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 A SUFICIÊNCIA DE CRISTO EM MEIO ÀS DIFICULDADES

Lição 9 – 29 de agosto de 2021

TEXTO ÁUREO
“Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” Filipenses 4.13

VERDADE APLICADA
Em Cristo somos fortalecidos e capacitados a vencer as adversidades do tempo presente.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar a realidade dos momentos difíceis.
Destacar a percepção de Paulo ante às adversidades.
Mostrar que Cristo é suficiente em nossas vidas.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
FILIPENSES 4
10. Ora, muito me regozijei no Senhor por finalmente reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.
11. Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.
12. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome; tanto a ter abundância como a padecer necessidade.
13. Posso todas as coisas naquele que me fortalece. 

COMENTÁRIO ADICIONAL

INTRODUÇÃO
É diante das adversidades que o verdadeiro cristão tem um entendimento mais amplo sobre o que é essencial e indispensável para sua vida, bem como uma excelente oportunidade de testemunho para edificar outros.

1. A realidade dos momentos difíceis
Enquanto estivermos nesse mundo caído, as adversidades farão parte da vida do crente fiel, contudo, elas não servem para nos parar, e, sim, para que o plano de Deus seja manifesto.

1.1. Resultado da realidade do pecado
Deus, em sua infinita sabedoria e poder, criou o homem à sua imagem e semelhança. Em determinado momento, Adão e Eva escolheram desobedecer a ordem de Deus, de não comer do fruto do conhecimento do bem e do mal. Nesse momento, tornaram-se culpados diante de Deus, por conta do pecado, e, como uma das várias consequências, toda a raça humana está destinada a viver nesse mundo cheio de sofrimentos, dor, guerras, doenças, violência. Tudo isso porque o pecado está no mundo, e por isso, nós cristãos também estamos sujeitos a sofrer, mas tudo é para a honra e glória de Deus. “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra.” Salmos 34.19.

Vale ressaltar que, ainda que Cristo Jesus tenha pagado o preço pelos nossos pecados na cruz, o pecado NÃO está extinto. Pelo contrário, ainda está em nós, e Paulo nos orienta a lutar constantemente contra ele. O cristão tem possibilidade de pecar ou não (1Jo:1.8), e nosso estado de perfeição só será atingido na volta do nosso Senhor Jesus, momento em que seremos completamente transformados, e aí sim o pecado será extinto, não havendo possibilidade alguma de pecar (Apocalipse 22.3).

1.2. Há dias de calamidade e aflições
O fato de ser verdadeiramente crente não nos isenta de aflições. Isso pode gerar a pergunta: se Deus estabeleceu bênçãos aos que obedecem a sua palavra, e maldições para os que desobedecem, porque nós, que obedecemos ainda sofremos? Podemos observar, muitas vezes, o ímpio prosperando e o crente padecendo, por que isso acontece?

A resposta é: Por causa da graça comum de Deus. Os ímpios (ateus, assassinos, criminosos etc.) continuam a viver neste mundo somente por causa da graça comum de Deus — cada vez que as pessoas respiram é pela graça, pois o salário do pecado é a morte, não a vida. Além disso, a terra não produz somente espinhos e ervas daninhas (Gênesis 3:18), nem permanece um deserto ressequido, mas a graça comum de Deus provê comida e material para roupa e abrigo, muitas vezes em grande abundância e diversidade.

Jesus disse: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5:44,45). Aqui Jesus apela para a abundante graça comum de Deus como encorajamento aos seus discípulos, para que eles também concedam amor e orem para que os descrentes sejam abençoados (Lucas 6:35,36).

Semelhantemente, Paulo disse ao povo de Listra: “No passado [Deus] permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios caminhos. Contudo, Deus não ficou sem testemunho: mostrou sua bondade, dando-lhes chuva do céu e colheitas no tempo certo, concedendo-lhes sustento com fartura e um coração cheio de alegria” (Atos 14:16,17).

Apesar de a luz do sol brilhar também para o ímpio, nós cristãos temos o privilégio da salvação, que é exclusiva para o povo de Deus. Ainda que tenhamos aflições aqui nesse mundo, a vida eterna é garantida a nós, enquanto a morte eterna é o destino dos ímpios.

1.3. Momentos difíceis são leves e momentâneos
Como visto no tópico anterior, nós, cristãos, também estamos sujeitos à maldade. Podemos ser assaltados, agredidos, pegar doenças terríveis, enfim, não é porque somos crentes que somos completamente imunes aos momentos difíceis. Apesar de passarmos por essas adversidades, Deus é soberano, e tudo o que acontece com seus filhos é debaixo da sua permissão, e não nos é atribuído um fardo maior do que possamos aguentar (1Coríntios 10.13).

