BLOG DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

O PLANO DIVINO PLEVALECERÁ

Lição 13 – 27 de março de 2022

Texto áureo

“E o nome da cidade desde aquele dia será: O Senhor Está Ali” Ezequiel 48. 35.

Verdade aplicada

O perfeito e maravilhoso plano divino para o Seu povo será cumprido, pois o Senhor é o Todo-Poderoso.

Objetivos da lição

Mostrar as tentativas de destruir o povo de Deus.

Ressaltar acerca do plano divino e a escatologia.

Ensinar sobre a cidade “O Senhor Está Ali”.

Textos de referência

Apocalipse 21

3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.

27. E não entrará nela coisa alguma que contamine e cometa abominação e mentira, mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.

Apocalipse 22

14. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à arvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.

Comentário adicional

Introdução

            Essa 13ª lição encerra o estudo do livro do profeta Ezequiel. Neste comentário adicional vou discorrer sobre a profecia contra Gogue e Magogue, tendo em vista, que a batalha contra Gogue e Magogue, descrita nos capítulos 38 e 39 do livro de Ezequiel, é um dos aspectos mais debatidos no campo da profecia bíblica.

O comentarista bíblico Ralph Alexander declarou que “um dos enigmas da profecia bíblica que ainda perduram é o acontecimento que diz respeito a Gogue e Magogue descrito em Ezequiel 38 e 39”.

Quase todos os aspectos dessa antiga profecia têm sido objeto de debate, inclusive se seu cumprimento ocorreu no passado ou se ainda aguarda um cumprimento futuro. Quais são os povos envolvidos nessa profecia e que relação eles teriam com as nações da atualidade? Como devemos interpretar as armas descritas nesse texto? Caso se trate de um acontecimento futuro, em que ocasião do cronograma profético isso deve se cumprir?

Assim, quero trazer alguns apontamentos relacionados à profecia contra Gogue e Magogue.

Historicamente falando, Magogue era filho de Jafé e neto de Noé. Seus descendentes se estabeleceram no extremo norte e, depois disso, o nome “Magogue” se tornou o nome daquela terra. Então, Magogue deu origem a um ou mais povos. Já Gogue foi um príncipe rebelde da terra de Magogue.

Gogue e Magogue aparecem em Ezequiel 38–39 e Apocalipse 20:7–8. Embora essas duas passagens usem os mesmos nomes, um estudo minucioso das Escrituras demonstra claramente que não se referem às mesmas pessoas e eventos.

Na profecia de Ezequiel, Gogue será o líder de um grande exército que atacará a terra de Israel, cujas pessoas estarão “em repouso, que vivem seguros” na época (Ezequiel 38:11). Gogue é descrito como “da terra de Magogue, príncipe de Rôs, de Meseque e Tubal” (Ezequiel 38:2–3).

A grande questão é referente ao momento em que esse episódio acontecerá ou aconteceu na história.

Entretanto, há uma corrente de interpretação, principalmente entre os eruditos liberais, que defende a concepção de que a passagem de Ezequiel (ou a maioria dos textos proféticos) não foi pronunciada com o intuito de se cumprir na história. Tal concepção é geralmente denominada de idealismo. O idealista não crê que a Bíblia indique o momento específico dos acontecimentos, nem acredita que possamos prever com precisão o tempo exato de sua ocorrência. Os idealistas sustentam que a Bíblia usa passagens proféticas para apresentar princípios inseridos numa mensagem que é universal e imutável. Sendo assim, essa mensagem não se limita a nenhuma época ou local específico.

Outro ponto de vista são os que acreditam que a invasão liderada por Gogue é histórica, neste viés há os que acreditam que ela já se cumpriu nos dias da rainha Ester da Pérsia, aproximadamente em 473 a.C., conforme acontecimentos registrados no capítulo 9 do livro de Ester. Os outros pontos de vista que interpretam essa invasão como um acontecimento histórico situam sua ocorrência num momento ainda futuro em relação aos nossos dias.

