BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO: DISTINÇÃO, EVIDÊNCIA, PROPÓSITOS E RESULTADOS
Lição 04 – 23 de
outubro de 2022
TEXTO ÁUREO
“E todos foram cheios do Espírito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem.” Atos 2.4
VERDADE APLICADA
O batismo com o Espírito Santos é uma
experiência distinta da regeneração, evidenciada pelo falar em outras línguas,
visando capacitação para a evangelização.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Mostrar que o batismo com o
Espírito Santo é uma experiência distinta;
► Destacar a evidência do batismo com
o Espírito Santo;
► Expor o propósito do batismo com
Espírito Santo.
TEXTO DE REFERÊNCIAS
ATOS 2
1.
E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2.
E, de repente, veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e
encheu toda casa em que estavam assentados.
3.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram
sobre cada um deles.
4.
E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5.E
em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações
que estão debaixo do céu.
INTRODUÇÃO
O batismo com o Espírito Santo evidencia uma distinção
da nova vida em Cristo e o ser cheio do Espírito. O transbordar no Espírito
Santo é evidenciado na manifestação de línguas estranha. Ele capacita-nos a
levar, com ousadia, a mensagem do evangelho aos que abrem seus corações; além
disso, ele nos ajuda a resistir as tentações e nos auxilia livrando-nos de todo
mal.
1- O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO É UMA
EXPERIÊNCIA DISTINTA
Ao ser batizado no Espírito Santo o crente inicia no serviço
do Senhor, e não na salvação. Isso significa ser revestido do poder do alto e
diz respeito à capacitação dos crentes em Jesus para a expansão do evangelho e
a edificação espiritual (Lc 24.49). Trata-se de uma experiência que ocorre após
ou junto à regeneração (At 9.17; 10.44-48). Todas as promessas sobre o batismo
no Espírito Santo se cumprem integralmente no derramamento de Pentecostes e
continuam até a atualidade. Cremos e ensinamos que tal experiência Deus
disponibilizou para todos os crentes, homens e mulheres, jovens e idosos,
escravos e livres (At 2.18) em todos os lugares e em todas as épocas (At
2.38,39). Porém, trata-se de uma experiência que nos leva ao crescimento
espiritual, mas distintas da regeneração e da santificação, como veremos.
1.1- Distinta da regeneração
Quem nasceu de novo tem o Espírito Santo (Jo 3.5-8).
Essa verdade é ensinada com clareza no Novo Testamento. O Espírito habita em
todos os crentes em Jesus. (1Co 3.16; 6.19). Quem não tem o Espírito não é
cristão (Rm 8.9). Sabemos que a experiência de ser batizado no Espírito Santo é
distinta da experiência da conversão porque os discípulos já tinham a vida
eterna e o Espírito mesmo antes do dia de Pentecostes (Lc 10.20; Jo 20.22).
Todos os presentes no cenáculo por ocasião da descida do Espírito eram crentes,
e isso confirma a nossa doutrina pentecostal de que a bênção de ser batizado no
Espírito Santo é distinta da regeneração que é a transformação do homem decaído
evoluindo para o Novo Nascimento em Cristo, que leva o ser humano a buscar uma
mudança interior, transformando seus desejos carnais em um novo desejo, com
foco em agradar à Trindade Divina objetivando morar sempre com o Senhor. É o
desejo determinado de ser uma nova criatura em Cristo Jesus. (At 8.12-17; 9.17;
19.2-6).
1.2-
Distinta da santificação
A Santificação, apesar de distinta do batismo com o
Espírito Santo, a santificação nada mais é que uma vida guiada pelo Espírito,
cujos frutos são: o amor a Deus, a obediência à Palavra e as boas obras ao
próximo. A santificação é a “salvação” presente que nos levará à salvação futura
e a glorificação. Paulo, aos cristãos tessalonicenses (2:13-14), mostra
justamente esse movimento. Fomos salvos no passado, o que nos abriu a porta da
graça, para andarmos retamente e este caminho nos leva ao futuro, junto de Deus
e de seus santos. Ao logo dessa jornada, andamos guiados pelo Espírito Santo;
afinal, é Ele quem atua em nossa santificação e cria em nós o desejo de nos
parecermos com Jesus. Sem essa ajuda, não conseguimos viver em santidade. Gálatas
5:24-25 nos mostra importantes detalhes sobre a alteração causada pela salvação
em nossa vida. Estamos “crucificados” para nossos desejos, ou seja, eles foram
vencidos pelo poder que vem da cruz de Jesus. O segundo ponto é que, com a
vinda do Espírito para nós, nossa vida é presidida por Ele. Sua presença nos
submete novamente à vivência da lei de Deus. Sendo assim, temos de andar no
Espírito, ou seja, obedecendo-lhe. Se dissermos que somos sua habitação, também
devemos caminhar conforme sua legislação: a Palavra de Deus e, assim,
correspondendo a sua presença em nós, chegaremos ao fim e seremos glorificados.
