus Cristo, temos que ter muito cuidado com os aplausos, com os reconhecimentos humanos.
2.1. Jesus, o exemplo a ser seguido
“Olhando firmemente para o autor e consumador da fé, Jesus” (Hb 12.2). No mundo temos dois tipos de pessoas: As que servem, e as que não servem e apreciam ser servidas. Jesus Cristo é o modelo daqueles que servem. Ele não só ensinou o que significa ser servo, mas também serviu de modelo. Ninguém foi capaz de servir tão bem quanto Ele. Na qualidade de servo, estamos dizendo que Jesus é um modelo a ser seguido e não apenas apreciado. Muitas pessoas são encantadas com Jesus, mas sem seguí-lo. Muitos admiram a pessoa de Jesus, porém não estão dispostas a seguir seus ensinamentos e exemplos. Todos os dias precisamos olhar para Ele, ser como Ele e fazer o que Ele fez. Precisamos ser a comunidade dos servos que imitam a Cristo, o Servo Sofredor e ferido, que deu a Sua preciosa vida por nós. Ele é a nossa motivação. Razão da nossa esperança e da nossa fé.
2.2. Jesus, exemplo de obediência
“Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus…” (Ef 6.5-6). Um dos grandes princípios contidos na palavra de Deus é a obediência. Desde Adão, no jardim do Éden Deus mostra ao homem dois caminhos e espera dele a obediência (Gn 2.16-17). Deus tem muito prazer na obediência e não há dúvidas de que, o que agrada o coração de Deus é um servo obediente. Afinal quem gostaria de ter um servo desobediente? Temos grandes exemplos de obediência na Bíblia e não poderia ser diferente que o maior deles seja o de Jesus. Não é necessário nem falar que Jesus aceitou o seu chamado, e por um tempo deixou de ser Deus para ser homem; já tinha parado pra pensar nisso? Jesus deixou de ser imortal para ser mortal, deixou de ser Senhor para ser servo e ainda mais, suportou a dor e a morte só pra obedecer a Deus, como está escrito: "e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2.8). Não nos admiremos se, ao abraçarmos a obediência, encontremos também o padecer. A obediência exige, por amor a Deus, que renunciemos a nossa vontade, ao nosso “eu”. Veja o que ele disse quando estava preste a ser crucificado: "Pai, se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua" (Lc 22.42). Jesus abriu mão da sua própria vontade e sua própria vida em nome da vontade de Deus. A partir deste versículo eu digo sem medo que esse é o maior exemplo de obediência.
2.3. Jesus, nosso exemplo de submissão
Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas... sendo ouvido por causa da sua reverente submissão” (Hb 5.7). A submissão total de Jesus não tornou a sua vida insignificante, pelo contrário, fez d’Ele o maior e melhor homem que já existiu. Jesus cumpriu todo o projeto que Deus Pai havia arquitetado para a salvação do ser humano, e em nenhum momento se rebelou contra o Pai, pelo contrário, submeteu-se à vontade do Altíssimo durante toda a sua vida, até o cumprimento final, que se deu com a Sua morte na cruz do calvário. Jesus deu o exemplo de submissão ao Pai. Ele se submeteu por completo, apesar de ser igual ao Pai em essência e poder. Em João 5.19 Jesus afirma que aquilo que o Pai faz, o Filho igualmente o faz. Submissão a Deus é essencial na vida do cristão, caso contrário estaremos diante de um quadro de rebeldia. Só existe um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1 Jo 2.6). Ele é o nosso modelo (Hb 5.8). Sem submissão jamais chegaremos ao alvo. Nem estaremos sendo cooperadores do Senhor. Se alguém é independente, rebelde, não é membro do corpo, pois sendo membro será sempre dependente, submisso. Como pode um membro subsistir no corpo se não se submeter às ordens da cabeça? Assim também nós não podemos subsistir no corpo de Cristo se não formos sujeitos as autoridades delegadas. Quando uma mulher não se submete ao seu marido, ou quando um filho não obedece ao seu pai, ou quando o empregado não acata a ordem de seu chefe, ou quando o discípulo não se submete aos autoridades, é porque estão cheios de si mesmos. Mas, quando nos disponhamos a obedecer e cumprir a vontade do Altíssimo, Ele agirá de forma a cumprir seus desígnios em nós, levando-nos cada dia a um nível mais elevado de espiritualidade, comunhão com o Espírito e semelhança a Jesus. O evangelho do reino aniquila com a independência e rebeldia do homem e faz dele um servo submisso.