Além disso, essas adversidades não são para sempre. O tempo ruim vem, porém o consolo do Espírito Santo é muito rápido também, e podemos assumir que, de fato, os momentos difíceis são leves, pois Deus não nos dá fardo pesado. São momentâneos, passam rápido, pois também devemos nos lembrar de que há inúmeras vezes em que nos alegramos, somos felizes durante nossa vida, para a honra e glória de Deus.

Com isso em mente, de que tudo acontece sob a permissão de Deus, e que as adversidades são leves e momentâneas, é muito importante o cristão se lembrar de que não pertencemos a este mundo. Nossa esperança é Cristo, o qual aguardamos ansiosamente sua volta, para que finalmente possamos contemplar sua face e ter um corpo transformado, imortal, sem mancha de pecado, e sermos livres, enfim, de toda e qualquer adversidade. 

2. Paulo e a igreja em Filipos
A comunidade de Filipos foi uma das igrejas levantadas pelo apóstolo Paulo que mais lhe ajudou e se aproximou dele.

2.1. Um início com variedades e contrastes
A evangelização em Filipos iniciou de forma bem variada. Dentre essas variedades, destaca-se a prisão de Paulo, por ter expulsado um espírito maligno de uma mulher que estava fazendo adivinhações e dando muito lucro para os seus donos. Esse fato para nós, quando olhamos por uma ótica meramente humana, encaramos como uma coisa muito ruim. Afinal, quem vê prisão como coisa boa? Mas Paulo encarou essa adversidade como uma permissão de Deus, para que ele pudesse evangelizar o povo daquele lugar. E assim aconteceu: Paulo entoou louvores a Deus, todos os presos os ouviram, e ainda pregaram o evangelho ao carcereiro. Com isso, podemos concluir que sua libertação milagrosa juntamente com Silas foi sim uma ação do nosso Deus altíssimo (Atos 16.19-34).

2.2. Contexto da carta aos Filipenses
Paulo escreveu a carta aos Filipenses, ela foi escrita durante a sua prisão. Paulo enxergou seu momento de cárcere como uma oportunidade para espalhar o evangelho; usou uma adversidade como benefício (Filipenses 1.12). Dessa forma, nós somos responsáveis por transformar um momento ruim em bom, assim como Paulo fez.

Muitas vezes não somos capazes de entender o propósito de alguma enfermidade, ou dificuldade na saúde, por exemplo. Mas com toda certeza, há um motivo para tudo o que Deus faz e permite, e cabe a nós refletirmos de que forma iremos reagir a esses momentos. Vamos resmungar e amaldiçoar os outros? Ou iremos abençoar e tentar transformar essa adversidade em uma oportunidade para engrandecer o nome de Deus?

Dessa forma, esse foi o contexto da carta aos Filipenses: Paulo, ao invés de reclamar de sua prisão injusta, entendeu esse momento como uma providência de Deus, para que o evangelho alcançasse as pessoas daquele local, em especial o carcereiro e toda a sua família, que foram salvos em nome de Jesus Cristo.

2.3. Regozijo no Senhor
A nossa esperança, nosso refúgio, nossa felicidade são no Senhor. Podemos passar por qualquer dificuldade, mas no final, o nome de Cristo será glorificado. É difícil entendermos como Paulo viu alegria em sua prisão, mas para ele, havia um propósito gigantesco por Cristo, e nisso ele se alegrou, mesmo estando privado de sua liberdade.

Acho interessante lembrar da situação de José, filho de Jacó, que também passou por adversidades aparentemente ruins, mas que no final foi por um propósito muito maior, que foi salvar sua família da morte, que viria através da longa falta de alimentos que aconteceu na época.

Numa citação, R.C. Sproul disse: Jacó deu uma túnica a José, que fez com que seus irmãos o invejassem, e o vendessem como escravo para o Egito, para que ele fosse para a casa de faraó, ali fosse acusado pela esposa de faraó de adultério, fosse parar na prisão, interpretar o sonho do copeiro de faraó, que o elogiou a faraó, que o fez governador do Egito, e dessa forma José pôde salvar sua família da fome.

Veja que uma série de acontecimentos foi necessária para que a família de José não morresse de fome, e dentre esses acontecimentos, houve sua prisão, assim como Paulo. E, da mesma forma que Paulo, José não amaldiçoou Deus, nem se quer murmurou, mas permaneceu fiel e foi recompensado por isso.

Dessa forma, podemos perceber que podemos sim nos alegrar no Senhor, ter regozijo no Senhor, ainda que passemos pelo vale da sombra da morte.

3. A suficiência de Cristo
Cristo é suficiente para satisfazer o ser humano em sua essência, pois Ele nos revela aquilo que é indispensável.