Em relação à questão referente ao momento em que esse episódio acontecerá ou aconteceu na história. Quais seriam os diversos pontos de vista referentes ao momento exato da ocorrência dessa campanha militar?

Há, no mínimo, sete diferentes pontos de vista acerca da ocasião do cumprimento da batalha de Gogue e Magogue:

1º) O método interpretativo idealista e não-histórica, por sua própria definição, se recusa a analisar a cronologia dos acontecimentos proféticos.

2º) O outro grupo é formado por aqueles que acreditam que essas profecias são históricas, com a concepção de um cumprimento no passado ou a concepção de um cumprimento no futuro.

Aqueles que acreditam que essa profecia de Ezequiel 38 e 39 se cumpriu no passado são chamados de preteristas, sustentado por Gary DeMar e alguns poucos preteristas, defende a concepção de que essa batalha já se cumpriu (passado) nos acontecimentos descritos no capítulo 9 do livro de Ester.

Outros acreditam que essa profecia ainda se cumprirá no futuro, com diferentes pontos de vista:

O primeiro ponto de vista defende a concepção de que a profecia referente a Gogue se cumprirá antes do período da Tribulação (Concepção pré-tribulacionista: a invasão se cumprirá depois do arrebatamento da Igreja, mas antes do início da Tribulação).

Um segundo ponto de vista entende que esses acontecimentos preditos ocorrerão durante a primeira metade da Tribulação (Concepção Midi-tribulacionista: tal invasão se dará em algum instante da metade da septuagésima semana da profecia de Daniel, conhecida como Tribulação).

O terceiro ponto de vista sustenta que o Armagedom e a invasão liderada por Gogue são o mesmo acontecimento, o qual ocorrerá na ocasião da Segunda Vinda (corrente minoritária).

O quarto ponto de vista defende a concepção de que esses acontecimentos se darão no começo do Milênio.  

O último ponto de vista propõe que essa invasão liderada por Gogue acontecerá no fim do Milênio.

Segundo Ezequiel, Magogue não vencerá. Deus intervirá para preservar Israel. “... naquele dia, será fortemente sacudida a terra de Israel” (Ezequiel 38:19), “Chamarei contra Gogue a espada em todos os meus montes” (versículo 21), e Deus contenderá “com ele por meio da peste e do sangue; chuva inundante, grandes pedras de saraiva, fogo e enxofre farei cair sobre ele, sobre as suas tropas e sobre os muitos povos que estiverem com ele” (versículo 22). O resultado é que as nações verão a grandeza e santidade de Deus (versículo 23).

Gogue e Magogue são mencionados novamente em Apocalipse 20:7-8. O uso duplicado dos nomes Gogue e Magogue em Apocalipse 20:8-9 é para mostrar que essas pessoas demonstram a mesma rebelião contra Deus e antagonismo contra Deus como aqueles em Ezequiel 38-39.

O livro de Apocalipse usa a profecia de Ezequiel sobre Magogue para retratar um ataque final do fim dos tempos à nação de Israel (Apocalipse 20:8-9). O resultado desta batalha é que todos são destruídos, e Satanás encontrará o seu lugar final no lago de fogo (Apocalipse 20:10).

Referências bibliográficas:

►Bíblia Sagrada – Nova Almeida Atualizada – 3ª edição – 2017.

►Thomas Ice – A batalha de Gogue e Magogue – Uma interpretação de Ezequiel 38 e 39 – 1ª edição – 2015.

►Randall Price – Comentários Não Publicados Sobre as Profecias de Ezequiel – 2007.

► Revista Betel Dominical, adultos, 1º Trimestre de 2022, ano 32, nº 122. Ezequiel – O profeta com a mensagem de juízo, arrependimento, restauração e manifestação da glória de Deus. Lição 13 – O plano divino prevalecerá.

Comentarista: Emivaneide Silva – professora da EBD.