3. JESUS, O EXEMPLO DE SERVO EM AÇÃO
“Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.45). Os Evangelhos nos contam a história de Jesus a partir de perspectivas diferentes, para cumprirem propósitos específicos diferentes. Embora todos os Evangelhos tragam o aspecto de serviço e discipulado, o Evangelho de Marcos retrata isso de uma maneira mais intensa. Jesus é visto como um homem de ação, movendo-se rápido e decisivamente de evento para evento. Há relativamente pouco do ensino de Jesus no Evangelho de Marcos. Na maior parte do relato, vemos Ele fazendo coisas, e não falando. Sempre mostra Jesus agindo, curando, ajudando as pessoas, expulsando os demônios, ensinando os seus discípulos e muito mais. Apesar de ser o menor dos evangelhos, Marcos é o que mais registra milagres. Então, prepare-se para a ação! Esteja pronto para o movimento de Deus em sua vida! Sinta-se desafiado a mover-se no seu mundo para servir!
3.1. O servo nos ensina que devemos ser guiados por fé
“Nós não andamos pelo que vemos, andamos por fé” (2 Co 5.7). O evangelho de Marcos foi escrito para despertar a fé. O evangelho procura mostrar aos romanos (gentios) que Cristo não veio para ser servido, todavia para servir e guiá-los à subordinação completa do Evangelho. Por isso, seu evangelho é recheado de ações, rápidos movimentos, vivo e ágil, pois a mente romana esta acostumada com o movimento dos dramas do teatro, muito comum entre eles. Ele nos dá o relato mais vivido das atividades de Jesus, destacando fatos e ações em vez de ensinamentos. O evangelista utiliza dezenas de vezes a conjunção "e ". Este é o modo dele demonstrar o Messias em ação. Marcos quer demonstrar que Jesus sempre aparece servindo aos outros. Ele quer produzir em seus leitores um compromisso de fé em Jesus Cristo. Quer que vejamos que a vinda de Jesus exige uma ação decisiva de nossa parte. Com isso, o evangelista enfatiza a realidade de que não podemos permanecer neutros, precisamos responder ativamente e Jesus é o exemplo perfeito de como deveríamos viver nossa vida no dia a dia. Que nossa fé seja alimentada pelas verdades do Evangelho de Marcos e que vivamos na esperança de ver Jesus face a face.
3.2. O servo nos mostrou ser possível liderar através do serviço
“Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10.42-45). Jesus faz um contraste entre como Ele deseja que seus discípulos liderem e a maneira como as coisas normalmente funcionam no mundo. "Não será assim entre vocês", diz Ele (Mt 20.26). O que isto significa? Que jamais devemos buscar um tipo de liderança que busca autoridade para o seu próprio interesse pessoal. Na mente de Cristo, os verdadeiros líderes serão eficazes quando as pessoas que lideram se tornam melhores por sua causa, e não quando conseguem subjugá-las para que os sirvam. Quando um líder se torna servo, ampliará o alcance da sua influência na liderança. O serviço funciona como um respaldo à autoridade. Na proporção em que um líder serve aos seus liderados, ele reforça sua autoridade para conduzi-los na direção dos objetivos que precisam ser atingidos. Na proporção em que o líder apenas manda nos seus liderados ele os força a segui-lo por causa da sua posição. Na formação de líderes servos alguns princípios internos, refletidos em sua forma de agir e de se relacionar com as pessoas, são necessários, tais como: simplicidade, humildade, justiça, disposição de pagar o preço de servir, etc. Líderes com estas características adquirem capacidade de liderar por longo prazo, cometem menos desastres, ferem menos pessoas e alcançam maiores resultados. C. Gene Wilkes no seu livro, O último degrau da liderança, afirma: “A verdadeira liderança servil começa quando o líder se humilha para cumprir a missão que lhe foi confiada, em vez de servir aos seus interesses pessoais”.