3.1. Viver com contentamento
O ser humano, no geral, vive correndo atrás de sonhos materiais, como bens, dinheiro, reconhecimento profissional, ficar famoso etc. Não há problema nenhum em almejar uma condição de vida tranquila, uma vida financeira estável, almejar ter um carro, uma casa. O problema é colocar todos esses objetivos de vida em primeiro lugar na vida, a prioridade número 1. Essa posição é exclusiva de Deus, e nada nem ninguém pode tomar o lugar de Deus (Marcos 12.30).

Tendo Deus como prioridade absoluta na vida, com certeza tudo cooperará para o bem, nada faltará, então não precisamos andar preocupados com essas coisas (Mateus 6.25 e 33). Sendo assim, podemos descansar nossos planos e projetos tranquilamente em Deus, pois Ele é fiel para nos honrar, desde que trabalhemos para isso, oremos e busquemos sempre a Ele em primeiro lugar.

3.2. Ser fortalecido
Diante de tantas dificuldades, lutas e tristezas, nós precisamos de força para suportar tudo isso e conseguir cumprir com os compromissos com o trabalho, família, igreja, escola ou faculdade. Muitas vezes, esses problemas pessoais afetam os outros círculos de convivência da gente, de forma que um problema “chama” outro, e, quando menos esperamos, já estamos numa situação desesperadora e nossas forças simplesmente se esvaem.

Nesse ponto, para nós, cristãos, estar em Cristo é fundamental, pois Ele nos puxa do fundo do poço, para que tenhamos força, sejamos fortalecidos nEle. O ser humano, por si só, não tem força nem poder algum, mas aquele que habita em nós tem, e de maneira ilimitada. Por isso, é de suma importância estar em Cristo, ser preenchido pelo Espírito Santo, pois sem Eles, nós não podemos conseguir ser fortes, e podemos acabar com uma depressão ou coisa pior.

É sempre bom lembrar de que tudo podemos naquele que nos fortalece (Filipenses 4.13)

3.3. Comunhão e generosidade
Atualmente, ser generoso é considerado uma dádiva, visto que muitas pessoas vivem quase que exclusivamente para conquistar uma vida boa para si, sem se preocupar com um irmão mais necessitado, ou qualquer pessoa que precise de ajuda urgente. Isso não significa que devemos trabalhar para sustentar os outros, mas devemos sim ajudar os necessitados, pois isso demonstra amor ao próximo, como Deus nos ordenou (Marcos 12.31).

Em Filipenses 4.11-12 vemos que a igreja de Filipos contribuiu generosamente na missão de Paulo em espalhar o evangelho, um exemplo de comunhão e generosidade. Precisamos agir assim também, para que a obra do Senhor seja engrandecida, e que nosso coração esteja feliz em ajudar os necessitados e a igreja de Cristo, para, por fim, sermos generosos e estarmos em comunhão sempre.

Hoje em dia, não diferente dos tempos passados, alguns irmãos ficam desconfiados em entregar dinheiro para a igreja, visto que há muita ocorrência de desvio de verbas, inclusive de dízimos nas igrejas. Contudo, devemos acreditar na providência de Deus, que foi Ele quem colocou os pastores e tesoureiros na igreja, e devemos ser generosos confiando em Deus, não desconfiando dos nossos líderes espirituais. Caso haja corrupção com as ofertas para a obra, Deus vai punir e cobrar dos envolvidos no devido tempo, certamente não ficarão impunes, pois Deus é justo. Agora não contribuir na obra, por desconfiança, tendo condições para isso, é uma demonstração de NÃO comunhão e NÃO generosidade, exatamente o contrário do que aprendemos com os irmãos da igreja de Filipos.

CONCLUSÃO
Diante da realidade humana, as adversidades não passarão, os desejos e anseios não vão passar, mas todo aquele que estiver em Cristo Jesus será fortalecido e será saciado em seu interior, pois Ele é suficiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
► Bíblia de estudo – Nova Almeida Atualizada.
► Revista Betel Dominical, Adultos, 3° trimestre de 2021. Triunfando sobre as batalhas e adversidades da vida. Lição 9 – A suficiência de Cristo em meio às dificuldades.

COMENTÁRIO ADICIONAL – Fernando Júnio, aluno da EBD.

6 comentários:

ancelmo disse...

Comentário bíblico muito edificante e bem elaborado, parabéns Fernando, Deus te abençoe sempre mais.

Emivaneide Silva disse...

Parabéns Fernando! Muito bom comentário.

Unknown disse...

Deus abençoe o servo do Senhor.

Cantinho das Cestas e Artesanatos disse...

Comentário muito bom! Deus o abençoe!

Lenilton Silva disse...

Muito bom comentário. Deus abençoe o servo de Deus!

Unknown disse...

Boa tarde a paz do verbo, o comentário é muito proveitoso para às aulas, más eu venho lhe pedir se daria para colocar o novo comentário toda segunda-feira.