A UNIDADE DO CORPO DE CRISTO
Lição 08 - 24 de novembro de 2021
TEXTO ÁUREO
“Assim, nó que somos muitos, somos um só corpo
em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.” Romanos 12.5
VERDADE APLICADA
A unidade do Corpo de Cristo é dom de Deus, que
se tornou possível pela cruz de Cristo e é efetivada pelo Espírito Santo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar
acerca da unidade do Corpo de Cristo.
Falar
sobre as virtudes do cristão chamado por Deus.
Apresentar o fundamento da unidade do Corpo de Cristo.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Efésios 4
1.
Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com
que fostes chamados,
2.
Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos
outros em amor,
3.
procurando guardar s unidade do Espírito pelo vínculo a paz.
4.
Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só
esperança da vossa vocação;
5.
Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
6.
Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos, e em todos.
Comentário adicional
Introdução
Nesta
lição, falaremos sobre a unidade do Corpo de Cristo, presente na epístola de
Paulo aos irmãos de Éfeso. Ressaltaremos a importância de cada membro, e como
os membros podem contribuir para que a Igreja desempenhe o seu papel como Corpo
de Cristo, tudo isso com ajuda primordial do Espírito Santo de Deus.
1. Andando de acordo com a vocação
Fomos
chamados para anunciar e testemunhar as boas novas de salvação. Para
alcançarmos esse propósito do Senhor, precisamos andar em união: “Rogo-vos,
porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma
mesma coisa e que não haja entre vós dissensões; antes, sejais unidos, em um
mesmo sentido e em um mesmo parecer”, 1Co.1.10.
1.1. Rogo-vos
A
expressão rogo-vos, tem o sentido de súplica, parece direcionada aos santos ou
às divindades espirituais. O apóstolo dos gentios clama para que os irmãos de
Éfeso que já aceitaram o perdão do filho de Deus (Jesus), vivam em novidade de
vida (Rm. 6.4) e permitam que a palavra de Deus e Seu Espírito Santo
transformem radicalmente a sua maneira de pensar, renove sua mente para
conhecer e fazer a vontade de Deus, dando a seu corpo um sacrifício vivo. O
apóstolo Paulo, mostrando sua humildade e fé no poder da oração, pediu também
que os irmãos suplicassem por ele a Deus, Rm.15.30.
1.2. Andando de acordo com a vocação
O
crente em Cristo Jesus deve compreender que sua conduta é o sermão mais eficaz
que ele jamais pregará. O ensinamento de Paulo é para que prossigamos em uma
vida que proporcione evidências coerentes, vitais e inegáveis sobre a verdade
do evangelho. Modele sua vida segundo a de Jesus, imitando-o ao invés de imitar
outros. O comportamento devoto é modelado segundo o próprio Deus, especialmente
quando Ele se revelou em sua plenitude em Jesus Cristo. Não existe evangelho
sem cruz, a vocação do cristão nos remete a cruz, sem cruz não há acesso ao céu
de glória. Por isso o próprio Senhor Jesus nos ensinou: “E dizia a todos:
Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e
siga-me”. Lucas 9. 23. Agora, fomos alistados por um tão grande
exército, O nosso general é Cristo, e a nossa principal missão é proclamar o
evangelho, falar sobre o ano aceitável do Senhor e anunciar as boas novas de salvação.
“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e
alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.23).
1.3. Andando de maneira digna
Em
seu livro, Sagrado, o pastor Eduardo Gonçalves, diz: “A falta de princípios
espirituais e de zelo pelas questões sagradas podem decretar a ruína de alguém,
mesmo que seja um homem de muitas realizações e contribuições importantes para
a sociedade e o povo de Deus”. Somos embaixadores de Cristo na terra, fomos
chamados para um reino superior, representes do próprio Deus para testemunhar
uma tão grande salvação. Estas bênçãos alcançadas no Senhor, exige de nós um
comportamento santo e irrepreensível. O apóstolo Paulo escreve: “Porque
já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós e escrita não
com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas
tábuas de carne do coração”, 2Co. 3.3. No verso 18, do mesmo capitulo,
está escrito: “Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um
espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma
imagem, como pelo Espírito do Senhor”.
2. Virtudes produzidas pelo Espírito Santo
A
espiritualidade é operada por Deus em nós através da regeneração do Espírito. A
partir desse trabalhar do Senhor em nossas vidas, conseguimos externar a obra
Espírito Sando em nós. Que produz o fruto com várias partes, tais como: o amor
ao próximo, a mansidão, a humildade, longanimidade e a paciência, bênçãos que
as virtudes do Espírito Santo operam em nós, remidos pelo sangue de Jesus.
2.1. Mansidão e humildade
O
Senhor Jesus ensinou no sermão do monte sobre mansidão: “Bem-aventurados
os mansos, porque eles herdarão a terra” Mt. 5.5. A mansidão aqui, não
conota fraqueza, mas sim uma energia controlada. A palavra contém as ideias de
humildade e autodisciplina. O sábio Salomão nos ensina em provérbios 15.33: “O
temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e diante da honra vai a humildade”.
A mansidão é parte do fruto do Espírito, Gálatas 5.22. A fonte inesgotável de
mansidão e humildade é o próprio Deus em Cristo Jesus: “Tomai sobre vós o
meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrarei
descanso para vossa alma” Mateus 11.29.