1.3- Distinta do batismo no Corpo de
Cristo
Paulo é muito claro em 1 Coríntios 12 ao dizer que nem
todos falam em línguas. E não, Batismo com o Espírito Santo em Atos 2 foi a
instituição da Igreja, uma vez que a obra de Cristo foi completada uma única
vez na cruz do calvário. Falar em línguas não é o Batismo com o Espírito Santo;
e sim, o transbordar; apesar de que alguém pode ser convertido
instantaneamente, ser inserido no corpo e receber o dom de línguas na mesma
hora. E como vou saber se sou batizado no Espírito? Você está na Igreja, ama a
Jesus, quer obedecer a Deus e ao Espírito Santo? É tocado pelo Espírito, ora,
vai à Igreja, canta hinos? Então você está na Igreja, você é Igreja e foi
batizado no Espírito (inserido na Igreja) em 1 Coríntios 12:13. "Pois
em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo.”
Independente se tem o dom de línguas ou não. O que não é o batismo: conversão.
A Bíblia nos fala de três homens. O homem natural, nunca tocado por Deus,
desconhecedor absoluto da obra do Espírito, o homem espiritual (o crente ativo)
e o homem carnal. (1 Coríntios 2 e 3) A conversão é a obra do Espírito, que
pode ser instantânea, ou não, onde o homem natural é iluminado (impactado,
acordado do sono) pelo Espírito Santo. O Batismo visto em Atos 2 é o início da
Igreja. O que eram então o vento, as línguas e o dom de línguas? A manifestação
física da presença de Deus. Isso se chama Teofania. Deus eterno, entrou durante
um pequeno espaço de tempo na história humana e isso foi manifestado com vento,
brilho de fogo e o dom de línguas, que nos fala sobre um novo ciclo, onde
interrompe-se a Torre de Babel. Como se explica que há um só batismo? A Igreja
só foi constituída uma vez. Cristo só morreu uma vez. O sacrifício na cruz foi
só uma vez. Isso fala da unidade que devemos ser em Cristo Jesus, um só Corpo e
uma só fé.
2- EVIDÊNCIA FÍSICA E INICIAL
As “outras línguas”, a glossolalia, são
ininteligíveis, e evidencia externa, física e inicialmente o batismo no
Espírito Santo (vv.3,4). Mas, não só isso. “mas somente a evidência inicial,
pois há evidência contínua da presença especial do Espírito como o ‘fruto do
Espírito’ (Gl 5.22) e a manifestação dos dons (1Co 14.1)”. Sua fonte é o
próprio Espírito Santo (vv.8,11). Em línguas os discípulos falavam “das
grandezas de Deus” (v.11) e, na casa de Cornélio, todos “os ouviam falar em
línguas e magnificar a Deus” (At 10.46).
2.1- Sinais sobrenaturais no dia de
Pentecostes
Segundo o relato bíblico, Judeus de muitas nações se
reuniam em Jerusalém por ocasião do Pentecostes. Deste modo, o discurso de
Pedro foi proferido para um público internacional, e resultou em uma colheita
mundial de novos cristãos; os primeiros convertidos ao cristianismo. Esse
acontecimento se deu em cumprimento às palavras de João Batista sobre o batismo
com o Espírito Santo e com fogo e às profecias de Joel sobre o derramamento do Espírito
Santo. A imagem das “línguas repartidas, como que de fogo” simboliza a fala, o
poder para o testemunho das Boas Novas. O fogo, a presença purificadora de
Deus, que queima os elementos indesejáveis de nossa vida e incendeia o nosso
coração, para que ilumine a vida de outras pessoas. Desceu sobre muitos
crentes, indicando que a presença de Deus está disponível a todos aqueles que
nEle creem. As manifestações externas de um som como de um vento poderoso e das
línguas de fogo demonstram que Deus estava ali presente e ativo, de modo
poderoso. O fogo talvez simbolize a consagração e a separação dos crentes para
Deus, visando a obra de glorificar a Cristo e de testemunhar dEle. Estas duas
manifestações antecederam o batismo no Espírito Santo, e não foram repetidas
noutros relatos similares do livro de Atos. Não sabemos qual língua cada um
falava. Podemos imaginar que era um barulho intenso e impressionante. O grande
milagre é que pessoas de várias partes do mundo ouviam e entendiam o que estava
sendo falado em suas próprias línguas. O Espírito é esse grande educador, que
nos capacita a falar e a entender, e capacita os outros a ouvir e falar também.