3.3. O servo e sua influência inspiradora
“Eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15). O que Jesus tem de mais impactante, em sua liderança, é sua integridade de vida. Não existe nada mais incentivador que um bom exemplo (Gl 6.17). Além disso, toda liderança tem a função de gerar benefícios significativos na vida dos seus liderados, tornando-o também um agente multiplicador. Estar no controle faz de alguém um líder? De maneira nenhuma. Autoridade não é liderança. Influência, sim, é liderança. O estilo de liderança do Senhor Jesus foi além de prático, foi inspirador. Os termos “façais e aprendei” trazem consigo um apelo de compromisso com o seu exemplo. Em certo momento durante o seu ministério, como já vimos no subtópico anterior, Jesus adverte seus seguidores para que não confundam uma posição de autoridade com o chamado para liderar. Jesus argumenta que os melhores líderes, liderarão como servos conscientes de suas responsabilidades, fazendo com que seus liderados se tornem pessoas melhores, tanto fisicamente como espiritualmente. Mesmo que você tenha autoridade e posição de liderança, um líder inspirador não precisa se aproveitar dessa autoridade. O tipo de líder servo aprende que há formas de cultivar a influência e criar confiança. Jesus nos diz que essa é uma maneira mais poderosa de liderar, e podemos exercê-la com ou sem governo. A verdadeira liderança tem forma e conteúdo, por isso, ela é inspiradora. O mundo ainda aguarda vozes de líderes cujos corações andam através das chamas do amor de Deus. Homens e mulheres que não se contentem com nada mais neste tempo presente senão a se oferecem como sacrifício no altar de Cristo. O que você está fazendo hoje para cultivar a sua influência?
CONCLUSÃO
Jesus, o nosso supremo exemplo, serviu a todos com amor, sinceridade e sacrifício. Ele nos convida a servir a Ele com nossas vidas e também às pessoas de nossa família, igreja, local de trabalho, escola, comunidade onde moramos e etc. Que possamos ter a mesma atitude de nosso Senhor que “…a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo…” (Fp 2.7). Só assim, poderemos ser considerados seus verdadeiros discípulos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BETEL DOMINICAL: Jovens e Adultos. Evangelho de Marcos – O servo e a Missão no Serviço da Obra de Deus. 1º Trimestre de 2023. Ano 33 n° 126. Rio de Janeiro: Editora Betel.
WILKES, Gene C. - O último degrau da liderança. São Paulo: Mundo Cristão, 2002.
SITES CONSULTADOS:
https://cristianismoativo.org/jesus-um-servo-de-deus – Consulta em 23.12.2022;
https://paodiario.org/BR/2018/03/01/jesus-o-servo – Consulta em 23.12.2022;
https://adperus.com.br/conduta-crista/jesus-cheio-do-espirito-santo/ – Consulta em 27.12.2022;
https://faculdadecristadecuritiba.com.br/storage/2018/12/Numero8-Junho-2018-Art6.pdf – Consulta em 28.12.2022;
https://teologiabrasileira.com.br/a-estrategia-de-ser-servo – Consulta em 31.12.2022.
https://www.searadecristo.com.br/portal/lideranca-e-sua-influencia-inspiradora/ – Consulta em 31.12.2022.
COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Pr. Osmar Emídio de Sousa – Servo do Senhor; Servidor Público Federal; Formado em Direito, em Missiologia e em Teologia Pastoral.
4 comentários:
Excelente comentário pastor Osmar, com certeza será de grande ajuda na compreensão e enriquecimento no estudo dessa lição! Que Deus continue abençoando o seu ministério.
Parabéns pelo comentário pastor Osmar. Muito edificante. Deus continue te abençoando.
Muito bom. Parabéns.
O Senhor Jesus continue lhe fortalecendo para continuar como um pastor servidor.
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