2.2. Longanimidade e paciência
O
comentário da Bíblia de estudo Plenitude nos ensina sobre Gálatas 5.22: Essas
virtudes são caracterizadas como fruto em contraste a “obras”. Somente o
Espírito Santo pode produzi-las, e não nossos próprios esforços. Quando o
Espírito controla completamente a vida de um crente, ele produz todas essas
graças. As três primeiras dizem respeito a nossa atitude em relação a Deus, a
segunda tríade lida com os relacionamentos sociais, e o terceiro grupo descreve
os princípios que guiam a conduta de um cristão. A palavra de Deus, fala em
fruto do Espírito, algo inseparável, é impossível um cristão cheio de Deus
possuir algumas dessas virtudes em detrimento de outras. O salmista nos ensina:
“Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o
meu clamor. v.2. Tirou-me de um lago horrível, de um charco de lodo; pôs os
meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos”, Sl.40.1,2.
2.3. A unidade do Espírito pelo vínculo da paz
Foi
a partir da experiência compartilhada do Espírito que a comunidade dos
primeiros cristãos cresceu e se desenvolveu – porque isso é o que significa
propriamente “comunhão (koinonia) do Espírito”, participação comum no mesmo
Espírito. O Espírito deve ser reconhecido como o de filiação – isto é, como
aquele que a mesma oração e concretiza a mesma relação com Deus Pai de que
Jesus desfrutou. O Espírito dentro de nós é precisamente o cumprimento da
esperança profética de uma nova aliança, de uma circuncisão do coração que
permite o conhecimento imediato e direto da vontade de Deus, bem como uma
espontaneidade de adoração que deixa para trás, bem longe, a religião
protocolar. “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer” 1Coríntios 12.11.
3. As bases da unidade do Corpo de Cristo
A
vida em corpo da Igreja, não do crente independente, é a chave para a
compreensão do comportamento divino no Novo Testamento. Deus trata com a Igreja
como um corpo e com os indivíduos como partes ou membros. Os membros
individuais deveriam colocar as preocupações do corpo ou da congregação acima
dos próprios. Dessa forma, se abrirá nossa compreensão sobre a verdade dinâmica
que Deus tem em mente para a Igreja.
3.1. Um só corpo e um só Espírito
A
palavra corpo do grego (soma), está relacionada a sozo, significado “curar,
preservar, inteirar”. Isso mostra claramente como nossa vida está profundamente
ligada dentro do Corpo de Cristo e como o bem-estar depende do bem-estar dos
outros (Rm.14.7). Ao comparar a Igreja com o corpo humano, em 1 Coríntios 12.
12-26, Paulo mostra como a grande diversidade de dons garante a unidade da
Igreja. Cada dom contribui para algo necessário à vida comum e ao crescimento
do todo. Não existe lugar para o orgulho (Portanto, quer comais, quer
bebais ou faça outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus,
1Co.10.31), e nenhuma necessidade de sentir-se inferior no Corpo de
Cristo, pois cada indivíduo é essencial para o funcionamento adequado do Corpo.
“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os
membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também”, 1 Coríntios
12.12.
3.2. Uma só esperança e um só Senhor
Nós,
crentes em Cristo Jesus, eleitos para uma tão grande salvação, sabemos que a
esperança de futuras grandes bênçãos não virá a ser falsa, pois o Espírito
Santo dá generosas provas em nosso coração do amor de Deus por nós. “E a
esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso
coração pelo Espírito Santo que nos foi dado”, Rm.5.5. Mesmo em
momentos difíceis, nós temos esperança em Deus, nosso Senhor, não apenas para
bênçãos futuras, mas também nos gloriamos em Deus devido à atual comunhão com
ele através de Cristo.
3.3. Uma só fé e um só Deus e pai de todos
Em
Romanos 5.1, está escrito: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz
com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; v.2. Pelo qual também temos entrada
pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da
glória de Deus”. O apóstolo Pedro, nos ensina em 1Pe. 1.7: “Para
que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é
provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus
Cristo”. A fé na vida,
ministério e sacrifício de Cristo, nos torna capazes de ter acesso a um único
Deus e pai de todos. Por intermédio da fé, entendemos que é o sangue de Cristo
derramado que satisfaz definitivamente as exigências da justiça de Deus. É
através da fé no sangue de Cristo que a humanidade é justificada perante os
olhos de Deus. A fé no sangue de Jesus, nos torna filhos por adoção do Deus pai
de todos os que aceitam o perdão de seu filho unigênito.
Conclusão
O
sangue de Cristo é o vínculo que une as pessoas a Deus. É através da fé no
sangue de Jesus que podemos pertencer e andar em unidade no seu Corpo. O
Espírito de Cristo, que nos revela todas as coisas que o Senhor Jesus ensinou,
também nos capacita a ter paz e comunhão com Deus. O sacrifício e do perdão de
Jesus, tem também o propósito, que o seu povo prossiga em unidade, “...Pai
santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como
nós”, João 17.11.
Referências bibliográficas
► BÍBLIA
DE ESTUDO PLENITUDE
SAGRADO,
Eduardo Gonçalves
► Curso
para formação de líderes e obreiros, VIDA NOVA
► Revista Betel Dominical adultos 4º trimestre 2021, Efésios, Uma exposição sobre as riquezas da graça, misericórdia e glória de Deus. - 4º Trimestre de 2021. Ano 31 n° 121. Lição 08 - A Unidade do Corpo de Cristo.
Comentário adicional – Diácono Lenilton Ferreira da Silva
3 comentários:
Parabéns pelo belo comentário diácono Lenilton. Bem elaborado e edificante para nosso aprendizado. Deus continue te capacitando.
Deus te abençoe! Diácono Lenilton
Amém! Deus os abençoe meus irmãos em Cristo!
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