Assim ele possibilita a comunicação.
2.2- Línguas estranhas como evidência
inicial.
Um dos fenômenos sobrenaturais no Pentecostes foi o
falar em outras línguas. Essas línguas, embora sejam interpretadas de outras
formas, para nós (pentecostais) têm como interpretação línguas sobrenaturais
concedidas especificamente para fins de comunicação com as pessoas ali reunidas
de toda parte do Império Romano.
2.3- Falar em línguas e a natureza
profética
O batismo dos crentes no Espírito Santo é testemunhado
pelo sinal físico inicial de falar em outras línguas, conforme o Espírito de
Deus lhes concede a expressar (Atos 2: 4). O falar em línguas neste caso é o
mesmo em essência, como o dom de línguas (1 Coríntios 12: 4-10, 28), mas
diferente em propósito e uso. A doutrina das línguas como a evidência física
inicial de receber o Espírito Santo sofreu um ataque cada vez mais pesado nos
últimos anos, mas está plenamente fundamentada na Palavra de Deus. A doutrina
pode ser anulada de duas maneiras: (1) simplesmente negando-a, ou (2) fazendo
das línguas o foco principal, fazendo com que algumas pessoas procurem línguas
em vez de Deus. O batismo no Espírito Santo é o dom gracioso de Deus,
administrado por nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 3:11; Atos 1: 5). Seu principal
objetivo, embora não apenas, é capacitar os crentes com poder sobrenatural para
serem testemunhas de nosso Senhor para todo o mundo (Atos 1: 8). Outro perigo é
desprezar e não aceitar a glossolalia na atualidade, essa evidência tão
importante para edificação da igreja e para os crentes individualmente.
3- PROPÓSITO E RESULTADOS
Quanto ao propósito e resultado do batismo no Espírito
Santos, a defesa do movimento pentecostal no Brasil, deixa claro o propósito
edificante dessa evidência, que não é nada mais ou nada menos que um
fortalecimento e uma certeza mais incisivos da presença de Deus no meio do seu
povo.
3.1- Propósito do batismo com o Espírito
Santo
O propósito central é a capacitação do Espírito para o
serviço divino como prometeu Jesus: “até que do alto sejas revestidos de
poder”: a) o poder para uma vida santa e serviço eficaz;
seguiu-se aí uma qualificação que foi fundamental para o estabelecimento da Igreja,
que causou admiração até de autoridades romanas de então. b) a pureza ou
a santificação simbolizada pelas línguas de fogo (Mt 3.11; At 15.8,9); c)
o revestimento pleno do poder de Deus, “todos foram cheios do Espírito
Santo”; d) a proclamação ou o testemunho de Cristo evidências
concedidas de várias formas pelo Espírito: inclusive quando em Atos dois deixa
claro uma dessas manifestação no próprio ato de falar língua estranha: “segundo
o Espírito Santo lhes concedia que falassem” quando os Judeus
estrangeiros os ouviam falar em suas próprias línguas. O Espírito Santo veio no
dia de Pentecostes porque os discípulos precisavam que a sua mensagem fosse
revestida de poder para salvar os pecadores (Lc 24.47-49; At 1.8). Como receber
esse batismo? É o Senhor Jesus que batiza (Mt 3.16; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33).
Todos os crentes devem buscar essa promessa para a sua edificação e crescimento
espiritual. Não existem regras rígidas no Novo Testamento para recebê-lo, pois
Deus atende a casos individuais de modos diferentes, mas é necessário
arrependimento sincero, fé nas promessas do batismo no Espírito, oração e
paciência (At 2.38,39; Lc 11.9-13).
3.2- Os primeiros discípulos depois do
Pentecostes
Uma das manifestações mais transformadoras e poderosas
ocorrida após o dia de Pentecostes, foi a conversão de Saulo no caminho de
Damasco, Paulo foi um dos primeiros discípulos citado em Atos dos Apóstolos,
registrado-o como sendo cheio do Espírito Santo, cheio de ousadia, dedicado a
oração, após sua conversão. A vida daquele perseguidor de cristãos teve uma reviravolta
de cento e oitenta graus, e se revelou como o maior defensor da causa com muita
ousadia, bem como foi o maior propagador do evangelho de Cristo Neotestamentário.
Percebe-se ainda, a presença do Espírito Santo, na vida do médico a quem Paulo
amava, pelos registros inspirados por ele deixado, que foi Lucas; inclusive
ajudando a Paulo em quase todos seus escritos.
3.3- Os resultados do batismo com o
Espírito Santo
É do conhecimento da maioria que a ideia do termo
“batismo” é imersão; ser batizado significa ser mergulhado. As expressões como
“derramar” o Espírito sobre os irmãos e as irmãs ou “serem cheios” do Espírito
para se referir ao batismo no Espírito Santo podem lançar luz sobre o propósito
dessa promessa, pois, ser imerso significa capacitação. Isto é, revelação dos
mistérios de Deus (Ef 3.5), poder para testemunhar de Jesus (At 1.8),
profetizar (At 11.28), realizar milagres (Rm 15.19). Ser batizado no Espírito
Santo inicia o crente no serviço, e não na salvação. Isso significa ser revestido
do poder do alto e diz respeito à capacitação dos crentes em Jesus para a
expansão do evangelho e a edificação espiritual (Lc 24.49). Trata-se de uma
experiência que ocorre após ou junto à regeneração, porém distintas entre si
(At 9.17; 10.44-48).
CONCLUSÃO
Cremos e ensinamos que tal experiência Deus
disponibilizou para todos os crentes, homens e mulheres, jovens e idosos,
escravos e livres (At 2.18) em todos os lugares e em todas as épocas (At
2.38,39). Estão, esta lição tem a missão de tornar o crente em Cristo, sedento
por ser cheios e transbordantes no Espírito Santo, e a despertar os que já tiveram
essa experiência a voltar ao primeiro amor e sentir o prazer de, novamente,
serem cheios do Espírito.
Referências
bibliográficas
► Bíblia de Estudo
Pentecostal, Revista e Corrigida, Traduzida em português por João Ferreira de
Almeida com referências e algumas variantes. Edição 1995.
► Revista
de Escola Bíblica Dominical – Jovens e Adultos. A igreja e o
Espírito Santo. Rio de Janeiro. Editora Betel – 4º Trimestre de 2022. Ano 32 n°
125. Lição 04 – Batismo com o Espírito Santo: distinção, evidência, propósito e
resultados.
Links:
Comentário adicional
PASTOR ALTEVI OLIVEIRA DA COSTA- Servo do Senhor Jesus
Cristo, Bacharel em administração de empresas públicas e privadas pela
Faculdade Católica de Brasília, Bacharel em Teologia pela FATAD- Faculdade
Teológica das Assembleias de Deus, pós-graduado em administração de
cooperativas pela UNB, MBA em cooperativismo de crédito no Canadá, Estados
Unidos e Espanha.
12 comentários:
Gostei dos comentários, muito bom. Deus abençoe, Pr. Altevi
Só lembrando que na nossa linha de pentecostal, houve um mover de Deus na Rua Azusa;
O Avivamento da Rua Azusa foi um autêntico derramamento do Espírito Santo sobre a cidade de Los Angeles, em 1906, nos Estados Unidos.
Esse avivamento foi inegavelmente uma ação transformadora do Espírito que dominou todas as raças e pessoas daquele lugar.
Esse avivamento que ocorreu há mais de 100 anos, ainda soa aos nossos corações por um despertar de um coração incendiado por Jesus.
Muitos confundem esse avivamento ou reavivamento como alguns Chamam , com o movimento neopentecostal, não tem nada haver uma coisa com a outra ..... Importante que quem crer nessa linha teológica conheça um pouquinho dessa história, para não misturar as coisas....
Foi iniciado por líderes religiosos dos Estados Unidos nos anos 1960, quando passaram a ser chamados de neocarismáticos ou evangélicos carismáticos. No Brasil, o movimento neopentecostal teve início com Edir Macedo e sua Igreja Universal do Reino de Deus no fim dos anos 1970
Lembrando que as Assembléias de Deus no Brasil são pentecostais e não Neopentecostais, isso está na sua confissão de fé .
Escreva no Google confissão de fé Das Assembléias de Deus no Brasil , que quem quiser ler , esse documento tem por volta de 120 páginas .....
Resumo somos pentecostais é não Neopentecostais.
Comentários ficou top , Pr Altevi , Deus continue abençoando seu ministério.
Parabéns pelo comentário pastor Altevi. Muito bom .
Parabéns pelo comentário
Josué parabéns pelo comentário
Excelente comentário extremamente importante para a compreensão da Lição, que Deus continue abençoando o seu ministério e lhe dando capacitação através de Seu Espírito!
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